Ora bem, BIDI está convosco e vos saúda.
…Silêncio…
Hoje, tal como propus, iremos
responder às vossas perguntas, sempre com a perspectiva de, não apenas fornecer
uma explicação acerca da pessoa, mas transcendendo a pessoa com a clarificação
do Corpo de Eternidade.
Agora, quaisquer que sejam as
manifestações ou as dores que se manifestam no corpo, - independentemente de
isso necessitar ou não de tratamento da vossa parte -, é preciso ter a
perspectiva e o ponto de vista da Eternidade, da Evidência.
Então tentarei , em relação com o
corpo físico, estabelecer uma correlação com a Eternidade e com o vosso Corpo
de Luz, se isso for possível.
Então, BIDI escuta a vossa primeira
pergunta.
Pergunta : Justamente, trata-se de
dores do corpo. O que representa uma cruralgia da perna direita, que persiste
desde há quatro meses, no processo de Ressurreição que decorre? Será que isso
faz parte do processo de Ressurreição actual? Obrigada pelo seu esclarecimento.
R.: Então, efectivamente, tal como
dizes, o Corpo de Eternidade está presente para toda a humanidade, desde há
alguns meses.
Desse estar a sós com vocês mesmos ou
desse face a face, entre a Eternidade e o efémero, acontecem
clarificações, qualquer que seja a sua localização, ou a causa, orgânica ou
mecânica, de qualquer dor. Isso não quer dizer que não seja preciso na mesma
tratar, mas ao nível do posicionamento da Consciência, é proveitoso e
geralmente eficaz, ver o que diz a Eternidade em relação a isso. Explicarei, se
possível, a ressonância e as correlações que existem entre o vosso corpo físico
e o vosso Corpo de Luz.
Então, no que diz respeito à perna
direita, - e uma vez mais, isso não impede, muito pelo contrário, de
conhecer a causa fisiológica, orgânica, ou mecânica, - mas neste caso, tudo o
que está relacionado com o membro inferior direito, que, tal como recordo, está
presente em todas as dimensões, até ao limite do antropomorfismo, existe, tal
como disse no encontro anterior, um certo número de estruturas relacionadas com
a Eternidade, e que duplicam agora o vosso corpo físico. O triângulo situado,
entre a parte debaixo dos pés e a zona situada na junção entre os membros
inferiores e o tronco, é portador de uma Porta, pouco importa o seu nome.
Trata-se então, aí, de um ponto de encontro entre o efémero e a Eternidade, na
Porta da dobra da virilha direita. (* Lembrete das Portas e Estrelas, no final
do texto )
Por outro lado, a activação das
Portas situadas ao redor do sacro , está relacionada, nos últimos meses, com as
Portas situadas sobre as virilhas.
Existe uma junção entre as Portas,
ponto de reencontro entre o efémero e o Eterno. Entre, de um lado, a dobra da
virilha direita e a Porta situada do lado direito do sacro, e, do mesmo modo,
do lado esquerdo, entre a dobra da virilha esquerda e a Porta situada do lado
esquerdo do sacro, conectando, na sequência, as Portas abaixo e acima do
sacro.
A ressonância criada pelo encontro,
diria, palpável e visível, entre o vosso corpo físico e o vosso Corpo de
Eternidade, pôs em acção uma actividade forte de ressonância da Luz sobre essas
zonas situadas entre a bacia pélvica, os pés e o sacro. Se, à partida, qualquer
que seja a causa, existia uma irritação do nervo, quer isso esteja relacionado
com os ossos, quer esteja relacionado com os locais onde existem tendões como a
dobra da virilha, o envolvimento do nervo - mesmo se existe uma causa orgânica,
quer seja memorial ou actual não faz nenhuma diferença - o facto de a
Eternidade, o Corpo de Eternidade, fazer sentir essa dor, ao nível da perna
direita, está em ressonância, diria, com o Masculino.
Isso significa que existe no lado
efémero - e não do lado da Eternidade presente - um desequilíbrio entre o
Masculino e o Feminino, não no plano da alma ou do Espírito, mas diretamente no
seio dessa encarnação. Trata-se, então, de uma revisão instantânea, memorial,
do posicionamento da consciência efémera ao longo de toda essa vida.
A Inteligência da Luz, pela activação
das Portas e das redes de linhas situadas na bacia pélvica, evidentemente tem
tido um certo número de consequências, não apenas sobre os nervos mas também
sobre toda a vascularização dessa região.
Penso que todos já tiveram a
oportunidade de verificar que a frequência e o horário das micções é
profundamente diferente. Desde há algum tempo deixaram de ser como
habitualmente, segundo o que era normal. O mesmo acontece com todos os órgãos e
funções, situados nessa área.
Tratando-se de desequilíbrios na
parte inferior do corpo, quer seja ao nível de uma articulação, quer seja ao
nível ósseo, quer seja ao nível muscular, dos vasos sanguíneos ou dos órgãos,
se há lateralização direita de manifestação nessa parte do corpo, então a Eternidade
vai clarificar. A dificuldade, - uma vez que dizes que isso acontece desde há
quatro meses -, é simplesmente de deixar a Luz actuar sobre o desequilíbrio, o
que, é claro, não impede a compreensão do mecanismo arquetípico, entre o
Masculino e o Feminino, ao nível da matéria, que se vai ver clarificado e
transmudado, e então eliminado pela Luz. Assim, a dor, essa ou qualquer outra,
mesmo se exista uma causa puramente mecânica ou orgânica, remete para uma
clarificação acrescida da Luz, não porque exista uma resistência da pessoa, mas
porque existe uma resistência, direi, subconsciente, na memória do corpo em
incarnação.
Então, para além da explicação que
acabei de dar, que é muito geral, e para além de qualquer eventual tratamento a
nível físico, convém fazer o quê? Nos momentos em que percebam Vagas de
Luz específicas, quer dizer, quer seja vindas dos pés, quer seja em
transversal-lateral, pela esquerda ou pela direita, nesse momento, aproveitem
essa Vaga de Luz para, num primeiro tempo, focar a atenção na zona do Coração,
tal como disse ontem, e ver o que acontece na dissipação ou na propagação da
Vaga, sobretudo se a propagação da Luz for transversal ou se vier dos
pés.
Desde o momento em que, durante uma
Vaga de Luz, a Consciência se posiciona na Eternidade, quer dizer, se colocando
em repouso, imóvel, de olhos fechados, convém acolhe-la e, de seguida, -
primeiro no Coração e só depois, sem nenhuma intenção -, simplesmente portar a
atenção na zona que está afetada e ver então o que acontece durante a Vaga,
porque, claro, é durante as Vagas de Luz que existem mais possibilidades de
clarificação, de resolução, qualquer que seja o andamento da vossa
Ressurreição, qualquer que seja o estado, quer seja brutal quer seja
progressivo.
Quer dizer, o facto de portar a
atenção, durante uma Vaga de Luz,- dessas Vagas vindas dos pés ou em
lateral-transversal, como disse acima - portar o seu pensamento,
sucessivamente, primeiro sobre o Coração e em seguida na zona afetada, sem
nenhuma intenção, permitirá ver, de diferentes maneiras, o que acontece, a sua
eficácia ou não. Se não, é suficiente, doravante, - perante a presença do Corpo
de Eternidade que duplica o corpo físico -, utilizar simplesmente um
magnetismo, qualquer que seja, entre o pé, neste caso o pé direito, e a dobra
da virilha, e, se isto não for suficiente, entre o pé direito e a Porta
lateral direita do sacro. Entendo por magnetismo, uma atenção portada por uma
mão, por um dedo, por um cristal, pelo que quiserem.
Nesse momento, como a Luz envolve,
literalmente, o corpo etérico, a Luz agirá, de um modo geral. Os marcadores que
vos foram transmitidos, em particular ao nível do corpo e não da cabeça, quer
dizer as Portas, estão todas ligadas umas com as outras, doravante. É
suficiente, de algum modo, dirigir a Luz entre duas Portas cujo trajecto inclua
o local da dor, para que, de algum modo esta seja dissipada, - qualquer que
seja a técnica utilizada, quer seja por uma mão, quer seja por um dedo, por um
cristal ou por óleos essenciais -, isso permitirá constatar a restauração pela
Luz, não de forma sistemática mas diria em mais de metade dos casos.
Então, qualquer que seja a
necessidade, por vezes imperiosa e real, de se ocupar do saco de carne,
verifiquem o que acontece quando colocam a vossa atenção, o vosso pensamento,
da forma como acabei de explicar, mas também, de forma talvez mais simples, o
facto de drenar os fluxos magnéticos vitais, simplesmente através de uma mão,
de um mineral, ou de outra coisa, poderá ajudar a dirigir a Luz sobre essa zona
e isso virá aumentar o poder de resolução da Luz sobre a zona dolorosa,
qualquer que seja a dor, o que não impedirá, sistematicamente, de tratar esse
saco de carne. Mas hoje, a prioridade deve ser de algum modo de utilizar a Luz
que é vossa, sobretudo quando isso vos diz respeito, no vosso ficar a sós,
entre o vosso Corpo de Luz e o vosso saco de carne, entre a Consciência efémera
e a Supraconsciência, ou Consciência Nua, se vocês vivem a Ressurreição.
