BIDI - Parte 1 - 07 de Abril de 2018

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Publicação Parcial - 1

Ora bem, BIDI está convosco e vos saúda.

…Silêncio…

Então, hoje vou exprimir-me acerca do desenrolar lógico do processo da Evidência da vossa Ressurreição, lembrando, no entanto, que existem neste momento sobre essa Terra inumeráveis linhas temporais que se sobrepõem e se entrecruzam tanto nos relacionamentos como no vosso interior. 

Isso significa também que alguns de vocês vivem a Ressurreição sem mesmo saber do que é que se trata, apenas sentindo uma Alegria sem igual, essa Alegria que não depende de nenhuma circunstância nem de nenhuma percepção, da energia ou da vibração.

Como podem verificar, a trama temporal que abrange mais indivíduos sobre a Terra, é a da confrontação. Podem observar isso em vocês, ao vosso redor, mas também ao nível dos países, dos estados, dos agrupamentos e das associações, resumindo, em todos os sectores efémeros de vida, que são, doravante, impactados por esse processo da Ressurreição mesmo que a ele se oponham, mesmo que o ignorem, porque a pessoa, o indivíduo, através do seu ego, do seu sonho de individualidade, estará sempre em resistência, em confrontação, por causa dos seus desejos, dos seus sonhos, e das suas projeções no seio do efémero.

Visto isso, no desenrolar da Ressurreição que acontece para muitos de vocês, sem dúvida menos que  aqueles que descobriram o processo da Ressurreição sem saber do que se trata, começa a ser vivida a finalização do processo da Ressurreição, levando, tal como expliquei, aqui mesmo neste mundo, à presença permanente do conjunto do que constitui a Consciência Una e Nua.

Quer dizer que, no seio do teatro da vossa própria consciência, para alguns existe somente a consciência do ego, onde a trama temporal será o conflito, interior e exterior, particular como geral e global.

Há também aqueles, na humanidade, que seguem a trama temporal dos eventos, constatando, através do que sentem, pela medida, pela observação, que existe uma imensa mudança, sem que, no entanto, tenham passado por suficientes momentos de interioridade, até ao momento, para permitir que neles se finalize a Ressurreição e a Evidência, e nos quais não pôde irromper ainda a Consciência Nua, e por isso ainda manifestarão, por intermitência, os reflexos da pessoa, pois a pessoa, no seu modo de funcionamento habitual, ainda não finalizou ou concluiu o processo da Ressurreição.

E há aqueles de entre vocês, cuja trama temporal é a de finalizar a sua Ressurreição antes mesmo do Apelo Maria, ou antes do Evento, e que vivem, doravante, uma forma de completude, o sentimento de que tudo está concluído, e que é mais do que a Evidência e a Alegria, mas que é o funcionamento, de forma simultânea, dos diferentes fragmentos da Consciência e o funcionamento simultâneo desses diversos aspectos da Consciência, que vão resolver-se, inelutavelmente , sobre essa finalidade que é a Consciência Una e Nua, aí, onde tudo o que era atrativo para a vossa história, mesmo pessoal, não poderá mais afetar-vos, e mesmo qualquer evento que aconteça ao vosso redor, em vocês ou sobre o mundo, apenas poderá preencher vocês de Alegria pois podem ver, nesse momento, para além das aparências, por detrás das aparências, o que se joga em vocês e à vossa volta.

Tudo isso já foi muito desenvolvido pelo Comandante dos Anciãos, antecipando o que acontece hoje. 

Para esquematizar, quaisquer que sejam as inúmeras linhas temporais, ou as grandes linhas que acabei de descrever, elas podem misturar-se, igualar-se, flutuar alguns dias. 

Lembrem-se de que as primeiras tramas da qual falei, são apenas a tradução da Ressurreição, mas por uma razão que é individual, essa Ressurreição não pode ainda ficar concluída, de momento. 

Outros terminam essa Ressurreição e encontram, pela vivência, essa Consciência Una e Nua que recobre, lembro, no mesmo local, o vosso corpo físico, perecível, recoberto do corpo de Eternidade, assim como a nível celular, assim como a todos os níveis, e encontram a capacidade de ver com clareza, aí também, com Evidência, o que são as diferentes consciências, não através da análise mas pelo seu modo sucessivo de manifestação, de interação, dando cada vez mais a capacidade de instalar o ponto de vista do observador magnificada, que em resumo, não é mais abrangida pela forma, pela pessoa e pela história, e que, no entanto, assume a história, a sua pessoa e as relações, sustentadas, se assim posso dizer, pela nova realidade instalada, tal como podem ver, antes mesmo do Evento ou da resolução final sobre o plano dimensional em que se encontram.

Retenham que, quantos mais de vocês levarem a cabo essa trama temporal última - a da finalização da Ressurreição, e do estabelecimento permanente e definitivo da Consciência Una e Nua através do vosso corpo e da vossa pessoa - mais fácil será amplificar e desmultiplicar, não apenas a conscientização colectiva da Presença da Luz, mas também o desencadear do Evento.

Portanto, qualquer que seja a trama temporal que cada um vive, quer seja através das injunções de Luz, pela vibração ou por intermédio do contacto com a Consciência Nua, todos, sem exceção, se dirigem para a realização, para a finalização da Ressurreição.

Nesse momento vocês vivem, real e concretamente, que são pura Luz, apesar da presença do corpo ou saco denso dessa dimensão, e apesar da presença mais ou menos residual, da vossa consciência corporal e da consciência efémera. 

É assim que a Leveza, a Alegria, o Sorriso, a ausência de dúvidas, a Evidência de cada minuto da vossa vida, o que quer que digam, apenas poderão encher-vos de satisfação, de Paz, de ausência de dúvidas e interrogações, em que vocês deixam realmente a vida se viver em vez de serem vocês a viver a vossa vida.

Tocando essa trama temporal e vivendo-a, quaisquer que sejam as circunstâncias do vosso efémero, ilustrareis a título pessoal o que disse o Comandante: que o caos do efémero desencadeia a serenidade da Eternidade. 

Mesmo se esse caos abrange o vosso corpo, as vossas problemáticas ou qualquer outro problema afetando o que vocês são e o que vocês vivem, agora não se trata de uma questão de resistências, nem de chamadas de atenção, mas uma vez que vocês foram tocados por um certo número de Injunções de Luz ou de Apelos da Luz, que é variável para cada um, irão dar inexoravelmente à conclusão da vossa Ressurreição, à completa aparição do que nomeei a Consciência Nua, dando a constatar as múltiplas transformações, e não apenas mudanças, que se verificam a todos os níveis deste efémero onde vocês estão, nos vossos hábitos, nas vossas memórias, até à vossa Eternidade.

Agora, há realmente essa Evidência, para aqueles que finalizaram a Ressurreição pelo sacrifício consciente e lúcido de cada momento como pessoa, e vocês de alguma maneira se tornam, não apenas o testemunho da Luz, mas o testemunho da Ressurreição e da sua finalidade.

Nesse momento,  para além das transubstanciações que começaram com bastante Evidência, não apenas da vossa consciência mas também da vossa estrutura do saco de carne, vocês serão a prova, tanto para vocês como para os que convivem convosco, da realidade da Luz, da realidade da Eternidade, e acima de tudo, da realidade do Amor que vocês são, sem esforço, sem atitude, sem reação, liberados de todo o passado, de todos os condicionamentos, assim como de todo o futuro. 

Isso não se trata de palavras ocas, mas da estrita Verdade à qual as injunções da Luz já vos conduzem ou conduzirão a viver com cada vez mais certeza, mais leveza, mais sorriso, e mais Alegria. 

Então, quaisquer que sejam as vossas tramas temporais, individuais ou colectivas, existindo na Terra, há uma forma de convergência clara, límpida e precisa que podem observar, não apenas através da vossa vivência mas também sobre a tela da vossa consciência, referente à acção do que foi chamado os Elementos, às mudanças, aos contratempos que se produzem em todos os escalões da vida. 

É nesse momento que é preciso lembrar que o que a lagarta vê como uma morte, a borboleta vê como Ressurreição. 

