MA ANANDA MOYI - Tunísia - 5 de outubro de 2025

 

Áudio Original :

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MÂ ANANDA MOYI

Nabeul – Tunísia

5 de outubro de 2025

 

Sou Ma, no amor do Único, no amor do Real.

Mas aqui estou com vocês, neste grupo e para este grupo, e também, mais tarde, para aqueles que ouvirão e escutarão o que tenho a dizer e também os silêncios que viveremos.

Vim confortá-los além das palavras e além dos discursos, na Realidade que nós somos. Todo o meu amor está em vocês e todo o seu amor está em mim.

Juntos, vamos nos instalar na Graça, no Silêncio. Minhas palavras estarão aqui apenas para acompanhar este Silêncio, acompanhar sua presença, acompanhar sua ausência, acompanhar o que Vocês São.

Aquilo que manifestei em minha encarnação, está acessível a cada um de vocês. Hoje isso lhes é acessível por minha presença, mas também, como disse há poucos dias, em minha representação imagética.

O que venho entregar é muito mais do que palavras, é muito mais do que um discurso, é muito mais do que uma vibração, é muito mais do que qualquer hectare da consciência. Portanto, vou simplesmente convidá-los a decidir aceitar ser o que vocês são, sem questionamentos, sem sentimentos.

Convido vocês a se posicionarem, ali onde nunca se moveram, e a permanecer assim, uns com os outros e uns nos outros, na Verdade do que é sem forma, sem mundo e sem ninguém.

Minha voz é simplesmente hoje uma ressonância do Grande Silêncio, uma emanação primeira e também a última emanação, ali onde se encontram o Começo e o Fim, ali onde se encontram todos os possíveis, mas também todos os sonhos.

Vocês São o que Eu Sou e Eu Sou o que Vocês São, para além de qualquer pessoa e de qualquer forma.
Vim convidá-los a permanecer aí, Aqui e Agora, nesse espaço da Graça, que não depende de nenhuma consciência, que não depende de nenhuma visão, mas simplesmente da Evidência do próprio Silêncio, esse Silêncio que põe fim a toda pergunta sobre o que vocês são ou sobre o que acreditam ser.

E ali, neste espaço e neste lugar, vim fundir o que eu era e o que sou, com o que vocês são e o que serão, para além da experiência e para além de toda percepção. Vocês estão aí e eu estou aqui, simplesmente, sem discurso e sem história. É o momento em que nossa Presença Una e Indivisa se encontra com a Ausência. O momento em que o tudo e o nada, o falso e o verdadeiro, o que é grande e o que é pequeno, se resolvem na mesma alquimia, onde não pode subsistir a menor diferença, onde não pode existir a menor pergunta.

Vim compartilhar isso com vocês, porque, no âmbito do sonho, o compartilhamento é o melhor ensinamento, o compartilhamento da Verdade, o compartilhamento do Silêncio.

Cada um de nós aqui presentes, assim como aqueles que ouvirão os silêncios e as palavras que pronuncio, também será levado a viver a junção da Última Presença, como vocês a nomearam, até o Absoluto, como vocês o nomearam.

Assim é a Graça, que não é mais apenas um estado de Graça, mas eu diria até que é exclusivamente a Graça da Evidência, onde a Presença Infinita se torna Pura Ausência, onde nada mais tem importância, exceto o que está aqui neste instante.

Vocês não têm nada a fazer. Vocês não têm nada a esperar. Vocês estão simplesmente aí neste Acolhimento. Vocês estão simplesmente aí nesta abertura ao Desconhecido, nesta abertura ao Real, onde o sonho não tem mais poder, onde o tempo e o espaço se aniquilam por si mesmos e desaparecem nesta Graça da Evidência.

Dessa Presença Infinita jorra, de certa forma, uma Presença Ínfima, uma consciência que se encolhe por si mesma até ocupar um ponto. Esse ponto não está apenas no meio do seu peito, mas está em cada ponto do seu corpo e da sua consciência, ali onde a verdadeira memória, aquela que não é histórica, vai ocupar todo o espaço e todos os tempos.

