BIDI - Parte 1 - Q/R - 14 de Outubro de
2017
Mensagem de 14 de outubro de 2017 (publicada em 22 de
outubro)
Origem francesa – recebida do site Les Transformations
Origem francesa – recebida do site Les Transformations
Áudio da Leitura da Mensagem em Português - por Noemia
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Bem, Bidi está convosco,
por um longo tempo. Em primeiro lugar
instalemos entre nós a Paz, a comunhão.
… Silêncio …
O conjunto das nossas
conversas, das nossas trocas destes dias, visam acima de tudo tentar expressar a
Verdade. Só teremos que fazer, durante estas horas e estes momentos que vamos
passar juntos, ultrapassar tudo o que é apenas efémero. Nós vamos interessar-nos pela Verdade,
pelo que é verdadeiro; resumindo, por tudo o que está relacionado e em
ressonância com o que é. Não haverá lugar, em todas as nossas trocas, para
qualquer história, para qualquer cenário, para qualquer sonho que seja.
As palavras que nós
empregaremos serão o mais possível separadas de todo o conhecimento, de todo o
sistema tradicional, para só guardar o que é verdadeiro e, portanto, imutável.
Nós tentaremos situar-nos, tanto quanto possível, na consciência, na sua fonte,
na sua origem, na sua implantação, e tudo o que está relacionado, claro, com o
que está a montante da consciência, o Parabrahman, mas evitemos, se vocês
quiserem, as palavras conotadas que nos reenviam para uma tradição, para uma
qualquer história, mesmo que seja a
mais extraordinária nesta terra. Nós
dirigimo-nos, sempre que possível, à consciência nua, desprovida de atributos,
de forma, de história, de tempo e de espaço.
Nós iremos penetrar juntos no santo dos santos, onde as palavras são
supérfluas e onde elas não representam mais do que conceitos, e onde a mínima
palavra, definitivamente, é uma imitação do que pode ser nomeado, chamado, ou
referenciado como qualquer coisa de conhecido.
Portanto, nós dirigimo-nos
juntos, através das nossas trocas, antes e depois de qualquer manifestação, de
toda a expressão da consciência, onde tudo está calmo, onde tudo é perfeito,
onde nenhuma forma nem nenhuma história nos pode afastar desta última Verdade,
desta imutabilidade, onde a consciência se junta à sua própria fonte. O que cada um de nós é é anterior a toda a
consciência, a toda a forma, a todo o cenário, onde nada pode ser suposto,
projetado, imaginado, sonhado ou outra coisa.
Não se apeguem às palavras mas vão, também, à fonte da palavra, além da
representação, além dos conceitos e mesmo além de todo o sentimento, para nos
colocarmos na vacuidade necessária para acolher e revelar o que nós somos, que
é bem anterior ao universo, às dimensões, à própria Fonte. Este santo dos santos situa-se acima do que
foi nomeado, por vocês e pelos intervenientes, o Coração do Coração. Não vejam aqui nem uma localização particular
no espaço, nem um desdobramento particular de acordo com um tempo linear.
Nós vamos, portanto, tentar
situar-nos além de qualquer conceito, qualquer sentimento, de qualquer forma e
mesmo, através das palavras, além de qualquer palavra. Nós vamos, portanto,
vocês e eu, deixar-nos levar, de qualquer modo, pelo que é imutável, que nunca
mudou, não mudará nunca, não se moverá nunca e nunca experimentará a passagem
do tempo.
O ponto de partida destas
jornadas é, portanto, vocês, aqui, a nossa comunhão; não se apeguem às palavras
nem às inflexões e entoações da minha voz, mas à espontaneidade e à
simplicidade. Eu dizia, há alguns anos,
que todo o conhecimento é ignorância, que todo o conhecimento, mesmo o que é
invisível, não vos propõe nenhuma saída que não seja dentro da história.
Nós vamos, juntos,
dirigir-nos, sem mexer, ao santo dos santos, onde já não há nem cena de
teatro, nem espetador, nem teatro, nem formas, nem mundo, nem estrelas, nem
Sol, e por isso, eu desejo começar as nossas trocas, que são bem mais do que
questões, tentando responder a esta interrogação, em primeiro lugar: de onde
vem, onde nasce a Luz? Eu não falo da
luz visível, nem mesmo daquela que se pode expressar na visão interior, mas do
que eu nomearia, por falta de melhor termo, não a Luz primordial mas a Luz essencial.
A Luz, neste mundo, pode
ser definida por um certo número de qualidades,
tanto ao nível do aspeto visível como dos mecanismos conhecidos em
física, nomeados de teoria corpuscular e ondulatória da luz. A Luz de que eu falo e que iremos trocar, não
se vê, não tem forma, não tem princípio nem fim. Então, eu coloco a questão, se ela não tem
princípio nem fim, se ela não tem cor, que já é uma manifestação, a Luz é
anterior a toda a manifestação, a toda a forma.
A verdadeira Luz, quando ela se revela nesse corpo, na vossa vida, não é
uma luz que possa ser vista, que possa ser entendida, que possa ser
identificada, que possa ser localizada como um ponto de emissão, nomeado a
fonte, e um ponto de recepção. Nós
falamos, portanto, da Luz essencial ou,
se preferirem na vossa linguagem, do que foi nomeado a Luz primordial.
Então a questão essencial,
da mesma forma no que vos diz respeito, eu pedia-vos há muitos anos para
voltarem na vossa memória até ao momento,
bem antes dos quatro anos, em que estando neste mundo vocês não estavam
congelados por um nome, por uma forma, por uma função. Portanto, voltámos à
origem da Luz, e quem pode dizer de onde vem a Luz?
Enquanto a Luz for
concebida ou vivida como vinda de outro lugar que não do que vocês são, vocês
não podem viver a Verdade, vocês não podem viver o Verdadeiro. Porque essa luz, entendida, vivida ou
concebida como exterior é apenas uma projeção.
É necessário irem à origem da projeção da Luz, da sua percepção. No mundo físico a luz propaga-se no ar; na
Verdade a Luz propaga-se em todos os sentidos e não numa direção, e ela não se
propaga no ar mas no Éter. O Éter que é anterior, desde a própria base de
manifestação do que vocês nomeiam os quatro Elementos e que vocês encontrarão
sob outras formas, nomeadas os três humores ou os três gunas. Mas, como eu disse, eu evito as palavras da
minha cultura porque as palavras que nós empregamos não devem ser coloridas, a
partir de agora, de qualquer história ou
entre as diferentes qualidades da consciência de qualquer cultura
alguma. É portanto um olhar novo que não depende de nenhuma visão mas simplesmente
da localização de quem vocês são.
