Coração a Coração – Encontro Íntimo
O. M. AIVANOV
7 de dezembro de 2025
EXTRATO 1
Irmã: Somos em número considerável envelhecendo. O que
posso esperar em relação às mudanças, como ontem você falou da maturidade aos
43 anos para as mulheres. Como essas mudanças vão evoluir com o envelhecimento?
OMA: Atenção,
eu identifiquei esses dois períodos; isso foi identificado como maturidade, é
isso?
Irmã: Sim.
OMA: No que
diz respeito ao que você chama de transformação, é isso?
Irmã: Sim.
OMA: Como você
a chamou?
Irmã: Sim, há uma mudança.
OMA: Então, nisso eu te tranquilizo: a transformação terá a mesma finalidade tanto para o recém-nascido quanto para o idoso. Não é uma transformação, querida amiga, é uma inversão.
Há muitos anos, o Arcanjo Uriel, Arcanjo da Reversão,
havia explicado a tripla reversão. Na época, falava-se de aterrissar em sua
origem estelar, em sua linhagem, em outros planos dimensionais. Isso fazia
parte da história.
Depois, podemos dizer que entre os anos de 2012 e
2019, veio a história da ascensão, da vibração. Essa história se transformou,
para alguns de vocês e também para nós, em um acesso ao Estado Natural, ao
Real, isto é, ao Absoluto.
Aliás, quando eu estava encarnado, na minha velhice,
por assim dizer, eu meditava todas as manhãs voltado para o Sol e explicava à
comunidade da Fraternidade que o Sol era a luz, era o amor. Mas eu também dizia
que havia algo além do Sol, depois dele, ou dentro dele, pouco importa.
Mas essa Fonte de Vida, que honramos naturalmente em
todas as tradições e em todas as espiritualidades, era na verdade uma etapa. E,
a partir do momento em que o Absoluto se lembrou de si mesmo, ou seja, de vocês
mesmos, então, evidentemente, nesse momento, tornar-se-ia absurdo ir em direção
a uma origem estelar ou explorar as dimensões mais etéreas.
Em suma, explorar a criação em todas as suas dimensões
não quer mais dizer absolutamente nada. Pois qual é a consciência que, tendo
vivido o Absoluto — se assim podemos dizer; a consciência desaparece, o
Absoluto se revela —, não fica marcada por ele? A partir desse momento, a
consciência, a pessoa, se coloca automaticamente na Humildade, na Simplicidade,
no Instante Presente, porque não há mais nada a buscar.
E há uma expressão na língua francesa que diz: quando
você encontra o gato escondido, ou seja, quando você percebe a artimanha, a
mentira da sua consciência — nem falo do mental —, que está inscrita como uma
lembrança que despertou na própria consciência, isso significa que você trouxe
de volta, como dizia Nisargadatta, a A-Consciência, aquilo que é
anterior à consciência, para dentro da consciência. E, então, a consciência vê
que ela não é a verdade. É tão simples quanto isso.
OMA: Qual era
a pergunta? Isso é frequente… a segunda pergunta era sobre…?
Irmã: Era sobre que transformação devemos esperar em
nós mesmos?
OMA: Ah, você
estava falando de você mesma.
Irmã: Sim, isso mesmo. Na… na nossa expressão.
OMA:
Desculpa, desculpa.
Irmã: Não, tudo bem, mas foi muito interessante tudo o
que você disse.
OMA: Sim, mas
acabei me desviando então.
Irmã: Você pode...
OMA: Como
diria Cabeça-Dura, eu não fui muito coerente, não é? Ainda que seja
interessante. A transformação, você a sente, você a vive: mais humildade, mais
acolhimento, mais aceitação, uma tolerância maior em relação aos sonhadores,
porque você também sonhou e, portanto, compreende o sonho. Isso te coloca, ora
no Silêncio, ora na Alegria; e, nos períodos intensos, de um lado é Agapè, e do
outro é Samadhi, um êxtase e uma intensidade onde não há mais nada, exceto
aquilo que sempre foi, e isso mantendo o corpo!
