BIDI - Parte 4 - Q/R - 16 de Outubro de
2017
Mensagem de 16 de outubro de 2017 (publicada em 29 de
outubro)Origem francesa – recebida do site Les Transformations
Áudio da Leitura da Mensagem em Português - por Noemia
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Eh bem
Bidi está com vocês e vos saúda. Instalemos, se vocês querem, alguns momentos de
silêncio, de recolhimento e de Acolhimento.
… Silêncio…
Para a
sessão deste dia, nós vamos reproduzir a atmosfera na qual eu realizava meus
próprios encontros quando estava em meu saco de carne. Trata-se então de uma troca, onde as palavras
são certamente importantes porque elas não serão resultantes de qualquer
conceito, mas sim do coração. Além de
todo mental e além das palavras, é claro, há e haverá uma atmosfera particular.
Isso se produzia a cada encontro que se realizava comigo.
Assim,
para essa forma de troca, é indispensável que a grande maioria de vocês fale,
mas todavia não se trata de falar de não importa o que, nem não importa
como. O objetivo de nossas trocas, neste
dia, é de tocar o santo dos santos pela atmosfera e o Verbo, afim de que em
vosso interior, como para cada um de vocês que poderá escutar, ouvir ou ler, a
mesma alquimia se desenrole. Retenham
simplesmente que quando dessas trocas, nós só evocaremos o que é permanente,
através de vossas questões ou de vossos silêncios. Tudo o que nos puxar fora
desse santo dos santos, quer dizer os conceitos, as ideias, não nos serão de
nenhuma utilidade. Quer seja através de vossos silêncios, vossas interrogações,
elas devem concernir exclusivamente ao que vive vossa consciência e não
qualquer projeção de vosso mental para um tempo futuro ou passado. Eu recentrarei sistematicamente nossas trocas
nesse santo dos santos.
Muitos de
vocês, além disso, poderão através da questão ou interrogação de um outro irmão
ou outra irmã, encontrar também uma ressonância que lhe é própria. As palavras deste dia, as vossas como as
minhas, vão levá-los a instalar com Evidência, a futilidade dos pensamentos,
das histórias, de tudo o que apenas passa.
Portanto hoje, eu me dirijo de maneira muito mais específica além de
vossas pessoas, ao que não passará jamais.
Retenham bem que além das palavras, o que há entre as palavras é primordial. Nós não vamos contar histórias, nós não vamos
falar do passado, nem do futuro, nem de tradições, tudo será centrado na
consciência, além do personagem, além de qualquer história. Poderei ser conduzido também, em alguns
casos, a desentocá-los, para esclarecer o que deve ser.
Tendo
colocado esses princípios, vamos começar nossas trocas no coração da Verdade,
esse coração da Verdade que não tem o que fazer de vossa pessoa ou de qualquer
narrativa de vossa vida neste mundo.
Retenham também que mesmo se vocês não tomam a palavra e permanecem no
silêncio, vocês são concernidos igualmente pelo que vai se trocar e dizer. Tendo dito isso, nós podemos começar.
Em seguida
eu vos apresento três questões de irmãos e irmãs que não estão presentes ?
Sim. Espero
que eles não estejam ao volante ou ocupados com outra coisa, mas vamos.
Questão: bom
dia Bidi, eu não tenho questão particular, mas você tem algo a me dizer ?
O que você
deve ouvir está contido em uma frase que eu vou desenvolver. É :
« Ame-se, a você mesmo. »
Mesmo neste plano de manifestação onde você está, qualquer que seja o
amor manifestado, convém antes de tudo que esse amor seja idêntico e voltado a
você mesmo. A partir do instante em que você se amar na justa medida, além da
história e da pessoa, você constatará com facilidade que as circunstâncias
atuais de teu efêmero serão transcendidas e magnificadas por um sopro novo que
não é nada mais do que o amor que você conduz a você mesmo, eu o repito, além
de qualquer história.
Todo amor
projetado é vivido em alguma relação que seja. Se não houve a condição prévia
do amor por si, além do saco de carne e da alma, o amor da Verdade que se
transpõe de forma, o amor manifestado e projetado neste mundo será sempre e
sistematicamente amputado porque ele será condicionado, e o maior dos
condicionamentos é a distância que vocês colocam entre o que vocês projetam,
que isso seja mesmo um amor filial, e o amor para com vossa eternidade.
Amar a si
mesmo não é narcisismo nem egocentrismo, é simplesmente aceitar o que você é,
mesmo e sobretudo se você não o conhece. Caridade bem ordenada começa por si
mesmo. Não serve para nada querer servir, querer ajudar, querer amar, sem
conhecer o fundamento essencial do Amor incondicionado, mesmo se ele ainda não
é vivido. Admiti-lo como um postulado, a
priori, que é claro, será verificado pelo jogo da consciência, mesmo em meio a
tua vida comum. Você não pode restaurar
o que te parece incompleto ou distorcido enquanto o amor por você mesmo não é
completo e correto. A partir do instante em que essa reversão para você mesmo
estiver integralmente realizada, e você não tem necessidade de tempo para isso,
então tudo o que aparecer na tela da consciência comum será vivido de maneira
muito diferente, pois lembre-se de que a Inteligência da Luz, mesmo se você não
reconhece em verdade no momento, trabalha e age.
O problema
é que se o amor exprimido e manifestado é incompleto, ele pode apenas produzir
um amor incompleto no exterior, e isso em qualquer relação que seja, e
sobretudo nas relações as mais íntimas, as mais próximas. A melhor maneira de proceder, é aceitar o
postulado de que você é amor, apesar e através do personagem, o que quer que
ele viva, e nesse momento a comunhão, a relação, baseada no amor, te aparecerá
então em sua verdade nua. Você não tem necessidade de conceitos, você não tem
necessidade de se justificar, mas você tem necessidade de aceitar tudo o que a
vida te propõe, sem nenhuma condição, e lembre-se de que qualquer que seja a
dureza aparente de um evento ou circunstância, vividas em meio ao efêmero, hoje
tudo concorre à mesma coisa, quer dizer reencontrar-se. Não serve para nada
gesticular, não serve para nada argumentar, não serve para nada querer resolver
uma dada situação, visto que a situação dada não é senão o resultado de uma
certa forma de incompletude interior.
Esqueça-se
e reencontre-se. Você não tem necessidade de ninguém, você não tem necessidade
de nenhum mestre, de nenhuma circunstância, porque as circunstâncias que você
vive são muito exatamente aquelas que te são necessárias para ser verdadeiro, o
que não quer dizer que teu personagem se comporte de maneira falsa, mas que
você não se reconheceu suficientemente além de qualquer história que você
conduza. Reencontre-se, e se reencontrar
não tem necessidade de circunstâncias, não tem necessidade de estar à vontade
no afetivo, no mental, na vida, você simplesmente tem necessidade de
reencontrar-se voltando-se para você, sem projeções, sem ideal, sem objetivo.
Quem é você, antes de querer saber o que viver e o que decidir.