Esta Luz é invisível aos
olhos da carne. Mesmo que seja usada por
uma forma, ela é anterior a toda a forma.
Há portanto uma revolução de ponto de vista, que não é o ponto de vista
mental mas o ponto de vista da própria consciência. No jogo livre da consciência a questão da Luz
não se coloca porque, como nós dissemos, a consciência é vibração, a consciência
é Luz, mas não confundam a luz física com a Luz invisível da Verdade, da Luz
autêntica. No entanto, existe um marcador
indelével (permanente) da presença da Luz, ou pelo menos da sua revelação,
porque ela sempre esteve presente. Este
testemunho e este marcador foram nomeados a Alegria sem objeto, a Paz sem
sujeito, onde mesmo a distinção entre as diferentes qualidades da consciência,
tal como eu as desenvolvi – consciente, supraconsciente, Turya, e o próprio
estado de sonho… A Luz autêntica permite a expressão de toda a forma, de toda a
vida. Ela está sobreposta, em muitos
aspetos, ao Amor e ao Coração.
Mas, mais uma vez, vocês
sabem muito bem que existem vários amores, adaptados à forma, à manifestação da
consciência, mas mesmo esse amor não é o verdadeiro amor. Este Amor é anterior a todos os outros
amores, e ele é o suporte, o veículo, a manifestação, mas entrando dentro de uma forma, dentro de
uma experiência, neste mundo ele perde, de qualquer maneira, a sua inocência, o
que vocês nomearam o amor incondicional.
Pode ser feito um paralelo com o que, talvez, vos foi dado a entender, a
viver, quer isso seja nomeado o Cristo, quer isso seja nomeado o Paráclito ou
qualquer outro nome, esses diversos nomes reenviam-vos definitivamente para aquilo que não pode ser
entendido, para aquilo que não pode ser visto no sentido comum, mas que só pode
ser vivido.
Esta experiência é profundamente
diferente de toda a experiência e de toda a vivência, porque esta experiência é
indelével e deixa, de algum modo, uma marca profunda (de ferro quente) na
consciência, nos seus diferentes componentes deste mundo, e de fora dele. Então, aqui também, isto poderia ser nomeado a Última Presença, a Infinita
Presença, a Morada da Paz Suprema, a felicidade da consciência nua. Eu peço-vos agora, além destes poucos quadros
que acabei de vos dar, esquecer tudo isto.
Nós vamos entrar, de qualquer maneira, nos mecanismos íntimos,
invisíveis e, no entanto, bem mais tangíveis que a matéria deste mundo.
Então, eu volto à minha
questão inicial, estas precauções foram dadas: de onde vem a Luz? Quem quer
tentar responder? Não há necessidade de discurso. Eu lembro-vos simplesmente
que, todas as noites, quando vocês dormem o mundo desaparece. Mesmo que vocês
não tenham sonho nenhum e mesmo que ao despertar vocês não saibam mais quem
são. Vocês encontram-se, então, no estado
de não-nascido e, efetivamente, o que nós somos na verdade nunca nasceu, nem
nunca nascerá e, portanto, nunca morrerá, porque este Amor e esta Luz são
anteriores a todo o nascimento, anteriores a toda a expressão da
consciência. É aí que reside a Paz, aí
reside a Alegria, e para aqueles de nós que vivem isto, há o que eu nomeei a
Liberdade, o Jnani no meu sistema, para mim, que vocês nomearam o Libertado
vivo, isto sendo ponderado pelo facto de ser no momento em que estamos em
manifestação que estamos mortos. Então,
o Cristo vos diria: « Vocês estão neste mundo mas vocês não são deste mundo»,
então uma grande santa vos diria que é a felicidade eterna, o êxtase
permanente, mas isto são ainda qualificativos.
Mas antes de estudar tudo isto, voltemos à primeira questão, de onde vem
a Luz? Quem pode responder, quem quer tentar responder?.
Resposta: Do Coração do
Coração.
Será que o Coração do
Coração tem uma forma? A resposta é não, certamente. Esta expressão «Coração do
Coração» foi, nos aspetos pedagógicos, uma expressão essencial para não vos
congelar na experiência ou na compreensão, no que vocês nomeiam, por exemplo,
um desgosto, ou ainda ter o coração apaixonado, porque não é essa a questão, eu
diria mesmo que está nos antípodas - porque o amor condicionado é sempre uma
projeção, e é em todos os sentidos da palavra, isto é, tanto psicológico como
energético, como da própria consciência. Que está no Coração do Coração? Eu não vos pergunto para me dizerem «eu»,
«eu» ou «eu não», mas o que é que se mantém no Coração do Coração, acima da
Luz?
Resposta: O vazio.
É quase isso.
Resposta: A nossa chama de
Amor.
Não é bem isso.
Resposta: O nada.
Está melhor mas não é o
nada.
Resposta: A vacuidade.
Está ainda melhor.
Resposta: A Eternidade.
Está melhor.
Resposta: O Silêncio
Está ainda melhor.
O Absoluto. A Luz tem a sua
fonte no Absoluto, Absoluto que é, portanto, anterior à Fonte. Sem Absoluto não há Fonte. Então, do ponto de vista do ego, é o nada, do
ponto de vista do orgulho espiritual, é a sombra, o preto.
O que eu quero que vocês
entendam, pela experiência e não pelos conceitos, é que assim que há uma
manifestação há, portanto, uma caracterização num tempo, num espaço, mesmo que
não seja o nosso na terra, há uma orientação e a tentação, se o posso dizer, de
definir a Luz como sendo o oposto ou o contrário da ausência de luz. No Absoluto, na Eternidade, no Silêncio, não
há nada, e ainda menos o nada, só o ponto de vista do ego mostra isso. Este último Absoluto, “Parabrahman”, está na
fonte do «Eu sou», na fonte do Si e na fonte de toda a manifestação. Além disso os cientistas sabem perfeitamente
que um átomo é essencialmente constituído por vazio, que existe a aparência de
uma distância entre o núcleo e os eletrões.
O espaço e o tempo, em
qualquer espaço e em qualquer tempo, e não somente aqui nesta terra, são apenas
projeções e quando eu digo «são apenas projeções», em todas as acepções da
palavra, não vejam aqui nenhum julgamento nem nenhuma acusação mas antes,
realmente e unicamente, a verdade desta palavra. O que se projeta é sempre projetado a partir
de um ponto, de um lugar, de um local, e mesmo se a projeção é multifocal,
portanto, sem direção privilegiada ou particular, o centro, o Coração do
Coração, o eixo da roda que permite o movimento, ele está sempre imóvel. As projeções da consciência, da Luz portanto,
são infinitas e indefinidas. Elas têm
uma forma de finitude e de definição apenas num determinado quadro, isso foi
chamado de dimensões de vida.
