Áudio Original :
https://apotheose.live/blog/2019/10/31/eynolwaden-30-octobre-2019-tunisie/
Eu sou Eynolwaden, e eu venho sorrir e
dançar no coração de cada um.
Então escute-me e sobretudo ouça-me.
Feche teus olhos e deixe teu coração
sorrir à minha presença que dança e gira, na leveza do instante, na sutileza e
intensidade de quem você é e de quem eu sou, porque doravante não há mais a distância,
doravante só há a alegria, esta da boa nova que se propaga de coração a coração
e que ressoa no espaço do teu mundo, como de cada mundo, em todos os ritmos da
criação, na dança das Estrelas e na tua dança. Eu sou este que dança e gira, na
leveza do teu coração e no brilho do teu olhar interior.
Escute-me, escute isto que eu tenho para
te dizer, além das minhas palavras, ouça a dança das minhas palavras, escute a
dança do sorriso que vem florir, tal uma flor eterna, no coração do teu ser,
alimentando então a verdade inefável e a beleza.
Hoje, você se descobre ser o espaço, se
descobre ser todo lugar e lugar nenhum, no mesmo tempo e no mesmo silêncio,
como na mesma dança.
Vem comigo, você não precisa se mexer,
não precisa se deslocar, só tem que se abrir, sem tropeçar e sem freio. Então,
neste momento, você será levado na dança da vida eterna, além de todos os
sonhos, como além de qualquer forma. Eu venho te convidar de novo a pronunciar
meu nome, porque esse nome é dentro de você, ele participa do primeiro sonho
como no último sonho, da primeira forma como da última forma, do primeira clarão
de Luz e do primeiro clarão da gargalhada da vida, que é auto mantém, ela
mesma, percorrendo todos os caminhos e todos os destinos.
Ouça, ouça a si mesmo, o que você diz no
silêncio do teu coração, que é apenas a sinfonia da vida, a sinfonia do
movimento, mas também do que é imóvel.
Escute a ti mesmo, você não tem nada a
fazer senão estar aí comigo e sorrir para a vida, e sorrir para minhas
palavras, além de qualquer palavra, como além de qualquer reflexão. Deixa-te
penetrar, pois você é o que está penetrando e que nunca pode falhar.
Eu te convido à dança dos elementos, mas
não apenas, à dança do teu corpo, como na dança da vida, você é cada sinfonia e
cada nota, você é cada espaço entre cada nota, você é de todo lugar, como de
nenhuma parte. Porque entre todos os lugares e nenhum lugar não há diferença,
não há tempo que possa fluir em uma direção ou outra, você não precisa de
memória, você não precisa de história, você precisa simplesmente estar aí, onde
eu me tenho com você, no abraço da liberdade, onde nada pode ser retido, onde
nada pode ser adicionado.
Escuta, escuta isso que eu te digo. Para
além das palavras que eu pronuncio, há o Verbo e o Verbo é silêncio e ele é
magnificência.
Você é todos os movimentos, mas também é
todo o repouso. Você é cada um e cada uma, não somente na forma humana, mas em
toda a forma, como em todo o sonho, para além do que você pode perceber e
sentir, você é a própria fonte disso que percebe ou do que você recusa e
aceita, isso não faz diferença, não coloca distância e não leva tempo. E não se
preocupe, porque não há nada que você possa fazer, exceto permanecer nesta
alegria perpétua, onde você só pode reconhecer a evidência da vida, e da tua vida
no seio da Vida.
Então, escute e ouça isso que eu te digo,
este é o tempo do regozijo na última celebração de todas as danças que vocês levaram, até a conclusão, em todos os sonhos da criação dentro de todo o sofrimento, como em qualquer facilidade.
Confie a mim teus fardos, no coração do teu
coração, como no coração de cada um. Você não precisa nomeá-los, não precisa da
história, não precisa se lembrar, mas simplesmente se lembrar do que sempre
foi, seja qual for o véu que você tenha usado, por onde tenha percorrido, como
em algumas vitórias que te parece ter conquistado.