O que acolhemos ali, juntos, conduz vocês a se aceitarem tal como são, quaisquer que sejam os filtros do personagem, quaisquer que sejam os pesos da história, quaisquer que sejam os medos de amanhã ou de depois de amanhã. Estamos aí, nesse espaço, que não é apenas esse espaço, mas que contém o espaço de todos os possíveis, todos os possíveis do sonho que conduzem vocês e que nos conduziram a nos afastar do Real, para brincar de nos acreditar separados, de nos acreditar divididos, de carregar tal idade, de ser de tal sexo, de tal país, de tal identidade.

Seu nome e sobrenome não passam de álibis que seus pais lhes deram. Hoje, é tempo de se entregar a si mesmos. Vocês não precisam de tempo. Vocês não precisam de espaço. Vocês só têm que estar aí. Vocês só têm, na realidade, que se acolher nessa parte que lhes parece desconhecida, e que, no entanto, lhes parecerá tão real que até o mundo do sonho, em suas alegrias como em suas dores, não terá mais leveza nem peso, ali onde tudo acontece sem causa, ali onde tudo acontece sem razão, ali onde tudo acontece sem explicação.

Poderia ter dito de meu Coração a seu Coração e de seu Coração a meu Coração, mas onde me expresso, há apenas um único Coração, o Coração do Único, aquele que permitiu sonhar, aquele que também permitiu acreditar no que não podia ser acreditado, acreditar também na ilusão do espaço, na ilusão do tempo, na ilusão da forma e na ilusão do mundo.

Um dos maiores instrutores do século XX, pois ainda era necessário naquela época, disse e repetiu que vocês não eram esse corpo, que vocês não eram sua história, que vocês não eram o resultado de um passado e muito menos submetidos a um futuro. Ali está a Liberdade à qual nenhum mundo pode garantir acesso, pois cada mundo, onde quer que esteja situado, funciona segundo o princípio da forma separada.

Não existe forma, não existe separação no Real da Presença Infinita que vos une à Ausência Infinita. É ali e somente ali que vocês se reconhecem em sua integralidade. Esse é o lugar da memória autêntica, não aquela de suas origens, mas aquela de Quem Vocês São, antes da origem e após o fim, do que apenas passa, do que apenas aparece e desaparece.

…Silêncio…

Não procurem sentido em minhas palavras, elas não são conceitos. É o que emana diretamente do Coração do Silêncio. Sejam simplesmente presentes. Sejam simplesmente aí sem nada esperar nem temer, sem nada esperar. Simplesmente sua presença nua, sua presença pura, essa Presença Infinita que não é senão uma ponte para a Ausência Infinita.

É assim que vocês se oferecem, a si mesmos, a resolução da lembrança que estava enterrada no mais profundo de seus constituintes do sonho, tanto em seu corpo de carne como em todos os corpos mais sutis.

Não há nada a adorar. Não há nada a rejeitar. Basta simplesmente, de certo modo, reabsorverem-se a si mesmos, para além do tempo e do espaço. Vocês não têm nada a mover, vocês não têm nada a pedir, tal como vocês são neste momento é o momento certo.

Tive frequentemente a ocasião de me manifestar através deste canal durante esses últimos anos, frequentemente acompanhada pela manifestação dos elementos. Hoje, os elementos estão tranquilos, estabilizados, assim é o seu Coração, assim é o seu corpo, assim é a sua Presença.

O que Eu Sou, vocês o São.

Tudo o que vocês veem fora deste espaço não é senão uma parte de vocês mesmos. O mundo, o universo, a Terra, a consciência atômica como a consciência pessoal, de um grão de areia, de uma rocha, de um animal, de uma planta, de um humano ou de um anjo, não são senão sonhos, não são senão fantasias que nós mesmos criamos a fim de imaginar o sentimento de separação.