O que eu quero fazer
ressoar em cada um de vós, é isto: nós somos anteriores à Luz, nós somos
anteriores à projeção. Nós somos
efetivamente o não-nascido que nunca nascerá.
Nós somos o que nunca passa e cuja melhor tradução, neste mundo, é
efetivamente o Coração do Coração, o Amor Incondicional, o Silêncio e a
humildade. Isto foi-vos explicado, é a
partir do momento que vocês concordam com o facto de não serem nada dentro do
vosso personagem, da vossa história, deste mundo, que vocês se tornam realmente
o que vocês são, o Todo, e muito mais.
Porque antes do Todo, vocês poderão dizer que há o nada. Mas o nada do ego, o nada ou a sombra do si
espiritual, do orgulho espiritual, leva-vos a colocarem a questão do que é
anterior a isso. Mas este anterior,
vocês sabem, não pode ser procurado. É
como se um peixe que vivesse na água, procurasse a água. É exatamente a mesma coisa. A condição deste corpo, deste saco de carne,
ou deste templo, se preferirem nomeá-lo assim, não muda nada.
Quando eu digo que é
necessário voltar à origem da aparição do sentimento de ser um indivíduo, antes
dos quatro anos, hoje é o mesmo com a origem da Luz, porque a Luz não tem nem
origem nem fim. Vocês veem como as
palavras são limitadas, porque a palavra origem reenvia-vos para uma
localização, a expressão «ponto de partida» reenvia-vos também para um ponto
situado no espaço ou no tempo. O melhor
exemplo, é o peixe que procuraria a água enquanto ele vive na água. Nós, humanos, é como se nós procurássemos
capturar o ar, para compreender o ar que nós respiramos. A qualidade intrínseca da Luz, a primeira
qualidade intrínseca da Luz e a primeira qualidade intrínseca do Amor, é estar
presente em todas as projeções, aqui na terra como em qualquer lugar, em
qualquer dimensão considerada, em qualquer esfera planetária de vida.
Quando nós estamos
incarnados nós somos ignorantes. Essa
ignorância recai sobre nós aos quatro anos, e é aí que nós começamos a
construir as ligações, as histórias, os cenários. Tudo isso acontece com todo o ser humano,
quer ele seja um santo ou quer ele seja um pecador, não muda nada. Render-se à fonte da consciência que é, como
eu vos lembro, a a-consciência, não pode ser uma finalidade. É como se um peixe dissesse que a sua
finalidade era a água – ele está dentro dela.
Da mesma forma, nós não podemos procurar o Amor incondicional porque é o
que nós somos. É neste sentido que todo
o conhecimento não passa de ignorância.
Vocês podem, certamente, definir as características do ar, da água para
o peixe, mas nenhuma dessas características elucidará o mistério porque nenhuma palavra, nenhum conceito, nenhuma
demonstração, mesmo física ou científica, é a Verdade.
Da mesma maneira que, há
muitos anos, muitos de vós praticaram a refutação, que não pode ser confundida com o facto da negação ou o facto de renegar… Refutar não
é ignorar, refutar não é desviar-se, refutar, na linguagem que vocês empregam
hoje, é atravessar, é portanto ser transparente, é acolher. O acolhimento é exatamente o oposto da
projeção, quer seja neste mundo ou em qualquer dimensão. É este acolhimento que vos torna
transparentes, e em caso algum a projeção dos vossos conceitos, das vossas
energias ou das vossas vibrações.
Acolher só se pode fazer em silêncio, e vocês não podem saber o que vão
acolher, vocês não se podem pôr na posição, se o posso dizer, de acolher, ou
seja, nada fechar, permanecer na humildade, na ignorância e, portanto, parar de
projetar. Eu não falo unicamente, mais
uma vez, da projeção no sentido psicológico, mas dos mecanismos da manifestação
da consciência.
Ir à fonte do
Amor, à fonte da Luz, é descobrir o Acolhimento, é viver o Acolhimento, é viver
a humildade. É, de algum modo, não dizer
nem sim, nem não, mas ser neutro nesse acolhimento, porque o Acolhimento, como
o Silêncio, coloca-vos no Coração do Coração, no santo dos santos, onde tudo é
evidência. Desde que haja uma projeção,
mesmo que haja uma explicação, mesmo que haja uma compreensão, só há
ignorância. Acolher é voltar a si, não
ao ego, não ao Si, mas é fazer parar a projeção no seu sentido mais amplo. Acolher coloca-vos, de qualquer modo, nas
melhores condições para serem verdadeiros.
Aqui não é
uma questão de acolher, certamente, os golpes, os sofrimentos, os golpes
baixos. Aqui eu falo-vos dos mecanismos
íntimos da última consciência que vos conduz certamente à descoberta, ao que é
anterior à consciência, ou seja, vocês mesmos.
O acolhimento, através dos conceitos de humildade, de simplicidade, da
Infância, mesmo do «pequeno Caminho», são palavras que foram empregues, permite
de algum modo o retorno ao santo dos santos, no Coração do Coração, e prepara,
portanto, a manifestação da Verdade que sempre esteve aí. O jogo da consciência neste mundo só vos
afasta da Verdade. De projeção em
projeção, de forma em forma, de vida em vida, se apaga a memória e a
experiência da Verdade. Foi-vos dito
durante muito tempo que só vocês podem atravessar essa pseudo última porta,
cabe a vocês realizar a prova de que vocês são anteriores a toda a história, a
toda a fonte, a toda a manifestação.
Encontrar isso,
deixá-lo ser encontrado antes, é a garantia de uma Paz eterna. A problemática essencial é que, a partir do
momento em que vocês jogam o jogo da consciência, vocês entram na ignorância. Quaisquer que sejam os epítetos, as palavras,
as expressões, as frases que podem emergir, tudo isso só podem ser alterações
da Verdade, porque a Verdade não pode ser dita, ela não pode ser provada, ela
não pode ser procurada, ela «é». É
portanto a distância, se o posso dizer, da projeção, que vos leva tanto à
reincarnação como à ilusão de dever melhorar qualquer coisa ou de fazer evoluir
o que quer que seja. Lembrem-se que a
roda não existe porque o eixo permite o movimento da roda, e porque o eixo da
roda, o Tao, está imóvel. O Tao não é um
princípio, não é uma adesão conceitual ou religiosa, ele é acima de tudo a
experiência da Verdade.