O tempo
não é mais para a linearidade, para a reflexão, para a compreensão, ele é para
a vivência direta, não da história que se desenrola, ela é inevitável, mas bem
antes em teu interior. Atravesse as
emoções, os medos, você não é isso. Contente-se em estar nesse acolhimento
incondicional da Verdade última que você não percebe no momento. Isso será suficiente para provocar a
percepção consciente, mesmo em meio ao personagem, do que você é. Então a tela do que é para viver, tua cena de
teatro, será iluminada de uma maneira que mudará tudo, porque teu ponto de
vista não será mais aquele de uma pessoa com suas feridas, seus afetos, mas o
ponto de vista de tua eternidade. Você
então relativizará tudo o que pode te ferir e você sorrirá. Qualquer drama não
é senão a antecâmara da Alegria.
Muitos
entre vocês o vivem ou o viverão, é um choque resolutivo, essencial, a fim de
vos colocar na melhor postura de consciência, para vos colocar em adequação
nesse face à face último de vosso comum e de vossa eternidade, levando-os, uns
e outros, a aquiescer ao vosso sacrifício da história do saco de carne, das
relações. É a única maneira, para muitos entre vocês, de colocar fim aos jogos
estéreis que apenas distanciam da Verdade, sob o pretexto de segurança, sob o
pretexto de afetos.
Em resumo,
a Luz te diz e te mostra : o que é o mais importante ? O que é
essencial ? É assim que se realiza a iluminação da Verdade e sua vivência,
que não tem nada a fazer das circunstâncias deste mundo, das circunstâncias de
tua pessoa.
Vocês
todos o sabem, a única Alegria não pode vir de qualquer contentamento,
financeiro, amoroso, filial. Enquanto vocês acreditam nisso, vocês não podem
estar livres para o instante, vocês apenas reforçam os esquemas arcaicos
consensuais deste mundo que fazem tudo,
nas relações mesmo, para vos distanciar
da Verdade. Para muitos entre vocês,
qualquer que seja vosso posicionamento hoje, a Vida vai chamá-los a
reposicionar vossa consciência e vossas prioridades. Aí não pode haver duas, é
necessário escolher, e vocês não têm a escolha, vocês só podem escolher o que é
verdadeiro. A Luz age nesse sentido.
Lembrem-se, e lembre-se você, quando você dorme um sono pacífico, os problemas
estão presentes ? Você sabe o que você é ? Você simplesmente desapareceu.
Hoje, a
Inteligência da Luz o convida a desaparecer de toda história. Qualquer que seja
o dilaceramento, quaisquer que sejam as resistências, siga as linhas de
fluidez, ali onde tudo é evidente, porque a Luz é Evidência. Mesmo o que parecia adquirido em meio ao
personagem e da história pessoal, para você como para muitos irmãos e irmãs,
vos é tirado, qualquer que seja o medo, quaisquer que sejam as cogitações. Isso resulta diretamente do face à face
coletivo e individual. Tudo o que vocês
observam na superfície deste mundo não é senão a resultante do que não foi
solto, tudo o que concerne à história de vossa vida, de vosso país, de vossa
região, de vossos filhos, de vossos pais.
Em resumo,
a Luz te diz : « Você quer simplesmente aplicar a Luz em sua vida e
melhorar a pessoa, ou você deixa a Luz te mostrar quem você é, além de toda
pessoa ? Não há outra alternativa,
e quando eu digo que você tem a escolha, é o que acredita a pessoa, mas não há
nenhuma escolha, é inevitável. Reencontre-se e tudo mudará, sem nenhuma exceção, mas não se sirva da
Luz como álibi ou para mudar as coisas que você queria ver mudar, porque aí, eu
te diria : « mulher de pouca fé ». Mas você não está aí para
responder.
Aí está o
que eu tinha a te dizer.
… Silêncio…
Você pode prosseguir.
Questão :
em seguida a uma experiência vivida quando de um protocolo, em que eu me
encontrava, em paz, no coração de um tornado, houve um antes e um depois. A paz permanece, mesmo quando os eventos
podem parecer difíceis para a pessoa, com ressurgência de emoções. Essa serenidade permanece imperturbável. Não
tendo questão que me venha, você teria mesmo assim algo a me dizer ?
O exemplo
que você vivenciou, do tornado e você imóvel, é exatamente a mesma coisa que eu
evoquei quando falava, na sessão precedente, do meio da roda e da roda. Vocês não são nada do que se passa, é
necessário cessar esse jogo de identificação.
Você cessou, e como você constata, e nisso tua vivência é importante, o
que quer que passe você permanece, você não tem nada mais a fazer. Contente-se em viver ; o que quer que a
Vida te traga, deixe-se viver e tudo se organizará, mesmo em meio à pessoa, de
maneira harmoniosa. Nenhuma desarmonia em
meio à pessoa, como você diz, pode perturbar o que foi vivido em um dado
momento, porque isso sempre está aí. Não
mova, fique tranquila, deixe desenrolar-se o filme de tua vida enquanto
espectador. Não interfira mais, permaneça
fixa na Eternidade e todos os movimentos se tornarão harmoniosos, mas eles
jamais dependerão de tua história ou de tua pessoa, como é o caso atualmente.
O Coração
do Coração, o santo dos santos se desvela.
Assistir pacificamente ao desenrolar de tudo o que se passa na tela da
cena comum da vida é a resultante direta, incontornável, da Paz eterna, de
vossa Infinita Presença, do que vocês são em verdade. É assim que o Liberado vivo permanece, sem
esforço, quaisquer que sejam, como você diz, as emoções que apenas passam,
quaisquer que sejam os apegos, ou os hábitos que ainda podem estar
presentes. Eles não desestabilizam mais
o que você é, isso te permite tomar consciência de que você não é nada do que
se produz em meio ao efêmero, mesmo se isso deve ser vivido. O ponto de vista aqui, em teu caso, é
transladado de maneira definitiva, permanente e imutável. Você está em você.
Deixe a
vida se desenrolar, envolva-se em tua Presença, em tua alegria, e deixe o resto
se desenrolar por ele mesmo. A harmonia
da Luz jamais poderá ser igualada pela harmonia da pessoa, qualquer que seja a
vida, quaisquer que sejam os prazeres, quaisquer que sejam os rituais, as
religiões. É a única verdade, você pode
esquecer todo o resto vivido antes, guarde apenas isso, é o todo. Aí está o que
eu posso te dizer.
Se você
mantém firmemente a consciência, a atenção, sobre o que está além de qualquer
estado, que é imutável, você terá o prazer de constatar, mesmo em meio à
pessoa, que o que ainda podia restar, antes desse episódio, de hábitos, de
resistências, de medos, de conflitos interiores ou exteriores, não pode mais se
manifestar, não pode mais efetivamente, como você já o vive, alterar o que quer
que seja.
… Silêncio…
Continue.
Questão :
durante a semana do solstício, eu vivi, por Maria, um banho vibrante que animou
todas as células deste corpo. Desde
então, Paz e Alegria estão presentes, assim como a evidência do que se produz.
Porém, o personagem e alguns hábitos ou costumes permanecem presentes, às vezes
o mental também. Você teria um esclarecimento ?
O estado
que foi vivido ilumina espontaneamente, como você diz, os hábitos, a retomada
do mental, mas você não pode mais ser enganado, e portanto, nesse momento, no
comum de todos os teus feitos e gestos, você não pode mais, mesmo se você
quiser, voltar atrás. Então deixe isso
passar tranquilamente, não coloque mesmo mais tua atenção sobre os desagrados
da pessoa. Você os viu, desvie-se deles, permaneça imóvel e deixe tudo isso
passar, e você constatará então que a Paz crescerá a cada dia, a cada minuto um
pouco mais, o que quer que chegue, o que quer que se manifeste no nível do personagem que, por
momentos, ainda pode embirrar, manifestar-se. Você sorrirá disso muito rápido.