E essa separação não tem nada de real. Ela é apenas aparência. Ela é fugaz. Ela dura apenas o tempo de uma vida, apenas o tempo de sua tomada de forma e o tempo de saída de sua forma de carne, mas vocês sabem, mesmo nos corpos sutis, tudo não é senão sonho. Quer sejam seres de Luz, quer sejam o que vocês chamam de hierarquias angélicas e também as hierarquias demoníacas, nada mais fazem do que exprimir o jogo da consciência, pois em Verdade eu lhes digo, vocês são ao mesmo tempo o mestre e o escravo da consciência.

Em Verdade, não há nem mestre nem escravo. Há simplesmente algo que deve ser reconhecido, vocês sabem, ali onde não há mais conceito, ali onde não há mais história, ali onde não há mais tu, ali onde não há mais eu.

Para além da relação e para além do Coração a Coração, há o Silêncio, de Silêncio em Silêncio, há uma emergência do Silêncio, ali onde nada pode ser qualificado nem de luz nem de sombrio, nem de amor nem de medo, nada pode ser … (inaudível) … qualificativo, sem nenhuma referência a qualquer experiência. Estamos juntos para isso, para todos nós aqui e para todos aqueles que ouvirão esses silêncios e essas palavras.

…Silêncio…

Não se deixem importunar pelos movimentos de sua consciência, pelas percepções energéticas ou de qualquer natureza que sejam. Vocês estão para além disso. Lembrem-se, vocês são apenas aquilo que nunca passa, vocês nunca passaram, vocês nunca morreram, vocês nunca nasceram, vocês não são nenhum dos mundos que percorreram, vocês não são nenhuma dimensão que exploraram.

Vocês são essa Presença Infinita, esse estágio que eu chamaria de “último” da consciência, que os leva para além do que foi nomeado o Supra Mental, para além da Luz, para além da forma, para além do Amor. Porque aqui não há mais palavras, mesmo as palavras mais sublimes como Agapè, como Unidade, não podem mais interferir. Vocês estão ali onde não há necessidade de qualificativo, ali onde não há necessidade de qualquer julgamento, ali onde não há necessidade de experiência de qualquer tipo, simplesmente de estar aí.

…Silêncio…

Aqui e Agora, cada um em cada outro, cada outro está em cada um, onde cada um é idêntico e, no entanto, tão diferente na aparência. Mas ali, ali onde estamos, nenhuma aparência, nenhuma interferência pode existir. Assim, a Presença Infinita é um abandono total e completo ao que sempre esteve ali e que talvez tenha sido encoberto pelos véus do sonho.

…Silêncio…

Ali agora, sua respiração se desacelera, ou seu corpo se aquieta, ali no centro de seu Coração, ali onde não há mais movimento e onde, no entanto, são criados todos os movimentos. Vocês são o cubo da roda que permite à roda girar, o Samsara, a ilusão, mas vocês, vocês nunca se moveram porque vocês são o cubo da roda. Vocês são a Fonte da Vida, vocês são o lugar da Vida, vocês são todos os possíveis no seio do sonho. Mas no Real, vocês são apenas uma única coisa, ali onde não há mais qualificativo, ali onde nada pode ser quantificado, onde nada pode ser dividido.

…Silêncio…

… e o Silêncio sussurra a você “Lembre-se”.

…Silêncio…

Ali onde eu me esqueço, ali onde tu te esqueces, ali onde cada um de nós se esquece no outro, muito além da Fusão, muito além da Comunhão.

…Silêncio…

Cada um de vocês é isso. Cada um de vocês carrega essa marca. Cada parte do sonho, cada mundo do sonho, guardou enterrada em si a Verdade.

…Silêncio…

E cada mundo acreditou dirigir, coordenar, agir sobre o mundo que está acima ou abaixo. Nós, Mães Geneticistas, desempenhamos esse papel no Jogo da Criação. Minhas Irmãs Estrelas, que eram todas Mães Geneticistas, ou pelo menos a grande maioria delas, hoje se lembram. Para além do caminho de Santidade percorrido, tínhamos esquecido que essa Santidade sempre esteve ali, que essa Santidade nunca desapareceu.

