BIDI - Parte 1 - 22 Setembro 2019


Áudio Original :

https://apotheose.live/blog/2019/09/22/bidi-partie-1-22-septembre-2019-portugal/





Bem, Bidi está com você. E ele cumprimenta você.

Todos: Olá!

Bem, se não se importam, vamos começar a deixar as perguntas e as respostas se desdobrarem espontaneamente. Para libertar o que ainda lhes parece obstruir a sua história, a sua pessoa, da Verdade que você é. Quem quer começar a se expressar, a questionar, a testemunhar? Podemos começar.

...Silêncio...

Não tenhas medo.

Irmã: Vem aí alguém. Ela quer dar, dar um testemunho.

Então nós ouvimos.

Irmã: Na ressonância Agapè, senti uma aceleração das células e uma sensação de que todas as células do corpo tinham entrado em ebulição. Tinha a sensação de que o corpo estava entrando em convulsão. Durou uns cinco a dez minutos e depois dormi tranquilamente. Mas quando as células aceleraram, o corpo doía. Tenho uma pergunta sobre isso. Se invocarmos a ressonância Agapè para uma pessoa que ressoa com ela, se essa pessoa tem medo, se essa pessoa está em um estado diferente e fica assustada, nessa situação, o medo dessa pessoa pode bloquear a entrada de Agapè?

De modo algum. O medo só pode ser dissolvido pela inteligência da Luz. Eu diria mesmo que para aqueles de vocês que não viveram nada ao nível das percepções, ao nível das vibrações, eu diria que esse medo do vazio ou do desconhecido hoje, lhes conduz inevitavelmente à Verdade. Nesse caso particular, as ressonâncias Agapè, ao contrário, o medo do desconhecido é abalado a partir do momento seguinte pela revelação de quem você é.

Não se alarmem com nenhum medo, nenhuma relutância, porque hoje, tudo é um pretexto e uma oportunidade para descobrir a Verdade. Quer seja através do sofrimento do corpo, do medo do desconhecido, do questionamento interior, o medo não pode mais se opor à Verdade.

Há uma epidemia que não depende do seu personagem ou dos seus medos, e não pode ser contida ou bloqueada por nenhum elemento da pessoa. Mesmo o excesso mental só pode ser consumido, certamente com algum desconforto, mas inevitavelmente leva à descoberta da Verdade.

Isto também significa que dentro deste sonho, as Boas Novas está presente, como diz Abba, quer você a reconheça ou não. Tudo é feito automaticamente, pela graça e evidência da verdade. Não há nada que você possa fazer quanto a isso. Você já não pode se opor a isso. É a sua própria natureza. Não há mais nenhum posicionamento da pessoa que possa conter a Verdade. Eu iria ainda mais longe, eu diria que o que quer que aconteça em você, ao seu redor, sob quaisquer circunstâncias, apenas pode levar à descoberta da Verdade.

Tudo é apenas um pretexto dentro da cena teatral, para a cena final. É uma grande alegria. Qualquer que seja o medo da pessoa, eu diria que este medo é um trampolim para o salto no desconhecido e para a alegria. É uma grande celebração. Não confie em nenhuma aparência, em nada além do silêncio, para revelar, pelos seus medos, quaisquer mal-entendidos, a Verdade, que está aí para todos. Com a mesma intensidade, a mesma regularidade. A descoberta é a mesma para todos. Você só pode se reconhecer, não importa o que seu personagem diz ou grita. Tudo é apenas um pretexto, criado pela inteligência da Luz, para lhes fazer redescobrir a liberdade e a evidência.

Você não tem de fazer nada. Você não tem nada que procurar. Você apenas tem que ficar tranquilo, na acolhida, deixar passar o que está se desvelando. Não pare por nada, deixe o desdobramento da Verdade se desenrolar. Não há nada que você possa fazer, seja como for. O silêncio, a imobilidade dos pensamentos, das palavras, o fato de permanecer tranquilo, seja o que for que se desdobre, permite que a Verdade se revele. E como já foi dito, você só pode se reconhecer [...] para viver a evidência. O que quer que a sua cabeça diga e o que quer que o seu corpo diga.

O princípio de aceitação que acabo de dizer cria as condições ideais para viver o que é. Isto é feito sem você, ou mesmo graças a você. Fique tranquilo e a Vida tomará conta da sua vida, sem dificuldade, com mais e mais evidência, certeza e alegria.

Quaisquer que sejam os seus gemidos, qualquer que seja o sofrimento, qualquer que seja a história. Como disse Abba, hoje, não há outros pré-requisitos a não ser deixar que seja o que é, o que quer que você pense. E já chega. Quanto mais simples você é, mais você está nesta aceitação. Já chega.

As coisas são extremamente simples, por mais difíceis que possam parecer. Deixe que a vida se desenrole e você se tornará cada vez mais leve, cada vez mais alegre, sem razão, sem pretexto e sem propósito. Você verá então que nada mais importa. Que tudo o que possa lhe interessar, em qualquer campo, já não pode ser um obstáculo.

A resistência, consciente ou inconsciente, induz o mesmo consumo de ilusão e revelação de quem você é anterior mesmo do jogo da forma e do jogo da criação. As regras habituais das emoções, da mente, em suma, tudo o que diz respeito à pessoa, não pode de forma alguma se opor à verdade

Mais uma vez, a inteligência da Luz, que você é, não se importa com os gestos da pessoa, os desejos da pessoa ou as últimas crenças. É a sua capacidade de permanecer tranquilo, eventualmente se colocando no observador, e você não tem nada para fazer. Deixa que o ser e o não-ser apareçam no palco e pronto.

Não há mais nenhuma lógica binária em face da Verdade. Todos vocês o vivem, a partir de agora, devem aceitá-lo, para verificar por si mesmos que o que quer que apareça na sua vida, é apenas o surgimento da Vida e da Liberdade. Não se julgue, não procure analisar, não procure compreender, você apenas pode vivê-la, e ao vivê-la você a compreende.

Todo o resto são apenas hábitos de funcionamento da mente, resultantes do confinamento. Quanto mais estiverem nesta atitude, nesta postura de acolhimento, mais perceberão, muito rapidamente, que é a Verdade que está sendo revelada e que você a encontra. Ela sempre esteve ai, nós simplesmente a esquecemos coletivamente.

Mas tudo isto acaba. A consumação do mundo em todas as suas ilusões não é nem um drama nem um sofrimento, mas uma grande alegria. Só o ego, os hábitos podem incutir medos, perguntas, que assim que você os deixa passar sem parar se dissolvem por conta própria, sem você. Não há nenhum esforço a ser feito. Não há trabalho a fazer. Não há nada para explicar, há apenas para viver.