Não quebre
a cabeça, seja verdadeiro e espontâneo, você não tem mais necessidade de se
refugiar em você visto que esse « em você » está na frente da cena,
está por toda parte. Deixe exalar o
perfume da rosa, não se ocupe e não se preocupe de nada, faça o que te dá
prazer e deixe o personagem morrer por ele mesmo. Não o alimente mais, não o olhe mais, olhe o
que você é, que não depende de nenhuma história nem de nenhum passado. Você constatará muito rápido os efeitos,
tanto no nível do personagem como de seu saco de carne.
Eu
particularizo que os dois testemunhos de vivências que nós tivemos, como vocês
o veem, estão centrados no instante presente.
É esse instante presente que vos dá a ver o movimento, o tornado, o
personagem, seus costumes, mas vocês sabem, e tal como é descrito por esse
irmão e essa irmã, que vocês não são isso, realmente e concretamente
agora. Então deixem apagar-se o que
morre sozinho, não se apeguem. Da mesma
maneira, desembarasse-se dos protocolos, desembarasse-se dos momentos de
alinhamento, desembarasse-se de tudo o que ainda podia ser considerado como uma
forma de busca. Você se reencontrou, qualquer que seja ainda a existência do
personagem. Ele vai acabar-se sozinho,
mas permaneça nisso, o que você é. O que quer que embirre e diga o personagem,
não o escute, não o observe mais agora, o observador é permanente e o
observador do efêmero, que o viu e o desalojou, te dá a observar e a viver,
realmente, a Eternidade.
Lembre-se
de que a resolução do face à face último é de qualquer maneira e em todos os
casos o desaparecimento total e definitivo de toda história em meio a este
mundo. Deixe morrer o que se distancia,
não trabalhe nisso, mesmo que você não tenha mais de trabalhar sobre qualquer
interioridade já que ela toma passo sobre o personagem, sobre o que é visto. Permaneça
tranquilo, deixe-se viver aí também, você não tem nada a decidir do ponto de
vista da pessoa pois tudo é decidido pela Luz. Coloque uma intenção e veja se
ela se realiza, você não tem de lutar, de convencer, de se apreender do que
quer que seja. Fique nessa impecabilidade de tua imutabilidade. Todos os costumes passados ou ainda presentes
vão fugir por eles mesmos a partir do instante em que você não os alimenta
mais. Não procure mais compreendê-los nem mesmo observá-los doravante, volte
seu olhar sobre o que é verdadeiro. Você
o sabe, nada do que passa pode ser verdadeiro, mesmo se isso fere.
Assim se
realiza, independente de qualquer intenção ou vontade, o que foi nomeado a
Teofania perpétua. Os remanescentes da
pessoa serão dissolvidos, não por qualquer ação a partir de onde você está, mas
realmente pela Inteligência de tua própria eternidade e da Luz, que é Amor. Não
procure se melhorar, não procure mudar, é a Vida que te muda. Compreenda bem que você não tem nada a
compreender, nada a reter, deixe passar o que passa e permaneça no que é
estável. Doravante, isso é muito mais
fácil.
Nós
continuamos.
Não há mais
questões escritas. Passamos às questões orais ?
Perfeitamente.
Questão :
estar aqui e agora e no acolhimento o maior possível tal como você nos
explicou, é um caminho real ou o caminho régio para retornar para casa ?
Não
somente o caminho real, mas não há nenhum outro. Todos os sistemas de
conhecimento, todos os sistemas de vibrações, de energia, de culturas, de
religiões, de pensamentos, de emoções, de vivências, não servem para mais
nada. A pressão, a Inteligência, a
potência da Luz, é tal que ela vos intima a permanecerem tranquilos, de se
colocarem, se posso exprimi-lo assim, no Coração do Coração, todo o resto não é
teu fazer. Aí também, é a Luz, a Graça, a Inteligência, o sopro da Eternidade,
quem te permite retornar para casa. Nenhum elemento em meio à tua pessoa pode considerá-lo. É isso
efetivamente acolher, ficar tranquilo, ser preguiçoso. Assim apaga-se, sem
nenhuma vontade, sem nenhuma intenção, tudo o que pode restar de oposição em
meio à pessoa.
Você pode
continuar, em teu caso, a ver os comportamentos do personagem, não para
afastar, mas realmente para rir disso. O
dia em que você rir de você mesmo em cada circunstância, o personagem estará
longe de você. Não pode haver Alegria
sem rir, rir de si mesmo, rir da Vida. Aí está a espontaneidade, e não é
sobretudo ordenar, enrijecer, classificar, e por conseguinte fechar. Aí também,
seja verdadeiro, não reflita mais, deixe a espontaneidade exprimir-se e não a
pessoa, não o que definha e desaparece.
Não há mais necessidade de representação, não há mais necessidade de
atores. Não é mais o observador ou o
espectador quem age, tudo se faz naturalmente. Veja isso, e tudo o que pode
incomodar, perturbar, no desenrolar comum, não poderá mesmo mais ser evocado nem
mesmo manifestar-se de maneira nenhuma.
Solte também, portanto, a pressão da tensão ligada ao fato de ter de
manter, organizar e gerir tua vida.
O que eu
quero dizer com isso, é que esse acolhimento te fará perder qualquer seriedade.
Não esqueça que nós estamos na Verdade e não na espiritualidade. A espiritualidade, é séria, é para aqueles
que não compreenderam nada, que têm medo.
O Verdadeiro, a Verdade, é um rir – permanente -, o que quer que chegue.
Não tensione nada e deixe a
espontaneidade exprimir-se, e você constatará que essa espontaneidade para você
concerne unicamente o rir, explodir em risadas, o sorriso.
Em resumo,
eu diria que para fazer as coisas, seja um pouco menos sério. Não há nada de
sério, é a pessoa quem crê nisso. Aí
está a parábola do Cristo que disse, eu creio : « Se te esbofeteiam,
estenda a outra face. » É certamente uma de suas parábolas mais
importantes e mais místicas. Ah é claro,
o ego não quer jamais estender a outra face, ele não o pode, mas o riso, sim, o
que é verdadeiro, sim. O riso aqui, é o rir da Alegria, não é o rir da zombaria
ou o sorrir malicioso, é a verdadeira espontaneidade da Alegria que floresce em
teu rosto, no conjunto do corpo, e o rir prova a você mesmo que você realmente
viveu que tudo isto é apenas um jogo.
Guarde a seriedade para a mecânica, para as obrigações deste mundo, mas
nada de tudo isso é verdadeiro nem mesmo sério.
Jogue o jogo, mas não esqueça de sorrir e de rir. O riso, como você o sabe, dilata, expande,
libera, coisa que teu mental jamais poderá fazer, nem mesmo as experiências
passadas.
Portanto
sim, é o único caminho, aquele da leveza, do riso, que não é senão a tradução
do Amor e da Luz verdadeira, vivida, instalada, permanente.