Através da qualidade da vossa Presença em Consciência Nua, da vossa qualidade de Ser para além de todas as projeções, de todas as histórias de toda a pessoa, quer em vocês quer ao vosso redor, tanto perto como o mais distante possível, em termos de distância ou de relações, há o mesmo efeito, o da amplificação da Ressurreição.

Podem ver que, para onde quer que se voltem, quaisquer que sejam as imagens que vêem nas telas do vosso mundo, apenas podem constatar a progressão da desordem. 

Reparem, aliás, que os que vocês chamaram na época de “maus rapazes”, também vos falam do novo, só que esse novo, na continuidade, não é o novo, é a inversão do próprio princípio da Ascensão.

Imaginar um mundo sem guerra, onde a predação se mantém como resultado mesmo da própria textura e da própria estrutura de quem vocês são nesse saco de carne, não é compatível.

Todos podem constatar que geralmente prevalece o Sorriso e a Leveza perante o que quer que se manifeste no vosso corpo e na vossa vida, mesmo que se encontrem em diferentes estados, em diferentes estratos, e em especial em diferentes fases últimas da vossa Ressurreição, se assim posso dizer.

É assim que podem ser o testemunho do que vivem e da vossa transmutação, não apenas para vocês mesmos mas também para todos os que vos olham do exterior.

A Consciência Nua está instalada para além de qualquer processo vibratório, através de uma aptidão natural, doravante, de não mais exprimir a menor dúvida com respeito à dualidade, ao bem e ao mal, ao amor ou à ausência de amor, ao que é verdadeiro ou falso, porque vocês sabem, através do que vivem, que tudo o que é classificado como verdadeiro ou falso, é sempre relativo à situação efémera. Existe apenas uma Verdade que é a Verdade Absoluta, pondo fim a todas as verdades relativas, tal como o Arcanjo Anael vos explicou longamente, na historia da vossa Liberação.

Cada um de vocês, qualquer que seja o estrato que em si se vive, está em condições de viver, doravante, não apenas o processo da Ressurreição mas também a sua finalização. Nesse momento, a Alegria e o Amor tornam-se de tal forma habituais que deixam de ser notórios, mas podem sentir uma nova forma de Leveza.

Há a transubstanciação do vosso corpo, o desaparecimento dos apegos, dos hábitos e de tudo o que constituía os vossos pontos de referência. Vocês não precisam mais de pontos de referência, nem de costumes, pois o Amor e a Liberdade vos fornecem os últimos pontos de referência e de apoio.

Pode até parecer, por momentos, estar a viver uma forma de irrealidade ou de ilusão desse mundo, a partir do momento em que a Consciência Nua deixa de estar colada a esse corpo mas vive a Liberdade agindo nesse corpo e ao redor desse corpo. Não se trata aqui de uma saída do corpo ou de uma experiência fora do corpo ao nível astral, mas sim da translação, para o seio da Consciência Nua, das várias consciências que estavam separadas.

Aí, onde qualquer problema deixa de ser um problema, e onde a própria noção de problema não pode existir, o que quer que chegue mesmo que seja um problema, não é visto como um problema que chega mas como a solução que está por detrás dele. É uma atitude da Consciência, uma atitude de funcionamento que acontece naturalmente, sem ser forçada. Aliás, não serve de nada aí praticar um positivismo mental forçado, mas simplesmente permanecer lúcido, límpido e claro com vocês mesmos. Ser claro consigo mesmo, agora, significa simplesmente aceitar o que a vida apresenta, sem qualquer restrição, mesmo se por vezes possa ainda ser necessário agir ao nível do efémero, mas sabendo perfeitamente, nesse momento, porque o vivem em cada circunstância, que a Eternidade ocupa realmente todo o espaço.

Lembrem-se, nessa nova Leveza, ao mesmo tempo que há o sentimento de perder os limites do corpo - e não falo aqui do que eu invoquei acerca da percepção de um segundo corpo mais ou menos móvel, quer dizer o Corpo de Eternidade, mas bem mais de uma emancipação da Consciência, cada vez maior, mesmo em relação ao Corpo de Eternidade - a Consciência torna-se realmente Nua, independente da vossa forma atual, assim como se torna independente mesmo da vossa forma futura. Aí está a verdadeira Liberdade, qualquer que seja a vossa trama temporal,  qualquer que seja a vossa assinatura, quaisquer que sejam as vossas escolhas.

A Evidência da Luz, a Evidência da Graça e a Evidência da vossa Ressurreição, devem ocupar o vosso tempo, a vossa consciência, os vossos dias e as vossas noites, quer vocês queiram quer não. Este processo instala-se naturalmente, mesmo se isso leva, de agora em diante, não mais às Injunções da Luz para aqueles que estão mais em avanço sobre essa trama temporal, mas bem mais, a uma capacidade para não mais ficar preso a um papel, a uma forma, a uma definição, aos hábitos desse mundo, ou em quaisquer elementos referentes a um futuro, porque para esses indivíduos, para esses irmãos e irmãs, de alguma maneira, o Evento já teve lugar. É ele o responsável por isso, mas recordem que se trata de tramas temporais, e que alguns tiveram, nessas tramas temporais, alguns sopros de avanço sobre a realidade colectiva.

Esses que vivem essa finalização da Ressurreição e nos quais o Sorriso se torna omnipresente, o que quer que viva o corpo, o que quer que viva o mundo, o que quer que viva a sociedade e o que quer que digam os hábitos, estão realmente, não apenas Liberados mas também desapegados da forma.

Esse processo que se desencadeia, tornou-se possível e é cada vez mais possível, à medida que os dias vão passando, até ao Evento. Não posso dar uma previsão, mas apenas que se apoiem sobre a preeminência da vossa vivência da Eternidade, a qual vos preenche de Luz cada vez mais. Podem, então, constatar que, quando a Eternidade se torna cada vez mais importante, em todos os sentidos do termo, na vossa vida efémera tudo se resolve definitivamente.

O sentimento de Liberdade, o sentimento de estar desapegado da forma e da história, faz de vocês o Cristo Vivente, onde mais nada pode estar efectivamente separado, nesse mundo ou noutro mundo qualquer. Vocês estão, nesse momento, Liberados da pessoa, Liberados da história, e também Liberados de qualquer forma, pois a partir desse momento vocês são capazes, mesmo se ainda não o experimentaram, de ser toda e qualquer forma, quer seja humana, extraterrestre, ou uma forma de consciência dita rudimentar desse mundo. Em geral, não é necessária essa experiência, salvo em alguns pedidos particulares da Luz para repetir essas experiências, pois mesmo se elas se repetem por si mesmas, vocês podem constatar que o endereço onde se encontram cada vez mais em Harmonia, em Lucidez e em Realidade, é no Silêncio e na Imobilidade.

Dizendo de outra forma, agora vocês podem alimentar-se não apenas da Luz e da Eternidade, mas diria que essa nutrição pode substituir todos os outros alimentos, com efeito e concretamente. 

Assim se resolve o estar sós a sós com vocês mesmos, no qual de alguma maneira foi consciencializado e vivido que não há senão Uma Consciência, que o sonho da individualidade é um pesadelo, e que para além da Consciência, há a origem da própria Consciência que é o que vocês são antes de terem sido qualquer história, qualquer cenário, qualquer tomada de forma ou qualquer jogo da Consciência, mesmo dentro dos mundos livres. 

Ao terem vivido isso, nem que tenha sido apenas uma vez, a noção de carência não poderá mais existir. Vocês ficam saturados de Alegria, saturados de Luz e saturados da Verdade. Como é que, vivendo isso, poderia manifestar-se a incerteza, as dúvidas, o sofrimento?

No entanto, se ainda não vivem essa trama temporal mas de alguma maneira começaram a viver a Ressurreição, não têm que se preocupar com o que quer que seja. É claro que têm de levar adiante o que é do vosso dia a dia, ao nível do efémero, quer seja o vosso trabalho, as vossas relações afectivas ou a vossa relação com o vosso corpo que ainda precisa de cuidados, pois mesmo que a alimentação seja cada vez mais subtil, o corpo precisa ainda de um mínimo de atenção e de cuidados. Mas para além dessa rotina de manutenção do corpo, podem constatar que quanto mais deixarem a Eternidade tomar todos os espaços, todo o tempo, mais tudo isso será facilitado e mais tudo isso vos deixa leves.

