BIDI - Trecho do Encontro Coração a Coração - 10 de março de 2024

  



BIDI

Trecho do Encontro Coração a Coração

10 de março de 2024

 


Irmã: Você me escuta? Olá.

Elisa: Olá.

Irmã: Tenho duas perguntas, a primeira é sobre a depressão, e a segunda é para pedir um esclarecimento ao Bidi.

Então, vou começar por pedir-lhe que esclareça o que tem sido vivido nos últimos meses.

Desde há alguns meses, tenho vivido uma depressão para a qual sinto que estou sendo sugada, e quanto mais me esforço, mais me sinto afundar. O que percebi é que, apesar de várias experiências de Unidade, até agora a personagem dá a impressão de ter poder sobre a vivência. Deu-me a crença de que era algo que eu podia perder e, hoje, neste colapso generalizado, até isso se torna anedótico, e é como se eu estivesse a ser forçada a encarar o fato de que não há mais nada além disto, apenas o Instante.

É desesperante para meu personagem, mas sou forçada a admitir que está se tornando o único lugar seguro ou controlável para mim. Já não me interessam as experiências místicas ou as experiências energéticas particulares, mas tenho uma sede profunda de simplicidade e de paz.

Você pode me esclarecer sobre isso, Bidi, por favor?

 

Bidi: A minha resposta seria que, tendo em conta o período que a Terra atravessa na sua globalidade, aqueles que estão despertos para o que são, estão justificadamente sujeitos, no mínimo, a uma espécie de frustração, e creio que o Comandante chegou a mencionar essa noção de desespero em várias ocasiões.

Quando o personagem está desesperado, quando o personagem está revoltado, vocês são, simplesmente, afetados, tanto pelos acontecimentos na Terra, como pela iminência de uma grande agitação, para não dizer outra coisa.

Na instalação do Silêncio, hoje, eu diria, o que vocês chamam de depressão ou, simplesmente, de desespero, é um apelo cada vez mais forte para compreender que não há nada que vocês possam fazer, que vocês não podem mudar nada do que se desenrola na cena do teatro, de uma forma cada vez mais clara e evidente, que aproxima o Ocidente desses momentos últimos.

Como Abba disse esta manhã, vomitar a Criação já não é suficiente. É claro que este estado particular não afeta todos ao mesmo tempo, mas depende do território em que se vive no momento. Eu diria que os irmãos e irmãs mais sujeitos ao desespero, à tristeza e à cólera são os povos francófonos da Europa. Em seguida, vai contaminar os outros países francófonos, em particular ao norte dos Estados Unidos.

Atualmente, isto diz respeito aos povos da Europa do Oeste porque, de maneira inconsciente ou subconsciente, existe uma expressão francesa que diz: "Les carottes sont cuites" ("As cenouras estão cozidas"). Já não há solução para o futuro e, como podem ver por todo o lado, mesmo entre aqueles que lhes são próximos, o caos da Humanidade na Europa Ocidental se confirma. 

Mas lembrem-se que, o que lhes é pedido em relação a isto, não é, infelizmente, que lutem contra isso - não podem - mas simplesmente que o aceitem, para que possam passar por isso sem guardar esse desespero, essa raiva ou essa tristeza. Por outras palavras, reencontrar o Silêncio ou o Agapè, sejam quais forem as circunstâncias.

A carga energética na Europa Ocidental atinge, por múltiplas razões, altos picos. Há uma confusão, uma perda de orientação, uma perda de memória, até mesmo uma perda de vitalidade, tudo isto ligado a acontecimentos internos e externos. Vou pegar um período pelo qual toda a Terra viveu em nível mundial: durante a Primeira Guerra Mundial, quando esta terminou, houve um curto, mas verdadeiro período de euforia coletiva.

 

Elisa: De quê?

 

Bidi: Euforia. De estar eufórico, alegre.

 

Elisa: Sim.

 

Bidi: E também devem saber, para aqueles que nunca viveram uma guerra, que antes dela aparecer na cena do teatro, há também as premissas, os antecedentes, se preferirem, que precedem a própria guerra, e são essas as energias que vivem atualmente na Europa.

Vocês veem e observam a perda de memória, a perda de vitalidade por todo o lado. Há egrégoras coletivas sobre as quais você não tem controle. Da mesma forma que o personagem pode sentir as energias de uma lua cheia, ou de um “acontecimento espiritual”, entre aspas, esta inversão ou dificuldade que vocês vivem está efetivamente ligada ao caos que se aproxima. Todos vocês sabem disso e, claro, isso se traduz de forma diferente para cada um, através de um dos três elementos que eu assinalei: raiva, tristeza, até mesmo depressão e ansiedade.

Mesmo que estejam vivendo o Fogo do Coração ou o Real, é como se os dois estivessem sobrepostos. Deve mesmo chegar a você, ainda que aconteça na Europa Ocidental, de sentir momentos de cansaço ou de angústia que simplesmente não têm relação com nenhum acontecimento que tenha ocorrido com você.