E não é uma Santidade definida por ações, nem por funções, mas sustentada simplesmente pela Evidência de si mesma.

…Silêncio…

Muitas vezes, quando eu estava encarnada, eu os chamava de meus filhos. Hoje, eu honro o que Tu És. Não há mais lugar para uma mãe, não há mais lugar para um filho. Espero que para vocês o jogo de papéis e de funções se encerre hoje, não para se desfazerem de suas obrigações no seio do sonho, mas muito mais para se libertarem de se acreditarem um sonho.

…Silêncio…

Vocês estão aqui. Eu estou aqui.

…Silêncio…

Deixemos essa Presença, deixemos essa Ressonância se apagar por si mesma diante do Real. Vocês só precisam acolher. Vocês só precisam deixar emergir o Primeiro Sopro, aquele da Liberdade, aquele do sonho da criação.

No começo era o Verbo, mas havia um Antes do começo. Vocês não são nem o começo, nem o fim. Vocês são o Receptáculo da totalidade do Real, esse Real que só se revela inteiramente no Silêncio, na ausência de propósito, na ausência de desejo, na ausência de vontade.

…Silêncio…

No tempo deste instante que vivemos juntos — e que outros viverão — escapamos, juntos, de toda condição e de todo condicionamento.

…Silêncio…

É o Silêncio que opera. É o Silêncio que se espalha como um braseiro ardente que só queima o que não é verdadeiro e que os devolve ao que vocês são. Não é um objetivo. Não é uma esperança. Não é amanhã. Não é um karma. Não é tampouco uma recompensa. Mas é simplesmente o que vocês são, ali onde nenhuma definição pode limitá-los ou defini-los. Ali, no coração desta forma transitória na qual vocês estão e na qual eu estive por muito tempo, não há nada além de aparências.

Mas isso não é um erro, pois o mundo do Real conduz necessariamente a uma sede do Real. Seja através do êxito, seja através do amor, seja através da devoção, seja através de um elemento que os atrai em sua vida — tudo isso não passa de um reflexo, um reflexo cada vez menos opaco ou turvo daquilo que vocês são.

…Silêncio…

Estamos ali onde nada pode ser definido, onde nada pode ser enclausurado, ali onde nenhum minuto pode se impor. E é ali que vocês se recordam, é ali que vocês se lembram de Quem Vocês São, ali onde nada pode ser nomeado.

…Silêncio…

Ali está a Bem-Aventurança na qual me mergulhei em minha encarnação. Hoje, aquilo que estava submerso no fundo de mim emerge em cada um de vocês, à beira do sonho, no limite de seu corpo, mas também em totalidade ao redor de sua consciência.

…Silêncio…

Vocês estão aqui. Eu estou aqui.

…Silêncio…

Aqui, nada pode alcançá-los porque vocês estão em toda parte. Não há mais distância, não há mais corpo. Há apenas o que é.

…Silêncio…

É aí que a vida toma sua fonte e seu impulso, a vida de um átomo como a vida de um universo.

…Silêncio…

A ilusão da falta e a ilusão da separação se resolvem por si mesmas na presença do inefável. Assim nem presença, assim nem ausência, ali onde presença e ausência já não são sequer uma diferença, mas muito mais uma fusão.

…Silêncio…

Escute-se e ouça-se, ouça o Silêncio, ouça o Real. Ele ocupa todo o espaço. Ele leva o tempo. Ele leva a ideia de ser uma pessoa dentro de um corpo.

…Silêncio…

Permaneçamos aí com você. Permaneçamos aí comigo. Permaneçamos aí um no outro e um para o outro. Ali onde compreendemos que cada outro, que cada um, não é nada além de si mesmo.

…Silêncio…

O Silêncio permite isso. O Silêncio é Evidência.