Mas, tal como disse, mesmo que ainda
não tenham vivido o menor estado da vossa Ressurreição, lembrem-se que o Corpo
de Eternidade está, agora, inteiramente presente junto de todas as pessoas.
Enquadrar a zona dolorosa, pelas Portas situadas acima e abaixo, ou localmente,
permitirá constatar os efeitos da Luz direta, através de vocês mesmos, sobre
vós mesmos. De algum modo, mesmo que não haja completa dissolução da dor,
geralmente haverá uma sedação da mesma. Isso diz respeito a todas as
manifestações de qualquer natureza que seja. Isto está em acção e é possível
desde há pouco tempo.
Lembrem-se que a Consciência, a Luz,
segue o pensamento, a intenção e a atenção, e aqui não me refiro a
nenhuma intenção mas apenas a uma atenção focalizada sobre a zona do saco de
carne que está a chamar a atenção. Mas, acima de tudo, deixem a Inteligência da
Luz agir, não projectem nada e não peçam nada.
Refiro-me a uma atenção focalizada,
e, sobretudo, sem qualquer intenção. Vocês, simplesmente, deste modo, - quer
seja utilizado o pensamento, as palmas das mãos, os dedos, os minerais, ou
qualquer outra coisa -, irão drenar a Luz, de alguma maneira, para a zona onde
o corpo físico vos pede e vos está a chamar a atenção.
Estão agora convidados a expor aqui o
vosso caso, qualquer que seja a vossa dor, que vai geralmente representar
exemplos concretos do que se passa em muitos outros, realizando isto com a
Evidência. O que não impede, evidentemente, de também obterem aquilo a que
chamam um diagnóstico orgânico, físico. Vocês entraram, desde há algumas
semanas, nessa capacidade, diria, de auto-cura, através da própria Luz. Mas
lembrem-se também que certas formas de clarificação pela Luz, em particular os
engramas comportamentais, dos hábitos, poderão ser evacuados por uma doença
brutal inflamatória, quer seja por uma infecção, uma inflamação, ou qualquer
outra coisa. Nesse caso, será algo fulgurante, e por vezes com alguma lentidão
na eliminação do problema. Mas também aqui, isso resulta, acima de tudo, de uma
clarificação da Luz e não de um ressurgimento das vossas feridas, ou de
qualquer outra coisa.
Então, não procurem ir além disso na
busca de uma causa. Testem por vocês mesmos - pelo pensamento e pela atenção
mas também com um dedo ou a palma da mão, ou com cristais, ou com alguns óleos
essenciais à vossa escolha que permitam drenar a Luz sobre a zona dolorosa que
está a ser clarificada pela Luz -, se isso vai resolver ou não o problema. Já
não é importante, desde que o Corpo de Eternidade se aproximou, saber a origem
do problema, o elemento causal de qualquer natureza que seja, na história da
vossa vida. A Inteligência da Luz é real; a diferença é que agora, de alguma
maneira e sem qualquer projeção, vocês irão poder focalizar diretamente, a Luz
que são.
Então?
Pergunta : Desde há muito tempo que
tenho problemas do ritmo cardíaco, com pequenas paragens. Actualmente, isso tem
vindo a aumentar, especialmente à noite. Pode dar aí um esclarecimento?
R.: Bom, relembro que os impulsos da
Luz acontecem repetidas vezes ao longo do dia. Como diz, notou uma diferença
recente, pois antes, a intensidade ia aumentando ao longo do dia, o que agora
já não se verifica. Vocês têm Vagas de Luz que são síncronas ao nível de toda a
humanidade, que acontecem desde a manhã. Mas é à noite, depois do pôr do sol,
que a energia vital, a energia Vibral, e as Partículas Adamantinas, têm
tendência a retornar ao nível do peito para se reunirem. E o peito, claro, é
onde reside o Corpo de Eternidade, o Coração do Coração, o Tetraktys, e onde
também reside, claro, o coração físico, e por vezes, esse ajustamento entre os
dois, poderá ocasionar isso, se houver uma memória anterior relacionada com os
hábitos; o ritmo cardíaco corresponde simplesmente a uma forma de apreensão,
não me refiro ao medo do desconhecido, mas de apreensão sobre o que é
conhecido.
Geralmente isso acontece em jovens
irmãos e irmãs na primeira fase da vida, a manifestação desses distúrbios no
peito, quer seja a alteração do ritmo cardíaco, quer sejam dores, a que chamam
tetania ou espasmofilia, mas também algo como picadas, ou sintomas de opressão
torácica ou cardíaca. Trata-se justamente da ação e da resolução pela Luz, que
poderá traduzir-se por uma amplificação e um aumento de frequência das crises.
Assim, se tomamos o exemplo do Coração, vamos ver as Portas mais próximas.
Quais são as Portas mais próximas do vosso coração? São as Portas OD e ER, mas
também a Porta AL e Porta Unidade, e a Porta KI-RIS-TI.
Então, não vou aqui falar das
diferenças da junção entre duas dessas Portas; compete a vocês fazerem o teste.
Nesse caso, se compreendi bem, trata-se de uma alteração do ritmo cardíaco.
…Sim, é isso mesmo.
Então, nesse momento, bastará
favorecer a passagem entre OD e ER, quer isso seja feito com a ajuda dos dedos,
com a atenção e o pensamento, ou com qualquer cristal ou óleo essencial, e ver
então o que acontece. Mas a integração da Luz no corpo físico será muito mais
fácil.
Pelo contrário - tal como posso
perceber - nas outras percepções em que haja a impressão de pressão, de
contração ou de aperto, que pode ocorrer no decurso
de uma Vaga, nesse caso não é conveniente usar as Portas OD e ER, mas sim as
Portas AL e Unidade.
Quando esse distúrbio acontece ao
redor do peito, qualquer que seja a causa, quer seja cardíaca, quer seja uma
erupção cutânea, ou uma fractura de costela, nesse momento é conveniente
agir em ântero-posterior, ou seja, entre o centro do coração e a Porta
KI-RIS-TI. Cabe a vocês testarem e verem o resultado.
Simplesmente, os distúrbios cardíacos
não estão relacionados com o medo do desconhecido, bem ao contrário, trata-se
simplesmente de uma forma de apreensão sobre o que é conhecido, quando o
Desconhecido está presente. Existe uma ligeira desarmonia entre entre o coração
físico, o Chakra do coração e o Coração da Eternidade.
Aí também, nesse caso, podes
aproveitar dos momentos de uma Vaga, quer ela venha de cima, quer ela nasça do
teu coração ou que ela venha dos pés ou de outra qualquer zona, nesse caso não
faz nenhuma diferença. Mas se essas crises se amplificam à noite, isso
significa uma dificuldade, não por medo do desconhecido, mas antes ao
contrário, de uma apreensão perante o que é conhecido, apreensão geralmente
relacionada com os hábitos, e que dificulta de algum modo a integração. Nesse
caso, o que predomina não é o medo do desconhecido mas o medo relacionado com o
conhecido.
Isso é o que posso dizer acerca do
que se passa ao nível do peito ou do coração. Então, exceto ao nível do
coração, se há, por exemplo, uma fractura de costela quer seja à esquerda ou à
direita, nesse momento, se há lateralização, não se trata do coração órgão no
centro, nem do chakra do coração, mas trata-se de um problema lateralizado,
como no caso precedente. Só que essa lateralização não está relacionada com um
desequilíbrio masculino-feminino na matéria, mas nos pensamentos. Não se passa
no mesmo nível. Se se manifesta do lado esquerdo, nesse momento, será
preferível utilizar a Porta por baixo do seio esquerdo e a Porta no meio das
omoplatas. Ao contrário, se é do lado direito, convém utilizar a porta por
debaixo do seio direito e o Ponto central entre as omoplatas, ao qual foi
chamado, creio, KI-RIS-Ti.
Continuemos então.
Pergunta : Para além das dores nos
pés, porquê as dores nas mãos, e nos dedos especialmente?
R.: O que chamamos extremidades das
mãos como dos pés, mas também as extremidades do Corpo de Eternidade, são
portadoras de meios de preensão e percepção, tanto nos pés como nas mãos, ao
nível da Eternidade. Não há, no Corpo de Eternidade, nenhuma diferença de
perceção entre as mãos e os pés. A percepção, ao nível do Corpo de Eternidade,
do que vocês chamam o magnetismo, é geralmente, tal como podem constatar neste
momento, muito mais forte ao nível dos pés do que das mãos. As extremidades são
também o lugar, ou os lugares, por onde penetra, pela periferia, a energia
vital. A energia Vibral, por sua vez, penetra pelos Pontos mais ao centro do
corpo, ou seja, a cabeça, o coração, e as Portas situadas de um lado e do outro
do eixo central. Então, quando há manifestação vibratória ou dolorosa das mãos
neste período, mesmo se há osteoartrite, convém na mesma procurar a
correspondência com a Eternidade, pois é a Eternidade que clarifica isso.
