Áudio Original :
Satsang – Jean-Luc Ayoun
Extratos 1,2,3,4
Tunísia, 9 de outubro de 2025
Extrato 1
JLA: Ser o que se é
não é um esforço. Pelo contrário, é um abandono de tudo o que se acredita ser.
O desconhecido só se torna conhecido quando o vivemos, mas com a condição, é
claro, de aceitar que ele nos é desconhecido no início. E o simples fato de
aceitar o desconhecido o torna conhecido.
É claro que, para
aqueles que sentem as energias, isso passa pelo Duplo Toro do Coração, pela
Lemniscata Sagrada. Os outros, que não sabem o que é isso, não precisam se
sobrecarregar com tais ideias. Passa pela ativação das Estrelas, dos chacras,
dos novos corpos, todas essas foram etapas intermediárias que se tornaram
necessárias.
É por isso que Bernard
de Montréal ou Sri Aurobindo falaram de involução e evolução: porque eles não
tiveram a possibilidade de acessar o tempo Real. Mesmo O.M.A., como eu já
disse, no fim da vida, em suas meditações diárias ao Sol, dizia às pessoas: “Há
algo por trás do Sol, claro, mas eu não tenho acesso a isso. Portanto, não
posso falar sobre isso.”
Mas quando se tem
acesso, é o fim de tudo. Tudo o que você podia pensar, acreditar, sustentar ou
seguir. Quando eu digo “o fim”, não significa que você coloca tudo de lado.
Quer dizer simplesmente que você o integra. Você não pode parar de sentir as
energias, as entidades (se as percebe), ou o vibral (se sente as vibrações).
Mas esse não é o objetivo.
O último grande
engano, claro, é o do Si, porque o Si, até mesmo Bidi, no fim da vida, admitiu
que falava do Si, porque era necessário naquela época, já que as energias ainda
não estavam abertas. Isso se abriu com a descida do Espírito Santo em 1984, e se
libertou em 2011, em outubro ou novembro, com a liberação do Núcleo Cristalino.
Quer dizer que a memória inicial da Criação, que não está na Fonte, nem em
Sírius com as Mães Geneticistas, mas no centro da Terra.
A famosa frase de
Hermes Trismegisto: “O que está em cima é como o que está embaixo, para
realizar o milagre de uma única coisa.” Sim, mas também se pode dizer: “O que
está dentro está fora.” “O que está à esquerda… está à direita…” “O que está
aqui… está antes… está depois…”
Não se esqueça de que,
quando se vive isso, o tempo e o espaço são uma ilusão. Porém, o tempo nos
afeta, é evidente.
Não podemos negar.
Você não tem o mesmo corpo aos vinte e aos setenta anos, queira ou não. Mas
isso faz parte do que, nas escrituras sagradas da Índia (não no Advaita
Vedanta), se chamava leelas do Senhor, os jogos do Senhor. É um jogo mórbido,
mas ainda assim é um jogo.
Mais uma vez, não se
trata de julgar ou condenar uma religião, uma egrégora ou o que quer que seja.
É simplesmente o que nós escrevemos. Quando se vive verdadeiramente, como dizia
Christiane Singer no fim da vida: “Não precisamos estar ligados, porque estamos
uns dentro dos outros.” Ela dizia isso porque o viveu, viveu essa experiência
ao fim da vida, quando estava com câncer em estágio terminal, momento em que já
não há resistência do ego nem do corpo.
No fim da vida, e
todos sabemos, ou quase todos, pois ainda estamos aqui (risos), quando alguém
se aproxima da morte, já não há mais o impulso no sentido do ego. Não há mais
impulso de vida. Você se abandona, como em certas experiências de Absoluto,
entre aspas, mas não é exatamente uma experiência: você vê claramente que não
há nada. Nada a se agarrar, nem memória, nem futuro, nem passado. Não há tempo,
nem espaço, nem luz, nem amor. O equivalente para nós seria um buraco negro no
universo.
