Satsang com Jean-Luc Ayoun (Extrato 2) - 6 de dezembro de 2025

 


De Coração a Coração – Encontro Íntimo

Satsang com Jean-Luc Ayoun

6 de dezembro de 2025

Extrato 2

 

Irmã: Bem, eu, desde a apologia do silêncio, sou… estão me conduzindo a esse silêncio e a essa aceitação de não mais ver, de aceitar o que acontece no exterior, e também o que acontece no interior de si, na interioridade. E há uma transformação que acontece quanto mais entramos nesse silêncio, e é mágico e é magnífico. E é isso que eu esperava há muito tempo.

JLA: Obrigado, obrigado por esse testemunho.

Vou apenas prolongar um pouco o que você disse. É justamente a ausência de ensinamento — ainda que com um narrativo, isto é, uma história que se conta e que se joga — que, em um dado momento, fez você entrar em ressonância. Em linguagem computacional, eu diria que você entrou em diapasão com o que não pode ser expresso, ou seja, o que chamamos de Silêncio, o momento em que a fricção, que existia através do seu próprio diálogo com sua vida, parou. Não é uma parada do movimento da pessoa; essa parada é concretamente — e não apenas metaforicamente — um retorno.

A colocação em diapasão literalmente te afinou e fez você se lembrar de onde você vem, do que você é, do que você manifesta, tanto na sua vida ordinária, humana, como todo mundo, mas também permitiu que você vivesse essa transcendência última. E depois, para aqueles que não vivem isso, bem… a vida continua, o sonho prossegue, o pesadelo ou o caos do mundo vai ao seu termo, e só se pode estar em Aceitação.

Todo sofrimento é percebido integralmente em sua humanidade, no seu humano. Mas você sabe fundamentalmente, você sabe intimamente, que isso é apenas a faceta mais perfeita para viver o que há para viver. E a vida continua com suas merdas (preocupações), com suas alegrias, mas tudo está transformado.

JLA: Eu estava acompanhando o que você disse ou… o que você diz agora sobre isso?

Irmã: Sim. Bem, você expressou o que eu queria expressar, e é verdade: mesmo apesar das dificuldades e apesar de tudo o que acontece, há alegria, há paz, há um estado de ser e há também uma vibração, uma ressonância em relação ao que acontece, eu consigo…

JLA: Deixe traduzir, isso sai espontaneamente, mas a Elisa precisa traduzir.

Então, lembramos — aí podemos dizer “Eu me lembro”.

Irmã: “Eu me lembro”. Eu me recordo de quem eu sou, eu me lembro de quem eu sou e eu escolho ser quem eu sou.

JLA: E é preciso acrescentar, para aqueles que ainda não viveriam isso, que isso não é nem um fim, nem um começo de alguma coisa. É realmente isso: a compreensão, a Aceitação e o Vivido.

É uma farsa, um sonho, mas é preciso ir até o fim. Não há nenhuma recusa de encarnação. E a prova mais formal é que, nesse momento, não pode mais haver qualquer influência do orgulho, seja ele qual for. Porque, nesse momento, as funções mais espirituais, sobre as quais falávamos há muito tempo — e em particular a Clareza e a Transparência — se desdobram, se manifestam e culminam, com esse “Eu me lembro”, naquilo que chamamos de coerência, no sentido mais nobre do termo. O átomo é coerente, o universo é coerente, o átomo é coerente e vocês são coerentes.

Quaisquer que sejam as incoerências percebidas, elas os levam, no cenário do mundo atual, aqui e agora. Elas os levam à Aceitação e à compreensão total, que não passam pelo intelecto, mas por essa coerência. Essa coerência, agora, é o que poderíamos chamar de singularidade do humano. Seguimos a consciência, seguimos nossas percepções, às vezes seguimos nossas crenças. E chega um momento em que não temos mais nada a seguir senão o que está aí.

Ao realizar isso, a vida continua, mas tudo está mudado, e nós estamos — vocês e eu, todos sem exceção — da maneira mais concreta possível, a caminho ao mesmo tempo dessa coerência, por uma convergência inacreditável, tal como sempre descreveu de diferentes maneiras Omraam; somos ao mesmo tempo o lugar de passagem, aquele que criou a história, que a conta a si mesmo e que, ao aceitar vivê-la, a compreende. Estamos todos aí. E então, nesse momento, há o que chamamos de Aceitação — mas que poderíamos nomear de múltiplas formas.

 


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Transcrição Equipe Agapè

Tradução Marina Marino

Mensagem Original no site Apotheose.Live

Fonte da Imagem: 

https://www.facebook.com/groups/293893747352484/


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