𝘿𝙤 𝘾𝙤𝙧𝙖𝙘̧𝙖̃𝙤 𝙖𝙤 𝘾𝙤𝙧𝙖𝙘̧𝙖̃𝙤
𝙐𝙢 𝙚𝙣𝙘𝙤𝙣𝙩𝙧𝙤 𝙞𝙣𝙩𝙞𝙢𝙞𝙨𝙩𝙖
𝟮𝟬 𝙙𝙚 𝙨𝙚𝙩𝙚𝙢𝙗𝙧𝙤 𝙙𝙚 𝟮𝟬𝟮𝟱
𝙏𝙧𝙚𝙘𝙝𝙤 𝙙𝙚 𝙅𝙚𝙖𝙣-𝙇𝙪𝙘 𝘼𝙮𝙤𝙪𝙣
𝘼𝙘𝙚𝙞𝙩𝙖𝙘̧𝙖̃𝙤
… Aceitar o que é, como é,
não significa rejeitar tudo o que acontece, muito pelo contrário. A aceitação,
por si só, cria a solução. É também o fim de toda pretensão de assumir um papel
diferente daquele que nós mesmos criamos, ou seja, o nosso próprio roteiro de
vida, quer queiramos ou não.
… A primeira aceitação que
devemos ter em nós não é, de forma alguma, derrotismo ou resignação. É
simplesmente uma travessia do sonho ao Real. E é exatamente isso que toda a
Criação já vive há algum tempo.
Lembrem-se desta frase
memorável que tive de repetir dezenas de vezes, sempre de Bidi: “o universo
apareceu, o universo cresceu, o universo desaparecerá”. Os mundos da Criação
serão vistos pelo que são. Tudo o que apareceu desaparecerá, mas você nunca
apareceu, portanto não há questão de você desaparecer.
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𝙑𝙞𝙫𝙚𝙧 𝙤 𝙍𝙚𝙖𝙡
… Se hoje alguns de nós não
vivem o Real, isso não é um erro de vibração nem um problema de ego. É
simplesmente uma questão de crença. Isso quer dizer que, em algum lugar dentro
de você, existe algo que faz você acreditar na sua pessoa, no seu corpo, acreditar
em todos os limites e, sobretudo, nos limites espirituais.
Todas as bobagens como o
karma e a reencarnação dizem respeito apenas à pessoa, mas não ao que Você É.
Não se esqueçam de que, como Bidi disse tão bem, a consciência no sentido mais
amplo, é um imenso golpe: vocês não são a consciência. Vocês podem ser a
testemunha ou o observador, mas vocês não são nem a testemunha nem o
observador. O que vocês são não pode ser contido em nenhuma definição. De fato,
quando se diz que vocês são ao mesmo tempo o Tudo e o Nada, isso ainda é apenas
uma percepção ou uma compreensão da consciência.
Nós somos tudo isso, sem
exceção. O único obstáculo para vivê-lo talvez seja apenas que vocês ainda têm
crenças voltadas para outra coisa. Vocês acreditam que podem mudar as coisas,
acreditam que são o resultado das suas memórias. Vocês acreditam na evolução
rumo a um novo paraíso, a uma nova forma. E quando digo que vocês acreditam,
isso quer dizer também que talvez tenham vivido realmente experiências, mas
todas as experiências fazem parte do mesmo sonho. Quaisquer que sejam as
experiências que tenham vivido, por mais sublimes que sejam, nenhuma
experiência pode ser o Real.
O Real, o Absoluto, o
Parabrahman, com as palavras que enxertamos para tentar nos aproximar do
mecanismo íntimo que não pode ser compreendido, o do Absoluto, a resolução hoje
não é nada além do fim de todas as crenças, substituídas por uma última crença,
se vocês ainda não o vivem: vocês são o Real, vocês são o Absoluto. A aceitação
destranca as portas. O acolhimento do Desconhecido, como dizia Bidi, torna esse
desconhecido então Reconhecido. Não pode haver discussão nem questionamento
sobre coisa alguma.
É uma evidência que não
precisa de prova, de manifestação nem de ensinamento. Claro que, a partir daí,
a sua vida continua, ou melhor, a vida do personagem continua. Esse personagem,
que está aí como uma sanguessuga, no qual vocês estão, esse corpo do sonho ou
esse corpo de sofrimento imerso num mundo de caos, é justamente nesse paradoxo
que nos reencontramos.
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A equipe de transcrição
Texto em https://apotheose.live/
Tradução: Marina Marino
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