Da mesma maneira, na confrontação entre o efémero e o eterno, conforme os seus ajustamentos e as suas sintonizações, o mesmo processo se desenvolve, doravante, em todos os sectores da vossa vida.

Devem em todo o caso saber quando o testemunho é magnificado, se vocês se encontram na leveza ou não, o que quer que aconteça. Isso se verifica em vocês ou ao vosso redor, em qualquer área, quer seja no corpo, nas relações, no humor, na vossa relação com o mundo, na sua aceitação mais abrangente. Assim é a Eternidade, quando toma a dianteira, quando vocês estão Liberados, não apenas interiormente mas também exteriormente.

Dito de outra maneira, qualquer que seja a vossa trama temporal, e isso já foi desencadeado, quanto mais vocês aquiescerem, quanto mais ficarem disponíveis, como diriam os Anciãos, quanto mais indolentes em relação a esse mundo, sem o rejeitar mas acolhendo, mais poderão ficar disponíveis para a Leveza, não apenas para a Evidência e a Alegria, mas sobretudo para a permanência desse estado. 

Daí resultam todas as satisfações, e essas satisfações vêm da Consciência. Isso é bem de longe superior a tudo o que vocês já conhecem, às satisfações dos sentidos nas relações, ou de quaisquer satisfações de qualquer natureza que seja desse mundo. E é apenas ao viver isso que a cada dia vocês podem aquiescer um pouco mais à Verdade da vossa Ressurreição, e acima de tudo à sua conclusão.

Essas orientações que tenho estado a transmitir são de caráter geral e global, e irei interromper a minha exposição dentro de alguns minutos, para já permitir que vocês me ponham questões. Mas sejam claros e lembrem-se da importância da Verdade Absoluta, que faz com que, mesmo as verdades relativas da vossa vida nesse mundo, em todas as suas verdades, representem cada vez menos coisas importantes e envolventes, em face da Eternidade que se instala definitivamente, antes mesmo do Evento ou durante o Evento, pois vocês estão a vivê-lo.

Assim sendo, quaisquer que sejam as vossas responsabilidades nesse mundo, quaisquer que sejam as fraquezas do vosso corpo, quaisquer que sejam as dificuldades das relações, de agora em diante, a cada dia que passa e mais do que no dia anterior, poderão verificar a proeminência da acção da Luz sobre todas as ações pessoais relacionadas com a vossa individualidade.

Para além da Evidência e da Alegria e do Silêncio, há a Leveza. Essa Leveza vem do posicionamento da vossa Consciência, mas também da sobreposição no vosso corpo físico, do vosso Corpo sem Costuras, ou Corpo de Luz.

Já tínhamos explicado, todos nós, desde há já muitos anos, que vocês iriam aperceber-se desse novo Corpo, para além dos processos vibratórios, para além das Portas e das Estrelas. Foi exatamente o que aconteceu. Doravante, será o mesmo processo em relação com a cena de teatro desse mundo.  

O observador magnificado está de tal forma presente, que já se habituou a essa cena de teatro, e tem por ela cada vez menos interesse. O seu atrativo passa a ser a Eternidade, a vivência de que não existe nenhuma cena de teatro, e que, definitivamente, todas as cenas de teatro, mesmo nos mundos livres, são apenas jogos da Consciência, totalmente livre, como sabem, e eles são livres, justamente porque vocês vivem na vossa incarnação esses processos da Ressurreição.

À medida que o Juramento e a Promessa forem actualizados completamente, de forma individualizada, em muitos de vocês, então, diria que o processo colectivo pode ser ele também desencadeado, ou, se preferem, passar a uma velocidade superior.

Tal como podem verificar, se tiverem um olhar lúcido sobre a evolução da sociedade, da Terra, dos climas, dos Elementos, mesmo das vossas relações, tudo está em fase de reajustamento, de transformação, até ao seu desaparecimento, e vocês não têm qualquer modo de aí se oporem. Podem talvez estar ainda instalados suficientemente nos vossos hábitos, quaisquer que sejam, derivados da vossa incarnação extensiva nesse mundo, mas desde a actualização do Juramento e da Promessa, quer dizer, à medida que a Ressurreição e sobretudo a sua finalização acontecem, então aí vocês estão despertos, vocês sabem que não são desse mundo, porque vocês o vivem, vocês sabem que não são esse corpo, mas que apenas estão aí dentro, porque vocês o vivem, e sobretudo, vocês sabem que, repito, à medida que a Consciência de Eternidade, a Consciência Nua, aparecem na dianteira da cena desse mundo, cada dia vos trará uma prova cada vez mais evidente da Verdade da vossa vivência, da Verdade do Amor e da Luz, e da ilusão total desse mundo.

Paradoxalmente, essa vivência do Juramento e da Promessa individual realizada pelas circunstâncias e pelos diferentes factores que comportam essas circunstâncias próprias do fim dos tempos, permite isso antes do momento colectivo, dando a actualizar, segundo diferentes modalidades, os carismas do Espírito, que são diferentes dos carismas do Coração, que não são a compaixão humana, mas bem mais a irrupção do fantástico, do que poderão chamar o maravilhoso, o extraordinário, mesmo no seio desse mundo, e apesar da vossa forma.

E lembrem que isso irrompe em vocês, a cada dia, e é percebido também ao vosso redor, por todos os lados e mesmo até aos confins do planeta. No entanto, isso não vos torna um mestre ou um guru, mas antes  - e isso é bem mais importante - um ser completo e livre. Se vocês vivem isso, o contentamento é total. Nada pode faltar. Não pode existir sobre isso a menor dúvida, a menor questão. A Paz e a Alegria tomam todo o espaço, o que quer que vos chegue. É uma Alegria indestrutível.

A expansão ou a retração da vossa Consciência, torna-se aparente, tal como a vossa respiração. Quer dizer que podem passar de uma Consciência limitada da pessoa para uma Consciência o mais expandida possível, até à Fonte da Consciência, e tudo isso no mesmo saco de carne, no mesmo instante, no mesmo espaço. 

Ao viver isso, e ao ser instalado isso, que é independentemente do vosso querer e da vossa vontade, apenas podem aquiescer, apenas podem agradecer o que vocês são, apenas podem dar Graças e distribuir Graças, porque o vosso simples olhar, onde quer que se detenha, torna-se a Graça, independentemente da vossa vontade.

O sentido da energia que vos rodeia, não é mais apenas a vossa aura, quer seja astral ou causal, pois a Ressurreição é acompanhada pela destruição do corpo causal. O que emana ao vosso redor é a alma e o Espírito e absolutamente nada mais do que seja relacionado com a vossa pessoa.

Então, é claro que ao vosso redor, para aqueles que com vocês têm convivido, não há nenhum ponto de comparação possível com o que vocês eram anteriormente, apesar da persistência da vossa forma. A vossa consciência efémera deixa de existir e é substituída, literalmente, pela Alegria e pela Liberdade, pela Lucidez, pela Leveza. Mas onde quer que estejam, agora, podem ver que cada dia que passa e que têm a oportunidade de passar antes do Evento, vos aproxima, inexoravelmente, inevitavelmente, dessa Leveza e dessa Alegria. É bem mais do que a Evidência da Ressurreição, é realmente a preeminência da Eternidade, antes mesmo que o efémero seja totalmente dissolvido.

Pela vossa Presença, pela vossa vibração, pela irradiação da vossa alma e do vosso Espírito e não apenas da vossa individualidade, vocês magnificam o mundo.

Eu tinha dito, nos primeiros encontros desta nova série, que farei cada vez menos referências à história, qualquer que seja, do meu país, da minha cultura, ou da vossa, mas não posso passar sem fazer referência à Ressurreição de Cristo e à sua Ascensão, pois é exactamente o que vocês vivem. Pouco importa se são cristãos, indianos ou ateus, é o mesmo processo para todos. Conduz inevitavelmente ao mesmo objectivo, qualquer que seja a trama temporal que ainda percorrem, quer estejam a viver a Ressurreição, ou que já a tenham terminado.

