BIDI - Q/R - Parte 2 - Março 2017
Mensagem de 05 de
março de 2017 (publicada em 18 de março)
Origem francesa – recebida do site Les Transformations
Origem francesa – recebida do site Les Transformations
Áudio da Leitura da Mensagem em Português - por Noemia
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Eh bem,
Bidi está com vocês.
...Silêncio...
Eh bem,
nós podemos prosseguir a troca.
Questão: durante sua primeira intervenção me veio uma canção
e eu desejo partilhar com você.
Que será, saberá,
Amanhã nunca está muito longe,
Deixemos o futuro vir.
Que será, verá,
Que será, será.
Eh bem,
eis um belo mantra, e, além disso, cantado.
Eh bem,
Bidi lhe agradece.
Questionem.
Questão: Você poderia nos aconselhar alguns mantras dos
quais você falou?
Os
mantras, como vocês sabem, são inumeráveis entre nós, na nossa cultura. É claro
que existem os mantras que têm um efeito, existem inumeráveis. Eles têm por
objetivo de início ocupar a mente e para o som emitido, de favorecer a abertura
de certas portas do corpo e da energia sutil. Não existem uns melhores que os
outros; cabe a cada um de vocês, se tiverem necessidade, encontrar um mantra.
Como eu dizia, a canção que foi cantada é um mantra possível. Quando eu estava
encarnado e eu me dirigia aos compatriotas hindus, evidentemente, eu lhes dava
os mantras que correspondiam à nossa cultura.
Existem,
todavia, três línguas e vocês sabem, eu creio isso foi dito, que têm o poder de
sua pronunciação, e antes de tudo e, sobretudo: o sânscrito, a língua hebraica
e o aramaico. Assim, um mantra repetido pela utilização das sílabas dessas
línguas tem efeitos, independentemente da sua cultura.
Alguns
são libertadores, outros têm o risco de levá-los na ilusão. Cabe a vocês, a
cada um de vocês que desejaria utilizar um mantra, testar, vivê-lo para
apreciar os efeitos ou os inconvenientes. Mas além da eficácia real, não sejam
tolos, não mais desta muleta. Todavia, isso pode ajudá-los a pacificar seu
mental, para vê-lo em ação e então para criar aí também a posição de
observador, através do que se desenrola pela repetição desse mantra.
A maioria
dos mantras, em nossa tradição, começaria pelo OM, isso vocês sabem, talvez. Um
dos mantras mais poderosos que lhes foi dado a ouvir dentro de diversas
informações que vocês receberam, é certamente o mantra de Metatron, porque ele
afirma, com poder, que vocês são o que vocês são, além de toda aparência, de
toda forma e de toda crença. Além do próprio significado do mantra. É o efeito
sobre a consciência que deve ser observado.
Na minha
cultura, os mantras mais comuns e certamente os mais eficazes foram o “OM namo
bhagavate” e o “OM namah shivaya”, mas vocês podem muito bem sair dessas
culturas e dessas línguas para expressar um mantra em sua língua. O que eu
havia dito, por exemplo, a respeito do Si, no momento de seu deitar ou no
primeiro despertar da manhã, antes de descer da cama, consiste em repetir “Eu
não sou esse corpo, eu sou a Verdade”. Não se trata de uma técnica de
persuasão, mas afirmação da única Verdade. Esta pronunciação, mesmo que ela não
seja repetida nas condições adequadas do sono ou do despertar, antes do sono ou
no momento do despertar, vai produzir, no nível de sua consciência, uma forma
de retorno, os levando a conscientizar, além de toda visão, além de toda
percepção, e mesmo de toda vibração, a isso que vocês são. Mas, novamente, cabe
a vocês encontrar seu mantra, sua afirmação.