Você apenas pode ver isso, não importa o que você pense sobre isso agora. É o mesmo cenário, de inúmeras maneiras que se desenrola para todos e agora em todo o palco do teatro, neste mundo e em todos os mundos.

A aceitação revela a Verdade, tudo o mais é supérfluo, inútil e pesado. É assim que se realiza o sacrifício e, ao mesmo tempo, a ressurreição e a descoberta da Verdade. Vocês são o mundo, vocês são o sonho, vocês são a Fonte, vocês são toda a Criação. Somos todos Um e por detrás deste, não há ninguém. É feito por si só.

Não se pode pensar, não se pode explicar, você apenas pode ver. Tudo o mais é apenas pretexto, diversão e ação da Inteligência da Luz, que é apenas alegria. Como já foi dito, é impossível não se reconhecer, não se encontrar, não importa o que aconteça com você. E quando você observa a cena teatral, você apenas pode notar um despertar coletivo cada vez mais aparente.

Eu acredito que vocês até criaram um certo número de palavras e conceitos, pelo menos no Ocidente, que lhes permitem se posicionar no questionamento final, o que é a Vida, o que é a Verdade. E tem precedência e ascendência sobre todo o resto. Quanto mais tranquilo você estiver, nesta posição acolhedora, nesta disposição interior, você não tem mais nada que fazer.

Contanto que você pense que tem algo a fazer, isso sempre dirá respeito apenas ao caráter ilusório. Agapè, a Verdade, é a única coisa que é real. Alguns de vocês, além disso, de muitas maneiras diferentes, estão vivendo esta Verdade. Os apegos finais, o condicionamento final, os restos finais da fraude espiritual caem por si mesmo, sem você.

Pensem com cuidado, porque logo verá que qualquer esforço em relação à Verdade, cria sofrimento. Embora todo relaxamento em relação à Verdade, que talvez ainda seja desconhecida para você, oculta literalmente a Alegria. Todos vocês têm a oportunidade de verificar imediatamente em qualquer evento da sua vida.

Somente a Vida e a Inteligência da Luz é que estão trabalhando, em ação, sem você. Seja preguiçoso, seja indiferente ao que está desenrolando, não para negá-lo, não para evitá-lo, mas para criar as condições mais adequadas para viver o que você é.

Parece tão simples que a pessoa fará de tudo para tentar justificar que não é possível. Isto está alinhado com o que vocês chamam de fé absoluta, não em nenhuma história, mas na Verdade nua e crua. E isso é tudo.

Existem outras perguntas ou testemunhos?

Silêncio

Cumpre assinalar aos ouvintes que o primeiro testemunho que ouvimos foi o relatório da ressonância da rede de Agapè, como disse Abba, que fez ontem à noite. Em relação a isso, precisamente você tem outros testemunhos de experiência de ressonância Agapè? Porque isso vai incentivar os irmãos e irmãs que escutam, que ouvem, a procurar estas ressonâncias Agapè, e eu gostaria de assinalar, e vocês perceberam uns e os outros, mesmo que ainda não tivessem vivido a Verdade.

O que Abba chama de técnica sem técnica, ou melhor, creio eu, prática sem prática, é acessível a todos, independentemente do que pensam. Pense nisso como um jogo e é isso, e você viverá. Mais algum testemunho sobre esta ressonância Agapè que fizeram? Na hora ou esta manhã, o que você vivenciou, ou o estado em que se sente?

Irmã: Há uma pergunta.

Estamos ouvindo.

Irmã: Olá, Bidi. Muito obrigado em nome de todos por nos honrar com a sua presença em Portugal.

Mas eu também me sinto muito honrado por tê-los aqui. É mútuo.

Irmã: Obrigado. Tenho um testemunho e uma pergunta se isso for possível. Em relação à ressonância de Agapè, há alguns meses atrás eu praticava e gostaria de compartilhar com todos que existe um processo de automação que você acaba acordando e indo dormir, e instantaneamente você diz Agapè três vezes. Sem protocolo ou ritual. É algo como respirar. Essa é a minha experiência. É o que acontece comigo. É quase como tomar banho de manhã, escovar os dentes, não pensar, só sentir. É instantâneo e natural.

Assim, o resultado das nossas vidas é que, independentemente das dificuldades que a pessoa ainda tem de ultrapassar, a Inteligência da Luz ganha cada vez mais espaço e cada vez menos limitada pela nossa personalidade fluida e também aprendemos a confiar mais. Porque a grande dificuldade, sem os hábitos que temos de controlar e por isso muitas vezes impedimos o fluxo da Luz, a inteligência da Luz.

Ao pronunciar Agapè, como algo que vem do coração, espontaneamente, acredite em mim, é um fluxo e uma facilidade e alívio da pressão. Gostemos ou não, a nossa personalidade ainda está sujeita a isso. Este é um testemunho que queria compartilhar com você. Eu sou a pessoa mais anti-ritual e isso não é um ritual, é quase como uma respiração que temos sem perceber. A minha pergunta, a pergunta da minha pessoa, porque sei que esta pergunta vem da pessoa.

Chegamos aqui neste fim de semana, todos sentimos que seríamos queimados pelo fogo, o que também significa que o processo de ressurreição está chegando e do qual na minha humildade e ignorância, sinto que quanto mais a ressurreição se mostra, maiores são os sacrifícios ou [...] que inevitavelmente estamos sujeitos. Tenho muita dificuldade em manter esta paz às vezes porque a minha personalidade é um pouco estranha. E nesse sentido, estou aberto a ser esbofeteado (risos), e eu gostaria que você me ajudasse. Como podemos alcançar esta tranquilidade tão fundamental?

Precisamente, não, infelizmente não.

Irmã: Essa é a pergunta Bidi.

A pergunta é a resposta.

(Risos)

É precisamente isto que, como você diz, parece perturbar o personagem, que irá criar estabilidade. É o próprio jogo da Luz no que tem sido chamado de o face-a-face entre o fantoche do personagem e a verdade que você é, que vai fazer você morrer em uma grande gargalhada como uma pessoa. Aqui novamente, basta aceitar, considerar que é apenas um jogo e que quanto mais você se sentir envergonhado, o que é o caso de todos, quando você vive Agapè, é literalmente insuportável ver esse fantoche do personagem continuar o seu cinema. Essa é a resolução.

É por isso que eu lhe estou dizendo que a pergunta é a resposta, até você vai rir de si próprio, daquele macaco que gira sozinho. Mas hoje você não se identifica mais com isso porque você se pergunta sobre a diferença entre Agapè que você vive e que o personagem, que logo que reaparece o incomoda.

É apenas iluminação. É a iluminação que consome. Eu lhe respondo: fique tranquilo, não lute, não se oponha, sejam quais forem os gestos do seu personagem fantoche. Deixe ele se expressar, o deixe recusar, ele se consumirá ainda mais rapidamente com o chamado fogo de fricção entre o fogo vital e o fogo ígneo.