Deixe-me embalar você na música deste indescritível
silêncio, onde todas as sinfonias cantam o mesmo coro e o mesmo verso. Onde está
a tua liberdade, onde está a minha, ela é a mesma em todo lugar e em nenhuma
parte.
Então bem-amado, você que é amado além do
bem e do mal, eu te convido a te amar com a mesma intensidade que minhas
palavras te percorrem, como uma onda regeneradora, como uma fonte que nunca o
deixará com sede ou no esquecimento.
É tempo agora de esquecer isso que só faz
passar. É tempo agora de alegrar-se e participar da dança, esta que não conhece
fim nem começo, onde tudo é imóvel, e ainda contendo todos os movimentos da
Vida, onde não há vida nem morte, mas simplesmente a evidência desta dança sem
fim, e sem começo.
Então escuta, escuta, ouça e deixe a alegria
florescer através dos poros da tua pele nesta forma que você habita.
Deixe-me ser quem você é, além de toda
aparência e distinção, onde nenhum limite ou fronteira pode parecer nos separar,
não pode mais parecer nos distanciar. Há nisto todo o tempo, além de todos os
tempos, além de todo o passado e futuro, apenas a presença está presente, esta
que combina a ausência e, ao mesmo tempo, felicidade, onde já não podeis
estabelecer limites, onde já não podeis estabelecer quadros, porque todos eles
se estilhaçaram, antes do riso e do teu sorriso, o do teu coração encontrado,
na alegria da tua eternidade, antes de qualquer manifestação, e depois de
qualquer manifestação.
Deixa-te levar para além de todo o tempo
e espaço, porque você preenche o tempo e o espaço com teu riso, lá onde você é,
e onde você não é, já não faz diferença, porque não há mais distância.
Ouve e deixai fluir a água do Amor, a
água de cima, que vem para fertilizar o que nunca poderia ser estéril, e o que
nunca poderia ser dividido. Afasta-te de todas as divisões, para te unificar na
alegria da tua presença e da tua ausência, o que também leva à mesma dança, na
mesma evidência.
Vem repousar, onde você não terás de colocar
mais, nem colocar a menor questão. Porque tudo é evidência, é onde você te
reconhece, nessa leveza. Então deixe teus olhos brilharem com malícia,
brilharem com inocência e brilharem com verdade. Não se preocupe com nada que
não seja o que existe e que só quer florescer, a cada minuto e a cada dia, com
igual intensidade e cada dia mais magnífico, e cada dia mais verdadeiro, cada
dia mais intenso e, no entanto, tão leve, dentro desta densidade, na qual o teu
corpo está colocado.
Eu te convido a depositar os últimos
fardos, estes e estas de tuas reticências, que não podem se manter, porque o
Amor derruba todas as barragens e todos os limites com a mesma intensidade e
com o mesmo olhar.
Olha-te, a fim de me ver, aí onde eu sou,
aí onde você é, em todo o espaço, em todo o tempo, onde você olha, o que quer
que você sinta ou ressinta, o que quer que você viva ou não viva, isso não faz
mais diferença, nada mais pode te faltar e nada mais pode ser tirado de você. Cada
instante deve ser cumprido, por si mesmo e por sua beleza. O que não se pode
definir, o que não se pode nomear, é o indizível, que contém todos os nomes, que
contém todas as formas, assim como todos os mundos.
Alegre-se, anuncie a boa nova, primeiro
ao teu coração, que talvez ainda hesite, e depois a cada célula deste corpo
dentro desta forma, dentro de cada sonho que você vai percorrer em tuas noites,
pois nunca mais será noite, pois nunca mais você estará vagando, porque nunca
mais você estará na questão, porque você é a resposta a todas as perguntas que
se faz, não há mais nada a fazer, tudo foi depositado no fogo do Amor, aquele
que consome o sonho, e que te restitui ao que sempre você foi, apesar das
aparências do teu sonho.
Eu venho para te convidar novamente,
hoje, neste instante, como em cada respiração e em cada olhar, como em cada dia
que vai nascer, como em cada momento da tua vida, quando a vida vai irromper
sem te pedir licença, porque a vida sabe melhor do que você, isso que você pode
querer, o que pode desejar, para além de qualquer expressão, para além de
qualquer manifestação.