Não se
limitem, se esse mantra é em sua língua. Afirmem o que vocês não vivem talvez,
ainda: “Eu sou Absoluto, eu sou liberado”. Não como uma técnica de persuasão,
mas como uma técnica que vai, talvez, abrir certas portas em vocês e cortar
quaisquer véus, quaisquer conhecimentos, quaisquer memórias, quaisquer
histórias. Mas nada atingirá o poder do mantra do Silêncio, onde somente sua
Ausência revelará simultaneamente sua Presença e a fatuidade dessa Presença.
Porque só o instante presente lhes permite se encontrar em sua totalidade, em
sua verdade, além do personagem, além das alegrias e dos sofrimentos, além das
crenças residuais, lhes colocando, de imediato, no coração da Verdade, o que
vocês chamam, eu creio, o Coração do Coração ou Infinita Presença.
Mas não
mantenham nada do que aparece ou do que possa ser percebido no decurso desse
mantra, ou mesmo após. Não parem em nada, em qualquer visão que seja, em qualquer
vibração que seja. Deixem se desenrolar o que deve se desenrolar. Vocês não têm
necessidade, nesses momentos, de ser o observador ou a testemunha, vocês têm
justamente necessidade de estar aí; e o mantra pode ser um meio de estar
totalmente aí, colocando fim, assim, a todos os pesos, a todos os véus, a todos
os erros. Mas para isso, seu mental não deve meter nisso qualquer interpretação
ou qualquer conceitualização. Como isso foi repetido por numerosos Anciãos,
deixem-se atravessar, não parem nada e não segurem nada. Sejam neutros. Estejam
ao mesmo tempo presentes e ausentes. Presentes em seu Infinito,
ausentes em seu corpo, ausentes em sua história, ausentes em suas emoções, e
ausentes de tudo o que está manifestado.
Lembrem-se,
eu estou além de toda fonte de manifestação, cada um de vocês é exatamente
isso. Mesmo que o conhecimento direto não se revele, vocês provarão certamente
uma paz muito útil para ajudá-los em todos os níveis de manifestação, como de
não-manifestação, seu reconhecimento e seu viver.
...Silêncio...
Continuemos.
Questão: quando estamos no Absoluto, podemos retomar uma
forma livre? Quando estamos numa forma livre, podemos retornar ao Absoluto
quando desejamos?
Mas toda
forma manifestada, além desse mundo e desses ciclos de ilusão, não fazem
separação, nem diferença. Quando vocês são liberados e vocês não têm mais
forma, lembrem-se que tudo é inclusivo, vocês são todas as formas possíveis.
Vocês estão tão habituados a uma forma que seu cérebro nem sua consciência
podem conceber ser sem forma. Como eu havia dito, isso é inconcebível para toda
manifestação nesse mundo. Não é absolutamente o mesmo nas formas livres que são
igualmente Absolutas do que aquela que não tem mais nenhum veículo, porque têm
todos os veículos à sua disposição, ao mesmo tempo e em todos os espaços,
quaisquer que sejam da criação em qualquer mundo que seja. Não fragmentem e nem
separem.
Ser
Absoluto é ser tudo, além desse mundo. Não há outro deus que Deus, quer dizer,
vocês mesmos; não há outra luz que a Luz, quer dizer vocês mesmos. A separação
da consciência e o esquecer de sua eternidade no seio desse mundo, realizada
pelos mestres da Ilusão, não tem mais curso desde que vocês saem dessa forma e
desse mundo. Até o presente, as portas da morte lhes davam a viver um outro
confinamento, no nível de uma matéria mais sutil, de um outro corpo ligado às
emoções e, em parte ao mental, e então às memórias. Toda forma de manifestação
da consciência é por essência livre e não é nunca congelada em qualquer forma
que seja, porque a forma muda segundo a dimensão, segundo o pensamento da
entidade que está abrigada nesta forma, que é igualmente Absoluta. O Cristo
lhes dizia: “Eu e meu Pai somos Um”.