Aproveito para dizer que, no desenrolar da finalização da vossa Ressurreição, podem assistir, desta vez, a eliminações violentas e fortes, tanto ao nível do vosso corpo, como da vossa consciência efémera, mas que serão de imediato magnificadas pela Alegria e pela Leveza. Não se trata aqui de resistências, não se trata de queimar carma, mas simplesmente, com a preeminência da Eternidade, tudo o que fazia parte do efémero e que estava cristalizado, ligado por exemplo aos hábitos, estoura de uma vez, e então pode desencadear dores fulgurantes, não tanto na periferia mas mais no tronco, quer seja na parte superior ou na inferior, e isso pode ser através de um órgão e dar manifestações que podem tornar-se inquietantes ao nível da pessoa, e que são apenas a tradução de eliminações, decerto violentas, dos últimos obstáculos à finalização da vossa Ressurreição.

Mas podem constatar, aqueles que vivem essas dores, que elas já não conseguem afectar como dantes, quer dizer, não podem modificar de forma durável o vosso humor, pôr a mente a rodar, ou desencadear o sofrimento. A dor é real, mas é apaziguada pelo bálsamo da Leveza. Então, não se inquietem se durante as últimas fases do processo da vossa Ressurreição, se produzirem eliminações fulgurantes. O importante é não ficar preso a essas eliminações fulgurantes, mesmo que para isso seja necessário simplesmente tratar quimicamente. A Presença da Luz é de tal ordem que mesmo um agente dito químico não pode ocasionar dano, devido mesmo à presença da Luz. No decorrer dessas formas particulares de eliminação - que não são nem indispensáveis nem assim tão frequentes, mas se elas acontecerem - não fiquem retidos por uma explicação, ou pela sua compreensão, mas fiquem suficientemente lúcidos para tratar ou deixar que tratem, e atravessem isso, pois são elementos que se eliminam, ao nível dos hábitos. E aliás, a partir do momento em que se possa produzir esse género de manifestações, de inconvenientes, isso significa que o prato da balança está do lado da Eternidade e não do lado do efémero. Recordem isso.

E, independentemente da acção poder ser química ou material, se se tratar de um sofrimento físico, lembrem que para além dessa intervenção que por vezes é necessária, já têm em vocês essa Ressurreição que está aí e que apenas é necessário, nesse momento, o parto ficar concluído.

Como é que vocês sabem se a Ressurreição está terminada? É claro que há aí a Evidência, a Alegria, mas para além disso há a Leveza, e há os mecanismos da Respiração da Consciência que são testemunhos da Consciência Nua, em que a vossa Consciência se retrai e se estende até ao infinito, e tudo isso a partir do vosso peito. Não se trata do chacra do Coração, não é a Coroa Radiante, não é a Lemniscata Sagrada, mas é a tradução da alquimia e da finalização da vossa Ressurreição. 

Nesse momento existe, ao nível do peito, uma percepção de onda, acompanhada, ao mesmo tempo, pelo sentimento de retração e de expansão, que é a Respiração da Consciência Nua e Una. 

Isso pode levar a estados de Alegria mas sobretudo faz viver, real e concretamente, o Juramento e a Promessa, e a conclusão da vossa Ressurreição.

…Silêncio…

Também agora são evidentes modificações em comparação com o início da Ressurreição que foi desencadeada há alguns meses, e podem ver que o estado de ser no qual estão, pode por vezes desencadear no vosso exterior, mas que é também no vosso interior, uma forma de ressentimento, não de vocês para com vocês mesmos, mas de todos os buscadores que estão fechados na sua cabeça e que vêem bem a realidade da vossa Ressurreição, mesmo se não conseguem traduzir isso por palavras. 

Assim, podem observar ao vosso redor, no vosso emprego, na vossa família, dentro do vosso círculo de amigos ou de irmãos, podem observar que por vezes vocês incomodam, por vezes causam surpresa, pois os elementos habituais da pessoa, através do físico, da fisionomia, dos gestos, do comportamento, das palavras, do que irradiam, não tem comparação com o que eram anteriormente. 

Em resumo, isso quer dizer que podem tornar-se perfeitamente desconhecidos para aqueles que têm partilhado a vossa vida, mesmo que sejam os vossos filhos ou pais. Não fiquem assustados com isso, mas se há tendência para ficarem alarmados, saibam que isso pode perfeitamente acontecer.

Na época foi dito para não evocar ao vosso redor os processos que estão em curso ou o fim dos tempos, pois isso iria desencadear reações, mas o que acontece agora é que a vossa simples presença na leveza pode desencadear uma depreciação, uma acusação ou uma inquietação por parte daqueles que seguem tramas temporais diferentes, porque, para aquele que nada vive ainda, ele estava até dado momento num certo tipo de relação com determinada pessoa e agora já não existe a mesma pessoa, algo mudou, já não é a mesma fisionomia, já não é o mesmo temperamento, já não é o mesmo carácter, já não são os mesmos potenciais, e isso pode ser muito desestabilizante para aquele que nada vive.

Então, tomem atenção que, se isso acontece convosco, porque isso se vai tornar cada vez mais frequente, a única solução é o silêncio e não as palavras, ou as justificações, ou as demonstrações, mas permanecer precisamente, nesses momentos, no silêncio e na imobilidade, sem intenção, sem desejo, e após a reação inicial dessa situação poderão constatar que, para além do medo do desconhecido que se manifesta no outro, aparece uma curiosidade, porque a consciência é atraída ao nível efémero por essa ruptura de continuidade entre o antes da Ressurreição e o depois da Ressurreição.

Posso garantir que isso é visível na fisionomia, nos gestos, nas palavras e na aura que não é já a aura de uma pessoa mas que é a aura de Cristo, pura e simplesmente.

É assim que, em todas as tradições e correntes, alguns seres viveram a identificação com Krishna, com a Luz, com a Fonte, com o Sol, com Cristo, e foram realmente iluminados a partir do seu interior e não iluminados na sua cabeça.

Nesse momento, a Respiração do Coração e da Consciência - trata-se aqui de uma Respiração do Coração e não de um batimento do Coração - essa Respiração do Coração provoca modificações para além da ondulação do que chamei contração e expansão, que é o movimento da Consciência Nua. Já não se trata da vibração da Supraconsciência, ao nível da coroa do Coração ou mesmo da Coroa Ascencional, ou da Lemniscata Sagrada, é muito para além disso.

Quer dizer que vos é dado, pelas interações que acontecem a nível colectivo, a possibilidade de viver, desde já, a totalidade de quem vocês são, não apenas nas formas e nas origens dimensionais, que não vos servem para nada doravante, mas realmente o que vocês são em Verdade, para além de qualquer personagem e de qualquer história, através desse corpo e apesar desse corpo, e apesar de ainda estar presente uma consciência efémera.

É isso que vos torna cada vez mais leves, e que vos dá a viver, não apenas o batimento do coração mas a Respiração do Coração e do peito.

Nesse momento vocês sabem que quando ele se contrai, se recentra, vocês são o Nada. E quando se expande, quando há expansão da Respiração do Coração, nesse momento vocês são o Todo.

Quer dizer que mesmo nesse corpo físico, para aqueles que seguem e que vivem essa linha temporal inevitável, vocês viverão à vez Tudo e Nada.

Mais nenhuma ilusão de ser uma pessoa poderá subsistir, o que quer que seja que a Luz vos pede ou vos permite levar a cabo no seio do efémero.

Vocês tornam-se vocês mesmos, esse inspirar e esse expirar do Coração. Não se trata de uma vibração, já não se trata do Fogo do Coração, já não se trata de uma Coroa Radiante. É a Consciência Nua. O inspirar e o expirar é o primeiro movimento da manifestação da Consciência e vocês o ilustram através do vosso corpo. Isso era impossível antes do Evento, ou há dois anos atrás, mas agora tornou-se possível e é cada vez mais extensivo, apesar de até ao momento não ter acontecido o Evento colectivo.

Vocês são cada vez em maior número, contrariamente ao que os Anciãos ou as Estrelas ou mesmo os Arcanjos tinham previsto. O Evento colectivo chegará, é claro, mas já se traduziu esse Evento para muitos. Isso garante a vocês que, o que quer que chegue a esse mundo, o que quer que chegue a esse corpo, quer vocês morram amanhã ou neste momento, quer sejam ricos ou pobres, quer sejam jovens ou idosos, quer sejam homem ou mulher, isso não faz nenhuma diferença. Isso prova, de forma indiscutível, que o Evento já ocorreu em vocês, a título individual.