Então esteja presente, porque este é o
meu presente dentro da tua presença, para que você possa descobrir que a
presença só pode ser baseada na ausência, onde nenhum limite, corporal ou de
mundos, como de dimensões, pode alterar ou modificar a verdade.
Você é convidado ao banquete solene e
perpétuo da Verdade celebrada, onde o Coro dos Anjos entoa o Paráclito, entoa a
mesma dança, esta da Ressurreição porque, em definitivo, você jamais nasceu nem
jamais morreu, só a ilusão nasceu e é morta, a cada renascimento, você renasce
em totalidade.
Você não precisa mais renascer, você não
precisa mais morrer. Você precisa celebrar, com o sorriso dos teus lábios e a
abertura do teu coração, com o olhar dos teus olhos e o olhar do teu coração,
onde não há nada para ver além do desdobramento da vida, do desdobramento do
sonho.
Eu te convido à leveza, aquela que nunca te
deixou, apesar da densidade deste corpo, da opacidade dele, porque tudo é
transparente, e tudo é cristalino, na mesma nota que em cada nota, em todas as
figuras e números, com a mesma intensidade, no infinito como no zero, já não
faz qualquer diferença, porque o Alfa se fundiu no Ômega, o Ômega juntou-se ao Alfa.
Na realidade, eles nunca se moveram, estavam sempre lá para apoiá-lo no sonho,
para apoiá-lo em cada sofrimento e em cada alegria, ligada ao teu efêmero. Este
efêmero que você tanto amou, ou temeu, com igual intensidade, dependendo das
circunstâncias da vida que fizeram tua vida.
Hoje você é isso, e muito mais do que
isso. Hoje você é tudo, e muito mais do que tudo, não pode se contar nem se
medir, não pode se distanciar, não pode se aproximar, porque está no lugar
certo, no coração do teu ser, onde o não-ser vem para apoiar e sustentar o que
você acreditava ter suportado, e o que você acreditava ter sofrido, com tal
intensidade, que não pode ser mantida diante do brilho do teu sorriso, e do
brilho do teu riso interior.
Escute-me, porque você só precisa
escutar, além de todas as aparências, como de todo discurso, o que quer que você
pense, o que quer que diga, não há mais relutância, não há resistência que se
possa manter, porque tudo se consome, na mesma alegria de amor, no mesmo amor
de alegria.
Venha celebrar, a cada momento que você
inspira ou expira, é a mesma coisa, é o mesmo ritmo, aquele que teu coração
adotou na valsa mil vezes, ou o Coral dos Anjos, é uma celebração perpétua do
Espírito do Sol no Impessoal, além de qualquer pessoa, como em qualquer pessoa,
porque no final, e você sabe disso, nunca houve ninguém, senão o sonho de uma
pessoa, que é o sonho de todos.
Escute. Escute e ouça a boa nova que
vocês é, e que representa em cada circunstância, em cada minuto, qualquer que
seja tua vida, você é acima de tudo Vida, qualquer que seja tua dor, você é
acima de toda Alegria.
Deixa-te ser percorrido pela onda de vida,
esta que te vivifica, que te regenera a cada minuto, na leveza da criança
inocente, pois vocês é inocente, o que quer que pense, o que quer que diga.
Estes são apenas argumentos, e nenhum argumento pode ser mantido na verdade de
quem você é, além do ser e além de qualquer sofrimento. Venho convidá-lo
novamente, como farei a cada minuto, ao Agapè perpétuo, que não conhece a
forma, e que viaja por todo o espaço do sonho, com a mesma igualdade e a mesma
liberdade.
Escuta. Escuta o que te diz o cântico do
silêncio, aquele que abre o teu coração ao infinito, porque nunca mais poderá
ser mantido dentro do teu peito, porque nunca mais poderá ser envolvido pelo
véu do esquecimento, porque nunca mais poderá ser envolvido por qualquer forma,
mesmo a mais brilhante e etérea.