Trata-se, evidentemente, de modificações da egrégora coletiva, que acabo de falar, mas também, além disso, das radiações cósmicas, das telúricas e das radiações da tecnologia. Vocês estão imersos em uma forma de borbulhamento energético e informacional, que parece impedi-los de viver a Paz e o Silêncio. Eu digo parece, mas na realidade é uma grande ajuda precisamente para viver o Silêncio.

A partir do momento em que vocês compreendem que não podem fazer nada em relação a seu humor, seja ele qual for, nesse momento vocês são obrigados a deixar ir, a constatar que isso está lá dentro da pessoa e, nesse momento, não lutando, vocês favorecerão a instauração do Silêncio. Este processo, que é extremamente forte na Europa Ocidental e particularmente nos países francófonos, vai se estender, evidentemente, à toda a Terra, nos próximos dias.

É uma preparação para os três dias de estase. Lembrem-se que a estase é o desligamento total do corpo e da consciência, e o que vocês vivem, uns e outros, com a raiva, a tristeza ou mesmo a depressão, é uma preparação para deixar ir tudo o que pertence à pessoa e até a própria pessoa. É uma forma de aclimatação ou de ensaio para o grande evento.

É claro que em outros países, por enquanto, predomina a alegria, estou falando de irmãos e irmãs que estão despertos. Mas quanto mais vocês se aproximam dos grandes acontecimentos, mesmo que não sintam as energias, seu corpo vai senti-las e sua mente também.

Vou dar-lhes um exemplo muito simples: antes de um terremoto ou de um tsunami, por exemplo, os animais fogem do local. É um reflexo de sobrevivência que não se explica; nesse momento, ainda há neles elementos de sobrevivência. O mesmo acontece com o ser humano, exceto que não se pode fugir. É por isso que estes episódios que caem sobre vocês de improviso, alguns dias, algumas horas, são simplesmente a tradução do caos que se aproxima.

Tudo faz parte daquilo que o Comandante chamou de "vomitar a Criação". Vocês chegaram à fase em que devem vomitar a si mesmos, para se amarem. E para os irmãos e irmãs que vivem isso, é de certa forma uma garantia de que, no momento da estase, desde os primeiros momentos, se deitarão com um grande suspiro e dirão a si próprios: "Finalmente! Enquanto que aqueles que ainda dormem terão de passar, como eu disse e como Abba também disse, por momentos de cólera e de dificuldade, mas também não poderão opor-se a eles, claro.

É isto que posso dizer sobre teu estado, que diz respeito também a muitos irmãos e irmãs.

 

Texto em https://apotheose.live/

A equipe de transcrição

Tradução: Marina Marino

 


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( Texto Complementar) :


BIDI

Trecho 2 - Encontro Coração a Coração

10 de março de 2024

 

Elisa: Há finalmente uma espanhola que diz alguma coisa...

Elisa: Ela diz "Falou-nos de França. Pode dizer-nos alguma coisa sobre Espanha e muito obrigada pela sua presença e pela sua assistência, Bidi.

Bidi: Então, a Espanha e a língua espanhola, que é comum à Espanha e à maior parte da América Latina, estão sujeitas ao que eu dizia sobre a Europa Ocidental, mas em menor grau, com uma diferença de tempo de algumas semanas.

De momento, se vocês têm irmãos e irmãs que estão na América Latina, eles certamente lhes dizem que, para eles, as coisas não correm muito mal, não é? Não são as mesmas energias, não é a mesma coisa que se vive na Europa neste momento.

E quando falávamos, por exemplo, de quando vivemos a primeira, sobretudo a segunda guerra mundial, o território dessa guerra foi na Europa, não na América Latina, parece-me. Portanto, as repercussões foram muito menores do que na Europa.

Refiro-me às línguas da América Latina, aos territórios que falam espanhol. Não é o caso, por exemplo, de um país, um território muito vasto na América Latina, que não fala espanhol, mas sim português, onde a confusão tende a tornar-se rapidamente semelhante à que acontece na Europa. Seria demasiado longo explicar porquê, sobretudo porque estamos no final de minha intervenção, mas, seja como for, todos passarão por estes acontecimentos.

Isto significa - e esta é a minha última palavra - que, seja o que for que vivam hoje, mesmo Agapè, ou o Grande Silêncio, é preciso aceitar perder-se para se encontrar.


A Equipe de Transcrição

Tradução: Marina Marino

 

2 comentários:

  1. Sempre curto e simples em suas respostas, o nosso amado Bidi. Rendo Graças a vossos ensinamentos.

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  2. A síntese da minha mensagem, que Bidi falou sobre o Brasil foi bem clara. E ele, foi muito mais claro na sua assertiva. Quem tiver olhos que veja, e ouvidos que ouça. Muito obrigado.

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