…Silêncio…

O Silêncio que está aí consome as últimas resistências a ser o que vocês são.

…Silêncio…

O que é natural não pode ser desejado, não pode ser rejeitado. Ele só pode ser reconhecido.

…Silêncio…

A Ausência e a Presença poderiam ser como as duas faces de uma moeda que nunca se veem e, no entanto, estão ligadas uma à outra. Vocês são isso. Não apenas uma imagem em espelho, não apenas uma imagem oposta, mas vocês são justamente a resolução de toda imagem. A imagem do mundo, assim como a sua, é um jogo de magia, um jogo de ilusões que os faz aderir a um mundo, a uma forma, a uma identidade e a uma função.

Claro, isso deve ser assumido dentro do sonho, mas assumir não quer dizer estar submetido a isso, não quer dizer se submeter ao que não é o que vocês são. No entanto, não se trata de rejeição. Não se trata tampouco de separação, mas de uma reintegração. Essa reintegração acontece apesar de vocês e, ao mesmo tempo, graças a vocês.

O Silêncio, o Silêncio é esse espaço de resolução que vivemos.

…Silêncio…

Ouçam, não há nada para ouvir. Escutem, não há nada para escutar.

No que vocês são, não há distância. No que vocês são, não há forma. No que vocês são, não há mundo. No que vocês são, não há consciência de ser. No que vocês são, Eu Sou. No que Eu Sou, Vocês São.

…Silêncio…

Nós nos reencontramos no lugar que nunca deixamos. Nós nos fundimos no lugar que conhecemos de toda a Eternidade.

…Silêncio…

É muito mais do que uma alegria. É o Silêncio da Gratidão. É o Silêncio da Beleza. É o Silêncio do que Vocês São que se reencontra na junção do Ser e do Não-Ser.

…Silêncio…

Então o Silêncio se impõe, torna-se cada vez mais denso e ao mesmo tempo cada vez mais leve, porque todos os nossos referenciais de medida não podem medir o Silêncio. Nada do que vocês são pode ser medido. Nada do que vocês são pode ser julgado. Nada do que vocês são pode ser colocado de lado. Porque chegou o momento da Lembrança, acessível a cada um que ainda se acredita uma pessoa, uma função ou um papel.

Porque para muitos de vocês, depois de múltiplas peregrinações da alma, do corpo, da consciência, vocês foram os Peregrinos da Eternidade. Hoje vocês são a Verdade.

Hoje, o que vocês são não pode desaparecer. Ele está simplesmente revelado. Ele está simplesmente vivido através do corpo, através da própria consciência.

…Silêncio…

Estamos juntos para celebrar, para celebrar o que tu és, para honrá-lo, a fim de que o Real possa chegar a fazer ver o irreal, o sonho da forma, o sonho da criação, o sonho da evolução, o sonho do amor como o pesadelo do sofrimento.

…Silêncio…

Vocês já sabem, a maioria de vocês, que eu evito conversar sobre os acontecimentos deste mundo. Mas há UM acontecimento, que vivemos neste exato momento, que não pode ser ignorado, nem escondido.

…Silêncio…

O Silêncio continua a fluir através das minhas poucas palavras, através da sua presença.

…Silêncio…

Cada respiração os liga ao Silêncio. Cada movimento dos seus pensamentos ou das suas percepções os aproxima do Silêncio.

…Silêncio…

Esse Silêncio é o espaço, o lugar e o instante onde tudo pode ser transformado (alquimia), onde o próprio sonho os conduz ao Real.

…Silêncio…

Estamos neste instante, aqui neste grupo, como para todo irmão e irmã que ouvirão estas palavras, é também esse Grande Silêncio que se aproxima de todas as esferas de vida do sonho, de todos os lugares do sonho e de todos os espaços do sonho.