Mas somos nós o buraco
negro. Reabsorvemos a criação para dar lugar ao Real. O Real não é uma
consciência. O Real não é a Vida. Mesmo quando digo “Não a sua vida, mas A
Vida”, o Princípio que nos anima e pode ser percebido, isso ainda é apenas uma
etapa.
E, evidentemente, essa
etapa é sedutora. Mas é preciso ver que é só uma etapa. É muito mais fácil
viver A Vida do que a sua vida, isso é certo. Mas, ainda assim, o que chamamos
de A Vida não é o Real. O Real, do ponto de vista do ego, é o Nada. Nada, que
etimologicamente significa “nascido antes” (ne-ante, em latim). Você nasceu
antes. Ser “nascido antes” quer dizer que você não apareceu nem desapareceu,
mas que sempre esteve aí.
Claro que o Absoluto
não pode conhecer a si mesmo. Ele se reflete através da infinidade de
consciências, de tempos e de espaços. A única diferença é que, desde 2011,
muitos irmãos e irmãs que seguiram o desenvolvimento das vibrações e das
aberturas de chacras já não precisam mais desses suportes. É como se houvesse
uma linha direta entre a ilusão e o Real.
E é justamente essa
ausência de distância entre a ilusão e o Real, esse estado de coincidência que
começa a se instalar, que desencadeia tudo o que vemos hoje na Terra: o fim do
Kali Yuga, a guerra de todos contra todos, a explosão da sociedade, da família,
a confusão dos sexos… tudo isso, e eu me lembro bem, foi exatamente o que
aconteceu no final da Atlântida.
De um lado estavam os
Filhos da Lei do Um, mesmo que não vivessem isso, sabiam da Unidade Fundamental
da Manifestação. Do outro, os Filhos de Belial, ou Filhos da Divisão, Belial
sendo um dos demônios mais importantes no que se chama não os Sefirot, mas os
Qliphoth, ou seja, os regentes das esferas infernais. Podemos dispensar os
nomes Asmodeu, Belial, e tantos outros, mas todos eles também são nossa própria
criação.
Extrato 𝟮
JLA: Enfim, tudo o que podemos viver agora, que já não há mais obstáculo nem
barreira, depende apenas do nosso posicionamento. Não são mais as entidades,
nem a abertura dos chacras, das Portas, das Estrelas. É unicamente a sua
sinceridade consigo mesmo. Se você é sincero consigo, autêntico, se é humilde,
tudo acontecerá naturalmente.
Irmã: No fim das
contas, não há mais nada a dizer, então.
JLA: Não. E principalmente parem de buscar. Aqui é diferente, porque estamos
compartilhando. Mesmo que eu ainda fale de mitocôndrias ou de qualquer outra
coisa, como dizia o próprio Nisargadatta em vida: O fato de discursar, de fazer
perguntas e respostas, não é para obter respostas ou ter perguntas, mas para
permitir a instalação do Aqui e Agora.
E isso é fundamental.
Você não precisa de ninguém, nem mesmo de si próprio.
Claro que, em alguns
casos, quando há uma irrupção súbita do Real e isso acontece, o ego passa pelo
que chamamos de “noite escura da alma”: “Para que sirvo? O que estou fazendo
aqui? Por que estou aqui?” Mesmo tendo consciência de vidas passadas e de tantas
coisas, já não encontramos lugar no personagem, na nossa própria vida.
Isso não significa
negar a vida. Significa apenas que o que se revelou, mesmo sem palavras, é uma
ruptura total em relação à antes. E essa ruptura total é também um luto, pois
somos construídos assim. Por isso pessoas como São João da Cruz descreveram à perfeição
a noite escura da alma pelo que viveram. Mas hoje vocês já não são obrigados a
passar por isso. Em vez de durar uma vida inteira, pode durar uma semana, um
mês, um ano, não importa. Mas saibam: mesmo que atravessem um período difícil,
e isso acontece com muita gente hoje, em qualquer nível, é apenas uma passagem.