Lembrem-se
bem que aqui eu não falo de meditação, que é um ato voluntário, nem de oração,
que é um ato de projeção, mas efetivamente de uma espécie de vacuidade, de uma
espécie de silêncio onde, de algum modo, o nada é a plenitude. O nada do quê ? O nada da consciência,
da projeção da consciência, que vos vai levar inevitavelmente onde sempre
estiveram. E como constatam os irmãos e
as irmãs humanos que foram libertados – de diferentes maneiras, vocês sabem -,
eles não podem mais iludir-se com qualquer projeção ou manifestação que
seja. Aqui esta a fonte da felicidade
eterna, da felicidade, do êxtase, que não são consequências mas que também não
são a Verdade. É a aplicação do bálsamo
da Verdade na ilusão deste mundo, é o encontro entre o Eterno e o efémero, o
que vocês também nomeiam o face-a-face atual, que vos restitui à vossa
integridade que nunca desapareceu, que não tem necessidade de crescer, que
sempre esteve aí.
O Silêncio de
que falamos é o silêncio da projeção e, portanto, o silêncio da
consciência. É o que melhor se aproxima,
ao nível das palavras, da Última Presença e do Absoluto. Não há outra testemunha neste mundo senão
aquela que eu nomearia de equanimidade e a estabilidade de todas as
consciências que vos animam, quer seja a supraconsciência, a consciência da
pessoa, a consciência Turya ou o próprio desaparecimento da consciência. Entendam bem, mesmo com os conceitos, se vocês
quiserem, que sem Acolhimento incondicionado a Verdade não pode ser encontrada.
O Acolhimento
poderia ser semelhante a tornar-se como uma criança. O Acolhimento só se pode fazer além do tempo
e do espaço e, portanto, o que melhor se poderia aproximar é o que foi nomeado
o instante presente ou o Aqui e Agora. É
neste acolhimento que tudo acontece, que tudo se vive, que tudo está inscrito,
que não pode haver a mínima evolução, o mínimo melhoramento, mas que há
simplesmente o livre jogo da consciência.
A problemática, e isso foi-vos explicado durante muitos anos, é que
absolutamente tudo o que é projetado neste mundo, e mesmo a espiritualidade,
vos afasta do Acolhimento, vos afasta da inocência, enche-vos a cabeça de
ideias, de conceitos, de adesões, de crenças, de projeções no futuro.
É necessário
estar presente, não para si mesmo mas, através do Acolhimento, presente no
nada, na vacuidade, no desconhecido. Mas
mantenhamos a palavra «desconhecido» porque «nada» ou «vazio» remete-vos para o
que o ego odeia. Quando o ego ouve
«vazio» ou «nada» ele retrai-se. A
retração também impede o Acolhimento do que é, do que foi, do que será, que não
tem relação nenhuma com qualquer forma, qualquer dimensão. Quando eu dizia que ser nada era ser tudo,
era a estrita verdade. Ser tudo não
quer dizer ser todas as consciências, mesmo que não haja limite a esse nível, é
viver que vocês estão na origem da consciência, não somente da vossa, dentro
das suas histórias, dentro das suas origens, estelares ou galácticas, que eu
sei ainda, neste último ponto, que é anterior à Fonte.
Isto não
pode, portanto, ser o ponto de partida mas o ponto de apoio da partida, do
aparecimento dos cenários, das histórias, dos corpos, das dimensões.
Para aquele
que não é nada, ele é tudo. Isto foi
nomeado, creio eu, junto de vós, o pequeno Caminho ou o Caminho da Infância, o
caminho da humildade. Eu diria, de forma
estrondosa que isso foi há alguns anos, ou quando eu estava nesse corpo que era
meu, e que não era eu mas que era meu. É
o vosso corpo mas vocês não são esse corpo.
Ele é vosso, vejam a diferença, não no conceito mas a experiência. É muito complicado aceitar ir além das
palavras, sobretudo quando as palavras são pronunciadas, mas vejam isso
claramente no silêncio entre as minhas palavras.
No momento em
que eu constato, como os Anciãos, como as Estrelas, como os Arcanjos, como o
Sol, em que muitas consciências na terra, irmãos, irmãs, redescobrem esta
verdade primeira, eles são o testemunho da perfeição, não de pessoa, ela nunca
será perfeita, mas a perfeição da Verdade.
Não através das palavras, das roupas, das posturas – vocês não
necessitam de equipamento, vocês não necessitam de vestido laranja, vocês não
necessitam de rosário, de japamala, de deus -, vocês são anteriores a tudo
isso. E interiores e a tudo isso. Só a projeção vos faz aderir a isso. No Acolhimento não pode haver nenhuma
projeção, vocês são neutros, vocês escapam assim, de uma certa maneira, à
dualidade inexorável neste mundo, de toda a manifestação. Colocando-vos acima
da dualidade, vocês vivem realmente a Unidade, não enquanto conceito mental de
ultrapassagem do bem e do mal, do yin e do yang, que é inexorável neste mundo,
mas mesmo esse inexorável apoia-se na mesma fonte, no mesmo elemento que é
anterior à Fonte.
Dito de outra
forma, acolher coloca-vos naturalmente no Aqui e Agora, coloca-vos naturalmente
onde vocês sempre estiveram. Estas
palavras, eu não as pude pronunciar quando da minha última incarnação, nem
mesmo há alguns anos. Isto é
independente do movimento dos astros e mesmo do que vocês nomeiam Nibiru, mas é
próprio da consciência quando ela deixa de projetar, quando ela entra no
Acolhimento. Esta palavra Acolhimento
evita os perigos de imaginar o Coração do Coração, porque a palavra «acolhimento»
é suficientemente vasta e comprida, qualquer que seja a língua, qualquer que
seja a cultura, porque o Acolhimento é um movimento de restituição ou que, de qualquer modo, dá a ilusão de um movimento
de restituição, porque não há nada a restituir, isso sempre esteve aí.
Lembrem-se,
só a projeção em todos os seus sentidos vos impede de acolher. A relação, da qual vos falou o Arcanjo da
Relação, quer essa relação se estabeleça com o Invisível, os povos da natureza,
os grandes mestres que partiram, pouco importa, depois da relação vem o tempo do
Acolhimento, que não faz mais distinção e que permite, pela transparência, pela
não-reação, estar de qualquer forma na ação correta, mas que não depende de uma
qualquer projeção da consciência mas de uma espontaneidade que nasce pela
Infância, pela humildade, e brilha no meio da Ilusão.