Neste caso, temos um problema, não da
ordem do conhecido ou do desconhecido, mas de existência, no processo da
Ressurreição que está em curso, uma espécie de barreira ainda não atravessada
entre o efémero e a Eternidade. Quer dizer que a consciência do despertar, do
sono, de Turiya, está bastante presente mas há uma dificuldade de reunificação,
através dos movimentos desde o centro até à periferia e desde a periferia até
ao centro, uma vez que a Luz Vibral vai difundir-se desde os Pontos centrais,
enquanto que a luz vital entra e sai livremente pelas extremidades das mãos e
dos pés. Tal como o Fogo Vibral, as Partículas Adamantinas actuam sobre os
Glóbulos de Prâna, substituindo-os, alquimizados e agrupados seis por seis.
Se há dores periféricas e sobretudo
nas mãos, isso traduz simplesmente a existência de uma barreira de concepção e
também energética, ou de alguma forma na consciência global, havendo uma
distinção que é feita entre o que está dentro e o que está fora, em diferentes
níveis. Devido aos fluxos de Luz Vibral e também aos fluxos de glóbulos de
vitalidade, o ponto de encontro fica situado ao nível das palmas das mãos, mas
também lateralmente sobre os dedos, pois o Corpo de Eternidade está presente,
também a este nível. Ele não está limitado às Portas ou às Estrelas, ou sobre
os Chakras. Está presente por todo lado. O encontro entre o fluxo vital,
entrando, e o Fogo do fluxo Vibral, saindo, pelo coração ou pelo baço e pelo
fígado, devido ao hábito da consciência comum de funcionar de maneira
discriminatória entre o que está dentro e o que está fora, vai induzir esse
género de manifestação. Trata-se justamente de um reposicionamento da
Consciência.
Então, nesse caso, como fazer com a
Eternidade em relação a isso? Bem, é muito simples. Uma vez que não há Portas
na periferia, vocês irão actuar sobre as Portas laterais, acima e abaixo do
diafragma. Quer dizer vão actuar, de um lado ou dos dois lados, conforme esteja
a dor, utilizando a mão, os dedos, os cristais, os óleos essenciais, o
pensamento, ou a atenção, colocando-os, sucessivamente, primeiro sobre as
Portas abaixo do diafragma, Atração e Visão e depois sobre as Portas AL e
Unidade. Se for só do lado esquerdo vão utilizar somente as Portas do lado
esquerdo, - a Porta por baixo do diafragma e a Porta por cima do seio esquerdo
-. Se for à direita é ao inverso, só as Portas do lado direito. Se for
bilateral, as Portas dos dois lados. E assim vocês irão favorecer a dissolução
dessa barreira ilusória entre o interior e o exterior.
Lembrem-se, o mundo está em vocês. Se
colocam uma barreira ligada aos vossos hábitos ou à vossa experiência, vocês
arriscam-se, efetivamente, a sentir esse mal estar, essa dor. Mais ainda se à
partida aí havia uma artrose ou outro mal qualquer, ao nível dos tendões, por
exemplo. Mas é o mesmo processo. Não vejam aqui esse desequilíbrio ou essa
desarmonia como qualquer coisa de fundamental para resolver mas simplesmente
uma clarificação da Luz. E para cada tipo de dor eu tentarei dar uma explicação
o mais alargada possível, relacionada com os elementos de resolução do Corpo de
Eternidade.
Então?
Pergunta. : Desde há cinco dias,
sinto uma pequena dor no sacro, quando me inclino ou quando me levanto, seguida
de um ligeiro peso permanente. Trata-se da pessoa ou da Eternidade?
R.: Trata-se do encontro entre o
efémero da pessoa e a sua Eternidade. Tanto mais que, tal como disse na
primeira questão, a atividade da Luz está agora reforçada ao nível do sacro, da
bacia pélvica, e das Portas nas dobras das virilhas. Então, não se trata de um
problema nem da pessoa, nem da Eternidade, mesmo se existe uma causa orgânica.
Mas é normal, diria, sentir essas manifestações a nível do sacro, especialmente
se houve um desequilíbrio emocional entre o masculino e o feminino, vivido a um
determinado momento dessa vida, em si mesmo ou exteriormente. É claro que,
neste momento de Revelação total da Eternidade, talvez apareçam, nessa zona em
especial, mais percepções dolorosas. Em relação ao sacro, as cruralgias do lado
direito estão também relacionadas com isso. Mas trata-se aí, mais
especificamente, do masculino-feminino na incarnação. Enquanto que,
particularmente ao nível das costas e do sacro, me referi ao aspecto emocional.
Tudo o que é afectivo, e o afetivo
faz parte da vida, não vejam aí qualquer conotação pejorativa ou egóica, mas
por vezes esse afetivo, mesmo dentro de uma relação perfeita, quando se
manifesta, chama a vossa atenção sobre um desequilíbrio, não para refletir
sobre isso, mas, e também, para adoptar se assim posso dizer, uma atuação
através do Corpo de Eternidade. E quando se trata do conjunto do sacro, as
Portas mais próximas, que são as quatro Portas ao redor do sacro, devem ser
trabalhadas duas a duas. Então, nesse caso será semelhante, ou utilizando os
dedos, ou as mãos, ou os minerais, ou as essências, ou o que quiserem - e
através do pensamento também - irão agir primeiro sobre as Portas laterais
esquerda e direita ao mesmo tempo, para criar esse Fluxo de Luz, e em seguida
entre a ponta e a base do sacro. Assim irão re-harmonizar essa espécie de Cruz
Cardinal que não está situada ao nível da cabeça, mas ao nível do sacro.
O que tenho estado a dizer, é que,
qualquer que seja a necessidade, por vezes imperiosa, de se ocuparem desse
corpo físico, de algum modo convém também, neste período da Ressurreição,
adotar os meios simples e elementares que tenho estado a fornecer, para ver por
vocês mesmos a ação da Luz. Se isso não for suficiente, então devem agir como
habitualmente, com os meios do efémero. Mas a movimentação actual no sacro,
assim como em tudo o que está situado na bacia pélvica, é normal. Isso pode
também, tal como disse, ocasionar problemas vasculares nessa região. Porque, de
facto, se passa aí também o que aconteceu quando da descida do Espírito Santo
em que havia uma hiper vascularização que nessa época era na zona da cabeça. Da
mesma forma, quando a Luz desce nas estruturas do sacro, nas Portas aí
situadas, há também uma grande modificação, não somente da energia, da
Consciência, mas também dos canais, da mesma forma que aconteceu nessa época ao
nível da cabeça.
Podemos continuar.
Pergunta : Agradecia que explicasse
novamente o significado das dores ao lado direito, particularmente ao nível do
ombro direito.
R.: Então, já vimos as dores que se
manifestam à direita na parte inferior, vimos as dores lateralizadas ao nível
do peito, falta agora ver ao nível dos ombros.
Então, quando na linguagem popular se
diz “apoiar-se sobre o ombro”, “dar o ombro”, ou “ apoiar-se nos ombros
uns dos outros”, isso já nos dá uma parte do significado. Mas hoje,
interessa-nos mais situar isso em relação à vossa Eternidade. Faremos aqui uma
distinção entre o ombro esquerdo e o ombro direito; não se trata aqui das
Portas relacionadas com o Corpo de Eternidade que eu falei anteriormente, quer
dizer Atração, Unidade, Visão e AL, mas das Portas mais acima, em particular
perto dos ombros, quer dizer, devem usar as Portas AL e Unidade juntamente com
as Estrelas IM e IS, - mais uma vez da mesma maneira, pela atenção focalizada,
pelos dedos, pelas palmas das mãos, com minerais, com um óleo essencial, à
vossa escolha -, e deste modo vocês vão ligar esses pontos dois a dois. Por
exemplo aqui, ao nível do ombro direito, não serve para nada dizer que existe
uma cristalização do mental sobre os hábitos repetidos que não foram vistos,
mas bem mais trata-se de usar estes meios simples que acabei de dar. Então aí
para o ombro direito, posiciona o pensamento, com os dedos, ou um cristal,
pouco importa, para focar a Luz entre a Porta AL e a Estrela IS. Nesse momento,
observa o que acontece em relação à dor. Se se tratar de uma dor no ombro
esquerdo, nesse caso devem usar a Estrela IM acima da orelha esquerda, e a
Porta Unidade, acima do seio esquerdo.
Perante uma situação dolorosa, tomem
sempre como referência os pontos adjacentes, a localização das Portas que ficam
nesse nível, ou conforme a localização no vosso corpo. Ora, aqui estamos junto
ao pescoço, que é um local de passagem entre a cabeça e o tronco. Portanto,
trata-se de um local de passagem da Luz, do fluxo vital e do fluxo Vibral,
entre essas Portas, duas a duas. Se a dor for nos dois ombros, nesse caso
convém actuar como anteriormente, como no caso acima: a atenção, os dedos, as
palmas das mãos, os cristais, os óleos essenciais, mas agora, uma etapa de cada
vez, quer dizer, primeiro sobre as Portas AL e Unidade e depois sobre as
Estrelas IM e IS. Como podem ver, é muito idêntico, mas segundo a sua
localização, as funções são muito diferentes. Para a perna direta era o
masculino-feminino na incarnação, mas aqui, ao nível dos ombros, trata-se de
cristalizações mentais que correspondem a hábitos e não a feridas.