Vocês estão no melhor posicionamento possível para deixar que se viva o Evento colectivo sem serem impactados sobre o plano físico ou sobre o plano da Consciência.

Então, vocês estão, real e concretamente, aqueles que seguem esta trama temporal, definitivamente Livres.

É claro que podem ver que na trama temporal que está justamente ao vosso lado, daqueles que viveram as vibrações e as modificações da Consciência da Ressurreição, mesmo nos seus primeiros estratos, neste caso, torna-se possível viver a mesma coisa, mesmo que sintam, de forma talvez mais importante do que antes, a impressão de estarem colados a esse corpo, ou de reencontrarem esses famosos elos nos tornozelos. Os elos se reforçam antes de serem retirados. Isso não é paradoxal. Quer dizer que antes que a respiração do vosso Coração e da Consciência Nua apareçam, podem ter momentos de intensa contração ou de intensa expansão. Mas tanto um movimento como o outro, centrífugo ou centrípeto, são geradores deles mesmos, passam de um ao outro, tal como na respiração do ar, mas aí trata-se da respiração da Consciência Nua, que não está condicionada à vossa forma ou a qualquer outra forma, mesmo a do vosso Corpo de Eternidade que está aí.

Nada mais é do que o Juramento e a Promessa, que foram antecipados a nível individual, e assim se realiza.

Apenas posso induzir-vos através disso, quer vocês vivam essa trama ou que estejam justamente na trama ao lado, ou mesmo afastados dessa última trama, se assim posso dizer, apenas posso induzir-vos a deixar que o tempo opere, quer dizer não se sintam pressionados, não façam comparações, mas simplesmente, torno a dizer, em relação com a espiritualidade, a energia, ou a vibração, fiquem o mais inactivos possível. Agora, há mais possibilidades de terminar a vossa Ressurreição, se ela foi iniciada, indo assistir a um espectáculo cómico, ao invés de ficar a meditar, porque é preciso que vocês se dilatem. A dilatação  permite a contração. O Coração do Coração tal como na periferia. No Centro como em todas as periferias. É um movimento ao qual nomeei Respiração do Coração. É essa ondulação que percorre o vosso Coração e que permite estabelecer  - e aliás o ar é a leveza - esse Sorriso permanente, o Sorriso da alma e do Espírito, mesmo se o vosso olhar esteja crispado no sofrimento. Então vocês estarão cada vez mais, real e concretamente, desligados de tudo o que pertence a esse mundo, assim como do vosso corpo físico, que pertence a esse mundo. “ Tu és pó e ao pó voltarás”.

O Espírito se revela pela Respiração do Coração, pela imobilidade, pelo silêncio, pelo olhar, pelos sentidos. Aí também, esse processo engloba cada vez mais indivíduos, irmãos e irmãs.

Lembrem-se que não é preciso ficar à espera, pois a Inteligência da Luz, e isso já sabem, vos deixa exatamente nas circunstâncias corporais, familiares, emocionais, mentais e causais as mais adequadas para vocês, quaisquer que sejam as aparências, para viver totalmente essa Ressurreição, quer ela se conclua agora, no momento do Evento colectivo, ou no planeta-grelha final.

Alguns de vocês poderão dizer que já ascensionaram, apesar da persistência desse corpo, e mesmo se esse mundo ainda aí está. Vocês já não são os mesmos. Já não é a pessoa que dirige mas o Amor, e no Amor há cada vez menos espaço para a pessoa. Ela torna-se cada vez mais acanhada e a Eternidade, o Amor e a Consciência Nua tomam todo o espaço.

E quanto mais avançarem para isso, menos haverá espaço para medos, menos haverá espaço para dúvidas e questões. Mesmo se isso tiver que passar por dores fulgurantes, por humores que se modificam de repente, com ou sem motivo, nunca estiveram tão próximo, sobretudo aqueles que viveram a descida do Cubo Metatrónico no Coração. 

Doravante, não se alarmem com os males do corpo, com os cinzentos da alma que se evacua. Tudo isso passa. Mas, é evidente que são vocês, precisamente nesses momentos, que podem ver o que é que vocês alimentam. Será que alimentam a pessoa ou será que alimentam o Amor e o deixam abrir caminho?

Irão cada vez mais assistir a milagres em vocês.

Esses milagres vão tornar-se quotidianos para alguns de vocês, vos dando e vos posicionando nas melhores condições, não para vocês pois para vocês está tudo concluído, mas para toda a Humanidade. Nas melhores condições de Cristos Viventes. E Lembrem-se que não podem trapacear. Lembrem-se que não podem mentir a vocês mesmos. Não há nenhum alibi que vos mantenha. Não há nenhuma ocupação que vos possa deter. Apenas vocês poderão decidir e isso nós vos dissemos sempre. Mas quanto mais a Luz é, quanto mais a Eternidade se manifesta, mais vocês se abandonam. Vocês não podem ficar retidos naquilo a que vocês se agarram, no seio da história desse mundo. Quanto mais se abandonarem mais se amplifica a Respiração do Coração e mais ligeiros se tornam. E se olharem para trás ou tiverem reflexos que vos atiram para trás, em mecanismos antigos de funcionamento da pessoa, mais irão sentir isso a passar. 

Então, não sintam nenhuma culpabilidade, se no dia de hoje, nas próximas semanas ou nos próximos dias, se manifestar algo de violento, a qualquer nível que seja. Lembrem-se que isso é apenas a instalação da Respiração do Coração, quer dizer a finalização e a conclusão do processo que foi iniciado há quatro meses. Tudo se acelera e podem ver isso por todos os lados. E quanto mais isso se acelera, mais vocês se tornam imóveis, na Evidência, no Silêncio.

Agora falo menos de Alegria, porque essa Alegria tornou-se tão habitual que não precisa de chamar a atenção da Consciência. Há essa famosa Leveza, dos vossos pensamentos, da vossa fisionomia, das vossas actividades, quaisquer que sejam, e acima de tudo esse estado de Liberdade, que não é um sentimento e que não tem comparação com nada, mesmo que estejam ainda numa forma. Há ausência de dúvidas, e uma aceitação incondicional de tudo o que se apresenta , mesmo que seja preciso reagir ou agir.

Cada um , em relação ao meu discurso na primeira intervenção, é capaz de se posicionar, com evidência. 

O que tenho estado a dizer não sofre nenhuma excepção, onde quer que estejam posicionados hoje.

Antes que eu prossiga, se tiverem perguntas precisas acerca do que tenho estado a falar, podem colocá-las, antes de continuar com a minha exposição.

… Silêncio…

***

Tradução do Francês: Maria Beatriz Pires 
- Com base no áudio e sem a transcrição
 

https://lestransformations.wordpress.com/2018/04/08/bidi-partie-1-avril-2018/

Publicação Parcial - 2 (final)

Pergunta: O que é exactamente, a dilatação e a expansão?

Não percebi a pergunta. 

Mas isso é algo que vocês sentem. Quando vocês mexem um braço, quando o levantam no ar, vocês sentem que ele está com ar.

Quando o Coração respira, não se trata da respiração do ar nos pulmões. De facto, é a interação entre o órgão do Coração e o Coração de Eternidade, com o Coração do Coração, que dá essa respiração. Isso, evidentemente, é sentido no meio do peito. Isso toma toda a caixa torácica e é independente da respiração comum, aérea. Aqui, trata-se da Respiração da Consciência. 

A Consciência inicial está ligada ao Fogo, a primeira emanação do Absoluto, na Fonte. É isso que vocês vivem. Então, é um ressentir real, de qualquer coisa que não são os pulmões mas que se situa ao nível orgânico, que respira. Não é um batimento, ou o que vocês chamam, creio, contração e dilatação, é uma expansão e é percebido directamente pela Consciência, mas pelo vosso sistema nervoso. Quer dizer que isso acontece ao nível do peito, mas é independente da respiração aérea, ou mesmo das vibrações sentidas, do ressentir vibratório do chacra, das Coroas, do Triângulo da Eucaristia, da Nova Eucaristia, isso não tem nenhuma importância, pois o que se apresenta, para além de tudo isso, é essa Respiração. 