Lembrem-se,
isso não pode ser uma busca – se vocês procuram ainda hoje, vocês não
encontraram nunca. Para encontrar
necessita parar toda a busca e toda a projeção para, na verdade, não encontrar,
mas reencontrarem-se. Aqui está o único
e verdadeiro conhecimento, o da vossa essência, qualquer que seja a máscara,
qualquer que seja a vossa vida, e qualquer que seja o mundo, que é, eu vos
lembro, uma coisa natural, evidente, em todas as outras experiências da
consciência que não estão ligadas a este mundo.
A consciência
é um jogo que vocês decidiram jogar, mas o jogo da consciência deste mundo não
permite o Acolhimento, ele só permite a projeção, as suposições, as reflexões,
as cogitações e as compreensões, mas vocês não podem compreender o que vocês
são. Será que o peixe pode compreender a
água ? Será que o homem pode compreender o ar, mesmo se o
analisar ? Nós dizemos que o corpo
humano é composto na sua maior parte por água.
Vocês conhecem as características da água, a sua temperatura, o seu
ponto de ebulição, o seu ponto de congelação, mas será que isso vos dá a viver
a água ? Não, isso são projeções. A
única forma de viver o Éter da Verdade é parar de querer compreender, cessar de
querer apreender e apropriar-se, mas
acolher.
Acolher é um
relaxamento, não há movimento, não há tempo, não há espaço. Desde que haja uma projeção, há tempo, há
espaço. Nada é verdade no tempo e nada é
verdade no espaço, isso diz respeito à pessoa, à história. Mas para aqueles que a vivem, esta verdade é
imparável. Vocês não são nem o corpo,
nem a vida, nem mesmo a consciência. A
consciência é o suporte do jogo. A
consciência permite-vos jogar, quer seja nesse corpo ou mesmo no que vocês
nomearam o corpo de Eternidade que, eu creio, é nomeado o corpo imortal ou o
corpo sem costura. Mas o que vocês são
não tem nada a ver com um corpo, é um veículo que vos leva ao jogo da
consciência, mas vocês não são o jogo da consciência. Aqui está a verdadeira liberdade e é aqui que
se mantém a Luz, é aqui que se mantém o Amor incondicionado.
Parar o motor
do sofrimento é parar de se identificar com qualquer futuro, com qualquer
passado, é ser virgem, é estar disponível.
A intensidade, a evidência da Luz é tal que, hoje, só a vossa projeção
vos impede de serem livres. Não há
nenhum outro obstáculo, nem de idade, nem do fim dos tempos, que segure. Não se coloquem, de qualquer modo, no balanço
do que vocês nomeiam o fim dos tempos
ou o fim da matéria, não se coloquem no balanço de uma projeção de futuro, de
uma dúvida, de um medo, ou do retorno da Luz.
Não estejam dependentes das circunstâncias, quer sejam as circunstâncias
do cosmos ou as circunstâncias do vosso corpo.
Se vocês estão dependentes, de acordo convosco, do fim dos tempos, vocês
não são livres. Se vocês estiverem
dependentes de um sofrimento, onde quer que esteja, como podem ser
livres ? Vocês não acolhem.
Eu penso que
os Melquisedeques foram extremamente precisos nesta noção de espontaneidade, de
Acolhimento, de inocência, da Infância.
Podíamos colocar vinte palavras mas acolher, é acolher. Vocês não podem acolher e projetar, e se
vocês realmente acolhem, então todas as projeções, tanto no sentido nobre como
no sentido pejorativo, serão possíveis, mas nenhuma poderá dirigir o que quer
que seja como modificação. Vocês
encontraram, vocês reencontraram-se, vocês são anteriores ao conhecimento,
anteriores à forma, anteriores à Luz. E
hoje, nós vos falámos da Inteligência da Luz, da ação da Graça, do estado de
Graça. São pontos de referência que
foram úteis mas hoje livrem-se de qualquer referência. Não conceptualizem nada, não tragam nada do
passado ou do futuro, traga tudo para o instante presente. A melhor forma é acolher.
Quem quer
dizer alguma coisa sobre Acolhimento e acolher ? O que significa isso para vocês ? Acolher
quer dizer passar pela aceitação, aceitar, sobretudo quando vocês não
compreendem, sobretudo quando vocês não têm justificações, quando não têm
explicações. Porque acolher é
desaparecer, é não mais reagir, é estar realmente disponível para a Verdade e
para nada mais, mesmo se tudo o resto vos é oferecido. Há uma expressão, na vossa linguagem, que diz
«não pôr a carroça à frente dos bois».
Enquanto vocês se interrogarem sobre o Amor, sobre a vibração, sobre a
consciência, evidentemente, hoje, vocês não podem estar no Acolhimento.
Este
Acolhimento pôde ser nomeado, junto do que vocês nomeiam os primeiros cristãos,
a oração do coração. Não é uma oração
que visa obter o que quer que seja mas uma oração ao seu próprio coração, sem
pedido, sem objeto, é acolher. Porque no
Acolhimento não pode haver lugar para o sofrimento, para o rancor, para a
Ilusão, visto que tudo é acolhido. E a
partir do momento em que vocês acolhem o Todo não sendo nada, não parando nada,
vocês tornam-se, vocês encontram o que vocês são, anteriormente às vossas
origens, às vossas linhagens, às vossas experiências. A Alegria e o contentamento eternos não podem
ser encontrados em outros lugares. Todas
as alegrias encontradas em outros lugares, todos os contentamentos encontrados
em outros lugares são apenas derivados e estão apenas de passagem.
Ir à fonte da
consciência é ser imutável, é ver a vaidade do tempo, a vaidade do espaço, a
vaidade do karma, a vaidade de uma qualquer evolução do que sempre foi perfeito
de toda a eternidade. Deem-se conta,
somos nós que colocamos uma distância em relação à perfeição pelo simples facto
de nomear, de etiquetar, de referenciar.
Deixem isso ser feito pela organização da vida neste mundo, mas não
apliquem os princípios de organização deste mundo no que vocês são. Vocês não são deste mundo. As leis deste mundo não têm, portanto, nenhum
efeito nem nenhuma ação sobre o santo dos santos, sobre a Última Presença ou a
Infinita Presença. Isso são, mais uma
vez, apenas palavras mas que vão traduzir a vossa realidade, se vocês o vivem,
se vocês se encontram. Não façam
conceitos mentais ou objetivos.