…Silêncio…

É assim que cada um de nós criou as próprias condições de seu acesso ao Real. Lembrem-se, não há nada a condenar, não há nada a julgar. Há apenas aceitar o que é, mesmo que vocês não saibam o que é. Inevitavelmente vocês vão vivê-lo, a partir do instante em que não pedem nada, a partir do instante em que estão totalmente disponíveis. Então vocês se lembram da primeira emanação do Silêncio que foi nomeada Luz, que foi nomeada Amor.

…Silêncio…

A Luz e o Amor, para muitos, é isso que vocês procuraram, mesmo sem se confessar, mesmo sem dizer. Esse sentimento profundo de que faltava algo era a suprema ilusão para fazê-los acreditar e aceitar que vocês haviam se perdido. Mas, em Verdade, vocês nunca se perderam. Vocês apenas escreveram seus sonhos. Vocês apenas os viveram. Vocês absolutamente tudo criaram. Mesmo nós, as Mães Geneticistas, desde tempos imemoriais, sabíamos que a Terra era o Depósito e a Fonte da Verdade, inscrita no Cristal Azul, do qual há muito tempo um ser chamado Ramatan lhes falou.

...Silêncio...

Aceitem reencontrar-se. Aceitem não procurar o que Vocês São. Aceitem que tudo o que aparece não pode ser verdadeiro. Aceitem o inaceitável. Aceitem mesmo um elemento, o mais devastador, pois são vocês que o escreveram. Não há punição. Não há recompensa. Há apenas a Verdade.

A Verdade não é uma recompensa. A Verdade não é uma punição. A Verdade é seu direito. A Verdade, é vocês. A Verdade, é o Silêncio.

...Silêncio...

O que se desenrola é muito mais que uma comunhão. O que se desenrola é muito mais que uma experiência ou um estado de Graça. O que se desenrola é a manifestação do Real, o que dele se aproxima de modo mais próximo e mais justo.

...Silêncio...

Teu Coração respira o Real. Cada célula deste corpo do sonho respira o Real.

...Silêncio...

Vê as coisas como elas são, e vive-as como elas são. Pois, em Verdade, tu não podes interrogar e viver ao mesmo tempo o que tu vives. Tu não podes classificar ou ordenar o que tu vives e vivê-lo ao mesmo tempo.

...Silêncio...

Tu não podes sentir o que está além da sensação. Tu não podes perceber, de modo algum, o que se vive. E, no entanto, isso se vive.

...Silêncio...

Tua consciência, em definitivo, não é senão uma ponte que liga as margens do conhecido e do desconhecido, mas ela não é senão uma ponte. Uma vez que essa ponte tenha sido atravessada, tu esqueces a ponte, ela não tem mais nenhum interesse. Assim é tua consciência. Assim é de todos os sonhos. Saber disso, viver isso, ainda que em sonho, te fez compreender que isso não era senão um sonho.

A partir daí, o tempo do sonho, seja qual for o evento da criação em curso, não pode mais ser afetado, porque vocês são anteriores à criação, anteriores à consciência.

...Silêncio...

Fica aqui comigo. A intensidade do Silêncio vai te parecer ainda crescer, mas na verdade ele não cresce, ele não se move. São simplesmente teus últimos véus que se afastam em relação à história, em relação à tua pessoa.

Tua graça do Silêncio torna-se a Realeza do Silêncio, tal um coroamento, pois é preciso encontrar imagens que nada têm a ver com o Silêncio, mas que, contudo, podem te permitir dele te aproximares.

Tu que me ouves, tu que me acolhes, a Majestade do Silêncio torna-se mais ampla. Ela sempre esteve aí, mas é tu que perdes tuas últimas ilusões, quanto à tua forma, ao teu nome e ao teu mundo.

...Silêncio...

Tu estás aqui, Eu estou aqui. Nós estamos aqui em todo o espaço, nós estamos aqui no tempo que parece escoar-se. O que quer que aconteça, isso apenas acontece, mas tu não és um produto, tu não és um resultado, tu não és nem mesmo uma causa. Tu estás bem além de tudo isso.