E, mais uma vez,
quando eu digo que “a Aceitação cria a solução”, é exatamente o que foi
demonstrado por imagens de neuroimagem funcional, os pet scans, como são
chamadas as ressonâncias magnéticas funcionais da cabeça, que permitiram
validar essa noção de Absoluto. Hoje se sabe que o despertar da Kundalini é um
fenômeno real, sentido como um fogo subindo pela coluna vertebral e é, aliás,
muito perigoso de ativar. Havia técnicas de ioga que buscavam despertar a
Kundalini sem que houvesse reconhecimento do Si e as pessoas acabavam
enlouquecendo.
A partir do momento em
que você já não é mais enganado por si mesmo, pelas energias, pelas vibrações,
pelas histórias, memórias ou projeções sobre uma sexta raça-raiz… Eu mesmo vi a
sexta raça-raiz…Vi perfeitamente a Nova Terra…, mas tudo isso era apenas uma
projeção.
Extrato 3
E agora, portanto, desde 1984, a primeira
etapa para o Si, e 2011, Liberação do núcleo da Terra, todos nós, todos, temos
essa capacidade de viver o Real. O único obstáculo somos nós. Nós, que
acreditamos que devemos melhorar tal coisa, nós, que acreditamos que devemos
seguir a Luz, nós, que acreditamos que devemos ir a tal lugar e tudo mais,
enfim etc.… etc.…
A realidade é o grande Silêncio. Mas para
viver o grande Silêncio, é preciso estar instalado no Aqui e Agora, Hic et
Nunc, é preciso abandonar todas as crenças, todas as percepções, todas as
visões, todas as histórias, todas as projeções, sobretudo no futuro, e aí,
nesse momento, isso se revela.
Mas se vocês esperam uma nova Terra e mesmo se
esperam Nibiru, que, no entanto, está aí, então vocês colocam distância. No
entanto, fala-se disso, mas menos, porque de fato há o evento que está se
desenrolando e do qual ninguém pode escapar: a crise social, o Kali Yuga,
como diziam os hindus, é exatamente o que estamos vivendo, e não se pode
ignorar. Por outro lado, é possível atravessá-lo.
E eu diria até que é melhor ver isso do que
“deixar pra lá”; preguiça não é enfiar a cabeça na areia, é ver o que é e ousar
ser o que é. E nesse momento vocês constatarão com bastante facilidade,
qualquer que seja a idade de vocês, que suas energias estão mais fluidas, que
há cada vez menos possibilidade de conflitos duradouros, o que não impede, eu
lhes digo, eu sou colérico: quando me irritam, me irritam. É preciso muito,
exceto no carro, mas deixo sair o que vem. Por que eu deveria reprimir dizendo:
“Ah sim, atenção, eu sou amor, não devo reagir, não devo dizer isso, não devo
ficar com raiva!” Mas isso é uma besteira!
As emoções, vocês as terão até o fim de seus
dias. Vocês acham que Bidi não tinha emoções? Quando falava, sim, mas quando
estava na rua, não, não, o personagem estava bem à frente. Prefiro um cara
assim do que um cara que veste uma túnica laranja e canta Hare Krishna o
dia todo. Estão completamente no delírio. Digo isso porque também convivi com
eles.
Eu tinha alugado o castelo dos Krishna em
certo momento, e presenciei coisas de doido, realmente de doido. Eu via até
onde podiam levar a adoração e o respeito pela autoridade. É monstruoso. Acho
que talvez não tenha visto nada pior do que os adeptos de Krishna naquele
castelo.
No entanto, aquele que criou o movimento
Krishna, Prabhupada, era um verdadeiro santo. Entrei no lugar onde ele vivia
naquele castelo, que é um cômodo… aliás, é uma relíquia. Você era acompanhado
por um supervisor, não podia tocar em nada. Você entrava ali e sentia que sim,
havia o Real. Mas é claro, todos os que o seguiram criaram a devoção, depois,
evidentemente, veio o dinheiro, o que ajuda. Isso não quer dizer que ele tenha
se desviado, quer dizer simplesmente que ele era isso, e depois os
outros o tomaram por isso.