E, claro, isso não é algo que se realize
instantaneamente, mas o observador e, como dizer, o observador do
próprio observador, viram o jogo, viram a farsa. E isso às vezes confere paz,
às vezes também provoca cóleras quando o personagem volta à cena. O mental
também pode se manifestar. Mas, como o acesso à lembrança do Absoluto que você É
despertou em algum lugar em ti, você se torna cada vez mais — e não podes
evitar isso, não é algo que se force —, cada vez mais transparente.
Isso quer dizer que você não interrompe nem as
emoções, nem o mental, mas as deixa atravessar, seja no sentido de você para o
exterior, seja do exterior para você. Todos os problemas — porque isso não vai
suprimir os problemas, não é? E o que eu chamo de problemas em relação ao
Absoluto é tudo aquilo que é preciso fazer todos os dias: os cônjuges, os
filhos, o chefe que é preciso enfrentar em todos os sentidos do termo, são
vividos de maneira mais fluida, mais simples. Mas, do exterior, para aquele que
não vive isso, isso pode ser invisível ou então gerar conflitos sem fim.
Penso, por exemplo, na relação entre cônjuges e também
em toda relação íntima, pessoal, digamos, familiar, social. Então, em todas
essas situações, vocês são vocês mesmos, não trapaceiam mais; mesmo que
quisessem, não poderiam: vocês são transparentes. E isso irrita profundamente
aqueles que sonham, sobretudo nos — como vocês dizem — círculos próximos:
família, amigos, profissão.
Essas são as principais transformações individuais,
enquanto se aguarda a transformação coletiva.
EXTRATO
2:
Irmã: Com Bidi, vocês dizem que não haverá um novo mundo. Então, de certa forma, o que vai acontecer com a Terra? Já que praticamente todos devemos realizar nossa verdadeira natureza, para onde iremos então, tanto os que estão despertos quanto os que não estão?
OMA: Não há
lugar algum para onde ir. O tempo e o espaço são uma ilusão da consciência; a
totalidade dos mundos e das experiências foi realizada no primeiro sopro da
criação. Esse primeiro sopro deve corresponder ao último sopro. Nunca houve
ninguém: o Universo, as dimensões, vocês, eu, a Terra, as estrelas — a
totalidade é um sonho. Aqui na Terra, quando você desperta depois de um sonho,
você sabe que era um sonho, e o curso da sua vida retoma, o desenrolar dos seus
dias é o mesmo.
Transponha isso agora. Quando há um pesadelo, você não
consegue mais sonhar: você desperta, e esse pesadelo não é mais real — mesmo
que tenha te impressionado — do que o sonho. Ora, imagine que você é a
totalidade do Criado; isto é, imagine, mesmo sem poder vivenciar isso — ou se
ainda não viveu —, imagine simplesmente que você conhece absolutamente todas as
dimensões, todas as consciências. E aí, não se trata de conhecer com o
intelecto ou com o mental, mas porque você já viveu isso.
Quando você termina de brincar, o que faz? Guarda o
jogo, arruma o jogo. Só que aqui, quando se guarda o jogo — o Universo, os
mundos, a criação, os mitos, os elementos —, quando tudo isso é visto como
falso, isto é, como algo que passa, já que, mesmo sendo ilusório, há um tempo e
um espaço… o tempo e o espaço são o sonho. Uma vez que isso é reconhecido e
vivido, não há mais nada a esperar, não há mais nada a temer; há apenas estar
ali onde você está.
Já não há realmente influência do passado, ou das
memórias — cada vez menos —, e sobretudo já não há projeção em qualquer mundo
que seja. É claro que aquele que não vive isso — e isso é normal — não pode nem
compreender, nem acreditar. É por isso que eu te disse para imaginar.
Irmã: Os corpos vão permanecer na Terra?
OMA: Mas não
haverá mais nenhum corpo. Nenhum.
Irmã: Não haverá mais? Ah, é mesmo? Então vamos todos
desaparecer?
OMA: Mas você
não desaparece, você reaparece no Real.
Irmã: Sim, sim, sim, sim, sim.