Quaisquer
que sejam as palavras, qualquer que seja a sua história, vocês não têm que se
preocupar com isso. Isso não é uma escolha, não é um ou outro, é um e o outro,
sem nenhum limite de forma, de tempo, de dimensão ou de espaço que são todos,
sem nenhuma exceção, nunca infinitos. Isso quer dizer que toda criação, mesmo
livre, retorna um dia à ausência de criação. Lembrem-se que isso são jogos, a
consciência tem necessidade de jogar. A a-consciência não joga mais porque ela
está estabilizada não num lugar mas está presente, de maneira permanente, em
toda forma, em todo lugar, em todo espaço e em todo tempo, quando existem.
Nesse
momento, vocês são ao mesmo tempo o Alfa e o Ômega, vocês são o grão de areia,
vocês são os Arcontes, vocês são a Fonte, vocês são os planetas, vocês são os
sóis, mas tudo isso são apenas os jogos, então o objetivo é exclusivamente o
jogo. Não há nem ganho nem perda. Somente sua forma congelada nesse mundo, como
cada um de nós quando passamos, obedece as leis, as regras que não têm nada a
ver com a Liberdade.
Nenhuma
consciência tem necessidade de exercer a menor predação sobre uma outra
consciência porque é a mesma consciência, vocês sabem isso? Vocês viveram isso?
Quando o Cristo lhes dizia: “O que vocês fazem ao menor de vocês, é a mim que
vocês fazem”. O que vocês fazem ao outro não é nada ao outro, vocês fazem a
vocês mesmos.
Em outros
termos, além desse mundo, porque querer separar entre forma livre e Absoluto?
Isso tem sido talvez, traduzido assim sobre um plano didático, mas não coloquem
separação na Liberdade, porque esta Liberdade, como eu disse, é total, desde
que vocês deixem a forma nesse mundo. Sua consciência não pode ser de modo
nenhum, obrigada em relação a uma forma ou uma função, a modificar o que quer
que seja que ela é. Em outras palavras, a consciência livre não é submissa nem
a uma forma livre nem a qualquer conceito que seja. Aí está a bem-aventurança
que não termina nunca, que nunca começou, porque ela sempre esteve aí.
Vocês
compreendem, se trata simplesmente de um problema de crença. A crença não pode
ter nenhum papel no seio dos multiversos, no seio das dimensões, ela é. As
atribuições de funções, as atribuições de papéis, mesmo daqueles que vocês
chamam Arcanjos, correspondem à história da trama desse mundo e esta vibração é
portadora, para vocês, de qualquer coisa, é claro, que está presente em vocês,
então isso teve uma utilidade. Mas nenhum Arcanjo pode manter uma forma eterna.
Certamente o que poderíamos nomear o tempo que, portanto não é, não tem de todo
o mesmo valor nem a mesma medida disso que vocês nomeiam o tempo aqui sobre
esta terra. Vocês não têm necessidade de planetas, vocês não têm necessidade de
sóis, vocês não têm necessidade do cosmos para ser. Este erro está simplesmente
ligado ao seu hábito de dar nome, de identificar as formas.
Os
mestres da Ilusão que vocês chamam deuses lhes induziram, por estas crenças, na
precipitação e no confinamento da matéria. As regras do jogo da consciência
eram falsas, mas apesar disso, hoje, muitos de vocês descobrem o embuste. Vocês
sabem talvez, é o fim do kali yuga. Onde tudo deve ser revelado, totalmente.
Não somente, é claro, sobre os eventos desse mundo, é uma primeira etapa, mas
evidentemente sobre a própria natureza da consciência, sobre a própria natureza
do que vocês são.
...Silêncio...
É por
isso que eu insisto fortemente lhes dizendo: não acreditem em nada enquanto
vocês não viverem. Vocês podem aderir a um conceito, mas pertence a vocês
validá-lo ou não para sua experiência. Vocês não têm necessidade de nenhum
livro, de nenhuma religião, de nenhum mestre, porque num determinado momento,
quaisquer que sejam os apoios, os suportes que permitiram vocês estarem aqui,
vem um certo ponto onde tudo isso também deve desaparecer, da mesma maneira que
o conjunto dos multiversos se resolverão por eles mesmos no que eles são, uma
vez a partida terminada. Vocês que decidem a duração da partida, das regras do
jogo. E não há nenhuma regra fixada na liberdade da consciência, como na
a-consciência.