… Silêncio…
Eu
terminarei minha resposta por esta frase : é sempre o personagem quem
enrijece, quem trava, quem usurpa. Esse
movimento é exatamente o inverso da Verdade. Todo o jogo neste mundo,
falsificado, tenta mantê-los na seriedade, na gravidade, na densidade, nos
conceitos espirituais. Isso jamais
permitirá viver a Verdade. A Verdade é
apenas leveza, imutabilidade, satisfação perpétua, e sobretudo alguma coisa que
é reconhecida, reencontrada como eu disse.
Doravante, a seriedade não pode te trazer nada, o rigor não mais. O
conforto da Verdade vem de magnificar o incomodo da pessoa, em qualquer setor
que isso seja.
Continuamos.
Questão :
Mestre Philippe de Lyon me disse que o fluxo vibral que ele me enviava visava
equilibrar a passagem da consciência do coração humano ao coração da
eternidade, limitando a predominância do coração humano no coração eterno. Você
poderia me esclarecer ?
Porque
você não acha isso já suficientemente esclarecedor ? Quem se apreende das
frases de Mestre Philippe ? Por que você quer compreender ? Não há
nada a compreender, quando muito você pode se ajudar com uma imagem. Há algo
que está lá, algo que está acolá e ele propôs favorecer a troca, o acesso de um
ponto a outro. O que te é necessário esclarecer mais ? Eu atraio tua atenção sobre : a pessoa
que você é, diz que ela não compreende. Eu não vejo o que você não compreende,
mesmo enquanto pessoa. Do que você quer apreender-se ? Passar do efêmero
ao Eterno, você não compreende ?
Questão :
obrigado, você me esclareceu.
Você já
estava esclarecido.
… Silêncio…
De maneira
geral, onde quer que vocês estejam, em qualquer papel, qualquer função,
qualquer meio, qualquer idade que seja, é em definitivo sempre a mesma
história, um ou outro, um e outro. Quem
toma a direção ? Quem
dirige ? A evidência da Luz ou o
personagem, aquele que busca as histórias permanentemente ? O influxo da
Eternidade que é vivido, é o mais importante ; vocês viram, tudo o que
concerne à memória apaga-se. O que nós
chamamos o cérebro já funciona diferentemente, vocês o veem através da loucura,
vocês o veem no que vocês vivem, uns e outros. Não se agarrem a nada.
Quando eu
digo, e para você também, deixar viver a Vida em vez de viver sua vida, eu vos
dou aí uma chave fundamental. Ousem ter
confiança, na espontaneidade, na Luz, mesmo se vocês não a vivem, e mesmo se
vocês têm experiências, não as agarrem, não as conduzam na história agora. Deixem a Evidência estar aí, ela não tem
necessidade de vocês, de vossas experiências passadas. Eu te lembro os dois testemunhos que nós
tivemos no início, qualquer que seja o tornado da pessoa, coloque-se no centro,
olhe ali e ria disso.
Quando foi
mencionada a criança interior ou a espontaneidade ou a co-criação consciente, é
a mesma coisa. Deixem viver o que é vivido independente de vossa pessoa, não
conduzam nada a ela. Acolham ainda e sempre, acolham a rosa como o tapa da
mesma maneira, vocês não sabem o que há por trás, então vocês projetam – a
rosa, é um presente, o tapa, é uma punição -, eu vos responderia que é
exatamente o inverso em muitos casos, mas vocês não podem vê-lo a partir da
pessoa, e vendo-o, parece-me que teu corpo, teu saco de carne, já brindou. Você
quer brindá-lo ainda ? Você precisa disso ?
Questão :
não.
A resposta
é evidente. Eu te agradeço.
Questão : obrigado pelo que eu pude aprender através de vosso
ensinamento. Eu não tenho questão, mas você pode me dizer alguma coisa ?
Para
consumar tua eternidade, se posso dizer, desde o ponto de vista da pessoa,
fique tranquilo, não procure mais histórias, não se conte mais histórias, não
se faça mais contar histórias, esteja disponível unicamente para a vacuidade do
instante presente. Não seja mais envolvido por qualquer explicação, por
qualquer cura, por qualquer visão, permaneça na nudez do instante cada vez mais.
« Deixe vir a você », aí está a frase que te corresponde. Deixe vir a
você o que é, e então você também, coloque-se no Acolhimento incondicional que
não tem necessidade nem de justificativas, nem de visões, nem de experiências,
nem do que quer que seja, e desta maneira, você constatará que tudo relaxa e
que a Alegria é a explicação. Todo o
resto são apenas quimeras, que além disso apenas passam.
É tempo de
algum modo, para você, de não mais oscilar, de não mais questionar a pessoa, o
personagem e a história, mas sim de deixar aparecer em totalidade o
Verdadeiro. Não há necessidade de
nenhuma história, de nenhuma experiência, de nenhuma visão, e mesmo se as
experiências prosseguem e se amplificam, não se apegue a isso, deixe-as passar,
pois toda experiência, mesmo a mais magnífica, não pode ser mantida. Aliás, a Alegria eterna, o Coração do Coração
como vocês dizem, está aí assim que todo o resto não está mais aí.
Vocês
todos testemunham isso, até o presente, com vossas palavras, mas é a mesma
coisa. Não há nenhuma diferença, a não ser no cenário e nas palavras, mas a
Alegria está além das palavras, além das experiências, além dos estados. Você
não tem mais necessidade de cenários, a Verdade é nua, ela não tem necessidade
de álibis, nem de cenários, nem de palavras, nem de experiências. Elas
continuarão a se produzir naturalmente, e nesse natural, não há lugar para a
insinuação, não há lugar para manter o que quer que seja nem reter o que quer
que seja. Aceite o movimento, qualquer
que ele seja, e permaneça no que você é. E o Fogo então, da Graça, que vocês
chamam Fogo Ígneo, virá consumir as últimas escórias, as últimas barreiras, as
últimas ocultações. Tudo se resume, até o presente quaisquer que sejam vossas
questões, em ver bem a diferença entre o que é projetado e o que é acolhido sem
nenhuma projeção.
Questão :
desde anos, eu não posso escutar o que você diz porque eu adormeço...
É a melhor
maneira de me escutar.
Questão :
…entretanto ontem eu estava perfeitamente desperta, e vossa Presença e vosso Amor
me encheram de alegria, com um sorriso irreprimível. Não tenho questão
particular, você tem algo a me dizer ?
Durma,
está muito bem. O que foi tocado em você pelo sono aparece enfim em meio à
pessoa, a Eternidade se revela, então volte a dormir.
Obrigada.
Boa noite.
Questão :
eu não tenho questão mas acolho com o coração o que você tem a me dizer.
Então, eu
te digo agora :
… Silêncio…
Entendeu ?
Eu
não te mandei dormir, hein.
Questão :
eu não durmo, estou prestes a fundir.
Então você
entendeu o que eu tinha a te dizer, mas para você, eu não tenho necessidade de
palavras. Boa fusão.
… Silêncio…
Você quer
dizer alguma coisa ?
Questão :
muitas vezes eu estou no instante presente, ou na paz e tranquilidade. Graças à
vossa intervenção, ontem eu vivi o Coração do Coração e a Alegria. O que é no
estabelecimento do Absoluto ?
Mas não se
preocupe do Absoluto, vocês todos têm uma fixação nessa palavra. Se você está no instante presente, se há a
Alegria, se há a imobilidade, se há tudo o que vocês descrevem, vocês aí estão. O que é que vocês esperam ? Cavalgar um unicórnio ? Tornar-se um
sol ? Isso são histórias. Não há nada mais do que isso. Então estejam
felizes.