OMA: É a
Felicidade mais total. Não há corpo, não há forma, não há mundo, não há
evolução.
Isso é uma história; não era verdade. E, no entanto,
quando você retorna, você é totalmente humano. É isso que vai permitir realizar
a fusão, e aqui falo no nível coletivo de toda a criação. A fusão ocorre, para
nós humanos, não para vocês encarnados, entre o corpo de carne e o corpo de
Luz. Uma vez reintegrado esse corpo de Luz, há ainda, claro, um corpo, uma
forma; e aí, durante essa transição aparente, o carbono torna-se sílica. Mas, a
partir desse ponto, você não se levanta para ir à sua origem, nem para explorar
níveis de consciência, nem para ter qualquer tipo de missão.
Há apenas uma possibilidade, e creio que Cabeça-Dura
lhes mostrou o lado exterior — digamos, matemático, não sei qual termo ele usa
— do Absoluto, não é? A analogia seria a mesma. Imagine que você conta uma
história ao seu filho para ele dormir. Pois bem, o conjunto da criação fez
vocês acreditarem em histórias infinitas, até que o livro fosse fechado. Fim de
uma história que nunca começou.
E estou bem consciente de que muitos irmãos e irmãs
ainda, mesmo entre colchetes ou entre aspas, mesmo despertos para o Si e
vivendo o Si, fazem disso um objetivo: uma nova raça-raiz, mais uma epopeia,
sendo mais livres… Mas, em relação ao Absoluto, isso não passa de um sonho
dentro do sonho. Ora, o livro se fecha; Abba já havia anunciado isso nas
canções.
A chegada do Paraíso Branco é o retorno à Alegria sem
objeto e sem pessoa. Mas o Si, assim como a pessoa — seja um ego positivo ou
negativo — não pode compreender isso; por outro lado, pode vivê-lo, porque isso
está inscrito na consciência, como eu disse. Podemos dizer que isso está
presente em cada parte da consciência, mas não está desperto. Porém, quando
isso desperta, no nível da criação, já não há mais consciência, nem mundo, nem
indivíduo. É por isso que Nisargadatta dizia sempre: “Você nunca nasceu e não morrerá
jamais.”
Enquanto que, naquela época, antes de sermos revelados
a nós mesmos — antes de 2012 e, sobretudo, antes de 2018 —, o meu slogan, que
muitos irmãos e irmãs haviam adotado, era justo para aquele momento. Essa
frase, esse slogan, dizia: “Aquilo que a lagarta chama de morte, a borboleta
chama de nascimento.” Era uma imagem muito real do processo que estava em curso
naquela época. Não podíamos, salvo raras exceções, saber e viver que nem a
lagarta nem a borboleta são reais.
Pronto, tentei resumir de diferentes maneiras. Não há
projeção possível, não há futuro possível. A única coisa que é certa é que o
momento seguinte chega. A prova? Ele já está aqui. Se você compreende essa
frase…
Irmã: O momento seguinte? Não, eu não entendi o
momento seguinte.
OMA: Só
existe o momento presente.
Irmã: Sim.
OMA: O que
tiver de acontecer, acontecerá; o momento seguinte já chegou. Não há tempo, para o corpo, sim. Não há espaço, para a
consciência, sim. Para o Absoluto, nunca houve tempo nem espaço, nunca houve
corpo, nunca houve mundo. Isso não quer dizer que não se deva viver o sonho.
Mas quando o Absoluto se revela e desperta, se assim podemos dizer, em você,
porque ele já é você, você não faz mais planos mirabolantes, não vive mais de
esperança nem de expectativa.
E a única coisa que está acontecendo — eu expliquei
isso longamente há alguns dias, tomando como exemplo o que se passa nesta Terra
e neste sistema solar — é que o caos está se instalando por toda parte. Ninguém
pode fazer nada a respeito. O que tiver de acontecer, acontecerá; o que não
tiver de acontecer, não acontecerá. Isso é a liberdade: seguir o que está aí, e
não ficar à espera de um acontecimento cósmico universal. Ele já está em você.