Neste estado de lucidez e de clareza, nenhum conceito pode aplicar-se, nenhuma referência pode aí ser aplicada, nenhum discurso pode glorificá-lo, mas tu sabes que isso é Tu, intimamente, no mais profundo de ti. Mas chegou a hora de que isso agora emerja, em cada parcela do teu mundo como em cada parcela de cada mundo, como em toda consciência.

...Silêncio...

Eu sei que tu estás aqui, como tu sabes que cada um de nós está aqui, reunidos juntos, lá onde não há nada a unir nem a desunir, lá onde tudo é mais que perfeito, lá onde nada pode ser dito, lá onde a perfeição do Real transpira mesmo de tua consciência e de teu corpo. Não retenhas nada, não interrompas nada.

...Silêncio...

No princípio era o Verbo. Antes do princípio, havia Tu. Tu sempre estiveste aqui, e tu te ignoraste a ti mesmo para melhor te reencontrares, se assim se pode dizer. Qualquer que tenha sido a falta que tu viveste, qualquer que tenha sido o sofrimento que tu atravessaste ou que te atravessa hoje, não esqueças que tudo isso não é senão um roteiro que tu escreveste para que vivas enfim a alegria destes reencontros, a fim de compreender que isso jamais desapareceu, que isso sempre esteve aí, seja nesse corpo do sonho, seja num corpo de Luz, seja num corpo intermediário.

Eram diferentes disfarces aos quais tu aderiste, eram apenas roupas que tu vestiste para sufocar teu esplendor e para mascarar o que tu és, simplesmente para vivê-lo, simplesmente para fazer a experiência, mas isso não era senão uma experiência, isso não era o Real. Hoje teu corpo do sonho sabe disso, cada parcela da tua consciência sabe disso, ou começa a desconfiar. Tu és muito mais que tudo o que tu podes acreditar, e para isso, é preciso ser bem menos que tudo aquilo em que tu acreditaste.

Tu estás aqui, eu estou aqui. Minha presença, Tua presença, minhas palavras, teus silêncios, nos levam ao Real. Não há deslocamento, não há movimento, há apenas o restabelecimento do que sempre esteve aí, do qual tu te ocultaste.

No que tu és, não pode existir a menor falta. No que tu és, não há lugar para o sofrimento. No que tu és, não há lugar para a separação.

Apesar de todas as aparências que nós construímos, apesar de todas as distâncias que, em definitivo, não o são, apesar de todo o tempo que pareceu passar e escoar-se, tu jamais deixaste o tempo sem tempo, o tempo Zero da tua presença e da tua ausência.

E aí onde nós estamos agora, mesmo minhas palavras tornam-se supérfluas. Então eu te proponho continuar este instante sem as palavras, apenas no silêncio, durante alguns instantes, durante alguns sopros da tua respiração e alguns batimentos deste coração de carne.

Eu sou Mâ e eu deixo o Silêncio agora ser o que ele é ... alguns sopros ...

...Silêncio...

...Silêncio...

Eu vou agora te deixar voltar a habitar em totalidade este corpo no qual tu estás. Claro, para o benefício e a alegria de cada um, dentro de alguns instantes, eu retornarei para partilhar com vocês o que nós vivemos, tanto vocês como eu.

Enquanto isso, que a Paz, a Alegria, a Verdade estejam seladas em seu Coração. É o selo da Liberdade, o selo do que é Real.

Eu sou Mâ e eu os deixo novamente habitar em totalidade este corpo do sonho.

Eu retornarei dentro de alguns instantes, a fim de partilhar desta vez o seu Vivido.

Eu sou Mâ, e eu lhes digo até daqui a alguns instantes. Eu agradeço e rendo graças à sua Presença, ao seu Acolhimento e à sua disponibilidade.


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Transcrição Equipe Agapè

Tradução Marina Marino

Mensagem Original no site Apotheose.Live

Fonte da Imagem: 

https://www.facebook.com/groups/293893747352484/



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