Não faz sentido questionar-se em relação a isso. Saber se o vivem ou não, pois quando o vivem, vocês o sabem. É instantâneo. O sorriso fica nos vossos lábios e não pode mais deixar-vos.

O testemunho é a aparição dessa respiração particular do vosso Coração, que não é a contração do Coração, nem o ritmo habitual dos batimentos do Coração. 

Do mesmo modo que há muitos anos, através da descida do Espírito Santo, a vossa cabeça mudou de configuração, agora é o vosso coração que muda de configuração.

Não se trata de um ponto de vista do Espírito. Aliás, os sinais, ao nível do vosso cérebro, são visíveis através dos exames que vocês conhecem, da mesma maneira que ao nível do Coração esse elemento ao qual chamei respiração, e não batimento cardíaco, vai aparecer também nos registos eléctricos. Porque há dois nós de estimulação ao nível do Coração. Vocês têm, sem entrar em detalhes, a orientação para que o coração bata, que é inconsciente, claro, que faz com que o vosso coração bata, mas têm também, por detrás do Coração, o que foi chamado a Gota Vermelha e a Gota Branca. A alma espiritual e a alma divina, ilustradas pelos chacras da Alma e do Espírito, ou, se preferem, as Portas AL e Unidade, que estão situadas na parte detrás do Coração.

E quando o corpo causal é queimado através da Ressurreição, e que vocês renascem na Eternidade, aí, o batimento cardíaco fica diferente, porque o segundo Fogo toma a dianteira, e nesse momento, é a alma e o Espírito - e não a fisiologia - que imprimem a sua marca e que fazem com que o coração bata de forma diferente. 

Aliás, todas as sensações, não apenas desde o início da Ressurreição mas desde há bastantes anos para muitos de vocês, nas Coroas das quais já falei, e neste momento sobre as Portas, essas dores estão relacionadas com o mesmo processo. O mesmo processo está em vias de começar dentro de algumas semanas. Não estava ainda presente quando das minhas novas intervenções, há mais de um mês, mas agora começam a estar presentes. Há o que vivem aqui, há a Leveza. Há bem para além da fé ou da certeza da Eternidade. Há a vivência real da Eternidade, afastando todos os planos intermediários, todas as linhagens, as origens, as imagens de qualquer mundo que seja, para que permaneçam nesse Silêncio e nessa Imobilidade, ou, se preferem, essa vacuidade total da vossa pessoa. É aí que a respiração do Coração aparece e então não é possível haver dúvidas. Não se trata de uma irregularidade do coração, não se trata de uma constrição, não se trata de dores sobre as Portas, não se trata da Coroa Radiante. É uma respiração. Imagina que quando respiras conscientemente com os pulmões essa respiração acontece também no teu coração.

Dito de outra forma, o coração passa de um movimento binário que é conhecido como sístole-diástole, a um ritmo unitário. 

É evidente que nesse corpo actual não podem ir até à modificação física do vosso coração orgânico, mas podem ver as modificações da condução nervosa no coração. Da mesma maneira que aconteceu quando viveram a descida da Luz sobre a cabeça, em que houve uma reorganização eléctrica das correntes na cabeça mas também no cérebro houve uma reorganização da sua estrutura em que certas zonas foram activadas e outras foram desactivadas. Desapareceu tudo o que tinha a ver com o mito, creio que chamam aí o mito da imortalidade do ego, o sentimento de ser um indivíduo com um limite. Já não pode existir no cérebro nem no coração, o sentimento de ser uma qualquer individualidade, vocês estão religados, efectivamente, concretamente, a todas as Consciências pois é o que realmente vocês são. E vocês o experimentam porque vocês o vivem.

Então, a Respiração do Coração pode acontecer e é aliás o que descrevem, quando venho visitar-vos em leitura de consciência, quer seja da primeira vez ou posteriormente. Todos podem sentir essa nova Leveza, mesmo que não permaneça instalada. Agora, é possível iniciar isso em vocês para que o reconheçam. Apenas é preciso que pensem nisso, nada mais é preciso fazer, e recordar isso, para que se repita quase instantaneamente. Não se trata de vos reenviar a um passado mas de vos reenviar a um estado que foi vivido num nosso reencontro íntimo e que vocês têm a possibilidade de reviver a cada minuto. Eu disse: estou em vocês tal como vocês estão em mim, sem qualquer excepção, quer o aceitem ou não, quer o sintam ou não, isso não muda nada. Então, sirvam-se dessa ressonância real permitida pela Ressurreição para o viver.

Vocês não precisam de nada de exterior, não precisam de nenhuma preparação. Apenas precisam que a vossa consciência corporal pare de enviar sinais à vossa cabeça, e então ficar na imobilidade do corpo, quando isso vos for possível. O silêncio das palavras, o silêncio dos sentidos cria as condições propícias, não apenas para iniciar, - sim, claro, iniciar ou desencadear a Ressurreição -, mas ainda mais para a concluir. Porque não são vocês que a concluem, é se vocês se colocam, enquanto pessoa, na imobilidade do corpo e no silêncio. E não falo aqui de ficar em meditação, pois é preciso ficar lúcido na pessoa, mas parar as informações vindas do corpo. Isso acontece com toda a gente, quer tenham o hábito de meditar ou não, mesmo que em alguns momentos isso seja difícil. Mas aproveitem um momento em que isso se produza para observar a vossa respiração. Ela está aí. Apenas precisa de se tornar consciente. Apenas precisa de emanar, na condição de não colocarem na dianteira a vossa pessoa, nem as vossas questões, nem as vossas interrogações, nem a vossa necessidade de compreender, nem os vossos desejos. Então, nesse momento, vocês tornar-se-ão leves e sorrirão. Não pode ser de outro modo. 

Do mesmo modo que quando estava incarnado eu disse que as minhas palavras não podiam falhar, hoje digo a cada um de vocês que vivenciaram as energias, quaisquer que sejam, ou as vibrações, ou qualquer outra experiência, que mesmo aí não pode haver falha. Talvez haja prazos, o tempo de vocês aceitarem ficar imóveis e em silêncio, um minuto, uma hora, um dia, pouco importa. Não é preciso nada mais.

Eu já tinha dito quando do início destes novos encontros: é extremamente simples.

Enquanto pensarem que é complicado é porque é a vossa pessoa que se exprime e que bloqueia o que não é possível bloquear, o que não é possível afastar e que com isso vai desencadear dores, chamadas à ordem. E doravante podem dizer que, agora em que a Eternidade em algumas tramas temporais tomou a dianteira sobre a maior parte da vossa vida, da vossa consciência efémera, que isso chegará à sua conclusão.

Mas para aqueles que estão ainda com dúvidas e interrogações, que ainda estão na necessidade de medir, de confirmar, de avaliar de alguma maneira, o simples facto de avaliar prova que não são livres pois, nesse momento, se fossem livres não precisariam de referências do exterior. Voltem-se para o interior, real e concretamente, pois tudo se passa ao nível do vosso peito e isso basta! Mas parece de tal forma simples para o ego que ele irá sempre procurar estratégias, “sim, mas”, interrogações, comparações que impedem a vossa Liberdade de ser, aparente e cada vez mais presente. Se tomarem isso em consideração, então é fácil. 

E lembrem-se que não existe nenhum obstáculo, nem idade, nem carma, nem qualquer circunstância que o impeça. O único obstáculo são os hábitos da pessoa, e sobretudo os hábitos a nível espiritual e não apenas os do efémero. Se aceitarem largar isso, e humildemente e inteiramente se colocarem no centro do vosso peito, então isso acontecerá.

Já tínhamos dito, eu e também o Comandante, que era preciso bater no peito, mas agora nem mesmo isso é preciso. Apenas é preciso, na vossa cabeça, decidir olhar para o vosso Coração, não para aí ver flores mas para aí se colocar real e concretamente. Não é preciso nenhuma visão, nem vibrações, nem energias. Basta a vossa consciência efémera.