Questão : não tenho nada a perguntar, mas estou pronto para
acolher vosso Verbo.
Vemos isso.
… Silêncio…
A Paz que você vive doravante, que pôde mesmo te
perturbar, ali onde não há mais pensamentos onde se agarrar, é a única
Verdade. De experiência em experiência
desses últimos tempos, no silêncio de teu coração, você sabe que isso é
verdadeiro. Então é necessário para você
fazer o luto de todo o resto, de tudo o que você pacientemente construiu,
erigido nas quimeras da manifestação. Fique firme, sobretudo não segure
nada. Deixe escoar-se o que se escoa e
constate essa nova leveza onde não há mais necessidade de interrogar-se, de
ponderar os prós ou os contras, pois o pró e o contra pertencem à mesma
mascarada. Agora você o vive. Então eu não vou acrescentar outras palavras
nem de Verbo, posso apenas, de algum modo, te encorajar a desaparecer como você
o faz.
Essa nova leveza não é uma vã palavra, ela vai se instalar,
duradouramente, eternamente. Não retenha nada. Guarde tuas reflexões, tuas
cogitações, para o que é para regular em meio à pessoa, mas para o que você é,
não há nenhuma utilidade. Dito de outro
modo, você não tem mais necessidade de contar histórias, você não tem mais
necessidade de criar, você não tem mais necessidade de medir, você não tem mais
necessidade de discriminar. Não há
nenhuma necessidade de opor-se ou de confrontar, e olhe como isso te torna
leve. Você o vê, você o vive ? Eu
não te mandei dormir, espero tua resposta.
Questão : estou de acordo.
Você não pode dizer « sim » muito
simplesmente ?
Questão: sim.
Obrigado.
Porque quando você me diz « estou de acordo »,
é a pessoa, quando você me diz « sim », é você.
Questão : sim.
Eu ouvi, hein.
Questão : desde alguns meses estou muito tranquilo,
mas observo que a Alegria não está sempre ali e desde que eu vos escuto, sinto
algo atingir meu coração como uma imensa tristeza e as lágrimas que estão ali,
e a Alegria por trás, mas não ainda completamente ali.
Não retenha nada. Eu vou te acompanhar aliás, você vai
ver.
Você está lá, deixe a Alegria colocar para fora a
tristeza. A tristeza pertence à pessoa,
à história. E quando eu digo que vou te
acompanhar, nós falaremos novamente juntos à noite, não em sua cama, hein, mas
estarei nos pés. Deixe sair, não retenha
nada, não interprete. Vá, durma você também, desapareça, e quando você tiver
desaparecido, eu te aparecerei, e você constatará também, e explica o que você
vive agora, que você me acolheu.
… Silêncio…
Quem quer passar pelo fio da espada da Verdade ?
Questão : eu queria dizer « sim » ao que
você tem a me dizer.
Antes você disse « sim » à Eternidade ou você
ainda hesita ? Então ?
Questão : eu digo « sim » à Eternidade.
Então eu digo « sim » ao teu pedido.
… Silêncio…
Permita-me acrescentar algumas palavras. Ali onde
se desenrola tua vida é muito
exatamente o que te permite dizer « sim » à Eternidade, além
de qualquer aparência, de qualquer conflito aparente. Então sorria também àqueles que não querem te
sorrir e perdoa-os, eles não sabem quem eles são. A Verdade é uma força bem maior do que todas
as forças possíveis sobre esta terra, como o Amor e a Luz. Nada pode imitá-la,
nada pode igualá-la, ela é o suporte da Vida, e além dos tremores exteriores da
pessoa, há essa rocha que, ela, jamais desviou uma vírgula, quaisquer que sejam
as interrogações da pessoa. Então eu só
posso te dizer : « Bem-vinda na perpetuidade da Alegria », e não
esqueça de rir de você mesma, pois o rir de si mesmo é o perdão da Graça atribuída
à história e reforça tua base eterna, a alegria de tua Presença.
Questão :
eu não
tenho questão, mas eu experimento sempre mais alegria em vos ouvir e eu vos
agradeço do que você vai me dizer.
… Silêncio…
Isso está contido nessas palavras que você poderá
repetir. Não é uma prece nem uma litania, vá além das palavras, mesmo se elas
são significativas. Escute :
« Você é o caminho da Verdade, a verdade da Vida, e a vida do
Caminho. »
… Silêncio…
Você recebeu ?
Questão : rendo graças por todo esse Amor que eu recebo.
A partir do instante em que você se acolhe, a você mesmo,
não pode ser de outro modo. O Caminho
está aberto, a Vida está aí, a Verdade está manifestada.
… Silêncio…
Você tem outra coisa a me dizer ?
Questão : obrigado.
Questão : eu vos agradeço pelo que você nos traz e
por ter me sacudido há 5 anos. No eterno presente eu não tenho questão, mas eu
acolho com gratidão o que você tem a me dizer.
Eh bem vamos inverter, sou eu quem vai te acolher. Não
tenho necessidade de tuas palavras, eu te agradeço pelo que você disse e eu te
acolho, em silêncio.
… Silêncio…
E eu terminarei mesmo assim por esta frase : a
Verdade não tem necessidade de palavras, a antecâmara da Verdade está cheia de
palavras. Você as atravessou, então você e eu nos acolhemos no silêncio.
… Silêncio…
E uma vez que há o lugar, você acolhe todos os outros, e
eu também.
Questão : sim.
Não muito, é preciso que tenha ainda aqueles que
permanecem acordados. Nunca é muito.
… Silêncio…
Então eu te digo, bem-vindo na perpetuidade do Amor.
Questão : gratidão, eu nos amo.
… Silêncio…
Questão : daí onde vocês estão, o que você me
aconselharia para que eu possa me juntar a vocês ?
Não se mova mais, reúna-se a você mesma
primeiramente. Todo o resto decorrerá
daí, não se mova e observe. Daí onde
você está, aí onde você é em verdade. Eu
já estou em você, aboli essa impressão de distância, aboli essa impressão de
que nós somos distintos, que eu estou ali e que você está acolá, isso é uma
ilusão. Aceite e então acolha. Se você
acolhe, não haverá nem latência nem distância entre seu desejo e a Verdade,
eles são concomitantes. Veja bem que é
tua história, teu personagem, quem crê na distância, que você está acolá e que
eu estou ali. Na aparência isso é
verdadeiro, na Verdade isso é falso. Não
tem de se deslocar, bem ao contrário, deixar o movimento parar, o movimento
ligado à distância aparente, ao filtro mental, ao filtro da pessoa, e constate.
… Silêncio…
Você pode dizer a frase seguinte.
Questão : sob qual forma se manifesta meu ego
espiritual e em que eu me identifico a esse corpo ?
O ego espiritual ? Mas ele é dos inscritos ausentes.
Por que você coloca pesos que não existem, de onde vem essa culpa, duplicada de
um medo ? O medo e a culpa estão na
pessoa, não é questão aqui de ego ou orgulho espiritual, nem mesmo de uma
identificação ao corpo. Teu corpo coloca
alguns problemas, eles não são graves mas são recorrentes, e você o vê. E além disso eu vejo em você muitas
intervenções que foram realizadas pela Luz, pelos Anciãos sobretudo. Escute bem o que eu te digo agora. Teu corpo, que não é você, manifesta-se
simplesmente além de qualquer karma, de qualquer parafernália, de qualquer
passado. Teu corpo diz alguma coisa, ele
o diz e ele o grita por toda parte, isso não é um problema de identificação.