É muito diferente do que se passou em
alguns casos, no ano passado, quando se manifestaram traumatismos, por exemplo,
ao nível dos tornozelos e dos ombros. A grande diferença é que, agora, o Corpo
de Eternidade está completamente aí. E não está aí para resolver qualquer
doença, mas para facilitar o desaparecimento total do corpo físico, quando for
consumado pelo Fogo de Amor.
Então, há outras dores?
Pergunta.: em relação às dores
cervicais que podem ir até ao meio da cabeça o que é que é preciso fazer?
R.: Então, nesse caso vocês estão ao
nível das cervicais e na zona do pescoço, ou seja no local de passagem entre o
celestial e o relacional, quer dizer o peito. Mas agora trata-se do eixo
central. Então, aí, há também, tal como no sacro, uma cruz, embora diferente da
Cruz Cardinal da Cabeça. Então, mesmo que esteja localizado abaixo do pescoço
ou na zona baixa do pescoço, partem da Estrela OD. Aí, em geral, as dores não
são lateralizadas, mas manifestam-se em simultâneo dos dois lados, esquerdo e
direito. Então, focam a atenção em OD-ER e em seguida, em cruz, nas Estrelas situadas
com OD ao nível do Triângulo Elementar. Assim, do mesmo modo, a Luz irá ser
drenada e essa zona será clarificada.
Pergunta.: de onde vêm os calafrios e
os arrepios que percorrem todo o corpo ? Dá a sensação da presença de
alguém.
Bem, na verdade, essa percepção pode
parecer uma presença. Normalmente, quando se aproxima um desincarnado ou um ser
de Luz, sentem arrepios . A grande diferença aqui, é que não se trata de uma
presença nem de Luz, nem de um desincarnado, nem de uma entidade. É simplesmente
a reação química, metabólica, central, entre a identidade da pessoa e a
identidade real da Eternidade. É no decorrer deste interface que acontecem
diferentes arrepios, quentes ou frios, E em geral acontece por todo o corpo e
não é apenas localizado. É isso que acontece?
...Sim.
Então, nesse caso, mesmo se a
perceção é idêntica, lembra-te que uma presença é identificada conforme a forma
como se aproxima. Um ser de Luz apresenta-se pelo lado superior esquerdo, um
desincarnado ou outras diferentes entidades, pelo lado superior direito. Aqui,
os arrepios não estão localizados. Afetam, em geral, a maior parte do corpo ou
todo o corpo. Então, mesmo se é idêntico, trata-se efetivamente de uma entidade
mas essa entidade é apenas tu mesmo, o teu próprio Corpo de Eternidade que está
mais perceptível e mais presente neste momento. E tu podes verificar que
geralmente isso acontece antes, durante ou depois de uma Vaga de Luz de
qualquer natureza que seja. Podemos dizer então que é uma entidade mas a
entidade és tu mesmo que não te reconheces. É o Corpo de Eternidade, não é nada
mais senão tu mesmo. Aceitar isso vai permitir que entres em fusão contigo
mesmo, com a tua Eternidade em vez de a encarares como uma outra presença vinda
do exterior, como era o caso anteriormente. Agora não, já não é isso. A
diferença é fundamental, porque quando se trata do contacto e da reconexão
entre o efémero e o Eterno, isso agora provoca arrepios por todo corpo.
Precisamente, porque o Corpo de Eternidade está completo. Então, claro que
essas vagas de arrepios podem chegar por baixo, por cima, pelo coração, isso
não faz nenhuma diferença. É exatamente a mesma coisa que acontece.
Então aí, não se trata de usar as
mãos, os dedos, as essências ou os cristais . Quando isso acontece, é uma
injunção da Luz. Quer isso seja muito quente ou muito frio, é sempre o
reencontro entre o corpo de carne e o Corpo de Luz. Basta apenas, nesse caso,
responder à Luz. Como? Tal como eu disse ontem, na minha segunda intervenção,
colocando-vos realmente e concretamente, pelo pensamento, pela atenção, no
vosso Coração. E nesse momento podem constatar que não se trata de observar
esses arrepios nem de se questionar sobre isso mas apenas focalizar o vosso
Coração, e então ver o que acontece com os arrepios. Não me refiro à qualidade
térmica, mas sim à amplitude, e podem então verificar que esses arrepios não
estão relacionados com uma entidade exterior a vocês, mas são, simplesmente, as
premissas do Êxtase, do reencontro total com vocês mesmos, quer dizer o momento
que foi chamado de Estase. Mas é normal que essa percepção esteja presente, uma
vez que alguns dentre vós, pela intensidade da sua Ressurreição, vivem os
fenómenos da estase incompletos. Vocês não têm de compreender isso mas apenas
de perceber que não é nada de exterior, sobretudo neste período, mas
simplesmente o vosso reencontro, o vosso casamento alquímico entre o efémero e
o Eterno. Então, os momentos de arrepios, quer sejam pela manhã, à tarde, à
noite, ou ao longo do dia, são apenas Injunções da Luz para desposarem real e
concretamente, a vossa Eternidade.
Posicionem-se então no Coração e
deixem acontecer o que acontece.
Portanto, esses arrepios podem
aparecer não importa por onde, se assim posso dizer, mas é uma emanação da Luz
Vibral, quer isso seja pelos pés ou pela cabeça, e que, com efeito, pode dar a
impressão que vai começar pela esquerda e isso correspondia, antes da
Ressurreição, à chegada de uma entidade, geralmente vinda pelo Canal Mariano.
Mas agora não. Já não se trata disso. É muito mais provável que seja o
reencontro com vocês mesmos, na vossa Eternidade, do que um encontro com
qualquer entidade que seja pois todas as entidades estão dentro de vós. É isso
que se revela. Mas no plano do que sentem, das ideias, dos conceitos, não se
trata agora de algo exterior ou interior, pois, como disse ontem, para a
Eternidade não existe interior nem exterior. O que, é claro, não é o caso neste
mundo, a não ser agora. E aí, nada mais há a fazer para além de se posicionarem
no Coração, efectivamente e concretamente, pois só assim podem provar que
aceitam incondicionalmente essa Vaga de Luz, qualquer que seja a sua natureza,
e que entram em sintonia, em verdadeira empatia de Amor com a vossa
Eternidade.
Do mesmo modo, isso permite viver o
que alguns seres viveram quando fusionaram com Cristo, com Krishna, com Buda,
ou com outros grandes deuses como se diz no Oriente. Aqueles que viveram
encontros com Cristo vão descrever o mesmo que os que viveram encontros com
Krishna ou com Kali. É o mesmo processo, os arrepios são também uma espécie de
consentimento mútuo que pode conduzir a um Êxtase muito intenso, como podem vir
a viver se ainda não o viveram. É como se fizessem amor convosco, não através
de um órgão mas com o Coração do Coração. Quanto mais forem vividos esses
arrepios, que tanto podem ser muito agradáveis como muito desagradáveis para o
corpo físico, quanto mais ficarem colocados no acolhimento, no Coração, tanto
mais irão ter a oportunidade de sentir a Alegria sem objecto, de viver a Felicidade
desses reencontros. Trata-se, realmente, da concretização do Juramento e da
Promessa da Fonte, que agora vivem, antes mesmo do evento colectivo.
Há ainda perguntas relacionadas com
problemas do corpo?
… Não, já não há perguntas sobre
problemas do corpo, trata-se de perguntas sobre o Absoluto.
Pergunta: Será que a Luz nasceu do
Amor do Absoluto?
Repete.
… Será que a Luz nasceu do Amor do
Absoluto?
Diria antes que a Luz nasce do
Absoluto e que desse Amor e desse encontro se sintetiza o Amor, suporte de
todas as manifestações desde a primeira Emanação. A Luz nascerá sempre do que
está para além da Luz, todas as tradições o disseram e repetiram. A fonte da
Vida, da manifestação, onde quer que seja, tem sido sempre chamada a Fonte, mas
a Fonte, vem de onde? É a primeira vontade natural e espontânea da Vida que se
manifesta para se amar, quaisquer que sejam os jogos da Consciência. Assim
sendo, a pergunta não está formulada de forma correta mas, no entanto, mudando
o significado das palavras fica correta.
Repete uma terceira vez.
…Será que a Luz nasceu do Amor do
Absoluto?
É do encontro que nasce o Amor e a
Luz. É a vontade intrínseca da Vida antes da sua manifestação, antes da
emergência das esferas de vida, que crea essa Luz. A Luz está em gestação no
Absoluto; ela emana na Fonte. A primeira emanação da Fonte, é conhecida no
ocidente com o nome de Metatron. Nós não a nomeamos assim, mas isso pouco
interessa. É a energia do amor mas não é o Amor. É a vontade do amor que nasce
antes da Luz e antes do Amor, é a vontade de se conhecer a si mesmo.