E quando verificarem que quando se colocam no Coração aparece a Leveza, a Alegria e a Evidência, claro, mas também que isso vai aumentando, que se vai tornando mais intenso, então abandonareis as armas do ego, os hábitos desse mundo, das convenções sociais e morais. Vocês não precisam de salvaguardas pois se o processo da Ressurreição já iniciou há alguns meses, ou para alguns agora, então não é preciso nada fazer, apenas ser, se possível ficar imóvel e silencioso na postura interior; não se trata de ficar na cama sem se mexer, 24 sobre 24 horas. Trata-se de prosseguir os vossos afazeres desse mundo e de pensar nisso, no vosso Coração. E aí, a Respiração vai aparecer. Vocês irão concluir o processo muito rapidamente. E aí apenas têm de saborear em permanência essa felicidade e essa beatitude, sem esforço, sem necessidade de meditação ou de alinhamento, ou de momentos privilegiados, quer isso seja através das injecções e injunções da Luz ou através da vossa disponibilidade. Isso se produzirá independentemente do que possam fazer ou não fazer. É assim que a balança pende para o lado da Eternidade e não deixa nenhum espaço para o efémero. E aliás, podem verificar, ao viver esse processo e a sua conclusão, que aquilo que ainda ontem vos parecia essencial, fundamental ao nível desse mundo, desaparece perante o Amor que vocês são. Nesse momento, podem ver os prós e os contras. Viverão realmente que esse mundo é uma ilusão total, um sonho, um pesadelo e nada mais, e que todas as estratégias de querer melhorar qualquer coisa apenas são uma isca do ego.

Resumindo, posso dizer que todas as religiões sem nenhuma excepção apenas são úteis no início de um caminho, mas aí onde se encontram agora, - e isso já foi dito pelo Comandante e eu repito -, todas essas espiritualidades, todas as religiões, e mais ainda do que antes, apenas são agora obstáculos a encontrar o que vocês são. Com isso não vos peço que abandonem a religião, mas apenas que a vejam pelo que é, e o mesmo para as energias e as vibrações que eram interações entre a vossa consciência efémera de lagarta com as vibrações e as energias da Luz da borboleta, como dizia o Comandante.

Agora já não precisam de referências. É preciso ousar abandonar as referências. Não quero dizer com isto para abandonarem a vossa vida ou a vossa família, mas parem de pensar que pode existir um melhor comportamento, atitude ou capacidade para viver isso. Isso é impossível. Tanto que a vossa espiritualidade é vivida na pessoa e pela pessoa, vocês não podem ser livres, mesmo que vos pareça ser livres. 

No colectivo, eu vos lembro que o Comandante disse que através das tramas temporais, os caminhos individuais que cada um tem a percorrer entre a Ressurreição e o planeta- grelha final não são os mesmos caminhos, e que cada um está no seu devido lugar, se não for para viver a Ressurreição agora, será certamente para a viver no momento final, e para já quando do Apelo ou do Evento inicial.

Se aceitarem esse mecanismo da Consciência e da energia, podemos dizer, não podem falhar, é impossível. Nem mesmo pode haver atraso. Tudo isso se passa no mesmo instante e esse instante apenas depende de vocês, quaisquer que sejam as injunções da Luz, qualquer que seja a vossa situação da vida, a vossa idade, o vosso corpo. Esqueçam definitivamente todas as referências desse mundo. Isso não quer dizer abandonar o mundo, apenas quer dizer estar lúcido, ver claro e não se apoiar em especulações, em energias ou em percepções ou sentimentos. As intuições, as percepções, as energias e as vibrações apenas são interfaces entre o efémero e o Eterno. Apenas isso. Mas jamais uma vibração que é uma extensão da consciência, fará desaparecer a consciência, quer dizer, esse movimento de alternância da respiração do Coração.

Agora, mais do que nunca, a vossa vida ou a vossa idade não são obstáculos, nem mesmo as vossas crenças, nem mesmo as adesões, é apenas o facto de que essas crenças e essas adesões vos prendem, literalmente, na pessoa, com o alibi da espiritualidade. 

Enquanto houver um ponto de referência no conhecido da vossa personagem, da vossa história, ou qualquer referência ao que quer que seja de conhecido, vocês não podem viver o Amor, apenas podem viver algumas experiências do Amor.

Mais do que nunca, agora as portas estão escancaradas, mas não as fechem com as vossas atitudes e os vossos hábitos.

Então, a Liberação, a Liberdade, a Leveza e o sorriso tornar-se-ão permanentes. Não tenham dúvidas. Não tenham incertezas. Não pode haver qualquer erro naquilo que vos digo. Ide à Fonte de quem vocês são, não através das histórias, dos mundos, das dimensões ou mesmo das linhagens e origens, tudo isso deve ser deixado para trás. Já não serve para nada perante as circunstâncias desse mundo, nem eu sirvo para nada mais, nem vocês mesmos.

Ide aí francamente. Não precisam nem de pára-quedas, nem de cordas nem de seguranças, o que quer que diga o vosso ego ou a vossa história. Não quero dizer com isto para vocês se lançarem no vazio mas para se lançarem no Coração, corpo, alma, Espírito.

Há outras perguntas?

Pergunta: Será que essa Respiração é rítmica?

Não. Trata-se de vagas, sem periodicidade como aquela da respiração comum ou dos batimentos cardíacos.

Essa expansão e essa contração, ou antes essa reorientação, se preferem, tem um ritmo que não é constante; oscila. Mas, se ainda não é o vosso caso, ele vai tornar-se constante na sua manifestação, mesmo se, efectivamente, a sua amplitude é variável, a frequência é variável, e cada tempo entre a expansão e a contração também pode variar, ou se preferem a sua reorientação. Mas tudo isso acontece naturalmente. Vocês podem tomar atenção se isso acontecer com a Respiração do Coração. E aí, podem ver, não sempre mas frequentemente, que vocês são essa Consciência Nua que de nada depende e que não pode ser afetada por nenhuma forma ou dimensão. 

Vocês são anteriores à primeira forma, vocês são anteriores ao primeiro mundo. Vocês são bem mais do que a Consciência Nua. Vocês estão na Fonte da consciência. Apenas há uma consciência. É a difração da Luz segundo as dimensões, ou a prisão nessa dimensão, que cria a ilusão da separação e da distância, ou da progressão ou da evolução.

Em resumo, todas as regras desse mundo e todas as leis desse mundo e todas as leis ditas espirituais desse mundo, apenas são máscaras que agora vos impedem de ser livres.

Não pode haver nenhuma liberdade interior ou exterior enquanto existirem condicionamentos ligados aos hábitos físicos ou espirituais. E isso apenas depende de vocês e de mais ninguém. Não pode haver nenhum obstáculo do corpo, da idade, da família, do país ou do mundo que possam ser um obstáculo. Apenas o vosso olhar vê aí um obstáculo. 

Tal como disse, as portas estão abertas de par em par mas vocês nada podem levar convosco, nem bagagem, nem histórias, nem memórias. Doravante, é esse o sacrifício. Trata-se de um mecanismo íntimo do jogo da vossa consciência. Quando digo que apenas depende de vocês, isso não quer dizer que podem agir sobre isso, quer apenas dizer que é o posicionamento da vossa presença sobre esse mundo que resiste. 

Não é apenas o hábito, é, de uma forma geral, a crença nesse mundo, quer dizer que vocês não vêem realmente, em consciência, que esse mundo é uma ilusão, que ele não existe. No entanto, em Consciência Nua, mesmo se o corpo está presente, vocês podem ver claramente pela essência espiritual que isso não existe, que apenas passa e agora finda.

Outra pergunta, em relação com isto, se ainda houver tempo.

Ainda há tempo.

Pergunta: Penso que já vivi essa Respiração. Era de noite e eu estava tranquilamente no sofá e houve uma Vaga de Luz. De repente fiquei com um sorriso nos lábios e a respiração ficou diferente, com a impressão de vazio, e então tive de abrir a boca para continuar a respirar e reencontrar o meu ritmo habitual.

Mas é claro que já o viveste. São muitos a ter já vivido isso, mas eram apenas experiências. Agora é um estado permanente. Não é porque já o viveste uma vez, e claro que isso já é maravilhoso, mas agora é algo que se vive em permanência. Então, é claro, ao ter vivido apenas uma vez ou mais vezes, no passado, como experiência, talvez te seja mais fácil de o reencontrar. Mas isso pode não ser certo, pois terás sempre tendência a fazer uma comparação. E desde o momento em que queres comparar deixas de estar no instante presente. Mas, sim, vocês são incontáveis a ter já vivido isso, mesmo no início dos Casamentos Celestes, mas aí vocês não tinham a mesma consciência de hoje. E para mais, como disse, é um estado que se instala em permanência. Não se trata de uma injunção da Luz que poderia dar precisamente essa diferente respiração. E parece que isso já tinha sido referido pelo Comandante, muitos anos antes da minha chegada. 