Essa aparência de medo ou de culpa que teu corpo exprime
é uma forma de técnica encontrada de maneira fortuita no desenrolar de tua
vida, a fim de que você se sinta vivo aqui.
Essas tensões vividas, algumas por intermitência doravante, são apenas
espetadas que te obrigam, sem se forçar, a estar no Aqui e Agora, no instante
presente. É suficiente então
simplesmente evacuar de você toda noção de orgulho ou de ego espiritual. Eu não
o vejo, ele não está aí. Há apenas
inconscientemente, mas está em vias de se iluminar, que as tensões te levam à
obrigação de se ocupar de você. Se
havia, não orgulho, mas eu diria talvez, em um sentido muito dualitário, pecado
espiritual, o pecado espiritual é qual ?
Déficit de amor por si mesmo.
Ame-se francamente, ame-se integralmente, e tire da cabeça essas
quimeras de orgulho espiritual ou de identificação ao corpo. Seja livre, mas não em outro lugar nem
amanhã, aí imediatamente, não há nada mais a fazer. Tudo o que devia ser feito e recolocado em
ordem o foi.
É necessário a você ser mais denso, mais pesado em tua
Presença, e mesmo no que é manifestado na cena do teatro. O Amor não tem de ser escondido, ele também
não tem mais de se exercer como um desfile, mas ele irradia sozinho, ele
irradia. Não tenha medo de você, do que você é.
Então eu o repito, não é questão de ego espiritual ou de
orgulho, mas sim, perante você mesmo, uma não-afirmação completa, mas não pelas
palavras e sim por tua Presença, de tua eternidade aqui mesmo. Reencontre a densidade da tua Presença e você
encontrará ao mesmo tempo a leveza.
… Silêncio…
Você tem alguma coisa a responder a isso ou a
exprimir ?
Questão : no final é muito mais leve e eu vos
agradeço.
Na alegria da Presença, a leveza e a densidade estão
presentes ao mesmo tempo. É o que você vive e é o que é normal, evidente,
simples. A densidade que você é torna
leve a pessoa e a história. Em teu caso,
você só tem de constatá-lo, experimentá-lo, como você o faz agora, e o corpo
não terá mais necessidade de se manifestar de qualquer maneira que seja.
De maneira mais geral, e não somente para você, retenham
que tudo o que são hábitos, mesmo práticos, tudo o que é repetitivo, que nós
somos obrigados a fazer todos os dias quando estamos na terra, nos lavar,
escovar os dentes, lavar-se pela manhã, todas as manhãs, o tempo que dure o
saco de carne, sustenta a ilusão. De
maneira geral, enquanto vocês podem fazê-lo em vossas vidas de todos os dias,
rompam os hábitos, porque a ilusão apoia-se no hábito, pois o ego apoia-se no
hábito. Ele encontra segurança e
conforto, e ele os faz crer que isso é indispensável para ser o que vocês são.
Não há nada de mais mentiroso. Vocês têm
necessidade de hábitos, de regras, para a vida social, mas não para vossas
vidas, e vossos hábitos, serão apenas de sono, de alimentos, vossos corpos só
podem depender desse famoso relógio biológico que está ligado à pessoa.
Não se restrinjam, não se limitem. Então certamente eu
não diria isso àquele que está confinado em totalidade em sua pessoa e sua
história, mas a vocês, eu posso dizê-lo.
Um exemplo : coloque um despertador para às 4 horas da manhã para
comer e você constatará que não há nenhum desagrado, mas que além disso você se
liberta dos rituais. O hábito, tudo o
que é repetitivo, e que no entanto apenas passa, vos acorrenta, acorrenta vossa
fisiologia, acorrenta vosso corpo, acorrenta vosso ego. É assim, aliás, que os egos se
reencontram. Eles se levantam todos à
mesma hora para irem ao trabalho à mesma hora, eles param todos no mesmo momento
para comer no mesmo momento. Vocês têm
vossas caixas de imagens onde vocês têm as informações à tal hora. Eu poderia
multiplicar isso ao infinito.
Em vossa vida pessoal não social, vocês não têm
necessidade de todos esses ritos, eles vos acorrentam. Vocês creem que a
harmonia decorre do ritmo harmonioso de vossas noites, de vossas refeições, mas
não é nada, é uma heresia. Vocês estão
programados assim, mas esse saco de carne é flexível, ele não é fixo mesmo se
ele perece, mesmo se ele apenas passa, ele é adaptável a muitas coisas. Vejam que os hábitos, tão tranquilizadores, tomados
em nome de uma ortodoxia que vem eu não sei de onde... quebrem os ritmos, eu não
digo a cada vez, não substituam um ritmo por outro, mas estimulem o imprevisto,
o imprevisível, desencadeie-o, mesmo em meio ao efêmero, e aí vocês encontrarão
e viverão a liberdade interior.
Eu não vos peço a ascese, vocês não estão mais aí. Desconfiem, se posso dizer, dos hábitos, o
ego sempre tem necessidade de hábitos, e se vocês têm muitos hábitos, isso não
vem certamente do que vocês são, isso vem de vossos medos. Muitos creem até o presente que o hábito é a
segurança, é a harmonia, mas diante da Eternidade, é a desordem, é a ausência
de Liberdade. Enquanto vocês podem,
quebrem os hábitos em todos os vossos ritmos aos quais vocês parecem estar
submetidos. Mesmo em meio ao efêmero,
isso reforçará a emergência da Eternidade, do imprevisível, do Desconhecido.
Vocês não podem permanecer fixos nesses hábitos do conhecido e deixar o
Desconhecido aparecer, transparecer, instalar-se.
Não prevejam nada, estejam disponíveis mesmo em meio ao
efêmero, não caiam, é claro, no excesso ou nos vícios, mas deixem exprimir-se
aí também a Verdade. Esqueçam de algum
modo as convenções interiores cronológicas que vocês fixaram a vocês mesmos sob
o pretexto de que seria melhor assim. Eu
falo de todos os hábitos. Se vocês são,
como vocês dizem, regulados como mecanismo de um relógio para ir ao banheiro
pela manhã ao levantar, eh bem recusem. Vão à tarde ou à noite. Vocês verão que vocês encontrarão o
que ? Uma liberdade, mesmo em meio
a esse corpo. O ego, o corpo, o saco de
carne, ele adora os hábitos, e ele vos faz crer que vocês dependem disso, de
comer em tal hora, de dormir em tal hora, de ir ao banheiro em tal hora. Mas como vocês querem ser livres através
desse jugo que vocês mesmos se colocam ?
Na Verdade, qualquer que seja a idade de vosso corpo,
qualquer que seja a idade de vosso ego, se vocês rompem os hábitos, o corpo
estará alegre e a Verdade estará aí. É a
este ponto hoje. Tudo o que vos
tranquiliza apenas vos confina. Vejam
isso, uns e outros em outros lugares. Eu
bem falo de vocês intimamente, não, é claro, sobre o que é social, relacional,
que necessita de horários e talvez ainda de convenções, mas não se imponham do
interior, concernente ao vosso funcionamento, coisas assim. O hábito, os rituais quaisquer que eles
sejam, vividos com o corpo ou com a consciência efêmera, mantém os ferrolhos da
porta de vossa prisão, o que vos obriga a jogar de novo inesgotavelmente as
mesmas cenas, os mesmos acontecimentos, vocês os criaram.