Hoje vocês
estão nos tempos da simplicidade e da simplificação. Além disso foi-vos dito que a Luz era simples e
evidente. Se isso não o é, então, vocês
não se re-encontraram, vocês ainda jogam, vocês projetam cenários, histórias. Vocês têm inteira liberdade e todas as
latitudes para realizar esses jogos, mas onde tem origem o jogo, onde tem
origem a consciência ? Na
a-consciência o que está além é anterior e posterior à Luz e expressa-se em
todos os lugares, manifesta-se em toda a expressão, em toda a projeção, em todo
o Acolhimento.
Então eu
desejaria que nas horas que nós vamos
passar juntos vocês não questionassem mas que afirmassem, não uma verdade
parcelar mas que testemunhassem com as vossas próprias palavras. O sofrimento é uma zona, um estado, uma parte
do corpo, um tempo, um espaço que ainda não foi encontrado e que ainda não foi
iluminado, não do exterior mas do interior, pelo Acolhimento. Foi-vos dito, Maria redisse-o recentemente,
que ela estava em vós e que, mesmo que o local onde vocês estão neste mundo vos
faça sentir alguma coisa de exterior, como uma relação, um contacto, sempre vos
foi pedido para verem que isso está em vós e que isso são vocês.
Acolher não
tem, portanto, nada a ver com acolher um convite. Aqui é uma questão de se acolherem a vós
mesmos, de acolher a Luz, não através de uma fonte exterior ou através de um
ser que seja mais luminoso, mas por vós mesmos, acolherem-se a vós mesmos, onde
nada pode resistir, nada se pode opor, nada pode ser dialética, onde tudo é
Evidência. O Libertado vivente vê a Evidência
em todo o lado, e esta evidência não tem nada a ver com uma compreensão ou uma
explicação. É realmente aplicar a este
mundo um novo olhar, certamente que não julga mas um olhar pleno e inteiro que
vê tudo, não com um só olho mas com os dois olhos, com a consciência, com o
sentimento, com os conceitos, com os afetos, sem esforço.
Além disso a
Luz não conhece o esforço. E deem-se
conta que vos venderam durante milénios a ideia de que era necessário fazerem
esforços para melhorarem, tornarem-se santos, serem bons, que havia karmas a
eliminar, coisas a ajustar. Mas a única
coisa que é para ajustar é o sentido da vossa consciência,
projeção-Acolhimento. Quem diz projeção
diz tempo e espaço ; quem diz Acolhimento diz fim do tempo e do espaço,
Liberdade. Não a liberdade de ir e vir
no palco do jogo, isso vocês terão todos os dias, aqui ou em outro lugar, mas a
liberdade de ser verdade, sem falsas pretensões, sem evasões, sem ilusões, sem
visões, sem história.
Então, eu
gostaria que as reflexões, mais que as questões, que nós vamos trocar, fossem
úteis para cada um de vós, não para refletir, não para saber se é verdadeiro ou
falso, mas para vos instalar realmente e concretamente nesse santo dos santos,
para ver no interior, além de toda a visão – quer ela seja etérica, do coração,
do terceiro olho, de não importa o quê -, para ver com a consciência, a
Verdade. Mas mesmo esta verdade vista já
é uma projeção. É necessário voltar lá
também, eu diria, anteriormente a isto, como eu dizia em relação à vossa vida,
voltar à fonte do vosso sentido de ser um indivíduo, cerca dos três-quatro
anos. Hoje, nos mecanismos íntimos da vossa pessoa, não se coloquem questões,
acolham. Vocês não precisam de mantras,
vocês não precisam de templo exterior, vocês não precisam do olhar do outro,
vocês não precisam de mim, nem de vós, precisamente e pelo contrário.
Aqui está a
Eternidade. Vendo-a aqui, no santo dos
santos, vocês a podem ver em toda parte, tanto neste mundo como em todo o
jogo da consciência fora deste mundo.
Além disso eu creio que a Fonte tinha
nomeado isso : o Juramento e a Promessa. Mas ele chegou, o Juramento, e a Promessa,
eles estão atualizados, isto foi-vos dito.
O que é que fizeram ?
Acolham, o
Acolhimento antes de tudo, o Aqui e Agora e retenham, eu repito-o, não há esforço. É a projeção que é um esforço, não o
inverso. Quando eu falo de Acolhimento,
eu não falo do inverso da projeção, que vocês nomeiam, creio eu, a
introjeção ; vejam o significado desta palavra. O Acolhimento não é o
inverso da projeção, é o desaparecimento da projeção, a aniquilação de todo o
movimento da consciência, a imobilidade total que é a Morada da Paz Suprema e o êxtase. Vocês sabem, enquanto uma
alegria depender de uma circunstância, de uma energia, de um reencontro, essa
alegria não é livre, ela é reativa e condicionada. A Alegria de que vos falam os intervenientes,
os Libertados viventes, não é nada disso.
É ao mesmo tempo a Liberdade e a Fixidade dentro da Eternidade. Aqui está o Amor, porque aqui vocês estão na
fonte do Amor, anterior a todo o jogo.
Encontrar
isso é a chave, mas não procurem meter essa chave numa porta porque quando
vocês tiverem essa chave, vocês a jogarão fora – não há porta. Hoje, a única maneira de escapar do tempo não
é fugir do tempo ou dos tempos que são para viver nesta revelação, mas
realmente atravessar isso, não lutando, não se querendo proteger do que quer
que seja, mas acolhendo. Se o princípio
e o fundamento do Acolhimento estão presentes, então há uma facilidade, leveza,
e mais uma vez, equanimidade. Nada mais
pode mexer no que vocês são, quaisquer que sejam os movimentos do vosso corpo,
seja o que for que vocês tenham a realizar na vida comum.
E além disso
vocês constataram, ou constatarão, que todas as obrigações, mesmo as mais
detestáveis para a pessoa, são vividas com o mesmo coração junto daquele que
está libertado da pessoa. Não há mais
valor em dirigir um país do que em lavar corretamente a sua louça, não há mais
valor em função dos conhecimentos, há o valor justo, e que é visto em cada
evento, em cada mundo, em cada irmão, em cada irmã, em cada inimigo, em cada
intruso deste mundo.
A única
questão que vocês devem colocar a vós mesmos hoje, se o posso dizer, é :
«Será que eu quero realmente ser livre ou será que isso não é mais uma
reivindicação da minha consciência que considera a Liberdade como a liberdade
da projeção ? Procurem primeiro a
verdadeira Liberdade e todas as outras liberdades estão presentes.