Quanto mais você aceitar que não pode controlar nada e que o que é, é o que deve ser para você, reforçará a aceitação e inevitavelmente levará à autocombustão. Essa autocombustão virá por si só e consumirá os elementos residuais do personagem, que são efetivamente, como você diz, vistos como irritantes. A pergunta não exige uma resposta sobre como se livrar dela, mas é precisamente o fato de viver, de ver, que é a solução.

Assim, precisamente hoje, se lhe parece que você vive em sobreposição, ou em diferentes momentos do dia, a passar por Agapè no personagem, ilumina cada vez mais a ilusão e deixa cada vez mais espaço para o verdadeiro. Eu repito, é feito sem você. Se tentarem corrigir por vontade, verão que nada podem fazer a respeito, mas se aceitarem Agapè, não só nos momentos em que estão disponíveis, mas nesses momentos, verão que ele se afastará e se dissolverá no Éter. Assim é como a Verdade se realiza em toda a humanidade. Há, de fato, para o personagem, às vezes uma certa forma de violência, física, mental, emocional, um sofrimento, mas esse sofrimento é resolutivo. Conduz você da mesma maneira que Agapè à Verdade.

Tudo é apenas um pretexto para escrever a palavra FIM para todos. Vai acabar com uma gargalhada bem alta, mesmo que você chore hoje. Mas esse lado intolerável, porque realmente é, pois quem viveu até um minuto Agapè, e que vê esse personagem ainda presente, é a resolução, a partir do momento em que você fica tranquilo. A parte mais difícil é essa. É para ficar tranquilo. Todos sabem disso. Todos nós já vivemos.

É muito difícil para o personagem, para aquele que acredita estar em busca espiritual, aceitar que não há nada que procurar. É intolerável para o ego, é intolerável para a história, mas é precisamente esse desconforto, esse sofrimento, que cria as condições certas, as mais justas para cada um de vocês. Está tudo no lugar certo. E especialmente quando você pensa que está fora do lugar.

É exatamente aí que você está no lugar certo. Quando você já não consegue explicar, quando você está zangado, quando você é incompreendido, quando você já não compreende nada, então todo o lugar está livre para a Verdade. É exatamente o contrário, o oposto do desenvolvimento pessoal e da espiritualidade.

A verdade não precisa de espiritualidade, não precisa de um mundo, não precisa de forma, não precisa de energia, não precisa de um cenário e, acima de tudo, não precisa de você. Se você puder aceitar isto, o que pode parecer absurdo para a pessoa, você se torna totalmente disponível e está o mais próximo possível da Verdade. Eu disse quando estava encarnado, que as minhas palavras não podiam falhar. Eu já tive a oportunidade de lhes dizer isso. As minhas palavras foram endereçadas ao seu tempo.

Eram para vocês. Muitos de vocês descobriram quem eu era. O que eu disse há décadas atrás foram marcos, marcos de referência, que foram apresentados muito precisamente para este período. Como o que vocês chamam de Cristo, há mais de dois mil anos atrás, veio para estabelecer um marco, um marco dentro da cena do teatro no qual você poderia facilmente, quando chegar a hora, lhe fornecer algum apoio para assentar à Verdade.

A coisa mais difícil, repito, é aceitar e entender que você não pode fazer nada ou decidir, porque você mesmo escreveu o roteiro. Como já foi dito, você mesmo criou o esquecimento para pôr fim ao esquecimento, para pôr fim ao sonho, ao pesadelo e para redescobrir a Verdade. É o seu cenário.

Mesmo quando você diz que não é possível, eu nunca decidi que, eu nunca quis tal doença ou tal mental, é precisamente nesta negação que se encontra o que você decidiu. Não é uma questão de julgar a si mesmo, mas simplesmente de aceitar este fato e isso é tudo. Isto não o impede você, naturalmente dê um segundo passo, cuidar deste corpo com o que está disponível no palco do teatro.

É uma atitude interior, o que chamei há alguns anos, o ponto de vista, que é a iluminação e que é a chave. Não se julgue a si próprio, não se condene a si próprio. Aceite-o e depois você vai ver o que acontece. O Comandante disse para pôr o Amor à frente, o Amor atrás, o Amor à esquerda, o Amor à direita, o Amor em cima, o Amor em baixo e o Amor em todo o lado.

Não se preocupe com o resto. No início, se você tiver essa atitude e conduta, rapidamente perceberá a evidência e a presença da Verdade e você vai rir. É sério. Não contenha o personagem, deixa-o jogar o seu próprio jogo. É muito mais do que a refutação ou ser testemunha ou observador, é a imobilidade que lhe permite descobrir a fonte da vida, a fonte do movimento e que lhe permite deixar de se identificar com este personagem de macaco. O palhaço é feito para rir. Os golpes não são de verdade. É um jogo. É assim que você é o espectador do seu próprio cenário. Ao aceitar isso, você escreve a palavra FIM. Você já viveu. Você se esqueceu disso. É exatamente isso que acontece.

Abba lhe disse no ano passado, que a matriz binária deu lugar à matriz Crística que termina cada matriz e deixa apenas a Verdade Nua. O personagem viverá o que ele tem que viver, mas você não será mais enganado.

Compreendeu que a sua pergunta é a resposta?

Irmã: Sim, Bidi e eu lhe agradeço.

Vamos continuar.

Irmã: Há outra pergunta. Olá, Bidi.

Olá.

Irmã: Vou lhe contar o que aconteceu comigo ontem à noite.

(Risos porque a tradutora acaba de perceber que repetiu em francês e não em português).

Irmã: Eu estava dormindo e senti que estava me movendo muito. Virei muito, depois para a direita, depois para a esquerda, depois para a direita, e depois para a esquerda.

Mas isso não está em francês.

Irmã: Não, é em português, mas ela fala francês e eu falo português.

Ah, desculpa. Estava ouvindo você, mas não ela. Então vamos começar de novo.

(Risos)

Irmã Tradutora: Repita, comece de novo.

Recordo que, na maior parte das vezes, em todo o processo dos intervenientes, tudo é feito para ouvir o da direita, razão pela qual as perguntas são repetidas, mesmo quando se trata da mesma língua, quem está à direita para a língua do orador. Então também você tem que repetir também em francês.

(Risos)

Irmã tradutora: Mas não preciso repetir em francês porque ela fala francês.

Mas eu não consigo ouvir, exceto você.

Irmã tradutora: Ah. Está bem, está bem.

Você é um tradutor, mas devido à sua localização, você é o que chamamos de enraizador.

Irmã Tradutora: Sim, tudo bem... Está bem.