Assim apareceu o que chamamos
Consciência, quer dizer, percepção. No Absoluto nenhuma forma é a Verdade, tal
como já sabem, mesmo que não o tenham vivido através do que eu disse, ou que o
tenham lido ou que o tenham vivido. As formas, todas elas, são jogos,
experiências, cuja finalidade é a alegria da Consciência, que é real e
que é o que vocês vivem agora, na vossa Ressurreição: a serenidade, a
Evidência, o Êxtase, a Alegria, e também a Íntase. Trata-se do mesmo mecanismo
que está agora em ação em vocês. Tudo o que emana do Absoluto e da Fonte aí vai
retornar permanentemente, e não apenas o que está religado à Fonte e ao
Absoluto, conectado, como dizem. Não vejam aí um afastamento, nem uma
distância, nem algum tempo; é um movimento permanente e perpétuo. Apenas a
imobilidade permite o movimento. Se não houvesse um ponto imóvel não podia
haver nenhum movimento, nenhuma expansão ou contração; tudo seria fixo. Ora, o
único ponto fixo é o Absoluto, mas não vejam no termo “fixo” algo que não age.
É justamente a imobilidade, o que chamam Silêncio, que permite a emanação
através da Luz, a manifestação do que é o Absoluto.
Pergunta: Será que o Absoluto nasceu
do Nada?
Mas o Absoluto é o que vocês chamam,
do vosso ponto de vista, o Nada. Para a pessoa é o nada, para o SI é a Sombra.
Mas o Absoluto não é uma sombra, é a Verdade. Lembrem-se que nada podem
conhecer acerca do Absoluto, ele fica para além de qualquer conceito, de
qualquer percepção. Há apenas a Evidência da Consciência Nua que é o Absoluto,
para vocês, representada no vosso peito, que é o que se desenrola agora.
Qual era a pergunta?
…Será que o Absoluto nasceu do Nada?
Não, o Absoluto não pode nascer. É
anterior a qualquer nascimento, é anterior a qualquer Consciência. É a
A-consciência; é o que vocês são e o que eu sou. Lembrem-se do que eu costumava
dizer quando ainda estava no meu saco de carne: “ Quando vejo que sou tudo, é o
Amor. Quando vejo que sou nada, é a sabedoria”. Os dois juntos fazem de vocês
um Liberado, não apenas Vivo, mas um liberado da história, um liberado da
pessoa, o que quer dizer que esse mundo é realmente visto pelo que ele é, o que
chamei uma cena de teatro, uma ilusão onde tudo aparece e desaparece, e é
justamente essa interrupção do que aparece, seguida de um desaparecimento, que
cria o esquecimento, que cria o aprisionamento, que cria essa ilusão, a ilusão
de um karma, a ilusão da dualidade que a mantém, que a reforça e que não
permite nenhuma porta de saída, que a torna infindável, não Eterna, não se
trata da Eternidade precisamente porque é uma sucessão de aparecimentos e
desaparecimentos. Não pode haver Amor verdadeiro, Evidência, quando há uma
sucessão de aparecimentos e desaparecimentos. Reparem que quando estamos
incarnados, ora estamos despertos ora adormecemos, refiro-me à fisiologia. E
desde que haja alternância não podem ser livres. Não creiam que a noção de
repouso, de sono, ou de alternância continuem possíveis, excepto para os
Anciãos que ainda dormem um pouco, mas é normal. Mas, excepto isso, nos Mundos
Livres não existe isso.
Pergunta : Será que, de alguma
maneira, o Absoluto é responsável por esta Creação terrena?
Não, absolutamente. Deixem o Absoluto
em paz, ele nunca se moveu. De que é que querem responsabilizá-lo? Ele não tem
forma, nem história, nem consciência. Como é que o eixo central da roda poderia
conhecer a periferia da roda? Não saindo até lá, mas aceitando e permitindo o
movimento. A partir de lá, o Absoluto não conhece nem movimento, nem
nascimento, nem forma, nem tempo, nem espaço, nem consciência. É a única
Verdade e reencontrá-la, tal como alguns vivem ou estão em vias de viver,
decerto no momento do Evento colectivo, isso virá testemunhar essa Evidência.
Recordem o que digo uma vez mais, o
que quer que vivam agora, o mais importante é a vossa Ressurreição. Não se
ocupem nem do Si, nem do Absoluto, nem da vossa pessoa. Ocupem-se dessa
Consciência Nua que vocês são e que é a melhor tradução possível disso no seio
da densidade onde nós já estivemos, onde vocês ainda estão. Não há nada de mais
importante.
Quando o Absoluto é visto e vivido e
depois regressam à pessoa, aí aparece a necessidade de testemunhar, com uma
inspiração criativa, mas não se pode testemunhar isso através de uma descrição,
apenas pela exaltação dos sentidos através da arte, quer seja através da
pintura, da prosa, da poesia, pouco importa; vocês cantam a vossa Ressurreição,
é claro que com a coloração da pessoa, da educação, da cultura.
É por isso que nessa Consciência Nua,
- que não é a A-consciência mas sim a reunificação da A-consciência, da
Supraconsciência, da consciência da vigília, da consciência do sono, da
consciência Turiya, do que nomeiam no Ocidente o subconsciente e o
inconsciente, que juntas realizam essa evidência no vosso peito -, vocês estão
totalmente preparados para a A-consciência uma vez que estão em Ressurreição.
Não procurem criar um modelo, ou algo
mais do que a partilha dessa dinâmica e dessa exuberância da criatividade que,
asseguro, não dura muito tempo mas que é o testemunho da vossa vivência,
qualquer que tenha sido a forma que tomou para vocês, mesmo que se dirija
aos outros. Todos fizemos isso quando fomos Liberados Vivos. É uma fase de
consumação pela Alegria e aparece uma necessidade, e essa necessidade não vem
da pessoa, mas é uma necessidade fundamental, não de explicar, isso é
impossível, mas de partilhar essa Evidência. Não pode ser explicada pela razão,
mas pode ser testemunhada por essa efusão de Amor que sai na forma de palavras,
de desenhos, ou outros testemunhos. É justamente uma tradução dada ao mundo,
dada à vida, de que vocês se reencontraram e que não há mais nenhuma dúvida
pois isso é evidente, mas essa Evidência não pode ser racionalizada nem explicada,
nem demonstrada de outra forma senão pelo que naturalmente emana de vocês.
Vamos parar alguns minutos para
aproveitar em conjunto esta Vaga.
…Silêncio…
Voltamos então a escutar.
Pergunta: O Absoluto vai até ao
infinito, é nada e é tudo ao mesmo tempo. Então porque é que o Absoluto saiu da
Fonte, foi para experimentar o Amor?
Parece que já respondi.
…Porque é que você, BIDI, desde muito
jovem que soube que era Absoluto?
Mas quem é que disse isso? Eu nunca
disse isso, nunca disse que tinha sido Liberado na juventude, isso não é
verdade. A minha Liberação deu-se três anos após o encontro com o meu Mestre. Eu
fui casado, tive filhos, e tinha uma vida activa. Penso que esse irmão ou irmã
está a confundir-me com o meu amigo Maharshi (Um Amigo), mas no meu caso isso
não é verdadeiro. Eu andava numa busca como aconteceu a cada um de vocês, e é
evidente que a busca, num primeiro tempo, era voltada para a melhoria das
condições de vida a fim de sofrer menos, de compreender, até ao momento em que
encontrei o meu Mestre e nos três anos que se seguiram fui Liberado Vivo, bem
depois dos meus trinta anos, não foi na minha juventude, bem ao contrário, e a
minha vida era difícil mas simples.
Na verdade, faço aqui um parêntesis.
Nesse período de Ressurreição, - isto já foi dito mas eu confirmo - procurem
que a vossa vida seja o mais simples, se isso for possível. Não digo para serem
frugais, podem ir de férias, ou ir onde vos apetecer, mas façam de forma a que
os eventos da vossa vida decorram na maior simplicidade possível, e isso é
fácil desde que sigam e acolham o que vocês são, mais do que as indicações
pessoais ou sociais. Vocês já não podem adiar, distorcer, pesar, esperar.
Então, claro, poderá dizer-se que que
têm a Eternidade, tal como eu dizia quando estava incarnado. Mas é preciso
admitir que as circunstâncias actuais não têm nada a ver com o que foi habitual
durante milhares de anos. Qualquer que seja a vivência ou não vivência da vossa
Ressurreição, todos podem constatar o grau de anormalidade, de imoralidade
total, onde quer que voltem o vosso olhar. A ilusão já não decorre como antes,
as engrenagens estão avariadas, há, como vocês dizem, bugs, nos programas, cada
vez com mais frequência. É normal, a ilusão não pode permanecer, nem em vocês
nem em lado nenhum. É por isso que, durante muitos meses, os Anciãos insistiram
na noção de simplicidade, de humildade, de preguiça, de responsabilidade, de
autonomia.
A Luz é simples, o Amor é simples.
Não podem ser complicados; eles são Evidência. Tanto mais que doravante vocês
são cada vez mais a vivê-lo.
…Silêncio…
Continua.
Pergunta : Houve o Liberado, o
Liberado Vivo, depois o Ressuscitado, qual é a próxima etapa?