Você é o éter, e você é a densidade, em
cada oitava da manifestação, em cada plano ou dimensão, sempre foi.
Você é o sonho, e você é o sonhador, você
é aquele que concebeu o sonho, você é aquele que o viveu, aquele que escreveu o
roteiro, que escreveu a partitura, você colocou as cores nela, você desenhou a
linha e a direção, em todas as direções do espaço, a fim de sempre voltar ao
ponto de partida, de onde você nunca se moveu, e de onde eu estou acompanhando
você, agora.
Escuta, escuta o canto da água, o canto
dos povos da água, mas acima de tudo, escuta o teu próprio coração, ele aí está
para te recordar, batendo cada sopro no
seio do teu peito, que você é muito mais do que tudo o que podes sonhar, que você
é muito mais do que tudo o que podes imaginar.
Não há nada a temer, você só tem que acolher
a este estranho que estende seus braços para você, e que agora é conhecido por
você. Nisto você é completo e perfeito; nisto, nada do que passa pode ficar doravante,
só você fica, na morada da eternidade, quem sabe, depois de ter conhecido todas
as moradas, na morada da Alegria, aquela que nunca deixaste.
Então você nunca se mexeu, aí onde você está,
e exatamente onde você está, eu estou. Não há postura, não há conjunto, não há
condição, não há condicionamento. Não há regra, porque a única regra é a da
dança da música, a da partitura da leveza, onde os números se misturam com as
letras, onde a nota musical toma o lugar, de cada espaço, e o lugar de cada tempo,
para que você entenda, que tempo e espaço não são nada comparados ao que você
é, porque você abrange isso, na mesma dança e na mesma leveza, com a mesma
intensidade, com a mesma alegria.
Escuta, escuta este grande silêncio, o
silêncio desta alegria, que aqui não depende nem de nenhum quadro nem de
nenhuma circunstância.
Então acolhe você mesmo aqui, em cada
presença, como em todo o lado. Não faça mais diferença, porque qualquer
diferença é em vão, porque qualquer diferença é apenas sofrimento. Não há mais
nenhuma razão, nenhuma causa, nenhuma justificação para qualquer tipo de
sofrimento. Seja qual for a tua deficiência, seja qual for a tua plenitude, não
há mais diferença, não há mais nenhuma condição. Não há mais um quadro, há
apenas a vida, aquela que tudo sonhou, aquela que você é na totalidade, no instante
da Graça, que nunca cessará, onde é tua celebração, que você sempre buscou,
apesar das andanças e aparências.
Então coloca a ti mesmo, aqui onde eu me coloco,
no grande silêncio dessa alegria que nada pode explicar e que nada pode medir.
... Silêncio ...
Escute até mesmo no silêncio das minhas
palavras. Não esconda nada, deixe passar o que passa por você, deixe ir o que
sente, porque você está além de todo o sentido. Não há mais nada a discriminar,
não há mais nada a separar. Tudo isso foi apenas um sonho, tudo o que acabou de
acontecer.
E você não passa, aí está a beleza, ela não
está em nenhum outro lugar, í está a boa nova, ela não precisa de palavras,
precisa de você, em cada instante da tua vida e da vida, como você é, neste
estado natural de leveza, seja qual for a densidade do teu corpo, o que quer
que ainda esteja tocando nas memórias e feridas deste corpo, como as alegrias
que foram experimentadas dentro desta vida. Esta vida última é o resultado de
tudo o que você criou, de tudo o que escreveu, de tudo o que percorreu.
Descanse agora, o tempo é chegado de pôr
fim ao tempo. o tempo é chegado de pôr fim ao teu sonho. Você é a verdade e a
verdade não passa. Você é a verdade e a verdade não se pensa. Você é a verdade
e a verdade não se sente. Você está além dos sentidos, porque a vida não
conhece sentido ou direção.
Escuta. Coloca-te aqui. Você não tem nada
a pedir, que ainda não tenha sido concedido no íntimo do teu coração. Descanse na
felicidade. Agapè está em toda parte, e cada um desperta, de acordo com seu
ritmo e de acordo com seu roteiro.