Há um contato, uma comunicação na minha radiância, isto é, à minha volta. É claro que em alguns casos, em algumas circunstâncias, em alguns cenários da minha vinda, é possível para mim ouvir. Mas para ser um processo mais fácil, ajustamos os canais às pessoas que estão à esquerda e à direita. Então, estou ouvindo.

Irmã: Olá, Bidi. Vou lhe contar o que me aconteceu ontem à noite pela ressonância.

Irmã tradutora: Você está ouvir o que ela está dizendo ou tenho que repetir?

Ela está na atmosfera, por isso é perfeita.

Irmã Tradutora: Ok, obrigada.

Você disse que eu estava dormindo.

Irmã: Eu estava dormindo...

A propósito, antes de eu deixar você continuar, se o eu estava dormindo, quem sabe que você estava dormindo? Quem diz isso?

Irmã: A minha pessoa.

Não. Desde que o eu, a sua pessoa, estava dormindo.

(Risos)

A minha pessoa estava dormindo...

E quem sabe se você estava dormindo? Quem sabia disso?

Irmã: Oh sim, eu.

Ah!

Irmã: Então eu vi que estava virando da esquerda para a direita. Havia coisas, eu sentia algo girando um pouco no estômago, e depois coçava um pouco aqui e ali, em todos os lugares, e eu não queria acordar. E como me incomodava tanto, bem, decidi acordar. Acordei na minha cama...

Normalmente, quando se dorme, é numa cama.

(Risos)

Irmã: ... e depois senti mais as sensações, senti mais coisas que estavam acontecendo e tive uma grande picada em um dos dedos dos pés, o dedão do pé. Já não sei se era o da esquerda ou da direita. E depois algumas picadas também, uma picada no braço direito. E é disso que eu me lembro. Então, deixei que se desdobrasse, me acalmei e voltei a dormir. É isso.

Obrigado pelo seu testemunho. Isso requer um comentário. Muitos de vocês, mesmo independentemente do estado de Agapè, do sono ou do estado de vigília, sentem essas mordidas, esse calor nos pés e em outros lugares. Mas no dedão do pé, esquerdo ou direito, indica algo muito mais importante. É o afrouxamento do vínculo e da identificação com este corpo mental. Eu lembro a você historicamente, que Buda saiu pelo dedo grande do pé. É uma realidade. É por isso que eu lhe perguntei antes mesmo que percebesse, quando você diz que dormi e está perfeitamente consciente disso no que você descreveu, quando você diz que eu dormi. Quem é que está falando?

Irmã: Eu sabia que estava dormindo.

Sim. Mas quem sabia que você estava dormindo? Desde quando a sua pessoa e o seu corpo dormiam?

Irmã: Bem, eu. Mas eu não sei...

Eu, mas não eu.

(Risos)

Isso mesmo. Eu não sou eu. Eu sou a Verdade. Você é como se expressou perfeitamente, lúcido durante o sono. Isto corresponde exatamente ao que expliquei em 2012 sobre a consciência Turiya.

Percebe bem o que eu digo, quando você diz que eu dormi, a priori o corpo estava deitado em uma cama. E o que você percebeu não foi o "eu", ele estava dormindo, não foi o eu, não foi você. Então o observador é a testemunha. E você realmente saiu naquele momento através das picadas, saiu através do dedão do pé, em uma consciência nua, não localizada neste corpo, não identificada neste corpo, e que é a prova inegável do relaxamento da identificação, da falsa identificação a este corpo e a esta mente. Você tem a prova formal nas palavras que você usa de que você não é este corpo. Você sabe que, como você diz, eu dormi e eu senti isso.

Quem sentiu? Não foi o corpo, mesmo que tenha atravessado o corpo. Não é o ego, me parece que não há ego quando você dorme. Eu expliquei isso. Então perceba através do que eu lhe digo, quando você expressa essas palavras, mesmo que não pareça claro para você imediatamente, que você não é o Eu que dormiu, você não é esse personagem. É o observador, o espectador, a testemunha que viveu isso.

Você entendeu?

Irmã: Acho que sim.

Bem, é isso mesmo. (Risos) Tudo está resolvido. Você vai acreditar cada vez menos no seu personagem e na sua história. É assim que, ao mesmo tempo, você é o observador, é assim que você libera da identificação, como eu disse, e é assim que você vai viver que não há ninguém, que não há nem mesmo uma testemunha e um observador. Esteja ciente e compreenda, as palavras simples que usamos refletem a Verdade. Mas na maioria das vezes, nós não prestamos atenção nisso. Obrigado pelo seu testemunho.

Irmã: Eu queria dizer outra coisa que não é sobre ressonância. Jean-Luc nos disse que o carma, é sobre carma, era aquele que passava por ciclos constantemente.

Por?

Irmã: Por ciclos. A partir daí, entre a concepção e a autonomia financeira, nós continuamos voltando aos mesmos ciclos.

Sim, bem, ciclos biológicos ou de memória.

Irmã: Com a passagem nos mesmos tons todas às vezes. E isso me ajudou muito, porque me permite apaziguar minha pessoa também, dizendo a mim mesmo, bem, isso é o que está acontecendo, bem, vamos lá, não é nada demais. É mais fácil para mim, ao contrário se tornaria insuportável para a minha pessoa. Eu me sinto mais como se estivesse mais em... como dizer...

Mais autônoma, menos identificada.

Irmã: Sim. Finalmente, estar menos zangada comigo mesma. Para viver mais facilmente.

O que você está expressando aqui agora, lhe mostra de forma verdadeira que você não é esta pessoa e que você é simplesmente o observador. Você não é mais enganado pelo seu personagem, como mostra o testemunho da pergunta anterior, você vê isso.

E também aqui, nesse nível, como eu disse e eu respondi anteriormente, é a mesma resposta. É precisamente isto que nos relaxa, que nos torna flexíveis na ideia de acreditar que somos uma pessoa. Em suma, em todos os lugares, mesmo sem saber nada sobre Agapè, o Absoluto ou qualquer outra coisa. Você está cada vez mais frequentemente no observador e na observação deste personagem palhaço, sujeito como você disse aos ciclos, submetido aos eventos nos quais o observador não serve para nada.

O espectador do palco de teatro, para usar a terminologia de 2012, não viria à mente do espectador de subir ao palco de teatro. Você é o espectador observador, que vê o ator que interpreta mais ou menos bem, mas é assim que acaba com a identificação ilusória com o saco de carne ou com o personagem palhaço, tomando as palavras dos anciões. É um jogo mórbido, mas tinha que ser mórbido, você tinha que se cansar para acabar com o jogo; é isso é o que acontece.