Vocês não
são Absolutos quando vocês estão sem essa forma, vocês são realmente Tudo, o que
é impossível viver enquanto a forma está presente. Vocês têm acesso a certas
experiências, a certas visões, mas nenhuma delas mobiliza sua consciência
quando vocês são liberados, então, aquele que não é liberado será sempre
atraído e terá necessidade, na sua liberdade em seu jogo, de uma forma ligada à
expressão da consciência. Mas, o retorno ao Absoluto significa para o conjunto
da humanidade da Terra, o retorno à Liberdade e não há nenhuma diferença se
isso não está nos seus conceitos, porque vocês não viveram ainda entre ser
Absoluto ou estar em não importa qual forma livre; vocês todos são formas
livres. Vocês não têm nenhum meio de verificar isso enquanto vocês são a forma,
mas vocês têm a possibilidade, através da Infinita Presença, do Último, da consciência,
de ver, perceber, sentir ou realizar o Todo, sem necessariamente vê-lo.
Mas o
sentimento, porque é um, do Absoluto, se traduz antes de tudo pela Paz real,
que não é procurada nem na meditação, nem na energia, nem na vibração, e,
sobretudo, quando vocês são livres, vocês deixam sempre os outros livres, sem
isso vocês se tornam o mestre, com suas falhas. Nenhum mestre, onde quer que
ele esteja presente sobre esta terra, pode fazer outra coisa senão transmitir o
que viveu no nível do Si, colorido pelas culturas, pelas filosofias, pelas
religiões, pelo estado do momento.
O
Satguru, o Liberado vivente, não adere a nenhuma doutrina. Certamente ele sabe
que é o resultado de uma cultura dentro desse corpo que ele habita. Não sendo
esse corpo, nem nenhum dos conhecimentos propostos por esse mundo, ele não pode
aderir a nada, mas ele não rejeita nada. Ele respeita a liberdade de cada um de
jogar o jogo que ele quiser, mesmo que não seja Verdade, porque ele sabe que a
consciência tem necessidade de experimentar. Ele não pode influir no momento do
reencontro, mas ele influirá necessariamente, porque como eu disse estando
encarnado, minhas palavras não podem fracassar. É o mesmo hoje, mesmo que vocês
rejeitem minhas proposições, mesmo que vocês tenham medo. Quando vocês forem
agarrados pelo medo da morte, se isto não está resolvido hoje, minhas palavras
voltarão a vocês com uma intensidade que vocês não poderão ignorar e que vocês
não podem hoje imaginar ou pensar.
Há
eventos, na vida, no seio da Ilusão, que ressurgirão, quando de toda morte, em todo
ser que deixa esse corpo. Minhas palavras e o que eu introduzi em vocês, como
quando estava encarnado, através daqueles que vieram e que, portanto, em certos
casos, eu enviei porque eu sabia que o trabalho estava feito, não
necessariamente para o instante presente, mas para o instante final. E eu diria
mesmo que se vocês se opõem ou se vocês não aderem, ou se vocês não vivem nada
hoje, estejam certos – porque vocês o viverão, é inevitável – quando do momento
de sua morte, essa lembrança será bem mais presente do que todos os seus afetos
e do que todas as suas experiências, quaisquer que elas sejam.
Então
estejam tranquilos, permaneçam presentes, deixem viver a Vida que vive em
vocês, e vocês constatarão, bem mais que a fluidez, bem mais que as
sincronicidades, vocês constatarão uma Alegria sem objeto, permanente,
indelével, onde tudo o que sobrevém e advém em sua vida será vivido da mesma
maneira, com o mesmo sentimento, o mesmo humor e o mesmo estado, que aproxima
vocês de sua eternidade.