Tomando um
outro exemplo, antes de te dar a palavra : não serve de nada saber
costurar, não serve de nada ter agulha e linha se vocês não sabem como passar a linha pelo buraco da
agulha. É o mesmo para o Amor. O que queres dizer ?
Nós o
convidamos, se estiver de acordo, a continuar a sua intervenção amanhã.
Então, eu
terminarei com estas palavras para vocês que estão presentes, e que estarão
presentes, certamente, no momento em que vocês o forem ouvir, fazer uma pausa
na vossa audição ou na vossa leitura, o que efetivamente vai ser feito agora,
ouvir novamente, reler, até mesmo tentar refletir sobre esta noção de
Acolhimento, e eu convido-vos amanhã, ou em outros dias, a escrever, a pensar
tudo o que é para vocês o Acolhimento. Vocês têm, portanto, o tempo da
cogitação, o tempo da reflexão para que nós nos estabeleçamos mais tarde,
amanhã para vocês, numa troca. E aqui
sou eu que vos vou acolher. Não tenham
medo de nada e sobretudo de se enganarem, aqui não pode haver erro. Quanto à refutação, eu vos direi para
acabarem hoje, porque as minhas palavras não podem falhar. Se vocês utilizam estas palavras nestes
tempos que vocês vivem, vocês não podem falhar, é impossível. O fracasso faz parte da Ilusão.
Com isto,
Bidi saúda-vos e convida-vos a entrar em vós para continuar estas entrevistas,
estas reuniões, estas trocas, para o bem de todos. Bidi saúda-vos.
***
Tradução : Cristina Marques
PDF (Link para download) : bidi - PARTE 1 - QR -
Outubro 2017
É como se um peixe que vivesse na água, procurasse a água.
ResponderExcluir.........
Quando nós estamos incarnados nós somos ignorantes. Essa ignorância recai sobre nós aos quatro anos, e é aí que nós começamos a construir as ligações, as histórias, os cenários.
.........
O nada do quê ? O nada da consciência, da projeção da consciência, que vos vai levar inevitavelmente onde sempre estiveram.
.........
A problemática, e isso foi-vos explicado durante muitos anos, é que absolutamente tudo o que é projetado neste mundo, e mesmo a espiritualidade, vos afasta do Acolhimento, vos afasta da inocência, enche-vos a cabeça de ideias, de conceitos, de adesões, de crenças, de projeções no futuro.
.........
A consciência é um jogo que vocês decidiram jogar, mas o jogo da consciência deste mundo não permite o Acolhimento, ele só permite a projeção, as suposições, as reflexões, as cogitações e as compreensões, mas vocês não podem compreender o que vocês são.
"Eu penso que os Melquisedeques foram extremamente precisos nesta noção de espontaneidade, de Acolhimento, de inocência, da Infância. Podíamos colocar vinte palavras mas acolher, é acolher. Vocês não podem acolher e projetar, e se vocês realmente acolhem, então todas as projeções, tanto no sentido nobre como no sentido pejorativo, serão possíveis, mas nenhuma poderá dirigir o que quer que seja como modificação. Vocês encontraram, vocês reencontraram-se, vocês são anteriores ao conhecimento, anteriores à forma, anteriores à Luz. E hoje, nós vos falámos da Inteligência da Luz, da ação da Graça, do estado de Graça. São pontos de referência que foram úteis mas hoje livrem-se de qualquer referência. Não conceptualizem nada, não tragam nada do passado ou do futuro, traga tudo para o instante presente. A melhor forma é acolher."
ResponderExcluirPor isso, "qualquer" forma de projeção é o mesmo que "perpetuar" o "confinamento", dar combustível ao "mental" e ao "Ego" que nos aprisionam a "eons". Por isso a "única" saída é o Acolhimento!
ExcluirPerfeito
Excluir"Lembrem-se, isso não pode ser uma busca – se vocês procuram ainda hoje, vocês não encontraram nunca. Para encontrar necessita parar toda a busca e toda a projeção para, na verdade, não encontrar, mas reencontrarem-se".
ResponderExcluirEm Unidade,
Alexandre
��
Por isso mesmo devemos "acolher" e não "procurar".
ExcluirEstejamos leves para "acolher", quando nos vier "premiar" da "alegria" e o Amor Incondicional, o amor do Outro Mundo !!!
Muito obrigado Cristina, pela tradução. Rendo Graças.
ResponderExcluir👍💓👏👏👏
Excluir"Parar o motor do sofrimento é parar de se identificar com qualquer futuro, com qualquer passado, é ser virgem, é estar disponível.
ResponderExcluir......................................................................
E a partir do momento em que vocês acolhem o Todo não sendo nada, não parando nada, vocês tornam-se, vocês encontram o que vocês são, anteriormente às vossas origens, às vossas linhagens, às vossas experiências."
Eis algumas palavras que fluem de meu Coração: Acolha, mesmo que seja um sofrimento, não pense que há algo errado, que é uma prova, que você está sendo testado pela a Luz; deixe passar, deixe ir, não há vitória a obter no seio da ilusão, é na sua rendição que a Graça, a Eternidade se revelam. Tudo o que a pessoa acredita saber, é ignorância, o que você é, é anterior à pessoa, anterior à Criação, então a Verdade emerge num instalar de dedos, sem o seu esforço. Você pode relaxar e voltar aos seus 3 anos, ou você pode ir além, pode morrer estando vivo, isto é, ir a outra margem, depois você ri de tudo isso, pois mesmo a porta estreita era uma ilusão. Vejo irmãos que ainda apontam coisas, tal coisa é dos arcontes,é farsa, isso é da Luz autêntica. Parem de pesar, parem de medir, você não pode sair do jogo, sendo que você ainda está focando no que se joga; acolha tudo, estando neutro, pois tudo está em você. A Verdade é o que você é, ela te liberta, e te faz rir de todos os absurdos que você percorreu neste espaço-tempo. E de repente, todas as suas mágoas, todas as suas dores, tudo aquilo que parecia te dilacerar, foram os seus trampolins para retornar à Eternidade, e percebe-se que tudo é perfeito mesmo em meio a imperfeição dos jogos que foram criados.
Perfeito, Luiz Antonio !!!
ExcluirEsses comentários estão sendo bastante válidos para o "acolhimento" desta mensagem de Bidi...
ResponderExcluirGrato a todos os que conseguiram isso e estão compartilhando.
Anthar
Desde que haja uma projeção, mesmo que haja uma explicação, mesmo que haja uma compreensão, só há ignorância. Acolher é voltar a si, não ao ego, não ao Si, mas é fazer parar a projeção no seu sentido mais amplo. Acolher coloca-vos, de qualquer modo, nas melhores condições para serem verdadeiros.