Todos vocês são observadores, quer queiram ou não, quer saibam ou não, existe uma nova forma de lucidez coletiva, mesmo que ainda não seja aceita. Você é o espectador de sua vida e não o ator, mesmo que ainda não acredite nisso.

Tudo desenrola sem você, como você escreveu, assim como você pode ver hoje. É por isso que eu insisti quando você disse "Eu dormi" de perguntar quem disse "Eu dormi", e mesmo na segunda parte, é exatamente a mesma coisa. Você vê, e você apenas pode rir disso.

Irmã: E agora eu sinto, sinto algo na garganta.

A garganta é um lugar de passagem. Durante muitos anos, para aqueles que seguiram os intervenientes, houve inúmeras passagens pela garganta. De fato, há muitos de vocês durante todos esses anos, mesmo sem ter patologias reais no que vocês chamam de chacra laríngeo, de sentir algo. A passagem está sendo feita. Você está se desidentificando do ator e isso, de maneira total e coletiva, o que faz com que perguntas sejam feitas e, nos círculos ignorantes da verdade levanta questões.

Isto é o que você viu emergir nos últimos anos, e especialmente nos últimos dois anos sobre o que você chama de mudança de paradigma e todas essas palavras bonitas que você inventou. Mas eu gostaria de lembrá-los que, através destas palavras, a mudança de paradigma é real. Não importa se esses círculos ainda estão planejando um futuro. Ver ou aceitar a mudança e até mesmo acreditar em um novo paradigma não mudará nada no desaparecimento dos mundos. Não há engano, é um passo coletivo.

Irmã: Eu não entendi a palavra passagem de, passagem de...

Passagem, você vai de um ponto a outro, significa que você passa de lá para cá. A garganta é o lugar de passagem, de fala, de alimento, de ar, mas também do embrião chamado espiritual. O primeiro parto na matéria é feito pela passagem do útero, a saída da ilusão coletivamente é feita pela passagem na garganta.

Irmã: Está bem, eu entendi.

Uma vez que a passagem é feita, você pode sair como no seu caso pelo dedão do pé e logo atrás dele, é a queima do coração, a combustão.

Irmã: Que por enquanto, ainda não senti isso.

Eu só disse: "Está logo atrás de você. »

Irmã: Bem, estou no caminho certo.

Sim, não há outra maneira. Já está aí. É apenas uma questão emergente. Não imaginem que há qualquer deslocamento, qualquer esforço, é apenas um surgimento, uma maneira, não tenho palavra melhor, você não tem consciência do que sempre esteve ai.

Dentro da ilusão há a impressão de um movimento, um caminho ou uma passagem; é o jogo da ilusão. Está em progresso. E eu já disse isso, muitas vezes durante todos esses anos, uma vez vivido o observador, ele afrouxa os laços e as crenças da pessoa, na história, no carma e o torna disponível para a Verdade, e põe um fim, também ali, para o observador, para a testemunha, só restará alegria. O que Abba chama de o Fogo do Coração Sagrado. Sim, podemos dizer que estamos no caminho certo, mas ainda precisa entender que nunca houve um caminho.

Irmã: Sim.

O entendimento e a vida são contínuos. Liberte de toda a intenção, esqueça toda a vontade, você é o Caminho, você é a Verdade e você é a Vida.

Irmã: Obrigada.

Graças a você.

Irmã: Há uma pergunta.

Irmão: Olá Bidi, obrigado! O primeiro testemunho foi esta manhã, quando fui tomar um banho no rio, foi uma grande ressonância com a água. Seria aconselhável que os presentes tomassem banho na água?

(Risos generalizados)

O que você vai perguntar, eu acho que é Phahame quem vem ver você, vir vê-lo na piscina, se quiser.

O poder da água tem sido amplamente explicado pelos cetáceos, seu papel no sonho e no despertar. Os cetáceos lhe disseram que todas as águas da terra, não só as águas da terra, mas também as águas de cima e as águas que caem do céu, a chuva, são portadores da informação do tempo zero. Eu lembro vocês que este saco de carne é muito mais como um saco de água e as águas ressoam entre elas e a água do corpo é o portador das Boas Novas.

Acho que a nossa irmã, que falou no início, falou bem deste tipo de ebulição celular. Vibração, o que você chama de vibração, percepção, energia está diretamente relacionado com a água nas células, bem como nas células externas, e além disso, na Ayurveda como os chineses, a energia é o quê? Simplesmente água que circula. Hoje as águas são todas portadoras do tempo zero e das Boas Novas, por isso os cetáceos e outros têm insistido tanto nas virtudes da água no despertar, através do reconhecimento de si mesmo.

Mas eu deixarei que Phahame expresse isto, mas entenda que o que vocês chamam de energia, percepção e vibração são transmitidas, é claro que vocês sabem, em física, pelo ar, mas hoje especialmente pela água, pela ressonância da água, de todas as águas e o seu testemunho, como inúmeros outros que já aconteceram, confirma isto.

A água é o primeiro cristal da criação, do primeiro sonho, da primeira ilusão, água espelhada, a água fértil, a água que sustenta a vida e a manifestação da vida; a água nada mais é do que o fogo condensado. Há apenas uma diferença na forma e no efeito dentro da ilusão, mas a água e o fogo são a mesma coisa. Têm os mesmos constituintes e, além disso, o combustível do fogo, como sabem, é o oxigênio na água e o hidrogênio que provoca a combustão da água ardente. Você é um saco de água, mas também um saco de ossos.

(Risos na sala)

E esta água é sagrada, água de cima e água de baixo. Além disso, penso que você tem uma expressão que, em francês, se chama "eau de vie" (a água da vida).

(Risos)

E olhe para uma palavra simples, com os seus modernos meios de comunicação: quando você pega um receptor de telefone e não é apenas um jogo de palavras, o que você diz? Alô! A água.

(Risos)

Isso é o que eu acho que você chama de a linguagem dos pássaros. Foi por isso que hoje dissemos a todos, alô, a água.

(A sala repete alô)

(Risos generalizados)

É uma cena de teatro e tanto, não é?

Muito obrigado.

Irmão: Obrigado também.

Irmão: Mais uma pergunta. Você diz que não precisamos fazer nada; a Luz, o tempo zero fará tudo, mas às vezes com golpes de bastão e sofrimento. Não seria interessante recomendar Krya Yoga?

De?

Irmã: Krya. Para o corpo.

Mas você pode usar o que você quiser. Tudo depende do seu objetivo. Se você praticar yoga para se libertar, é inútil, é uma ilusão. Mas naturalmente, você pode usar a Yoga simplesmente para se sentir bem neste corpo. Mas não lhe atribua virtudes de liberação.