Vocês
sabem muito bem que o mais duro na encarnação nesse mundo é não fazer nada. Eu
não falo das atividades profissionais, familiares ou as obrigações, o “fazer
nada” não sendo um “não fazer” no seio desse mundo, mas um “não fazer nada” no
nível de sua vontade a fim de colocá-los no acolhimento total da revelação da
Verdade. É claro, os mecanismos chamados vibrações ou energias, os dois, lhes
permitiram chegar até aqui.
Quando o
medo da morte é removido, não de maneira conceitual, mas nesta carne a qual
vocês estão ligados enquanto estão identificados com esse corpo, nesse momento
nenhum medo por vir. Vocês podem ser surpreendidos, mas isso não se instala
jamais. Isso quer dizer que não deixa rastro.
Minha
maneira de estar com vocês tem por único objetivo de ser sua única lembrança no
momento de sua transição. E eu diria mesmo que aqueles de vocês que estão
salvos, quando me verem ou quando sentirem a energia que eu veiculava, serão
certamente aqueles que chegada a hora se lembrarão ainda mais intensamente do
que eu disse, porque eles o viverão. Eles começaram em oposição à Verdade, mas
eles ouviram a Verdade. Eu não tenho necessidade de provar a vocês o que quer
que seja porque isso não serve para nada, eu só posso favorecer em vocês o
florescimento do que vocês são, chegada a hora, se esse momento não é agora. Esse
tem sido meu objetivo.
Houve
primeiro, se eu posso dizer, o momento de nascimento da Onda de Vida e do
Sharam Amrita, um certo número de conceitos ligados ao que vocês chamam a
não-dualidade que lhes foram expostos, a fim de lhes dar as referências,
certamente ilusórias, mas que poderiam de alguma forma convencer da evidência
do que vocês se aproximam.
Eu tive a
chance, deixando esta forma, de reencontrar os irmãos que eu havia literalmente
expulsado de minha casa. Eles foram os mais reconhecidos, se eu posso dizer.
Porque ainda que vocês entrem em contradição, mesmo com minhas palavras e mesmo
com minha Presença, vocês estejam seguros que eu deixei uma marca em vocês como
eu faço agora, e que chegada a hora para vocês, tal como vocês concebem ainda,
será eficiente.
Eu não
venho então para liberar vocês, é impossível – só vocês que podem fazê-lo – mas
eu venho depositar em vocês, não nesse corpo, não na consciência desse corpo,
mas no que vocês são em verdade, a marca que lhes permitirá encontrar com
evidência o que vocês são. Que isso seja no momento do Apelo de Maria, assim
como foi nomeado, pela chegada de Hercóbulus, ou que isso seja no momento final
coletivo, minhas palavras não podem se perder. Elas são independentes de minha
forma, elas já estavam quando eu estava numa forma. É independente de todo
conceito. Minhas palavras são independentes de todo pensamento, mesmo,
evidentemente, que eu utilize as palavras que eu encontro. Elas se escorrem
espontaneamente, quer vocês concordem ou quer vocês recusem, não muda nada. A
liberdade não é negociável.
Uma vez
atravessada o que vocês chamam a última porta, uma vez passado o que vocês
chamam o guardião do limiar, do grande limiar e do pequeno limiar – o que não é
nada senão suas crenças errôneas -, que se apresentarão sob forma de entidades
agressivas, maldosas, mas tudo isso está em vocês, então vocês não têm nada que
corresponda a isso em sua eternidade. São as quimeras criadas pelos pensamentos
que vocês adotaram, pelas crenças que vocês nutriram e nada mais. O Bem e o Mal
são a realidade desse corpo: ele sofre, ele nasce, ele cresce e ele morre. Na
eternidade não há nenhum espaço possível para qualquer bagagem que seja, que
seja intelectual, que seja ligada às aprendizagens ou aos conhecimentos, às
tradições, às religiões, a energia. Tudo isso não lhe será de nenhuma ajuda.