É por isso que sempre lhes falo de movimento
de ida e volta. Quando descobri a anomalia primária, a realidade de Abba, o
retorno não foi dizer para mim mesmo “Ah, eu sou Abba”, mas não, eu não sou
nada, eu sou Jean-Luc Ayoun, ponto final. Não é nem um esforço de humildade ou
de simplicidade, isso se impõe por si só. É algo que se impõe a você. Mais uma
vez, isso não impede que você tenha seu personagem, com seus impulsos, seus
defeitos, suas qualidades. Mas você não tem mais vontade de querer mudar coisa
alguma.
As coisas mudam por si mesmas, no seu ritmo.
Quanto mais você solta, mais isso muda; mas quando você está no personagem,
você assume o seu personagem. Você é um financista, é financista; você é um
médico, é médico; você é uma mãe de família, é mãe de família. Você escreveu
isso.
Então essa aceitação, antes falávamos de
acolhimento e de aceitação, é realmente a chave. Não há outra chave. E atenção,
quando falo de aceitação, dou o exemplo do envelhecimento que mencionei há
pouco: eu não aceitava o envelhecimento, então tentei encontrar técnicas para
estar em forma e, aliás, funcionam, mas não era uma não aceitação bruta. Era:
como posso, apesar do que está aí, sem lutar, sem me opor, facilitar?
E quando acontece assim, era uma expressão
usada por Anaël, por Mestre Ram na época (aliás, faz tempo que não o víamos,
Mestre Ram), é simples: para mim, é estar ali, respirar, baseio-me na
respiração, pode ser o poum, poum, poum como fazíamos na altura da
cabeça, pode ser os cristais, pode ser a imagem de Ma Ananda Moyi, que já não
são apenas muletas, mas meios de transcendência.
Não é mais algo em que nos apoiamos apenas, é
algo que nos ajuda a atravessar e que nos ajuda a realizar esse famoso
Silêncio.
Extrato 4
Lembrem-se: a vida é um desequilíbrio permanente. A vida é um
desequilíbrio permanente! O único momento em que vocês não estão mais em
desequilíbrio é quando estão mortos. Eu expliquei isso com o Kirlian, mas é
algo que precisa ser aceito. Falamos sobre os casais, as crianças, e é assim
mesmo. E, além disso, nem podemos responsabilizar os senhores do carma, já que
fomos nós que escrevemos. Então, quando falávamos dos Lipikas karmiques,
na verdade, eles não são mais do que arcontes. Eu sei que, em certas tradições
e no new age, considera-se que são eles que vão resolver o seu carma.
Que nada! São eles que prenderam ainda mais.
Era preciso que estivéssemos aprisionados ao máximo para compreender que
nunca tínhamos estado aprisionados. Ou seja, viver o horror até o Absoluto, o
pesadelo, como dizem os intervenientes, para chegar a compreender que tudo isso
não é real. E para muitos, eu repito, aquilo que vocês mencionaram uns e outros
é, de fato, mesmo quando são afetados por um luto, por qualquer coisa,
lembrem-se de que isso não é o Agora, é apenas uma memória afetiva, cármica,
ligada, portanto, à filiação, se quiserem, mas que não pertence ao que está no
Presente.
No Presente, não há ferida, não há memória. Claro que essas memórias
vocês as carregarão, assim como o emocional, o mental, até o último dia sobre
esta Terra e, às vezes, até mesmo, muito frequentemente, depois disso. Mas se
vocês decidirem estar no Presente, sinceramente, não poderão mais ser afetados
por essas memórias.
Do mesmo modo com as energias e o vibral: você pode sentir todas
as vibrações, todos os chacras, todas as portas, todas as estrelas, ter todas
as lembranças de suas vidas passadas enquanto personagem, isso não interfere
mais no seu Presente. Isso não quer dizer que isso não esteja mais aí! Nem quer
dizer, como quando se diz: “é preciso atravessar”, pois aqui se trata de
elementos memoriais, não de algo a atravessar no Instante.