Seja em Krya Yoga ou Kundalini Yoga, apenas fortalece a pessoa, nunca irá liberá-lo. Mas hoje, é diferente, já que os laços corpo-espírito se soltaram. Não é proibido fazer o bem no meio da ilusão. Mas não se deixe enganar pela intenção. Se você acredita que o Yoga ou uma prática repetitiva irá liberá-lo, você está enganado. Por outro lado, você tem todo o direito, e em alguns casos até mesmo um dever de cuidar deste corpo e deste efêmero, não para encontrar uma saída, mas pelo menos para se sentir confortável.

É a intenção que prevalece. Se a sua intenção é libertar-se através do Krya Yoga, você nunca terá sucesso; é impossível. Por outro lado, se a intenção desta Yoga é fazer você se sentir melhor dentro da pessoa, então eu respondo "sim".

Não é um problema de praticar ou não praticar, é não ter ilusões sobre o propósito de uma chamada prática espiritual. Nenhum treino pode libertar você. Mas se você confiar, por exemplo, na Luz para reparar uma fratura, pode esperar muito tempo. Isso nunca vai acontecer. Nesse caso, o que você faz, não adianta doar Agapè ou repetir Agapè; você vai ao médico ou ao cirurgião. É a intenção que prevalece.

Se você começar com a ideia de que qualquer prática, seja ela qual for, de que o levará à liberdade, é mentira. Por outro lado, se você assume e pretende que esta prática irá aliviar a pessoa e simplesmente isso, então não há risco.

Seja livre, mas não induza propósitos ou metas que não possam ser alcançados. Você vê a diferença? É a atitude interior e eu diria que o objetivo, admitido ou não, é que faz a diferença. Quando eu estava encarnado, eu nunca disse que a ioga era inútil ou que a meditação era inútil, eu estava simplesmente dizendo que não era de nenhuma utilidade para viver a verdade. Pelo contrário, mas não é proibido fazer o bem ao ator, ao personagem.

Você tem que estar atento ao sonho, deixar que ele se desenrole, é isso que significa ficar tranquilo, mas por outro lado, nada o impede você de cuidar dele. Você pode saber que este corpo é um sonho ou um pesadelo, mas se você não beber água, ele morrerá. O objetivo não é morrer, é descobrir a Verdade, a morte será vivida sem nenhum problema, sem nenhum medo.

Você não pode parar o sonho coletivo. Por outro lado, coloque fim ao seu sonho individual e as Boas Novas se espalhará, através da água, através da sua presença, através do seu silêncio. O erro foi acreditar que espiritualidade, energia, Yogas, psicologia ou introspecção o liberaria, é impossível. Mas não é proibido se sentir bem, mas não colocar uma meta que não seja verdadeira.

Só o sacrifício permite que a Verdade surja, mas não descuide deste corpo, não é porque você não é este corpo que deve descuidá-lo, ele é um veículo. Faça com que este veículo trabalhe e a vida se desenrole por si só; mas se você pensa que qualquer prática o libertará, isso não é verdade.

Acho que foi por isso que o Abba chamou prática sem prática. Quando usamos a palavra prática, ela se junta a um ascetismo; quando você faz yoga, você faz toda semana. Quando você faz a prática sem praticar, e Abba explicou a você, ela depois é feita automaticamente. Você simplesmente cria condições físicas, gestuais e intelectuais que são propícias até que se torne natural, totalmente, sem mesmo essa prática sem prática, sem a necessidade de energia, palavra ou comunicação.

É a Presença que está ativa. É quando não há ninguém, quando a sua consciência é deslocalizada da identificação com o corpo, que se dá conta de que você é o espaço, que você é, por exemplo, em Agapè, nem aquele que emite e nem aquele que recebe, mas o que está no meio, o espaço, o espaço em que se encontra o éter pelas partículas adamantinas que também transmite as Boas Novas.

A água ressoa com o ar e se manifesta na Terra, no elemento terreno, ou seja, na materialidade deste corpo, entende?

Mais alguma coisa?

Irmã: Há uma pergunta. Obrigado.

Irmã: Decidi fazer esta pergunta porque, muitas vezes, fui iluminada pelas perguntas nos textos. Então, às vezes sinto um vazio, um vazio, um nada, não é uma depressão, é um vazio e de repente, volto eu volto ao normal. É uma transmutação para algum lugar?

Você tem que se esvaziar para se encher, por isso, sim. Este sentimento de vazio e retorno ao normal é a maneira como você se esvazia para se preencher com a Verdade. O saco de carne, o saco de água, tornou-se um saco de luz, mas é apenas um saco. Você não é o saco, o que quer que seja, sagrado, de carne, água ou luz, você é a inteligência, você está em toda parte. Você tem que se esvaziar do que se passa para descobrir e viver que você não é a consciência, que a consciência é uma doença, uma doença total, mas felizmente é uma doença fatal; é o que você vive agora. Você vê? Você entende?

Irmã: Sim.

Então um bom despejo.

(Risos)

Ou um esvaziando, é a mesma coisa. As águas residuais são drenadas para ser primeiro preenchido com a agua da vida, para que se compreenda que já não é necessário dizer "Alô" porque não há ninguém do outro lado. Está tudo aqui. E o saco de luz é o que Abba chamou de Paraíso Branco, um pré-requisito para o buraco negro do Absoluto. Acontece nas células, na consciência e nas galáxias. Os seus cientistas sabem disso. Estão horrorizados, mas estão vendo agora mesmo.

É o choque da humanidade. Mesmo antes do evento visível para todos e vivido por todos, é exatamente isto: o Paraíso Branco antes do Absoluto, a junção do ser - o Paraíso Branco - com o não-ser. Vocês estão na junção, daí a alegria, daí o que foi chamado de a Morada da Suprema Paz vivida pelos místicos.

Tudo é coerente, totalmente coerente, mas totalmente ilógico para quem acredita que é uma pessoa ou uma história. Mas é assim que a verdade emerge para todos os mundos, e não só nesta Terra. Não há mundos, você precisa vivê-lo. É assim que você vive.

E esses tipos de oscilações entre a experiência Agapè e os tipos de ressurgimento da pessoa, que muitas vezes faz você se sentir sofrer em algum lugar, mas é precisamente este jogo de sofrimento e amor que coloca a verdade em movimento. Eu diria que qualquer meio é bom. Foi o que você escreveu para terminar de sonhar e acordar do pesadelo.

Muito obrigado.

Irmã: Tenho uma pergunta escrita.

Vamos lá.

Irmã: Em francês. Vou traduzi-la primeiro para português.

Está bem, está bem.

Irmã: (traduzindo para português)

Oh, você fala francês, me desculpe, pensei que fosse português de novo.

Irmã: Não, não, ainda falo português.

Desculpa, pensei que fosse francês.

Irmã: Não.

Ah, bom.

Irmã: É latino, mas não é a mesma coisa.

Está bem, está bem.