E eu danço a vida, no coração do teu
coração. E eu floresço, em teus lábios que se abrem para o sorriso do sim, para
o sorriso da verdade. Você é a água, mas também é o ar, é o fogo, mas também é
a terra, e tudo isso vem do éter, porque você é o éter, o chamado éter
primordial, e o éter encontrado hoje, dentro do sonho mais profundo, onde a Luz
jamais poderia sair. Onde o amor nunca poderia desaparecer. Mesmo que te
parecesse faltar, ela estava lá em profusão, esperando apenas o momento certo
do teu momento presente, para se revelar a ti, na dança e na leveza.
Sou Eynolwaden, mas eu sou você, desde a
eternidade. Acompanhei-te em cada uma das tuas ideias, em cada um dos teus
sonhos, silenciosos, mas tão intensos.
...Silêncio...
Descansa. Na Graça eterna, na tua
presença e na tua ausência, onde até tua forma já não te pode separar de
ninguém e de nenhuma situação. Esteja disponível, na íntegra, para a verdade,
quer saiba ou não ainda. Tudo o que você precisa fazer é estar disponível, ele
bate à tua porta, no cenário de tua vida, no cenário de teu corpo, em todo
sofrimento, assim como em toda alegria, com a mesma intensidade e regularidade.
...Silêncio...
Ouve. Não retenha nada, deixa-te
atravessar pela boa nova, você é aquele que estava aguardado, você é aquele que
esperava e aquele que temia. Pelas tuas posturas, e pela tua aprendizagem, que
de fato nada mais foram do que repetições para viver este instante, para viver
este momento, que se reproduz doravante de minuto a minuto, na escala do teu tempo,
na escala dos teus dias, como na escala das tuas noites.
...Silêncio...
Ouça o que o Grande Silêncio lhe diz. Ouça
a tua dança, ouça o seu ritmo. Nada pode pertencer-te, porque você vem de todo
o lado. Você não se lembra de nada, porque não há nada para lembrar, e tudo
está agora, no espaço daqui, e tudo está presente no coração da ausência.
...Silêncio...
Eu sou todas as formas, porque não tenho
nenhuma forma. Eu sou a grande Mãe Geneticista, eu sou a criança, que chora em
silêncio e pensa que está abandonada. Porque tudo é apenas circunstância e
pretexto para descobrir a beleza que você é. Você não pode mas duvidar e não
pode mais temer nada, desde o instante em que se instalou no coração da Graça,
desde o instante em que não tem mais nada para compreender, nem nada para
procurar que não esteja já compreendido e já se encontre no espaço do teu
coração, no coração do teu peito.
Assim é a consumação do Amor, esse fogo
que nunca sessa, que nunca desaparece, mas que, ao contrário, te enche de vida,
que te enche de você mesmo e também de cada um, onde você não pode mais
distinguir a mais pequena identidade, nem a mais pequena forma, pois todas as
formas estão incluídas nela, na primeira forma.
...Silêncio...
Você é o que subsiste, em cada coisa que nomeou
morto, você é o que subsiste independentemente de qualquer nascimento.
...Silêncio...
Você caminhou todos os caminhos, enfrentou todas
as verdades relativas, viveu todas as vidas possíveis, e ainda assim você é o
Caminho, a Verdade e a Vida.
Você esteve em todas as rondas, em todas as
rondas do sonho. E você é aquele que contou o tempo e o espaço, para
compreender que não tinha substância ou permanência, para compreender que não
tinhas nada para parar, nada para congelar. Atravessa todas as sensações e como
todas as percepções.
Você é água, a água do Gênesis e da criação, a
água do espelho da Vida, você é fogo, o de fricção, bem como o de consumo. Você
é a terra, argila que não tomou forma, como a terra de cada corpo e de cada
planeta. Você é o fogo de cada sol e de cada galáxia. Você é o instante, que
não conhece o tempo, você é o espaço que não conhece distância nem afastamento.
Você é aquele que tudo viu, mas não precisa ver.