É claro, eu não vos peço para não mais se ocuparem de
vocês, mas de se ocuparem diferentemente.
Quem decide ? O que vocês fixaram em vossa cabeça, o que o corpo
decidiu, ou o que vocês, vocês decidiram ?
Em resumo, quem é o mestre ?
A fisiologia, os pensamentos, ou vocês ? Então sejam simplesmente razoáveis, não se
coloquem mais jugos, há disso suficientemente na cena de teatro. A vida neste mundo, olhem objetivamente,
independente de vossa história, são apenas as eternas repetições durante toda
uma vida. Se vocês são adultos e
autônomos, o que é que vos impede de não mais se apoiarem nesse relógio interno
que vocês mesmos criaram ?
Eu vos lembro que a inteligência desse saco de carne é
perfeita, esse saco de carne é flexível, adaptável, qualquer que seja a idade,
mas se vocês mesmos, por vossas ações, enrijecem as coisas, vocês as
ritualizam, vocês enredam a vocês mesmos.
Eu não quero convencê-los, verifiquem-no, vivam-no por vocês mesmos.
Isso faz parte da espontaneidade, e portanto da Verdade,
estar disponível para o imprevisto, estar disponível para o Desconhecido, e
para tudo o que é conhecido, balizado, cronometrado, gerido, controlado, tenham
algumas pequenas preocupações. O que quer que vocês tenham constatado
anteriormente, por exemplo que comer em tal hora permite evitar os males do
ventre ou eu não sei o que, era verdadeiro na origem uma vez que vocês o
constataram, mas quem vos diz que é verdadeiro hoje ? Do que vocês têm
medo ?
A Alegria, a Verdade, o Amor, a Luz, é isso que é
importante, não creiam encontrar essas coisas importantes nos rituais, nos
hábitos que vocês se fixaram. Sejam
neutros e virgens a cada instante, não sejam estereotipados, não sejam
repetitivos, não fixem nada, mesmo na pessoa, eu vos digo, há elementos
exteriores suficientemente que estão aí para fixá-los. Como vocês chamam isso ? Seguros de
vida, seguros sociais, seguros da casa, seguros por toda parte. Vocês veem o grau de inépcia da sociedade em
seu conjunto que quer prevenir-se de tudo, que quer a segurança, o emprego, a
água corrente, a eletricidade, todas essas coisas que em definitivo, se vocês
são honestos, apenas fazem vocês entrarem em letargia ? Ah é confortável,
mas no conforto vocês dormem, vocês não desaparecem, vocês são anestesiados,
mesmo se é tranquilizador, é tranquilizador para o ego, mas não é absolutamente
tranquilizador para o que vocês são.
Eu espero a sequência.
Questão : eu não tenho questão particular e eu
acolho o que você tem a me dizer em verdade.
Você já constata largamente por você mesmo tudo o que pôde
mudar em um ano decorrido. Você constata por você mesmo que os elementos que te
sobrecarregavam não te sobrecarregam mais, há uma forma ao mesmo tempo de vigilância e de espontaneidade que abriu,
se posso dizer, amplamente os portões do Acolhimento e você constata que a
verdadeira liberdade está aí. Isso te
parece efetivamente cada vez mais evidente e é a verdade. Não falta nada, há
somente de ampliar. Como ? Magnificando, se posso dizer, o Acolhimento
no instante presente. Faça com que cada
instante presente seja virgem, não seja colorido por todas as tuas experiências
passadas, pela necessidade às vezes ainda de relacionar as coisas entre elas,
em resumo acrescentar, se posso dizer, a espontaneidade ainda mais ao que já
está produzido e realizado, é tudo. E
aí também você constatará, como eu disse antes, uma redução da pessoa e uma
densidade, uma presença do Amor que não deixará pairar nenhuma interrogação. De
algum modo já está a caminho. Passe a velocidade superior e não se mova.
Obrigada.
… Silêncio…
Dois minutos de silêncio, antes de continuar.
… Silêncio…
Vamos.
Questão : no decorrer de vossa intervenção, ontem e
hoje, eu senti uma vibração intensa em todo o peito. No final, fui tomado de um
riso extremo e eu quis abraçar todo mundo.
Senti o júbilo. O que você me fez ou o que eu me fiz ?
E eu posso saber por que você não tomou todo mundo em
teus braços, porque você guardou isso para você ? O que é que te freou ? O que você chama júbilo é o Fogo Ígneo. A vibração acompanha a consciência. Não coloque freio, isso vai se reproduzir,
então se você deve abraçar uma árvore, uma pedra, faça-o, partilhe, dê. Além disso você não pode guardá-lo para você.
Quando isso retornar, abrace tudo, abrace-se, não tenha nenhum escrúpulo nem
nenhuma reserva, você pode mesmo ir abraçar teu carro, tudo o que passa, com o
mesmo impulso, a mesma generosidade, o mesmo júbilo. Não se prive, não há convenções. Se você ama
e você abraça nesse estado, você não pode perturbar ninguém, bem ao contrário.
Então, como eu te disse, isso vai se reproduzir ;
não pare nada, abrace tudo o que passa ao teu lado, não faça diferença. Aí está a espontaneidade e a Verdade, não nas
convenções. Vou tomar um exemplo e terminarei para vos deixar vossa pausa. Vocês chegam muitas vezes, certamente, quando
vocês se reencontram, de se tomarem nos braços, é normal, é humano, vocês se
reencontram, mas quando esse gênero de coisas se produz, então vão, abram os
portões, já que é espontâneo, não está ligado a um encontro ou a uma reunião,
mas são antes de tudo as reuniões com vossa eternidade. Neste júbilo, como você diz, não há história,
não há origem, não há linhagens, há somente a Vida. É a Verdade, a única
imutável.
Questão : há ainda sofrimentos e medos que se levantam em mim e me
impedem de encontrar a alegria do coração. Você pode me ajudar ?
Esses medos que se levantam, você os identificou quanto à
causalidade, quanto às manifestações ? Sim ou não ?
Questão : não todos.
Bem, quando um medo se levanta, como você diz, você faz o
que ? Você tem medo, de acordo, mas
depois, você luta, você se opõe, você quer compreender, você quer erradicar, é
sua pergunta aliás, mas fazendo isso você o alimenta. Ver as coisas, não é dar-lhes corpo, não é
pará-las, não é sucumbir. A
problemática, e é muitas vezes, se não é sempre assim, alguma coisa surge,
ferida, medo, hábito, mental, pouco importa, algo chega. O que é que se passa
nesse momento ? Sobretudo se é o medo, ele vem dar o medo. O medo que se levanta gera o medo do
sofrimento, da limitação, e aí você é apanhada.