Irmã: Estes são as sobras de... (então continuando em português)

(Risos)

Você me diz que fala português, mas isso é francês!

(Risos)

Irmã: Não... (continuando em Português)...

Então eu digo em francês agora:

Eu saio do chuveiro sereno e tranquilo, e de repente uma enorme onda de dor e amor pensando em você Bidi. Gratidão por estar aqui e um sentimento insuportável de desconexão. Choro e choro, e vejo que não é nada pessoal. São apenas vestígios do renascimento com o sofrimento da separação, um apelo à unidade que ouço.

Quero dizer "acompanhar a humanidade até ao fim em amor e lágrimas". O sofrimento começa a ser aceite e eu estou sobreposto de alegria. E por detrás de tudo isto, este silencioso vazio branco de nunca ter existido.

Sinto que tenho que testemunhar. É a passagem através da garganta. Obrigado Bidi, obrigado Abba.

Muito obrigado. É muito claro. Ele ilustra totalmente o que eu expliquei neste tipo de sobreposição bizarra de Agapè e o sofrimento supremo. Em francês, penso que há uma expressão que diz "Jean qui rit, Jean qui pleure" (Jean que ri, Jean que chora). É exatamente o que é. E apenas pode levar a uma grande explosão de risos.

Todos viram crianças chorando, gritando e rindo ao mesmo tempo. Não é uma confusão de emoção ou manifestação, simplesmente é que na inocência da infância, risos e lágrimas são a mesma coisa.

Como adulto, nós nos esquecemos disso. Porque temos de ser sérios, porque temos de desempenhar o nosso papel na sociedade, na família, nas convenções sociais e morais, nos hábitos.

É por isso que se tem falado muitas vezes do caminho da infância e da inocência. É por isso que eu também disse quando eu estava encarnado, e mesmo em 2012 e mais além, que o único esforço que você tinha que fazer naquele momento, não agora, era tentar se lembrar, trazer à tona não memórias, mas o estado, o sentimento que você tinha aos dois ou três anos, porque antes dos dois ou três anos de idade, não há individualidade.

O que cria individualidade é o nome. É o momento em que a criança entende que ele é o nome que lhe foi dado e que se torna consciente, quando des fontanelles - as fontes se fecham e ele é um indivíduo. Desde os primeiros meses de vida, os pais, através do seu comportamento adulto, criam involuntariamente essa pseudo-individualidade. Em outras palavras, uma criança nascida e que vive apenas com crianças, se possível, não teria qualquer identificação ou individualidade. É, portanto, a educação, o fato de criar uma criança em um determinado ambiente, que irá induzir esse sentimento de acreditar em si mesmo como um indivíduo. Nada mais do que isso.

A educação, tanto parental como acadêmica, nada mais é do que um confinamento.

Se hoje, por exemplo, é tarde demais, mas é um palpite, se as crianças fossem criadas não por pais biológicos, mas de acordo com as leis da liberdade, a criança permaneceria livre, mesmo que crescesse. Devemos aceitar que a educação, a filiação, os laços familiares, mesmo os mais harmoniosos, são apenas mais uma forma de confinamento que perpetua o confinamento.

Uma criança nasce livre, não importa o quanto o mundo esteja confinado. Mas é claro que ele vai mergulhar na consciência e nas células deste ambiente. Foi assim que o véu do esquecimento foi colocado sobre ele aos dois e três anos.

É por isso que eu disse que era importante lembrar, não o passado, mas o estado de espírito e a consciência quando você tinha no máximo dois ou três anos de idade. Não para reviver lembranças ou memórias, mas para recordar este estado, o estado de infância e inocência, que as Estrelas e algumas das Estrelas pediram para você tentar encontrar.

...Silêncio...

Irmã: Mais uma pergunta.

Se precisas de descansar os ouvidos, me diga.

(Risos)

Irmã: Ouvi dizer que as crianças recém-nascidas permanecerão livres.

Sim, para todos aqueles que não estão sem alma. Não deve acreditar que você só têm seres de Luz que encarnam, o que vocês chamam, eu acredito as crianças índigo, cristal, diamante e outros. Você também tem incontáveis nascimentos sem alma. Não me lembro da expressão que o Comandante usou na época...

Irmã: Portal orgânico.

Isso mesmo. Mas sim, crianças de verdade vêm para o espetáculo. Muitos seres que nunca encarnaram neste nível dimensional, neste sonho, encarnam hoje para viver o espetáculo, não para uma missão, mas para viver isto através deste corpo. Assim como todos os universos, todas as dimensões, estão agora neste sistema solar, o mais próximo possível da Terra.

Irmã: Estas crianças que nasceram livres, são do cinturão do Van Allen?

Desde o quê?

Irmã: Uma vez que o cinturão de Van Allen já não existe.

Já havia alguns antes. Você tinha pessoas trabalhando com as crianças. Já devem ter ouvido falar dessas crianças, índigo, cristal, diamante, há mais de vinte anos. Isso não é novo. Simplesmente como eu disse até agora, o condicionamento da educação ou o condicionamento ambiental põem fim a esta liberdade. Dada a profusão de Luz, partículas adamantinas e informação do tempo zero, se tornará muito difícil manter as crianças na ilusão.

Você tem inúmeras crianças pequenas que têm dois anos de idade e que entregam mensagens para você. Os seus meios de comunicação e os seus meios técnicos de imagem lhe fornecem inúmeros testemunhos de crianças que lhes diz que Abba está ali, e que falam do Absoluto, do sonho. Eles não têm intelecto, não têm pontos de comparação, mas estão dizendo a verdade.

Porque a verdade é simplesmente acessível. E como não têm corpo astral, corpo mental, a aclimatação neste mundo durante três anos, mais e mais deles estão se expressando sobre o sonho, o Absoluto e a vinda de Abba.

Mas vocês são todos Abba. Por isso, sim, há algo ocorrendo nesse nível.

Tal como nas organizações, de qualquer tipo, como eu disse anteriormente, há uma espécie de mudança de paradigma, uma abertura ao desconhecido, porque não devemos querer ver todas as mudanças ambientais que estão ocorrendo no palco do teatro neste momento.

Então, obviamente, no nível coletivo, eu diria que na sucessão lógica dada por Sri Aurobindo, é como se houvesse um tipo de negociação que fosse o primeiro estágio do choque. Já não pode haver negação, pode haver muita raiva e você vê isso por toda a parte na Terra.

Mas, em geral, há um tipo de negociação da própria consciência, que espera, que acredita que ela continuará através de uma mudança de paradigma, e todas essas palavras que você usa: ruptura, rompimento, colapsologia, desmoronamento, fenômeno de extinção. E é claro que a consciência só pode se projetar em uma vida após a morte, ainda não tendo visto que é a sua própria morte.