Então, é preciso diferenciar a experiência que permite tocar algo, e a sua vivência, em que esse algo se instala em permanência, mesmo se flutua. Mas, sim, com efeito já eram as primícias dessa Ressurreição que no entanto não era ainda possível viver nessa época. 

Do mesmo modo que é diferente viver estados de Amor, experiências de Amor, quer seja com os Povos da Natureza, quer seja com o vosso amado ou a vossa amada, mas vocês sabem muito bem que esses momentos não duram muito. Sempre passam. É certo que são o testemunho da realidade do Amor mas ainda não se trata do Amor. Foi o que permitiu que dele se aproximassem. Nesse momento, reconhecem o Amor através de um olhar, através do sexo, através de uma carícia, através de palavras. Mas quando a carícia passa, isso passa também. 

Aí, é sem medida e sem objecto e sobretudo vai no sentido de uma permanência e não de uma experiência que passa. Então, a intensidade é outra, a qualidade é outra, e é diferente.

Os efeitos são diferentes, pois que a experiência vivida, quer tenha sido pelos Casamentos Celestes ou nos últimos anos, dá uma sede de o reviver.

Mas se vocês o vivem agora, não terão mais sede de experiências ou de estados. Vocês tornam-se imutáveis. A Evidência é tal que não pode existir o menor espaço para a dúvida, para a dualidade, para a comparação. E agora não há escolha.

E aliás, se levarem a vossa atenção e a vossa consciência sobre a zona do peito e ficarem imóveis e silenciosos, vocês sentirão isso. Já vos tinha dito, isso acontece quando das leituras de consciência, isso acontece nos momentos de fusão silenciosa. O facto de que isso se instale apenas depende do vosso sacrifício real. Será que já aceitaram não ser nada? Já consideraram que não são nada? Porque é preciso viver o Nada para poder viver o Todo. Porque viver o Todo sem viver o Nada faz parte da ilusão e os riscos de inflação do orgulho ficam muito presentes.

Creio que por diversas vezes o Comandante dos Anciãos evocou certos irmãos e irmãs nas suas pequenas bicicletas, nos seus “vai e vem”, na sua necessidade de reconhecimento ou de desempenhar um papel ou uma função; mas isso é o ego, e certamente não é o Amor. Quando vocês vivem o Amor que são, não podem reivindicar nada. Isso nem mesmo vem à vossa lembrança. E certamente que não é para desempenhar uma forma, um papel ou uma função, sobretudo nesse mundo. Enquanto houver uma reivindicação desse género, vocês não são livres, não na totalidade. Talvez vivam a vossa Ressurreição mas ainda é preciso largar tudo. E atenção, quando digo largar “tudo” refiro-me a uma posição interior e não às circunstâncias da vossa vida. Salvo, claro, se as injunções da Luz impeçam de fazer alguma coisa, mas isso não são vocês que decidem.

Outra pergunta relacionada com isto.

Pergunta: Será que isso se sente mesmo sob as axilas e no exterior do corpo?

O que se sente no exterior do corpo e sob as axilas é outra coisa. Quando falei de Respiração, expliquei aqui, não é sob as axilas, nem à frente, nem atrás. Falei no corpo físico na região do peito. Falei na caixa torácica. O que se passa sob as axilas está relacionado, mas não se trata da Respiração, é uma vibração. Mas não vou entrar aí em pormenores, pois isso diz respeito ao Corpo de Eternidade. 

Como disse da última vez, poderíamos dar, explicar como para a anatomia humana, a anatomia completa do Corpo de Eternidade, mas isso não é nada que se aprenda ou que seja conveniente saber. Isso não é de nenhuma utilidade, enquanto não for vivido, e não é porque conhecem a constituição do Corpo de Eternidade que vocês o irão viver. Como vocês dizem: é preciso não confundir o território com o mapa do território, não é?

É apenas a sua vivência que liberta e não as energias e os conceitos.

É a consciência que libera a consciência. Não são vocês, nem mesmo a vibração que vos dá a certeza de ser totalmente liberados, com efeito, mas percorrendo tramas temporais diferentes. Mas são escolhas. Nada pode ser imposto do exterior, mesmo se vocês não o vêem e sobretudo se não o vêem. E se vocês não vêem, o que é que estão a fazer? Todos nós fazemos isso, quando não somos livres, acusamos as circunstâncias, o exterior. Vem do exterior, mas para que isso aconteça é preciso que haja essa ressonância em vocês, não importa com que propósito ou com que energia. Enquanto não fizerem definitivamente essa reversão, como querem ser livres?

Eu disse, mesmo quando concluírem a Ressurreição, se acontecer que saiam da vossa boca ou da vossa cabeça pensamentos de dualidade, quaisquer que sejam, vocês não são livres. Estão livres da vossa pessoa mas não da vossa história. Podem constatar que, quando a Ressurreição está concluída, mesmo que queiram pensar negro, negativo ou na dualidade, não conseguem.

Então, é simples de ver se aí estão ou não. E se não estão, nada há a fazer. Podem apenas constatar isso, com lucidez e honestamente, e é tudo. Nada mais é necessário. A Lucidez, a Honestidade e a Verdade são essenciais. Então, não procurem através dos vossos conhecimentos se vocês o vivem ou não, porque se assim é, isso quer simplesmente dizer que ainda não o vivem. E, uma vez mais, mesmo através das diferentes tramas temporais, mesmo através da sequência da vossa Ressurreição, não há ninguém superior ou inferior. Isso ainda é uma visão do ego.

Na Verdade, na conclusão da vossa Ressurreição, para além da Evidência, há a perfeição total e vocês o vêem. Não se trata de algo que possa ser pensado ou imaginado ou sonhado. É realmente visto, não através dos olhos, que esses apenas vêem o caos instalado nesse mundo, mas é visto através dos sentidos espirituais activados. Aquele que vive essa finalização, já não pensa luz e sombra, já não pensa dualmente, já não julga. Não se trata de uma injunção exterior, que vos diz para não julgar, é uma injunção interior do vosso próprio estado. E aí não há “sim, mas…”, isso quer dizer que constatam isso de uma forma linear.

Mais uma vez, isso não se trata de algo que vai e volta. Se vocês aí estão, são leves. Não há apenas a Evidência do Silêncio e da Ressurreição, há a Leveza, não falo mesmo de Alegria e de Paz porque vocês estão para além desses estados. 

Eu vos digo: a única consciência que tinha vivido esse estado, não houve cinquenta, houve apenas Cristo. Não me refiro mesmo nem àqueles que elevaram os seus corpos. E agora, há cada um de vocês. Mas é ora um ora outro. Até agora, o ficar “ sós a sós” era a conjugação e o afastamento de um ou de outro, era uma alquimia. Agora, real e concretamente, se o efémero foi integralmente reabsorvido na Eternidade, vocês concluíram a vossa Ressurreição e há essa Respiração. Há mesmo a impossibilidade de pensar em termos de sombras, em qualquer sombra que seja. Porque apenas vêem a Luz, que está para além desse plano e da sua dualidade. E já não podem ficar submetidos a uma apreciação de bem/mal. Não podem julgar ninguém. Em extremo, isso vos daria ser como Sri Aurobindo, por exemplo, ou como Rumi, que foram exaltados nesse Fogo de Amor e o descreveram e dele testemunharam. Vocês o podem ver através dos seus escritos : O Amor toma todo o espaço. Há uma sede total de Amor, onde todo o resto, todas as necessidades, não são negligenciadas mas transcendidas. O Amor toma toda a consciência. E quando vocês o são, são leves, ficam nesse estado especial do qual já falei longamente.

Terminámos o tempo parcial.

Então, Bidi vai deixar que descansem e vos diz até daqui a pouco, para a nossa segunda intervenção.

Até mais tarde.

***

Tradução do Francês: Maria Beatriz Pires 
- Com base no áudio e na transcrição 
 

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