É necessário ousar atravessar os medos, não
pará-los. Mude de ponto de vista,
observe-os passar. Se você chega aí será apenas alguns minutos, o medo não está
mais aí, o que quer dizer, inconscientemente, que tua atitude alimenta o
medo ; não são as memórias, isso vos foi explicado, são os hábitos. Então se você tem medo, quando isso se
levanta, se você tem cócegas, faça-se cócegas. Olhe um filme, distraia-se, não se desfaleça no que é vivido, não lhe dê
corpo, não lhe conceda nenhum crédito porque como você o vive e o sabe, esses
medos se levantam e desaparecem entretanto, sim ou não ?
Questão : sim.
Portanto mais razão. É apenas similar a um sofrimento
crônico ou um medo crônico, instalados, são episódios de medo. O simples fato hoje de olhá-los, você lhes dá
corpo, você lhes dá presença. Eu não te
disse para ignorá-los, eu te disse para observar, eu não disse explicá-los, nem
mesmo compreendê-los. Então eu não sei, quando há o medo, encontre-se alguma
coisa, não importa o que, eu te disse, olhe um filme, pode ser agitar um sino
para não estar parada. Observar e
atravessar não quer dizer estar parada, isso quer dizer permanecer no
observador, não negar, porque se você o nega ele vai se reforçar, acolhê-lo aí
também.
Hoje é no Acolhimento que se encontra a capacidade de
resolução pela Inteligência da Luz, e não alimentando, não tendo medo do medo,
porque ele é incompreendido, porque você não sabe de onde ele vem. É realmente, não uma técnica nem uma ajuda
exterior, é uma compreensão, não do medo, mas dos mecanismos próprios da tua
consciência quando isso se produz. O
medo é experimentado e vivido antes que ele te paralise, como é o caso em
algumas ocasiões.
Bata-se no peito, chame uma amiga, mas não para falar do
medo ou dizer « eu tenho medo », para falar de qualquer outra coisa,
do tempo que faz. Desvie a consciência
mesmo ao efêmero. Nesse momento você não pode mais alimentar o medo, e como ele
não sabe mais como te agarrar, eh bem ele desaparecerá por ele mesmo. É isso a Inteligência da Luz, é isso o estado
de Graça. Observem, nos últimos anos de
minha vida, eu tinha o que vocês chamam um câncer, em um lugar que dá dores
terríveis. Ah certamente eu senti um cansaço, mas eu estava sempre o mesmo.
Quando vocês são liberados ou a caminho de, quando o Espírito se revela,
atenção ao que vocês alimentam. Sobretudo quando o medo chega, não o deixe pegá-lo na garganta, no
ventre, não se oponha, não resista, mas ocupe-se de outra coisa. Isso não quer dizer desviá-lo, como eu disse,
isso quer dizer derivar a vibração da Luz, a consciência e o pensamento, sobre
alguma coisa mais agradável. Isso não
caminhará talvez na primeira vez, porque há o medo do medo, mas isso caminhará
muito rápido.
De maneira geral, no que eu vejo, há uma forma não de
emotividade, mas de impressionabilidade, quer dizer de impressões, de impactos
muito importantes. Isso quer dizer o
que ? Que tua consciência está
voltada para a projeção. Permaneça tranquila,
no silêncio, fale com uma amiga de outra coisa.
É você, eu não digo que você é responsável por esses medos, quer isso
sejam os hábitos ou as feridas, pouco importa, é a conduta de hoje que não está
adaptada. O que você olha o alimenta, o que você observa é atravessado e não
pode ser parado. É nesse sentido que eu emprego a palavra
« derivar », derive tua consciência, teu pensamento ; ali
naquele momento, qualquer que seja a causa do medo, da dor, ele não poderá te
segurar. O resultado será diferente
quanto à duração, quanto à intensidade, quanto à frequência, e muito em breve
você rirá disso.
Então o mestre do tempo diz o que ?
Obrigada Bidi.
Eu vos agradeço, e vos digo até logo.
Tradução do Francês: Ligia Borges
O que nós chamamos o cérebro já funciona diferentemente, vocês o veem através da loucura, vocês o veem no que vocês vivem, uns e outros. Não se agarrem a nada.
ResponderExcluir.........
Quando eu digo, e para você também, deixar viver a Vida em vez de viver sua vida, eu vos dou aí uma chave fundamental.
.........
Ousem ter confiança, na espontaneidade, na Luz, mesmo se vocês não a vivem, e mesmo se vocês têm experiências, não as agarrem, não as conduzam na história agora.
.........
Aliás, a Alegria eterna, o Coração do Coração como vocês dizem, está aí assim que todo o resto não está mais aí.
.........
E o Fogo então, da Graça, que vocês chamam Fogo Ígneo, virá consumir as últimas escórias, as últimas barreiras, as últimas ocultações
.........
Sejam neutros e virgens a cada instante, não sejam estereotipados, não sejam repetitivos, não fixem nada, mesmo na pessoa, eu vos digo, há elementos exteriores suficientemente que estão aí para fixá-los.
A melhor msg é ensinamentos de Bidi que já li. Gratidão, Bidi!
ResponderExcluirEm acolhimento,
Alexandre
🙏
Deixe morrer o que se distancia, não trabalhe nisso, mesmo que você não tenha mais de trabalhar sobre qualquer interioridade já que ela toma passo sobre o personagem, sobre o que é visto. Permaneça tranquilo, deixe-se viver aí também, você não tem nada a decidir do ponto de vista da pessoa pois tudo é decidido pela Luz. Coloque uma intenção e veja se ela se realiza, você não tem de lutar, de convencer, de se apreender do que quer que seja. Fique nessa impecabilidade de tua imutabilidade. Todos os costumes passados ou ainda presentes vão fugir por eles mesmos a partir do instante em que você não os alimenta mais. Não procure mais compreendê-los nem mesmo observá-los doravante, volte seu olhar sobre o que é verdadeiro. Você o sabe, nada do que passa pode ser verdadeiro, mesmo se isso fere.
ResponderExcluirAssim se realiza, independente de qualquer intenção ou vontade, o que foi nomeado a Teofania perpétua. Os remanescentes da pessoa serão dissolvidos, não por qualquer ação a partir de onde você está, mas realmente pela Inteligência de tua própria eternidade e da Luz, que é Amor. Não procure se melhorar, não procure mudar, é a Vida que te muda.
Grato Ligia
Rendo Graças
Assistir pacificamente ao desenrolar de tudo o que se passa na tela da cena comum da vida é a resultante direta, incontornável, da Paz eterna, de vossa Infinita Presença, do que vocês são em verdade. É assim que o Liberado vivo permanece, sem esforço, quaisquer que sejam, como você diz, as emoções que apenas passam, quaisquer que sejam os apegos, ou os hábitos que ainda podem estar presentes. Eles não desestabilizam mais o que você é, isso te permite tomar consciência de que você não é nada do que se produz em meio ao efêmero, mesmo se isso deve ser vivido.
ResponderExcluir***
A passagem da Pessoa á Eternidade é perturbador e inimaginável, só Sendo (acolhendo, acolhendo, acolhendo) sem indagações, é que nos apropriamos do que de fato Somos a FONTE DA ALEGRIA ETERNA.
Em Luz, Sara.
« Bem-vinda na perpetuidade da Alegria », e não esqueça de rir de você mesma, pois o rir de si mesmo é o perdão da Graça atribuída à história e reforça tua base eterna, a alegria de tua Presença.
ResponderExcluirBidi, você pode sentir a gratidão, no meu Coração!
Até breve!!!!!