Em suma, significa que nenhuma consciência, de qualquer dimensão, pode se opor ao fogo ígneo, ao fogo cósmico. Você está vivendo isto agora mesmo. E como já foi dito, deixe os sonhadores sonharem com algum tipo de futuro, não importa. Por quê? Porque mesmo o questionamento e a projeção da consciência para o futuro, mesmo que seja falso, cria uma abertura, cria uma receptividade ao que é novo, mesmo que nunca haja o novo.

Mas o importante é a dinâmica, esse tipo de abertura ao desconhecido, mesmo que haja projeção. É uma postura de organizações que nos permite lhe infundir a verdade, já que são essas mesmas organizações que aceitam essa mudança de paradigma e que criam dentro das organizações de qualquer tipo, uma espécie de abertura que nos permitirá aceitar o choque com grandes gargalhadas.

Está desenrolando agora mesmo em todo lugar. Deixe-os desenvolver planos para o novo paradigma, ele se mantém ocupados, mas o mais importante é que os abre para a verdade.  Isso os torna mais flexíveis, menos rígidos, demandam algo novo. E isso cria a acolhida. E as organizações de qualquer tipo, no final, em todos os níveis, empreendedores, governos, todos os grupos criam uma expectativa, e eu diria hoje que esta expectativa cria condições favoráveis para Agapè, não apenas ao nível de indivíduos.

Mas não há necessidade de lhes dizer que é o fim da consciência. O importante é que a consciência coletiva dessas organizações, desses grupos, esteja tensa e aberta à novidade, o que significa simplesmente que elas não estão mais apegadas às suas certezas ou posses, ou às suas regras, mas estão disponíveis para o desconhecido.

Não vale a pena lhes dizer que é o fim dos tempos e que é o fim do mito da criação. Eles ainda não estão prontos para estas palavras, mas estão na disposição da consciência, que chamamos de aceitação e acolhimento do indivíduo. É surpreendente, não é, e ainda assim é a verdade.

A fruta está madura, tudo o que você tem que fazer é colher. Mesmo aqueles que não suspeitam nem por um segundo que esta mudança de paradigma é o fim do sonho da criação, mas cria uma dinâmica, uma abertura e também uma aceitação. Eles já não se concentram nas conquistas e no passado. Eles ainda estão olhando para um futuro que nunca virá, mas abre sua consciência, como eu disse, para mudar.

Não venda a eles que não há mudança ou que acabou, no nível destas organizações, sejam elas quais forem, mas aproveite esta brecha, esta abertura para deixar que a Presença se enraíze mesmo dentro de grupos e organizações. Não é mentira, mas para o ponto de vista da pessoa ou do grupo, basta uma mudança de paradigma. Significa simplesmente que eles estão prontos para abandonar o que aprenderam, o que têm, e que estão prontos para mudar a maneira como trabalham. E basta criar aceitação, para se liberar do peso do passado, do condicionamento.

A fruta está madura. Tudo é apenas um pretexto, seja na mudança de paradigma, e até mesmo nas guerras, mesmo na violência que se vê por toda a parte para sair do pesadelo. Então deixe que as organizações pensem que esta é uma mudança de paradigma com algo por vir, já que não há nada por vir. Há apenas a Luz e a Verdade.

Mas, mais uma vez, lhes permite acolher o novo, isso é o que é importante. É a disposição da consciência, não mais do indivíduo, mas de grupos, e então por toda a Terra e mais eventos se tornarão mais fortes. Eu estou falando de acontecimentos climáticos, sociais, econômicos. A consciência coletiva, ou inconsciente coletivo, é profundamente transformado. Este é o plano da Luz.

E é claro que esses grupos, de qualquer natureza, estão à procura de soluções. Ao nível de grupo não é a mesma coisa que um indivíduo. Para um indivíduo, nós sempre dissemos que deveria parar de procurar. Mas em grupos organizados, e especialmente nos círculos mais materiais, eles estão muito mais próximos do que as religiões ou os movimentos pseudo-espirituais, à mudança de paradigma.

Está tudo perfeitamente no lugar. Você vê? E você verá isso cada vez mais claramente, mesmo no nível do sofrimento em um testemunho que tivemos. Isso é exatamente o que foi explicado, não só no face a face, mas também na superposição, no cruzamento e na dissolução.

Tudo foi escrito. Tudo foi jogado. Tudo foi vivido. No momento inicial. Isto é o que você vive em todos os níveis.

Somente aqueles que estão em grupos inclinados ao passado, em dados históricos, e em particular religiosos, espirituais ou outros grupos, de que há uma negação, mas não mais na sociedade civil, você pode ver isso. Isto é muito importante.

Mais alguma coisa? Quem quer falar?

Irmã: Sim... Posso fazer uma sugestão, Bidi? Este tema que levantou agora é muito importante. Gostaria de saber se podemos fazer uma parada de dez a quinze minutos, esticar um pouco as pernas e depois continuar.

Então Bidi diz que nos vemos mais tarde. Descanse bem seus ouvidos.

(Risos)

Juntos: Obrigado. Obrigado.

Até logo.




 ***



https://apotheose.live/blog/2019/09/22/bidi-partie-1-22-septembre-2019-portugal/
Transcrição do Áudio: Equipe Agapè
Tradução: Francisca dos Reis (DeepL/Translator) e Suporte Google


Fonte da Imagem: https://www.facebook.com/groups/293893747352484/


PDF (Link para download) : BIDI-PARTE-1-22-de-Setembro-2019

2 comentários:

  1. Obrigado Maruti, você é demais. Não tenho outra palavra para dizer.

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  2. Ágape / Amor Nu para Todos!!!
    E disse Bidi: A consumação do mundo em todas as suas ilusões não é nem drama nem sofrimento, mas, uma Grande Alegria. Só o ego e os hábitos podem incutir medos e perguntas, e assim q você os deixa passar - sem os parar - eles se dissolvem sozinhos, sem vc. Não há nenhum esforço nem trabalho a ser feito. Não há nada a explicar, há apenas a VIVER. Você pode ver isso agora - e não importa o q você pensa sobre isso. É o mesmo cenário que se desenrola para todos e em todo o palco do teatro - de inúmeras maneiras - neste mundo e em todos os mundos.
    A ACEITAÇÃO Revela A Verdade - todo resto é supérfluo, inútil e pesado.
    É assim que se realiza o sacrifício e, ao mesmo tempo, a Ressurreição e a descoberta da Verdade. Vocês São o mundo, vocês São o sonho, vocês São a Fonte e vocês São a Criação. Somos Todos UM - e por detrás não há ninguém.
    Maravilha!!!
    Gratidão a Todos.
    Grande Abraço.
    Inté...
    Martínez Maria

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