A cortina é fechada, mas desta vez é
mesmo. Não há mais nada para viver depois, o que é que querias viver mais? Mas
isso já foi dito, o processo actual não poderia ter acontecido há alguns anos
atrás, senão com o Apelo de Maria ou com o Evento colectivo, e no entanto hoje
isso tornou-se possível. Nada mais há depois para viver de diferente. Que
querem mais quando já estão ressuscitados e que a Evidência está aí? Ao que é
que querem jogar ainda? Vivam a vossa vida, vivam a Vida. Nada mais há a fazer,
nenhuma etapa mais para passar. Mesmo essa etapa não estava prevista para agora,
mesmo se nós, não eu mas os Anciãos, a tenhamos antecipado há alguns meses. Mas
percebam que não há Graça maior do que viver isso.
Então, confirmo que não há mais
nenhuma etapa e que mesmo essa etapa não estava prevista no programa, pois a
Ressurreição era para ser simultânea com o Evento colectivo, realmente e
concretamente, mas a Inteligência da Luz ao encontrar as resistências do ego
permitiu criar isso. Não fomos nós que o criámos, nem vocês, é apenas a Luz,
ela mesma, a agir na sua Inteligência. E, como todos nós dizemos, cada um está
no seu devido lugar, não há o menor erro, a menor lacuna que possa escapar à
Luz e à Ressurreição. E, como já disse, essa Luz emana por toda a parte, à
medida que forem cada vez mais numerosos a viver essa Evidência, mesmo a sós
convosco, mesmo sem se reunirem, sem telefonarem, sem se conectarem online. Já
não se trata de ancorar a Luz nem de a semear, agora é a Revelação total da
Verdade que vocês vivem individualmente num processo colectivo.
Creio que o Comandante falou de
várias linhas temporais. Cada um está na sua linha; o objetivo é exactamente o
mesmo, qualquer que seja a vossa vivência ou não vivência da Ressurreição. Há
simplesmente um fenómeno de amortização que ocorre, mas a contração e
amortização do tempo em relação às datas, quaisquer que sejam no calendário da
humanidade, está a encolher. É por isso que o aspecto linear do tempo -
descrito por um Arcanjo há algum tempo atrás, creio -, já não é válido agora,
porque à medida que o tempo decorre, tudo se acelera mais e se contrai e todos
os eventos, todas as circunstâncias se aproximam e decorrem num mesmo tempo.
Podem ver isso, o tempo já não decorre da mesma maneira.
…Silêncio…
Podes continuar
…Vamos passar a perguntas mais
generalizadas.
Pergunta : Tenho muita dificuldade em
ficar centrado, em consciência, no Coração. Quando tento acalmar a mente, ficar
na vacuidade, adormeço. O que devo fazer?
Porque é que tu pensas que podes ser
Absoluto a partir da pessoa? Tu mesmo dizes: tentas controlar, dirigir, querer,
mas é preciso que a vontade desapareça ; não é a pessoa que encontra o
Absoluto. É quando a pessoa desaparece que o Absoluto se revela. Então, não
podes partir da pessoa através de um desejo, de uma vontade ou de uma intenção.
Isso é o inverso do Sacrifício. O Sacrifício não é pegar no que é
conhecido para chegar ao desconhecido, é acolher o desconhecido para que
o conhecido desapareça. O que tu dizes é exatamente o oposto. Podes repetir?
…Tenho muita dificuldade em ficar
centrado, em consciência, no Coração. Quando tento acalmar a mente, ficar na
vacuidade, adormeço.
Mas tu não podes acalmar a mente,
isso é o oposto do que temos andado a dizer desde há anos. Tudo ao qual tu te
opões vai ser reforçado e desde que coloques aí uma distância através da tua
vontade, jamais vai encontrar, é preciso é que a pessoa desapareça. Então, a
melhor maneira de o viver, no teu caso, é mesmo adormecer, não há outra
maneira, é ao inverso do que estar a tentar. Tu queres controlar a partir do
que é conhecido para chegar ao Absoluto, isso é impossível. Não se trata de
falta de Amor ou falta de percepção, é inverter o conceito.
Será que esqueceste - ou ainda não
estavas por aqui - tudo o que falei acerca da refutação? De alguma maneira tens
uma visão errada do processo. Doravante, a tua pessoa apenas pode acolher.
Acolher não é querer parar a mente, ou não ficar alinhado, é permanecer numa
postura de acolhimento que é um estado particular. Acolher o desconhecido não é
pegar no conhecido, ou na tua mente ou em algo mais, para o forçar ao que quer
que seja. Repito: tudo ao qual te opuseres vai ser reforçado e nesse caso, um
vez que a Ressurreição está a decorrer, o que é que se vai passar? A partir do
momento em que queres controlar, ficar alinhado, parar a mente, bem, aí
adormeces, não é isso?
…Sim, é isso.
É normal, pois tentas fazer o caminho
ao inverso. Queres trazer à pessoa o que não é da pessoa nem da história. E
nesse processo da Ressurreição, muito mais do que acontecia antes, se existe
essa confrontação - vimos isso com as dores que se manifestam -, não se trata
de uma memória, nem de uma ferida, nem de falta de amor, bem ao contrário,
apenas tens de inverter a situação. Pensa que não é jamais a tua pessoa que vai
viver o Absoluto, isso é impossível, pois é preciso que a pessoa se afaste,
quando há o sacrifício da pessoa, da história, das memórias, mesmo as mais
espirituais. Nesse mecanismo de alinhamento do qual falas, o simples facto de
querer viver o Absoluto ou ser o Absoluto, mesmo que seja um querer
inconsciente, vai afastar-te tão seguramente como se pegasses no carro para ir
a uma cidade e dirigisses na direção oposta esperando chegar lá. Isso é
impossível. Isso não quer dizer que haja um apego à pessoa, ou ao ego ou o que
quer que seja, mas que há uma falta de compreensão. Tu não podes trazer nada à
pessoa. É a pessoa que desaparece no Absoluto e aí ficas liberado da pessoa.
Neste caso, não é questão de
observador e testemunha, é mesmo uma falta de compreensão básica do conceito,
da ideia. Tu não podes obter nada do desconhecido a partir do que te é
conhecido e não podes nada trazer a ti, apenas podes constatar a mudança que
acontece na sequência, tudo o resto são quimeras. Se pensas que podes trazer
contigo visões, cores, imagens, sensações, então não poderás vivê-lo; não é
possível. Pelo contrário, é preciso aceitar o desaparecimento, e não querer
desaparecer dizendo : “não quero levar nada comigo” ou “espero trazer alguma
coisa”. Não podes trazer nada, nem partir do princípio que podes trazer alguma
recordação, ou uma imagem, ou visões; não há nada para trazer para além de
ficar na Evidência, é tudo. Não é para procurar uma linhagem, ou memórias
passadas, ou emoções ou experiências espirituais. Doravante, no processo
colectivo, elas não são de nenhuma utilidade. Repito : há uma inversão do
conceito ou uma incompreensão, e isso induz uma falha no teu posicionamento ou
nos estados internos, enquanto estou certo que durante a tua vida normal,
efémera, do dia a dia, aí o Amor está omnipresente, não é?
…Sim.
Então é apenas um problema na pessoa
que não compreendeu o conceito, a ideia, e então age ao inverso. E enquanto
assim for, quando te alinhares, vais desaparecer. O resultado é o mesmo, mas se
não percebes isso, a pessoa fica frustrada. Enquanto que se tu deixas parar a
pessoa, não há ninguém para ficar frustrado. É simples. Há em ti a ideia, que
não sei de onde vem, que te faz pensar que podes trazer alguma coisa dessa
vivência, um troféu, ou imagens, mas tu trazes qualquer coisa, sim, é a
tua Evidência que aumenta a cada dia, é essa Alegria, essa serenidade, essa
Paz, chama isso como quiseres, mas tudo o resto nada é.
Não esperem, por exemplo, ficar
estabilizados entre o Absoluto e a Infinita Presença. Isso é extremamente raro.
Não há nada para trazer do Absoluto, apenas há que descobrir que é o que já
eram, e ficar na Evidência do que acontece. Esse é o único ganho. Mas não
partam do princípio - e esse é o teu caso, estou certo - que podem trazer
alguma coisa, pois nada há para trazer. É a vacuidade, o Absoluto, para o
ego é o nada. Que queres tu trazer do nada para a pessoa? Bem, é evidente que
não podes trazer nada. E nada há para trazer.
Tudo o que seja trazido tem a ver com
alguns irmãos e irmãs específicos, que mantêm a consciência no limite da
A-consciência, por razões que lhes são próprias. Mas desde o momento em que a
tua consciência comum espera trazer algo, de qualquer natureza que seja, não
poderás viver isso de forma serena, e no entanto o trabalho é feito, mas o
problema é que a pessoa fica frustrada e pensa que não vive nada, porque
acreditou em histórias e projectou cenários de abracadabra e então a culpa vai
tomar a dianteira, com muitos elementos contrários ao equilíbrio da pessoa a se
manifestarem. Não se trata de estar ou não apto, de merecer ou não, sobretudo
agora. É apenas uma inversão do conceito. Entendes agora?