Somente a
Paz, no Coração do Coração, permitirá a vocês realizar o que vocês são com
graça e elegância, eu diria.
O poder
das palavras que são pronunciadas não visa, de modo algum, fazê-los aderir ao
que quer que seja nem a induzir a menor crença, nem mesmo gerar seu acordo ou
sua recusa; isso não tem nenhuma importância porque se há acordo ou recusa,
ainda é a pessoa. Eu lhes disse no preâmbulo, que não me dirijo mais à pessoa,
mesmo que isso passe através de sua pessoa.
Continuemos.
...Silêncio...
Se me
escutando, me lendo, estando aqui ou em outros lugares, percebem através do
testemunho que é o som emitido pela alma e o Espírito, se aperfeiçoa como em
certas yogas, fiquem na escuta desse som, porque esse som é a primeira emanação
da criação que nunca teve lugar, exceto em dimensões específicas. Isso é um fio
condutor, não em direção ao Absoluto, mas em direção à plenitude do Si sem
apegos. Se os pensamentos chegam, exceto se há pergunta, deixe-os
atravessá-los, nenhum de seus pensamentos lhes pertence propriamente, eles só
fazem passar. Não parem nada. Não retenham nada.
...Silêncio...
Questão: eu rendo graças à sua Presença, estar em estado de
choque com um vazio absoluto e as dores enormes em certos pontos da cabeça é
uma boa aproximação?
Resta
esquecer a dor para se interessar somente por esse nada. Esqueça seu corpo, mas
fique aí, você não é seu corpo. A dor quer dizer somente que é o ajustamento
que você vive, você não é esta dor. Se debruce sobre esse vazio e você
perceberá que esse vazio, passando do outro lado, é tudo menos vazio. Ele é
pleno, de todas as consciências, de todas as formas, de todos os universos. Mas
permaneça neste vazio, não se deixe levar, nem por uma dor, nem por uma visão. Fique
nesse nada. Esqueça o medo, esqueça o medo de seu corpo.
...Silêncio...
Devo
dizer que no estado que você atinge, não há necessidade de conceitos. Não serve
para nada resistir. Você não tem necessidade de se referenciar em qualquer
forma, em qualquer ideia ou em qualquer emoção que seja. Sua única referência é
o que você chama, no momento: nada, e vazio absoluto. Você não tem nada a fazer.
Desde que
você solte, ideias, pensamentos e conceitos, então isso que desse lado da
margem, aqui, você chama o vazio absoluto, é na verdade sua Morada. Todo o
resto, a Luz, o Amor, a forma, mesmo aqui, só depende disso. Passe da emanação
e da expressão ao Silêncio. Passe sem se movimentar. Não faça nada, não peça
nada.
...Silêncio...
Aí onde
você está não procure nada, tudo se produz naturalmente. Mantenha-se aí sem manter
nada, e descubra sua verdade que é Liberdade.
...Silêncio...
Outra
questão?
Não temos mais questões.
...Silêncio...
Eh bem,
Bidi abraça vocês no Infinito, em sua verdade.
...Silêncio...
E com
amor eu lhes digo: vocês são livres. Não acreditem em nenhuma história que lhes
conta sua pessoa. Não escutem seu mental, escutem o Silêncio. Não tenham em
conta nada mais.
Bidi ama
vocês, e Bidi saúda vocês.
...Silêncio...
Eu
terminaria por essas palavras: façam a experiência ao dormir de afirmar a
Verdade que vocês são, e nós voltaremos a nos falar.
Eh Bidi lhes
diz: até amanhã.
***
Tradução
do Francês: Mariana Anzzelotti
E com amor eu lhes digo: vocês são livres. Não acreditem em nenhuma história que lhes conta sua pessoa. Não escutem seu mental, escutem o Silêncio. Não tenham em conta nada mais.
ResponderExcluirgosto desse cara Bidi
ResponderExcluirdemais, Bidi, rendo graças , amo cada palavra
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