Você é aquele que tudo pensou, mas não precisava pensar. Você é toda a gama e a
paleta do que chama de emoções, e ainda assim, você é sem movimento, e é todos os
movimentos, e ainda assim, você não é nada do que acreditou, viveu e percorreu.
Deixa-te atravessar por esse Amor que não pede
nada, que não explica nada, que ninguém pode definir, que ninguém pode
enquadrar. Ele é de todo o lado, de lado nenhum, tal como você é.
...Silêncio...
Você é aquela inteligência que viaja através dos
mundos, apoiando-os, amando-os sem fazer diferença, sem fazer distinção. Você é
a fonte de si mesmo, pois é a fonte de todas as fontes. Você é a fonte de
todos, dos teus irmãos e de tuas irmãs, como os chamam, que estão presentes ao
mesmo tempo que você, neste instante da Terra, a quem chamam Gaia.
Você não precisa mais nomear ou se nomear, porque
você transcendeu toda identidade, você não precisa mais pedir, porque todos os
pedidos foram satisfeitos, e você não tem mais nada a temer, porque já atravessou
tudo. Só tens de te reconhecer, para além da tua identidade, como qualquer
outra identidade.
...Silêncio...
Ouve o que te diz meu silêncio, que é o silêncio
da tua verdade, o silêncio da tua presença, o silêncio da tua ausência. Onde
todos são todos os outros, com a mesma igualdade e o mesmo sorriso. Onde nada
pode ser excluído ou perdido. Nisto, você sempre esteve completo, o que quer
que tenha pensado sobre isso, o que quer que tenha sofrido com isso. Não há
ganho ou perda, há apenas isso, na dança do silêncio.
...Silêncio...
Seja gentil, porque tua natureza e tua essência
são a própria doçura. Nisto você será verdadeiro, além de qualquer discussão, e
de qualquer questionamento. Você é todo mundo, você é toda forma, todo cenário,
você é tudo que pode ver, você é tudo que pode sentir, sendo isso, então você é
anterior a tudo que é sentido e tudo que é vivido.
Esta é a Graça do momento, do instante presente,
porque você é a Graça, porque você é a vida, além de todo nascimento. Você já percorreu
tudo, já sonhou tudo, não precisa se lembrar, mas simplesmente aceitar. Então você
o viverá e não precisará pedir mais nada, nem a você mesmo nem a ninguém, mas
estará disposto a responder a todo pedido que a vida te envie, seja nos teus
dias, seja nas tuas noites, sem se fazer perguntas, sem se queixar, com leveza,
com o sorriso nos teus lábios e com teus olhos brilhando com a mesma verdade,
com a mesma beleza.
Cada abraço, seja numa árvore ou num irmão ou
irmã, será celebrado sem pedir nada e sem esperar nada, porque isso sempre foi
assim e os véus foram retirados.
...Silêncio…
Assim, a dança do silêncio, como a dança dos
elementos, traz você de volta ao indizível, onde sempre estiveste e onde sempre
estará.
Honrar a todos com a mesma diligência e sorriso,
honrar cada momento com o mesmo prazer e leveza. Todo o resto é supérfluo, e todo
o resto está apenas de passagem. Esta é a boa nova, que hoje está encarnada em teu
corpo, em cada trama, em cada gesto, em cada olhar e em cada silêncio. Onde
nada pode ser deixado para trás, onde nada pode ser encontrado, porque você é o
marco.
Assim, cada instante será Graça e Celebração, afastando
o que possa restar dos hábitos, tanto na forma, como na consciência. Não se
preocupe com mais nada, porque a vida irá proporcionar, a partir do instante em
que você for verdadeiro com a verdade que é.
E a liberdade será teu destino diário, em todas
as circunstâncias. Você será o imutável da Graça, o imutável da fonte, presente
em cada movimento e a cada hora e em cada relação, que se tornará ressonância e
comunhão, apesar de qualquer aparência e apesar de qualquer distância que possa
ser concebida, ou colocada entre ti e o outro, porque não há mais ninguém além
de ti.
...Silêncio...