E isso é resolutivo. É resolutivo, mas, mais uma vez, é preciso ser
sincero, é preciso ser humilde e é preciso ser simples. O que não o impede de
ser complicado na sua cabeça, ou nos seus conhecimentos, ou no que quiser, mas
no ato da travessia, no ato da aceitação total do Instante Presente, é aí que
se revela o Tempo Zero.
Não se trata de se opor, lembro que tudo aquilo a que você se opõe se
reforça, é uma grande lei neurocientífica. É por isso que todas as pessoas que,
voluntariamente, não falo das memórias de você que volta como mãe que perdeu um
filho, mas as pessoas que vão trabalhar sobre as memórias, adoecem sempre,
sempre, sempre.
Quando você faz, por exemplo, uma psicanálise de anamnese, isto é, fazem
você reviver o passado, fazem até recordar o mito fundador que temos nas
terapias cognitivas, ou seja, o elemento que desencadeou a escravidão cognitiva
inscrita no cérebro programado reptiliano, lembrem-se de que tudo isso não é
algo que esteja ativo. É você quem o ativa, simplesmente ao pensar nisso. Ou
simplesmente ao querer se opor, para curar, é normal. Mas nada se cria, nada se
perde, nesse plano de manifestação.
Você evacua algo do mental, evacua uma memória, mas ela não se evacua:
ela se imprime no corpo. Por outro lado, a latência pode ser extremamente longa,
pode ser de dez, quinze anos, e ninguém, exceto agora com as neurociências, faz
a ligação com uma psicanálise ou uma psicoterapia que aconteceu dez, quinze,
vinte anos antes. E, no entanto, é a realidade.
Você não tem nenhum meio de escapar se está verdadeiramente no Instante
Presente. A projeção é uma armadilha, também fizemos projeções no futuro. A
projeção o afasta do Real, mesmo que você tenha visões, uma nova Terra, uma
nova raça. O Real não tem história, o Real não tem memória, o Real não está nem
aí para a criação e, no entanto, Ele tem tudo em Si.
Sejam reais e, nesse momento, vocês constatarão que os pensamentos, as
memórias, o sofrimento se afastarão de vocês. Mas isso estará sempre aí até o
seu último suspiro. Você não pode esquecer que foi uma mãe, isso não pode ser
esquecido, faz parte da sua experiência, mas isso já não terá mais influência
nem repercussão sobre o seu presente.
É isso a Divina Indiferença, a preguiça de que falava Osho. É constatar
que há merda no mundo, em você, na sua vida, nas suas relações, no que você
quer e atravessar essa merda, ou seja, vê-la, mas não lhe dar mais nenhuma
força. Há necessariamente emoções presentes, ligadas a essas memórias, mas
essas emoções, se você não se apodera delas, simplesmente pela consciência, ao
observá-las, a não ser que você seja, é claro, o observador; mas, nesse
momento, o observador já não tem mais nada a observar muito rapidamente.
É o que, por exemplo, eu lhes dizia com Gurdjieff: quando você tem uma
emoção, brinque de adiá-la para o dia seguinte e bem, ela já não existirá, não
pode existir. Não é você quem comanda suas emoções.
Do mesmo modo que nossos pensamentos não são nossos pensamentos. Isso se
vê muito claramente estando na Presença Infinita ou no Absoluto. Vê-se um
pensamento que nasce, um pensamento que desaparece. Vê-se algo que chega. Se
não nos interessamos por isso, vemos, mas não damos importância, não procuramos
nos opor, não procuramos transformar as coisas.
Ou seja, aceitem as coisas como elas são: elas já não têm razão para
perturbar o que vocês São. E então, Aquilo que Vocês São aparece.