…Sim.
Então, vamos acolher durante dois
minutos.
…Silêncio…
Não tomes as minhas palavras por uma
reprimenda, mas apenas por uma chamada de atenção.
Vamos continuar.
Pergunta : Bom dia, Bidi. Todos os
meus alinhamentos e meditações levam-me a adormecer. Pode esclarecer-me sobre o
que se passa? Será que vou ficar a dormir até ao final?
Bis. Lê ou escuta o que eu acabei de
dizer mesmo agora. A resposta é igual.
Pergunta: A minha mente está sempre
presente…
Felizmente.
…Os pensamentos não param. É um
inconveniente para a Eternidade? A que é que isso é devido, fora desta vida
sobre a terra?
Vocês podem ter ainda presente toda a
mente do mundo pois agora ela não pode ficar a pedalar como antes, na época em
que OMA falava sobre isso. Agora a Evidência está aí. Com mental ou sem mental,
com repouso ou sem repouso, a Evidência vai emergir cada vez mais facilmente.
Não é preciso saber porque é que a mente continua aí, pois hoje isso já não é
um obstáculo. Eu já disse isso. O que pode ainda criar obstáculo por exemplo, é
o saco de carne, quando vos chama a atenção através de uma dor, de uma doença,
e isso impede, de alguma maneira, de viver plenamente a Evidência. Mas a mente
já não tem esse poder, o que quer que pensem. As Vagas de Luz estão aí para
todos e qualquer que seja a mente ainda presente no momento em que a Vaga se
apresenta, a partir do momento em que têm uma das Coroas activa, não há
qualquer problema, vocês podem viver a Evidência com uma mente que trabalha
bastante.
Já não estão nas mesmas
circunstâncias e condições que há alguns meses atrás, em que de facto a mente
podia ser um obstáculo. Agora, o mental já não pode ser um obstáculo. Aliás,
podem observar, muitos de vocês, que podem estar alinhados com a Evidência, e
essa Alegria, essa serenidade estar presente, sem que haja qualquer visão ou
percepção, e ver que a vossa mente anda às voltas. Mas está tudo bem, isso
significa que já não estão identificados com a vossa mente, isso é simples
assim, certo? Uma vez que observam o mental, ele é visto, ele mesmo se deterá,
mas não procurem detê-lo pois assim só o irão alimentar. Contentem-se em
observa-lo. Uma vez que o observam, fazem uma distinção entre vocês e ele,
certo?
Antes, como dizia o Comandante,
quando acontecia “ficarem a pedalar nas bicicletas”, ou outras expressões que
ele empregava, era porque isso não era possível. Hoje, a Evidência está aí,
deixem a mente a funcionar em paz, ela não incomoda. Vocês podem pensar que
isso ainda vos incomoda, mas não, pois que há a fusão das várias consciências.
A consciência comum, de vigília, já não é um obstáculo uma vez que há uma
alquimia que ocorre para conduzir à Consciência Nua. Mas a Consciência Nua não
quer dizer, de momento, que a vossa mente vai ficar a zero todo o tempo, vocês
não vão ficar como legumes. Isso irá acontecer, mas não ainda.
Então, deixem o mental, qualquer que
seja o pensamento, quer seja de ir às compras, quer seja um pensamento
afectivo, ou não importa qual seja, ele não vai impedir de viver o que está aí,
podem verificar isso. É bem mais o desconforto do corpo, a dor do corpo, a
consciência desse corpo físico que pode estar doloroso, é isso que pode ainda
perturbar e não a mente, pois a Luz está mais próxima da vossa carne. Ela não
quer saber da vossa mente, das vossas emoções ou das vossas histórias. Mas se
vocês se opuserem ao vosso mental, aí vão reforçá-lo, ele irá divertir-se ainda
mais e poderá mesmo fazer com que acreditem que não vão conseguir viver isso.
Mas essa é a estratégia habitual da mente. O simples facto de falar assim do
vosso mental prova que estão na testemunha e no observador.
Isso é o fundamental. Não é
verificar que já não há mental a rodar, pois, repito agora, no dia de hoje
nenhum mental poderá impedir a vossa Ressurreição salvo se a vossa mente vai
nutrir a ilusão, quer dizer, a cena desse mundo, através das histórias, das
reivindicações, das posturas, da necessidade de se sentir amado, da necessidade
de ser reconhecido em qualquer área que seja, porque nesse caso, esqueceram a
Humildade, a Simplicidade, e assim não podem viver a sabedoria, mesmo que
tenham vivido uma parte do Amor. Porque para viver a Sabedoria, é como eu disse
e repeti tantas vezes quando estava incarnado: “ quando vocês vêem, quando
vivem que são tudo, isso é o Amor, quando vêem que não são nada aqui, isso é a
Sabedoria”. O Amor sem a Sabedoria tem riscos, é um amor que não está
incondicionado, está condicionado pela história, pela reivindicação, pelo
afectivo, pela necessidade de desempenhar um papel, mas isso apenas é o
ego, não se trata nem mesmo do mental, é a necessidade de trazer para a pessoa
e não de deixar a pessoa desaparecer. Geralmente por medo do desconhecido, ou,
como acima, uma falha de compreensão.
…Silêncio…
Então, escuto.
Pergunta : Será que as resistências
inconscientes se eliminam sozinhas? E colocar-se no Coração poderá ajudar a
acelerar o processo?
Isso tem a ver com o que expliquei no
início desta sessão. Sim, mas nem sempre, Compete a vocês testarem isso, quer
se trate de uma resistência do corpo, quer se trate de resistências dos hábitos
mentais, é o mesmo processo, parecido com o procedimento no caso de dores.
Simplesmente, se se trata de emoções, - as emoções estão relacionadas com o
Chakra Manipura, com o Plexo Solar -, então aí vão utilizar as duas Portas que
estão mais próximas. Quais são? Há duas, Atração e Repulsão. São essas.
Se é o mental, - o mental está ao
nível do coração mas também da garganta - e aí vão usar necessariamente, de OD,
não até ER mas até IM, e aí centrem-se no Momento Presente. Aí também podem
usar o pensamento focado, os dedos, as palmas das mãos, os minerais, as
essências; com o pensamento é suficiente. É aliás o caso também para
aqueles que têm tendência a querer sempre trazer algo à pessoa, numa inversão
da compreensão. Aí, vocês trazem para o vosso Coração e não ao ego, através
desse gesto que acabei de referir. Então, claro, não é uma ação sistemática,
mas geralmente podem verificar uma sedação ou até mesmo uma cura completa do
que estava a incomodar, sem qualquer esforço, com facilidade.
Bem, prestem atenção, é muito
simples. Nesses encontros entre o corpo físico e o Corpo de Eternidade,
primeiro utilizem a Luz, quer seja pelo vosso pensamento, pelos dedos, pelas
mãos, ou outra coisa, pouco importa. Se se trata de dores, - já vimos isso
acima, em perguntas variadas, sobre diferentes níveis -, é simples. Se é a
mente, também já vimos. Se são as emoções, já vimos. Se é o corpo, aí vão
intervir nas partes do corpo em função das Portas que passam aí. Isso deveria
ser suficiente para, em grande parte, pelo menos em metade dos casos, resolver
o problema. Não se esqueçam que acontece a vossa Ressurreição, que o Corpo de
Eternidade está aí. E, no que vos diz respeito, nessa interação e nessa intimidade
entre o efémero e o Eterno, dirijam-se à Luz através destes meios simples que
vos dei, o que não impede, é claro, que isso seja acompanhado por uma actuação
mais orgânica, mecânica ou mesmo química, se necessário.
…Silêncio…
Então vamos continuar.
Pergunta : Será que devo continuar
com o meu trabalho pessoal em quinesiologia e outros?
Eis a resposta: tal como sabes,
apesar da época que vivem da Ressurreição, existem elementos ligados aos
hábitos que a Luz não é o suficiente para transcender, para eliminar. É por
isso que é indispensável agora ver a ação da Ressurreição, mas isso não quer
dizer que a Luz vai resolver tudo. Continua a haver necessidades, se assim
posso dizer, ligadas à consciência comum, quanto mais não seja pela própria
história. Então, é claro, a Ressurreição é a liberação da história. Mas isso
não impede de tentar acelerar o processo pois quanto mais depressa forem
liberados, mais depressa a intensidade desse Amor se manifestará. Então, tal
como nas perguntas anteriores, não há nenhuma contradição para fazer os
dois.
Não e esqueçam que neste período, o
Testemunho e o Observador, mesmo que tenha desaparecido, reapareceu. Ele é
importante pois, de alguma maneira, esse Observador e Testemunho, é testemunho
da vossa Consciência Nua. Mas o vosso corpo continua aí, e mesmo que estejam
liberados da história e das memórias, há os hábitos dessa vida, dos
comportamentos, dos reflexos. Compete a vocês verem e experimentarem. Mas,
geralmente, pelo menos em cerca de metade dos casos, vão precisar de ambos para
ficarem tranquilos na consciência corporal, a consciência efémera, a fim de
facilitar que ela se alquimize totalmente com a consciência de quem sois, a fim
de obter essa Conheciência Nua, independente da vossa história, da forma, da
vossa idade e desse mundo.