Você é a beleza do indizível, que nenhuma
palavra, nenhuma poesia e nenhuma cor pode traduzir, mas simplesmente, quando
você está lá dentro do silêncio, de tua presença e de tua ausência, que tudo é
revelado e você se revela a si mesmo.
É nesta profundeza que brota a semente, é neste
silêncio que todas as sinfonias nascem e é nesta escuridão que todas as cores
nascem e fecundam.
...Silêncio...
Deixo as palavras e a dança da minha presença no
coração do teu coração. Serão a tua Graça, serão a tua bem-aventurança, estão
em cada instante, onde você te revela, onde você desperta.
...Silêncio...
Eu sou Eynolwaden, eu sou você, eu sou cada um de
vocês, com a mesma reciprocidade, e minhas palavras agora são silenciosas, e o
Verbo atua, no silêncio de teu coração, explodindo em mil cores e mil
sinfonias, acompanhando a valsa a mil tempos de teu coração.
...Silêncio...
Eu sou você, o que te encontra, eu sou você, o que
nunca te perdeu. Eu sou você, o que nunca sofreu, apesar de todas as
aparências.
Assim, você jamais poderá esquecer, pondo fim ao
esquecimento, pondo fim a todas as memórias, bem como a todos os futuros,
porque você é o futuro, que chegou a ti mesmo.
...Silêncio...
Você é a bênção da Graça encontrada, fertilizada
e semeada nos corações de todos. Há apenas um coração, que se reproduziu
infinitamente, para viver a ilusão da separação e da falta.
O que é agora nisso que você vive, está além de
todos os desejos, sonhos e buscas.
Eu sou Eynolwaden e eu te amo. E eu sou você.
Eu me calo agora, para que você jamais se esqueça
de que despertou.
...Silêncio...
**********
Entrevistas de Outubro/Novembro de 2019 (Tunísia)
https://apotheose.live/blog/2019/10/31/eynolwaden-30-octobre-2019-tunisie/
https://apotheose.live/blog/2019/10/31/eynolwaden-30-octobre-2019-tunisie/
Tradução para o português: Marina Marino
Fonte da Imagem: https://www.facebook.com/groups/293893747352484/
PDF (Link para download) : EYNOLWADEN-30-de-Outubro-2019
Gratidão aos transcritores (Equipe Agapè). Gratidão a Marina Marino pela tradução.
ResponderExcluirSomos o coração da Graça.
ResponderExcluirGratidão.
Sem palavras! Mais uma vez, gratidão aos nossos amados tradutores.
ResponderExcluirEXTRATOS :
ResponderExcluirHoje, você se descobre ser o espaço, se descobre ser todo lugar e lugar nenhum, no mesmo tempo e no mesmo silêncio, como na mesma dança.
Escuta, escuta isso que eu te digo. Para além das palavras que eu pronuncio, há o Verbo e o Verbo é silêncio e ele é magnificência.
Você é o éter, e você é a densidade, em cada oitava da manifestação, em cada plano ou dimensão, sempre foi.
Escuta, escuta este grande silêncio, o silêncio desta alegria, que aqui não depende nem de nenhum quadro nem de nenhuma circunstância.
Sou Eynolwaden, mas eu sou você, desde a eternidade. Acompanhei-te em cada uma das tuas ideias, em cada um dos teus sonhos, silenciosos, mas tão intensos.
Você caminhou todos os caminhos, enfrentou todas as verdades relativas, viveu todas as vidas possíveis, e ainda assim você é o Caminho, a Verdade e a Vida.
Descanse agora, o tempo é chegado de pôr fim ao tempo. o tempo é chegado de pôr fim ao teu sonho. Você é a verdade e a verdade não passa. Você é a verdade e a verdade não se pensa. Você é a verdade e a verdade não se sente. Você está além dos sentidos, porque a vida não conhece sentido ou direção.
ResponderExcluirAssim é a consumação do Amor, esse fogo que nunca sessa, que nunca desaparece, mas que, ao contrário, te enche de vida, que te enche de você mesmo e também de cada um
Grato Marina, Manoel Egidio
Rendo Graças