Nesse momento, quando você vive realmente o que você é
para além do ser e da consciência, você passa às vezes do Silêncio à Agapè —
isso é normal —, e às vezes você está na pessoa. Você não pode sentir medo, mas
ainda pode sentir, como muitos irmãos e irmãs aqui podem dizer, uma forma de
exasperação — essa é a palavra exata. Não é raiva, porque há uma distância
entre o que vocês vivem de verdadeiro e os sonhadores que continuam avançando
em direção ao caos. Mas esse é o roteiro deles: correr para o caos enquanto
sonham.
Irmã: Seremos como Eynolwaden.
OMA:
Exatamente, ou como o Impessoal, como o Sem Nome, etc., etc.
Irmã: Certo.
OMA: O mundo
existe; não há fim do mundo, assim como não há começo do mundo, ainda que
exista um Alfa. Aquele que escapa da história tal como a contamos — que, no
entanto, é a história real — não espera realmente o fim do mundo ou dos mundos;
ele simplesmente espera a realização coletiva do despertar para o Absoluto que
já está aqui.
E eu sempre disse que o palco de toda a criação, o
lugar central, é a Terra, porque a Fonte é a Luz. A Terra, que viveu um certo
número de ciclos de confinamento, assim como outros sistemas solares, aliás, é
o laboratório da Criação. Nisargadatta sempre lhes disse que o mundo está em
vocês.
O que aparece é unicamente uma projeção do seu universo, do seu universo próprio. Não há outra maneira — eu diria — de ser feliz nesse corpo que vocês chamaram esta manhã, creio eu, de corpo de sofrimento, senão simplesmente estar aqui. Foi isso que se usava dizer há muitos anos quando se falava de amor e de sabedoria: acolher, aceitar, compreender — e compreender pelo Vivido. Mas nenhum conceito, nenhuma visão, nenhuma projeção podem te permitir viver o Instante Presente; e isso não é alguém que se força a estar no presente.
Mas aquele que é o Absoluto não faz esforço algum; é o relaxamento completo
da intenção e da vontade. Ele não precisa mais disso. Mas isso não significa
que vocês se fechem numa caverna. Ainda é preciso sonhar, ainda ter pesadelos,
porque mesmo nesse nível há Aceitação. Há Aceitação porque vocês se
reconheceram. Não há mais nada a fazer, não há nada a escalar, não há nada a
subir.
E aí, literalmente — já que falávamos do corpo de sofrimento —, o corpo de
sofrimento ainda está presente até o evento, mas — e isso é importante — vocês
pararam o motor do sofrimento. Os sofrimentos não são mais alimentados por
memórias, por condicionamentos, quaisquer que sejam; isso se interrompe
naturalmente, porque você está centrado, alinhado — e é também a palavra que
Cabeça-Dura usava, ah sim —, você está alinhado, transparente, claro e coerente
como um cristal de rocha. Todo o resto não passa de histórias que contamos a
nós mesmos.
Irmã: E essa realização coletiva, em quanto
tempo ela pode acontecer? Pode ser em um ano, 10 anos, 50 anos?
OMA: Do ponto de vista do
Absoluto, que importância isso tem? Do ponto de vista dos marcadores proféticos
e visionários — tanto para indivíduos, quanto para sistemas religiosos nos
quais houve visionários, os profetas —, é muito simples: todos os sinais estão
presentes. Existem janelas de oportunidade que não estão ligadas aos anos que
passam, mas sim a períodos do ano, quaisquer que sejam os anos, e vocês
entraram agora nesse período do ano, neste mês de dezembro.
Estou anunciando um evento no mês de dezembro? Não! Mas uma progressão do
despertar que havia sido esquecida — o Absoluto, o Parabrahman, o Real —
desencadeou-se de forma rápida durante o mês de novembro, na Terra, claro, mas
também em todo o Cosmos.
Irmã: Obrigada, OMA.
OMA: Obrigado a você.
Irmã: Gratidão.
***
Transcrição Equipe Agapè
Tradução Marina Marino
Mensagem Original no site Apotheose.Live
Fonte da Imagem:
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