Então, cada caso é pessoal. Mas não
ignorem que, qualquer que seja o estado da vossa Ressurreição, enquanto o vosso
corpo de carne estiver aí, vai precisar de um mínimo de atenção e, se resolver
as dores, as memórias e os hábitos, ficar mais fácil com a ajuda de alguma
atuações, - falaste em quinesiologia - então aí continua. Isso não te impede de
prosseguir com os dois, até ao momento em que a Evidência do teu Coração será
tal que irás perceber por ti mesmo que nada mais há para além dessa
Alegria, dessa Serenidade. Aí, na verdade, não precisam de mais nada senão de
vocês mesmos. Mas é preciso chegar a esse nível de Evidência, se assim posso
dizer. E mesmo que a Evidência seja total, - então aí eu abro um pequeno
parêntesis - porque me recusei a ser curado, mas estava em fim de vida, e o
sofrimento, quando somos Liberados, não é um problema. A dor não é um
sofrimento, em geral são pequenas dores, uma pequena artrose, uma pequena
inflamação, mas mesmo as grandes dores, para um Liberado, não têm qualquer
influência sobre a Consciência, se não é claro que eu me teria curado. Eu
apenas sentia cansaço.
Tudo o que te foi proposto, tudo o
que encontraste ao longo destes anos, e no ano passado, não foi por acaso.
Logo, não te prives das duas variantes das coisas que tens para viver, a
Eternidade e esse género de tratamentos, a não ser que, através da Evidência
que vives, o teu Coração te faça sentir que isso já não serve para nada. Mas
esse decisão não pode vir de mim nem da tua pessoa. É a evidência do que
acontece ou não. Lembra-te do que eu disse : a Luz pode muito, mas enquanto o
corpo está presente não pode resolver tudo.
Então, utilizem o que resta da vossa
pessoa, da vossa personagem, para de alguma maneira a refinar, a colocá-la,
enquanto consciência efémera, numa posição que facilite a vivência total e a
finalidade da Ressurreição, quer dizer, ser liberado, não apenas da pessoa mas
também da história. Como é que isso se pode verificar? Quando já não há desejo,
já não há pulsões, já não há medos, há ainda a mente, há ainda emoções, mas
isso já não prende, já não paralisa, quer dizer que a Evidência permanece,
apesar disso. No entanto, se o corpo dói, como tenho estado a dizer, se estás
liberado sabes que a dor não afeta a tua consciência comum. Se não, se a tua
consciência é comum, como podes saber isso? Sentindo sem parar essa dor ou esse
problema na tua cabeça porque o corpo se manifesta. Então aí, tratem o corpo,
vejam se a Luz pode ou não agir.
Portanto, cada caso é diferente, mas,
se isso for oportuno, não te prives do que tem sido utilizado até agora,
excepto se a Evidência for de tal ordem que isso não tem qualquer importância.
Mas não te prives de algo que demonstrou ser eficaz e que permitiu eliminar algumas
coisas. É claro que isso diz respeito à pessoa, mas se a pessoa se sentir
melhor, perante a alquimia em curso, com o Testemunho e a Evidência, isso será
facilitado. Não é preciso ficar obcecado com o corpo, mas se sentem que a vossa
consciência está de algum modo a ser perturbada pela consciência do saco de
carne, aí tratem do saco de carne.
…Silêncio…
Então continua.
…Tenho ainda duas perguntas, mas
resta muito pouco tempo antes do intervalo.
Então é melhor deixá-las para depois,
junto com as outras.
***
Tradução do Francês: Maria Beatriz Pires
Agora, quaisquer que sejam as manifestações ou as dores que se manifestam no corpo, - independentemente de isso necessitar ou não de tratamento da vossa parte -, é preciso ter a perspectiva e o ponto de vista da Eternidade, da Evidência. Então tentarei , em relação com o corpo físico, estabelecer uma correlação com a Eternidade e com o vosso Corpo de Luz, se isso for possível.
ResponderExcluir..................
Quando vejo que sou tudo, é o Amor. Quando vejo que sou nada, é a sabedoria. Os dois juntos fazem de vocês um Liberado, não apenas Vivo, mas um liberado da história, um liberado da pessoa, o que quer dizer que esse mundo é realmente visto pelo que ele é, o que chamei uma cena de teatro, uma ilusão onde tudo aparece e desaparece, e é justamente essa interrupção do que aparece, seguida de um desaparecimento, que cria o esquecimento, que cria o aprisionamento, que cria essa ilusão, a ilusão de um karma, a ilusão da dualidade que a mantém, que a reforça e que não permite nenhuma porta de saída, que a torna infindável, não Eterna, não se trata da Eternidade precisamente porque é uma sucessão de aparecimentos e desaparecimentos.
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Como é que o eixo central da roda poderia conhecer a periferia da roda? Não saindo até lá, mas aceitando e permitindo o movimento. A partir de lá, o Absoluto não conhece nem movimento, nem nascimento, nem forma, nem tempo, nem espaço, nem consciência. É a única Verdade e reencontro-la, tal como alguns vivem ou estão em vias de viver, decerto no momento do Evento colectivo, isso virá testemunhar essa Evidência.
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Recordem o que digo uma vez mais, o que quer que vivam agora, o mais importante é a vossa Ressurreição. Não se ocupem nem do Si, nem do Absoluto, nem da vossa pessoa. Ocupem-se dessa Consciência Nua que vocês são e que é a melhor tradução possível disso no seio da densidade onde nós já estivemos, onde vocês ainda estão. Não há nada de mais importante.
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Qualquer que seja a vivência ou não vivência da vossa Ressurreição, todos podem constatar o grau de anormalidade, de imoralidade total, onde quer que voltem o vosso olhar. A ilusão já não decorre como antes, as engrenagens estão avariadas, há, como vocês dizem, bugs, nos programas, cada vez com mais frequência. É normal, a ilusão não pode permanecer, nem em vocês nem em lado nenhum
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Pensa que não é jamais a tua pessoa que vai viver o Absoluto, isso é impossível, pois é preciso que a pessoa se afaste, quando há o sacrifício da pessoa, da história, das memórias, mesmo as mais espirituais.
"(...) Lembrem-se do que eu costumava dizer quando ainda estava no meu saco de carne: “ Quando vejo que sou tudo, é o Amor. Quando vejo que sou nada, é a sabedoria”. Os dois juntos fazem de vocês um Liberado, não apenas Vivo, mas um liberado da história, um liberado da pessoa, o que quer dizer que esse mundo é realmente visto pelo que ele é, o que chamei uma cena de teatro, uma ilusão onde tudo aparece e desaparece, e é justamente essa interrupção do que aparece, seguida de um desaparecimento, que cria o esquecimento, que cria o aprisionamento, que cria essa ilusão, a ilusão de um karma, a ilusão da dualidade que a mantém, que a reforça e que não permite nenhuma porta de saída, que a torna infindável, não Eterna, não se trata da Eternidade precisamente porque é uma sucessão de aparecimentos e desaparecimentos. Não pode haver Amor verdadeiro, Evidência, quando há uma sucessão de aparecimentos e desaparecimentos.(...)
ResponderExcluir"(...) Porque para viver a Sabedoria, é como eu disse e repeti tantas vezes quando estava incarnado: “ quando vocês vêem, quando vivem que são tudo, isso é o Amor, quando vêem que não são nada aqui, isso é a Sabedoria”. O Amor sem a Sabedoria tem riscos, é um amor que não está incondicionado, está condicionado pela história, pela reivindicação, pelo afectivo, pela necessidade de desempenhar um papel, mas isso apenas é o ego, não se trata nem mesmo do mental, é a necessidade de trazer para a pessoa e não de deixar a pessoa desaparecer. (...)"
...
ResponderExcluirEntão, utilizem o que resta da vossa pessoa, da vossa personagem, para de alguma maneira a refinar, a colocá-la, enquanto consciência efémera, numa posição que facilite a vivência total e a finalidade da Ressurreição, quer dizer, ser liberado, não apenas da pessoa mas também da história. Como é que isso se pode verificar? Quando já não há desejo, já não há pulsões, já não há medos, há ainda a mente, há ainda emoções, mas isso já não prende, já não paralisa, quer dizer que a Evidência permanece, apesar disso.
...
Grata Bidi, grata Bia, grata Egídio e colaboradores.
Em Alegria, Sara.
É a evidência do que acontece...
ResponderExcluirPortanto, cada caso é diferente, mas, se isso for oportuno, não te prives do que tem sido utilizado até agora, excepto se a Evidência for de tal ordem que isso não tem qualquer importância. Mas não te prives de algo que demonstrou ser eficaz e que permitiu eliminar algumas coisas. É claro que isso diz respeito à pessoa, mas se a pessoa se sentir melhor, perante a alquimia em curso, com o Testemunho e a Evidência, isso será facilitado. Não é preciso ficar obcecado com o corpo, mas se sentem que a vossa consciência está de algum modo a ser perturbada pela consciência do saco de carne, aí tratem do saco de carne.
Grato Maria Beatriz
Rendo Graças