ResponderExcluirO jogo da consciência neste mundo só vos afasta da Verdade. De projeção em projeção, de forma em forma, de vida em vida, se apaga a memória e a experiência da Verdade.
Quaisquer que sejam os epítetos, as palavras, as expressões, as frases que podem emergir, tudo isso só podem ser alterações da Verdade, porque a Verdade não pode ser dita, ela não pode ser provada, ela não pode ser procurada, ela «é».
O Acolhimento poderia ser semelhante a tornar-se como uma criança.
O Acolhimento só se pode fazer além do tempo e do espaço e, portanto, o que melhor se poderia aproximar é o que foi nomeado o instante presente ou o Aqui e Agora.
Lembrem-se, isso não pode ser uma busca – se vocês procuram ainda hoje, vocês não encontraram nunca. Para encontrar necessita parar toda a busca e toda a projeção para, na verdade, não encontrar, mas reencontrarem-se.
A consciência é um jogo que vocês decidiram jogar, mas o jogo da consciência deste mundo não permite o Acolhimento, ele só permite a projeção, as suposições, as reflexões, as cogitações e as compreensões
A única forma de viver o Éter da Verdade é parar de querer compreender, cessar de querer apreender e apropriar-se, mas acolher.
Vocês não são nem o corpo, nem a vida, nem mesmo a consciência. A consciência é o suporte do jogo. A consciência permite-vos jogar, quer seja nesse corpo ou mesmo no que vocês nomearam o corpo de Eternidade que, eu creio, é nomeado o corpo imortal ou o corpo sem costura. Mas o que vocês são não tem nada a ver com um corpo, é um veículo que vos leva ao jogo da consciência, mas vocês não são o jogo da consciência. Aqui está a verdadeira liberdade e é aqui que se mantém a Luz, é aqui que se mantém o Amor incondicionado.
Grato Cristina
Rendo Graças
E agora? Diante desta MENSAGEM, só nos resta, liberarmos de todas estas tranqueiras, que trouxemos até aqui, seja o que for, seja o nome que demos, pois como pessoas, só conseguimos criar, o que estamos vemos no mundo.... Pessoa, gente, são sinônimo de Ilusão!
ResponderExcluirA Liberdade é primordial... O Acolhimento só pode acontecer no Aqui e Agora, e qualquer outra coisa, é empecilho, é escuro,....
No momento da manifestação, ali é uma explosão da Luz. Pronto! Acolher! Atravessar! Liberar!
Só isso... Já ouvi muito: ‘é só isso, o resto é confusão’ ...
Kkkk. Se fosse tão fácil assim para nós, pobres viciados em "dualidade", no "ego", no "mental" e todas as demais "tranqueiras", nossos amigos celestiais não estariam aqui para nos ajudar. Kkkk
ExcluirPara quem já acordou, realmente tudo ou quase tudo isso que diz a MSG é muito simples, pois é justamente o que ele vive, e ele não enxerga outra coisa. É claro que esse acordar aconteceu, e foi acontecendo mais, não tendo sido pois nenhuma obra pessoal, de quem quer que seja. Para qualquer pessoa, seja de qual nível for, cujo prisma é necessariamente subordinado ao conhecido, onde ela acha inclusive que protagoniza sua própria vida, é evidente que todas essas falas dos intervenientes, em especial a do Bidi, são o que existe de mais estranho e inadmissível, digamos assim. Como seria possível alguém vê ou ouvir alguma coisa, e logo não tentar identificá-la e procurar nominá-la, por exemplo? Como seria possível alguém perceber algo, e se restringir exclusivamente à percepção ocorrida, sem emitir qualquer pensamento a respeito? Como reconhecer tanto valor numa consciência meio que de criança, que nada sabe, que nada avalia, que nada mede, que nada compara, que nada julga? Como seria possível aceitar que é "morrendo" que se vive? Como seria possível conformar-se com a ideia de que um mero pensar já adultera (faz uma coisa virar outra)? Como seria possível consentir e concordar que é fundamental o desaparecimento das construções mentais e emocionais? ... Bem, de qualquer modo, por sorte, existe esse acordar individual, já realidade para muitos, mas sobretudo o acordar coletivo vindouro, tão prometido. É claro também, que esse acordar individual, já efetivo em muitos, não necessariamente se reflete em plena e total consciência para todos estes, mas que já se reflete em suficiente ressonância com esse conteúdo tão impessoal, por exemplo; o que já é marcador e garantia de um novo viver.
ResponderExcluirAmado Bidi, sempre maravilhoso! Gratidão.
ResponderExcluirViver no AQUI e no AGORA - é simples assim.
O melhor lugar do mundo é AQUI. O melhor momento é AGORA.
AQUI é o melhor lugar. AGORA é o melhor momento.
Alegria e Paz em TODOS os CORAÇÕES.
Inté...
FatimaAurora
Acolher é voltar a si, não ao ego, não ao Si, mas é fazer parar a projeção no seu sentido mais amplo. Acolher coloca-vos, de qualquer modo, nas melhores condições para serem verdadeiros.
ResponderExcluirA consciência é um jogo que vocês decidiram jogar, mas o jogo da consciência deste mundo não permite o Acolhimento, ele só permite a projeção, as suposições, as reflexões, as cogitações e as compreensões, mas vocês não podem compreender o que vocês são.
O Acolhimento não é o inverso da projeção, é o desaparecimento da projeção, a aniquilação de todo o movimento da consciência, a imobilidade total que é a Morada da Paz Suprema e o êxtase.
Acolham, o Acolhimento antes de tudo, o Aqui e Agora e retenham, eu repito-o, não há esforço. É a projeção que é um esforço, não o inverso.
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Então, Caros experienciadores da 3DD, entramos tão fundo no jogo que a Verdade virou sonho e a ilusão vida. Os intervinientes estão tendo um trabalho espantoso para nos acordar e estamos de fato num movimento alucinante de despertar individual. Só posso afirmar, OHGLORIA, OHGLORIA, OHGLORIA!!!
Sara...
Acolhimento faz parte da nossa essência, é a doação, é doar-se ao verdadeiro amor ou o amor que nós sempre fomos.
ResponderExcluirGratidão e acolhimento, sigamos divulgando e espalhando estas verdades eternas, colaboremos com o Reino de Luz que mesmo já estando desde toda eternidade, agora se estabelece em nosso plano físico, compartilhemos nobres amigos, Agradeço ao site e a tradutora..
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