Todos nós carregamos feridas, todos nós carregamos distúrbios diversos e
variados. Acreditar que um santo não sofreu, que um místico não sofreu, é um
erro terrível. É justamente o sofrimento que também nos conduz à Liberdade.
Infelizmente, é assim!
*****
Transcrição Equipe Agapè
Tradução Marina Marino
Mensagem Original no site Apotheose.Live
Fonte da Imagem:
https://www.facebook.com/groups/293893747352484/

Imensa gratidão à Equipe de Transcritores e à Tradutora Marina Marino !!
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ResponderExcluirGratidão de todo Coração para com TODOS!
Seguimos juntos nesse Silêncio vivo, onde tudo já É.
...
" * (...) Sejam reais, e nesse momento, vocês constatarão ... .
É isso a Divina Indiferença, a preguiça de que falava Osho. É constatar que a merda do mundo, em você e na sua vida, nas suas relações, no que você quer atravessar essa merda, ou seja, ... "
* "Síntese da mensagem":
• Aceitar plenamente o que é: sem buscar mudar, corrigir ou controlar. A vida, os papéis (como ser mãe, por exemplo), continuam existindo, mas perdem a capacidade de afetar, condicionar ou definir quem você é.
• Divina Indiferença: é a liberdade de não mais ser dominado por emoções ou dramas pessoais. Não é insensibilidade, mas não se deixar tocar e bem perturbar.
• Não dar força a ilusão: os pensamentos e memórias podem surgir, mas deixam de ter peso quando não há identificação com eles.
• A Luz aparece quando não há mais resistência, quando o "personagem é atravessado", mas não maus alimentado. *
...
< JL Ayoun expressa de forma direta, até 'crua' _ mas profundamente verdadeira.
Ele não está sendo negativo, mas radicalmente lúcido: ao constatar que tudo o que é da pessoa, da história, do mundo é ilusório, limitado e, no fundo, sofrimento, o único passo verdadeiro é atravessar isso sem dar mais força, sem drama, sem apego, sem justificativas.
Esse * "estar de saco cheio"_"uma merda" , não é frustração comum _ é cansaço sagrado, o ponto de saturação onde a Verdade se impõe com simplicidade. É o que muitos chamam o fim da busca. >
< * Ele tem razão _ e reconhecer isso também é Graça. >
____________________
ResponderExcluirAdendo: Christiane Singer
(1948-2007) foi uma escritora, ensaísta e romancista austríaca, profundamente influenciada pela espiritualidade, psicologia junguiana, ecologia e tradição cristã mística. Seus escritos têm um tom poético e filosófico, sempre voltados ao sentido da vida, da morte, transformação interior e da beleza do Instante Presente.
Ela dizia que a vida é uma travessia _ e que nada é mais urgente do que viver vom verdade, presença e amor. Mesmo ao enfrentar um câncer terminal, escreveu um de seus livros mais tocantes: "Últimos fragmentos de um longo percurso", um diário em que fala gom serenidade e lucidez sobre a morre iminente.
• Frase marcante dela:
*"A única verdadeira viagem, a única vela ao largo, a única iniciação, é mudar o olhar."
Ela nos convida a despir as máscaras, abraçar o mistério e confiar no invisível.
• Alguns trechos lindos e marcantes
1. "Não há nada a fazer. Há apenas que ser. Ser verdadeiro, ser presente, ser inteiro."
2. "A vida só tem sentido se for vivida como uma oferenda."
3. "Tudo o que não é dado é perdido."
4. (Sobre o fim da vida)
"Agora que estou morrendo, tudo me parece intensamente vivo. O que antes era banal se tornou sagrado."
5. "A travessia da vida não é de chegar a algum luga, mas para acordar para o que já somos."
Singer nos lembra de viver com presença, beleza e coragem, mesmo nos momentos difíceis. Sua escrita é um bálsamo para a alma.
Uma alma rara, que deixou um legado de lucidez, entrega e profunda beleza interior.
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❤️🌿🦉🦉🦉🦉🦉🦉🦉
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