𝘿𝙤 𝘾𝙤𝙧𝙖𝙘̧𝙖̃𝙤 𝙖𝙤 𝘾𝙤𝙧𝙖𝙘̧𝙖̃𝙤
𝙐𝙢 𝙚𝙣𝙘𝙤𝙣𝙩𝙧𝙤 𝙞𝙣𝙩𝙞𝙢𝙞𝙨𝙩𝙖
𝟮𝟬 𝙙𝙚 𝙨𝙚𝙩𝙚𝙢𝙗𝙧𝙤 𝙙𝙚 𝟮𝟬𝟮𝟱
𝙏𝙧𝙚𝙘𝙝𝙤 𝙙𝙚 𝙅𝙚𝙖𝙣-𝙇𝙪𝙘 𝘼𝙮𝙤𝙪𝙣
𝘼𝙘𝙚𝙞𝙩𝙖𝙘̧𝙖̃𝙤
Aceitar o que é, como é, não significa rejeitar tudo o que acontece, muito pelo contrário. A aceitação, por si só, cria a solução. É também o fim de toda pretensão de assumir um papel diferente daquele que nós mesmos criamos, ou seja, o nosso próprio roteiro de vida, quer queiramos ou não.
A primeira aceitação que devemos ter em nós não é, de forma alguma, derrotismo ou resignação. É simplesmente uma travessia do sonho ao Real. E é exatamente isso que toda a Criação já vive há algum tempo.
Lembrem-se desta frase
memorável que tive de repetir dezenas de vezes, sempre de Bidi: “o universo
apareceu, o universo cresceu, o universo desaparecerá”. Os mundos da Criação
serão vistos pelo que são. Tudo o que apareceu desaparecerá, mas você nunca
apareceu, portanto não há questão de você desaparecer.
*** *** ***
𝙑𝙞𝙫𝙚𝙧 𝙤 𝙍𝙚𝙖𝙡
Se hoje alguns de nós não
vivem o Real, isso não é um erro de vibração nem um problema de ego. É
simplesmente uma questão de crença. Isso quer dizer que, em algum lugar dentro
de você, existe algo que faz você acreditar na sua pessoa, no seu corpo, acreditar
em todos os limites e, sobretudo, nos limites espirituais.
Todas as bobagens como o
karma e a reencarnação dizem respeito apenas à pessoa, mas não ao que Você É.
Não se esqueçam de que, como Bidi disse tão bem, a consciência no sentido mais
amplo, é um imenso golpe: vocês não são a consciência. Vocês podem ser a
testemunha ou o observador, mas vocês não são nem a testemunha nem o
observador. O que vocês são não pode ser contido em nenhuma definição. De fato,
quando se diz que vocês são ao mesmo tempo o Tudo e o Nada, isso ainda é apenas
uma percepção ou uma compreensão da consciência.
Nós somos tudo isso, sem
exceção. O único obstáculo para vivê-lo talvez seja apenas que vocês ainda têm
crenças voltadas para outra coisa. Vocês acreditam que podem mudar as coisas,
acreditam que são o resultado das suas memórias. Vocês acreditam na evolução
rumo a um novo paraíso, a uma nova forma. E quando digo que vocês acreditam,
isso quer dizer também que talvez tenham vivido realmente experiências, mas
todas as experiências fazem parte do mesmo sonho. Quaisquer que sejam as
experiências que tenham vivido, por mais sublimes que sejam, nenhuma
experiência pode ser o Real.
O Real, o Absoluto, o
Parabrahman, com as palavras que enxertamos para tentar nos aproximar do
mecanismo íntimo que não pode ser compreendido, o do Absoluto, a resolução hoje
não é nada além do fim de todas as crenças, substituídas por uma última crença,
se vocês ainda não o vivem: vocês são o Real, vocês são o Absoluto. A aceitação
destranca as portas. O acolhimento do Desconhecido, como dizia Bidi, torna esse
desconhecido então Reconhecido. Não pode haver discussão nem questionamento
sobre coisa alguma.
É uma evidência que não
precisa de prova, de manifestação nem de ensinamento. Claro que, a partir daí,
a sua vida continua, ou melhor, a vida do personagem continua. Esse personagem,
que está aí como uma sanguessuga, no qual vocês estão, esse corpo do sonho ou
esse corpo de sofrimento imerso num mundo de caos, é justamente nesse paradoxo
que nos reencontramos.
***
A equipe de transcrição
Texto em https://apotheose.live/
Tradução: Marina Marino

ResponderExcluirGratidão à TODOS!!
Essa partilha de Jean-Luc Ayoun que está profundamente libertadora.
Ela aponta o caminho direto da aceitação, não como resignação, mas reconhecimento do Real, o que está além das construções mentais e roteiros pessoais.
Pontos chaves para refletir e acolher no coração:
1. Aceitar o que é como é, dissolve a luta, a ilusão do controle e até a idéia de que algo é errado.
2. A travessia do sonho ao Real não é derrota, é despertar _ é parar de resistir e começar a ver com os olhos do Ser.
3. A frase do BIDI é o ápice: "Tudo o que apareceu desaparecerá, mas você nunca apareceu. Portanto, não há a questão de você desaparecer."
_ Isso.aponta direto para o que eterno em nós, o que não nasceu nem morrerá: o Puro Ser.
[Aceitar é reconhecer que nunca houve algo fora do lugar _ apenas a ilusão de que havia alguém separado para arrumar."]
....
Esse trecho sobre "Viver o Real" trás uma clareza profunda e direta sobre a ilusão da identidade e das crenças que sustentam o personagem. Ele nos convida a soltar todas as idéias, inclusive espirituais, para reconhecer o que sempre foi: o Real _ o que não nasce, não morre, não muda.
Alguns pontos chaves:
• Não se trata de evolução ou mérito, mas deixar de acreditar no que nos separa.
• O "erro" não está em você, mas nas crenças que ainda restam sobre si mesmo.
• O Real não se experimenta, porque é anterior a qualquer experiência _ ele é o que você É.
• O acolhimento do Desconhecido é o fim do controle e o início da Liberdade.
Como dizia BIDI:
"Vocês são o Absoluto, sempre foram."
O personagem continua, mas você não é mais afetado.
[Esse trecho é um verdadeiro choque de lucidez para quem está pronto a ver sem mais véus.]
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Rendo graças ao irmão Jean Luc.
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